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XIV -Dave

Charlie estava certa: a comida era deliciosa. Vários tipos de pães, croissants, donuts, frutas, café, leite e sucos. O sol de outono passava alegremente pelas persianas, saudando os presentes. A sala de jantar de Tia Rosa era muito grande. As paredes com detalhes dourados, um lustre enorme e talheres chiques. Tudo era servido em prata e eles tinham que usar guardanapos no colo.

-Crianças, -Ruby disse. –Se alimentem bem! Energia para o primeiro dia! E não se esqueçam de escovar os dentes.

Riley revirou os olhos. Dave deu mais uma mordida no croissant de geléia de morango. Estava tão ansioso e nervoso ao mesmo tempo. Parecia que ia explodir a qualquer momento. Ramona e Romena checavam tudo a todo o momento, faziam e recebiam ligações curtas, muitas delas perguntando se não tinham se esquecido de algo. Dave mal sabia o que a mãe havia colocado nas malas.

-O importante são os materiais escolares e escovas de dente –Romena comentou. –O resto eles geralmente vendem por lá. Ou você pode pedir para que seus pais te enviem. O que seria uma péssima ideia.

-Por que? Qual o problema? –Riley perguntou com a boca cheia de pão francês e presunto. Os farelos voaram de seus lábios e caíram em seu leite quente.

-Já estiveram em um acampamento? É bem parecido. Se sua mãe te liga ou te envia algo, algum professor anuncia nos megafones espalhados por toda escola. Torça para que esse professor não seja Lorena ou Alejandro. Eles fazem parecer pior do que realmente é.

Riley arregalou os olhos e se virou para a mãe.

-Se esquecer de algo seu castigo será esse –Ruby falou.

O menino se levantou-se imediatamente e correu para o quarto checar a bagagem. Ele ignorou completamente o pão quente que parecia delicioso. Dave queria poder provar tudo nauqela mesa. Alícia encarava o prato cheio de frutas com olhos arregalados.

-Você está bem? –Romena perguntou, reparando no tom quase esverdeado da meia-irmã.

-Acho que sim. Não. Acho que vou vomitar –respondeu.

-Também me senti assim no meu primeiro dia, mas não se esqueça: você tem Riley, Dave e Lilian. Com certeza não vai estar sozinha. Vai se sentir em casa. Escola não dói!

-E a marca?

Romena respirou fundo e disse que doía durante alguns dias e depois não se sentia mais nada.

-Definitivamente eu vou vomitar –Alícia se levantou e saiu correndo.

-Que marca? - Dave não sabia do que elas estavam falando.

Romena se levantou e abaixou a manga direita do pijama, revelando o desenho de uma árvore sem muitos detalhes na região da escápula. Parecia ser apenas mais uma de suas tatuagens, porém tinha um aspécto mais simples e não parecia estar desaparecendo como as outras. Além de tudo, não tinha cor. Era como uma cicatriz na escápula.

-Para que serve isso? -ele estava um tanto horrorizado.

-É como um passaporte de Érestha. Permite que você vá a qualquer província do reino e eles saberão que se fizer algo errado deve ser julgado por Tâmara, no nosso caso.

-Dave, está ansioso? –Ruby perguntou.

-Sim –ele voltou a atenção para ela. A mulher era tão bondosa, lembrava sua tia Madalena. –Bastante ansioso.

-Vou tentar entrar em contato com sua mãe assim que os ônibus deixarem o centro, certo?

-Ônibus? Achei que íamos com Tia Rosa.

-E vamos –Ramona respondeu. –Vamos de carro até o centro, onde os ônibus escolares nos esperam para nos levar até a escola.

-Hum... –ele não gostava muito dela. Preferia conversar com Romena, a cheia de tatuagens do que com Ramona, a meia-irmã megera de seus novos amigos.

-Sairemos em vinte minutos! –Tia Rosa gritou de algum lugar.

-Tenho que ter certeza de que está tudo pronto.

Ele se levantou e foi até o quarto, onde Riley tentava colocar uma toalha na mochila já cheia.

-Eu estava pensando em uma coisa. Muitas coisas, na verdade –Riley comentou. –Como seremos separados? Quero dizer, em quartos? Eu posso escolher? Por que se puder, estaríamos juntos... Certo?

-Não sei. Na realidade eu não sei de nada. Mas sim, claro –Dave não arriscaria ficar com um enstranho. Riley era muito legal. -Talvez suas irmãs saibam.

-Vocês não escolhem. –Ramona, a megera. apareceu na porta. Ela andou a té o frigobar dos dois e pegou uma garrafa de água. –É um sorteio. Ha sete opçoes; sete dormitórios divididos pelas sete cores do arco-íris. Uma vez sorteado você passa a dormir no prédio da mesma cor até o quinto ano, quando se formam.

-Quais são as chances de nós estarmos na mesma cor?

-Não sei, não me importa. É tudo a mesma coisa, contanto que não sejam escolhidos para o auzl. Caso sejam, algo seu errado e vocês não pertecem à Tâmara –sorriu e saiu do quarto levando sua água. Dave revirou os olhos disfarçadamente para que Riley não percebesse.

-Como assim não pertencemos à Tâmara? –Dave perguntou. Lembrava-se muto bem da tulipa roxa crescendo da terra. E seu pai fora de Tâmara, por que ele não seria?

-Pode ser que seu resultado do teste tenha dado errado, -Riles explicou -mas isso não é uma anomalia nem algo ruim. É raro também. Você teria que mudar de província e frequentar uma escola que lhe ensinasse sobre seus legados. Chamamos as pessoas que mudam de uma província para a outra de transvingentes. –Ele respondeu, finalmente conseguindo encaixar a toalha na mochila. –Melhor se apressar. Isso está uma loucura!

Dave só deu uma olhada no que tinha antes de sair de casa. Parecia que o guarda-roupa inteiro estava ali. Escova de dentes e materiais escolares também. Ótimo. As ruas passavam rapidamente pela janela do carro. Ele estava com a cabeça apoiada nela, batendo a cada curva. Era a primeira vez que ia para o primeiro dia de aula sem conselhos da mãe. Eles normalmente pareciam inúteis, embora estivessem sempre certos, mas agora faziam falta. "Comporte-se e tenha uma bom dia. Boa sorte meu filho". Ele imaginou a doce voz da mãe falando em seus ouvidos.

-Chegamos crianças! –Ruby anunciou do banco da frente. –Estou tão animada!

O centro era um lugar bastante comercial. Os carros dos pais dos alunos estavam todos estacionados nas calçadas em frente as lojas ou num estacionamento pago a alguns passos dali. Os ônibus alinhados, prontos para sair, ocupavam um bom espaço da rua, disputando-o com pessoas e carros em movimento.

-Vão precisar disso –Ruby estendeu um pedaço de alcaçuz para cada um.

Dave mal se lembrava de que precisava daquilo. Esteve com pessoas que falavam sua língua a noite toda e mal se preocupou em ingerir a baa que traduzia todas as línguas para a sua. Quando comeu teve a mesma sensação de que os ouvidos iam explodir antes de tudo voltar ao normal e todos falarem português. Eles desceram do carro e pegaram as malas no porta-malas.

-Ramona, Romena, -Ruby começou. –Sabem o que fazer. Vejo vocês o quanto antes possível! Estudem e mandem notícias! Crianças, vocês vêm comigo.

Ela deu um beijo em cada filha e levou os outros três até um aglomerado bastante grande em frente a um ônibus amarelo. Tia Rosa foi junto.

-Agora precisamos dar o nome de vocês para quem quer que esteja ai com a lista de alunos novos. Assim saberão que estão dentro do ônibus.

-Eu ouvi "novos alunos?" - Lorena apareceu no meio da multidão. Dave ficou contente em vê-la. Depois fcou confuso. -Desculpe por ontem à noite Dave. Acredito que teve uma noite boa de um jeito ou de outro.

-Espera -ele falou. Reparou na prancheta em sua mão e na postura com a qual andava. –Você é professora dessa escola?

Então quando a mãe lhe disse para não falar sobre o relógio ou quando Romena citou o nome Lorena mais cedo naquela manhã eles se referiam a professora Lorena. Professora/prima Lorena. Ele nunca havia se dado ao trabalho de perguntar onde ou com o que ela trabalhava. Sempre desconfiara que fosse numa loja ou algo assim. Tinha tanta certeza em sua teoria que decidiu ignorar todas as outras possibilidades.

-Não sabia? - Riley perguntou um tanto surpreso.

-Não falo muito sobre mim, para dizer a verdade. - Lorena admitiu. Ela voltou a atenção para a lista. –Weis, Weis e Fellows. Prontinho! Boa sorte gente! Nos vemos na escola. Tenho mesmo que ir.

-Ela é minha prima! –Dave ainda estava chocado com a nova informação. -Não pode ser minha professora e minha prima ao mesmo tempo.

-E é minha cunhada. Vamos entrar logo que eu estou passando mal. –Alícia comentou.

Ruby deu um beijo em cada um.

-Se comportem, estudem e não façam nenhuma bobagem. São regras!

-Certo mãe. Tchau. –Alícia correu para dentro do ônibus. Riley foi logo em seguida.

-Vou tentar falar com sua mãe, ok? Boa sorte, Dave.

-Obrigado –e ele foi atrás dos amigos.

Deixou as malas para alguém guardar e deu uma boa olhada nas lojas. Poderia demorar a vê-las de novo. A imagem que ele tinha da escola era como um internato no meio do nada, algo que lembrava uma prisão. Aproveitou sua liberdade e passou pela porta do ônibus escolar. O interior não era bem o que ele esperava. Era como a primeira classe no trem de Tâmara, os conjuntos de bancos com uma mesa entre eles, porém sem luxo nenhum. Tinha dois andares e um corredor apertado. Ao menos os bancos vermelhos pareciam confortáveis.

-Dave! -ele viu a mão de Riley acenando de um dos conjuntos de poltronas.

Lá estavam ele, Alícia e Lilian. Sentou-se no banco do corredor, ao lado de Riley. A mesa no centro era velha, e já fora branca um dia. Haviam coisas escritas nela com caneta azul ou cravadas na madeira.

-Bom dia, Dave –Lilian cumprimentou.

Ele desejou-lhe bom dia também, e reparou no olhar de desespero de Alícia Weis.

-Acho que ainda temos que esperar uns vinte minutos –ela comentou. –Quanto tempo dura a viagem daqui até a escola?

-Uma hora, eu acho. Talvez duas –Riley respondeu.

A menina resmungou. Nas poltronas do outro lado do corredor sentou-se um grupo de meninas. Uma delas era aquela garota de quem Romena e Rick estiveram discutindo no dia anterior. A filha do diretor, Isabelle DiPrata. Elas pareciam estar falando sobre os quatro amigos. Olhavam e voltavam a atenção para si mesmas. Lilian percebeu e revirou os olhos. Isabelle se encurvou para cutucar o braço de Dave. Ele ficou confuso. Virou-se para a menina. Ela era tão pálida e seus cabelos tão escuros que parecia uma foto em preto e branco. Exceto por seus olhos. Azuis escuros e focados nos olhos azuis claro de Dave. Vestia um moletom azul marinho e jeans.

-Você é Dave Fellows? –ela perguntou. Seu tom de voz era confiante e firme.

Dave demorou um pouco para responder que sim. Seu olhar era tão confiante quanto sua voz. Mesmo sentada, tinha uma postura perfeita. A simples presença dela era um tanto intimidadora. Tinha uma sobrancelha levemente mais elevada do que a outra, deixando-a com um ar de superioridade. O lábio levemente flexuado num sorriso adicionava um ar atrativo a ela.

-Sou Isabelle DiPrata –ela saiu de seu assento e se apoiou-se próxima a mesa dos quatro amigos –Ouvi... Rumores sobre você e a princesa Tâmara –as amigas delas soltaram risinhos que incomodaram Dave. -É verdade que andou com ela no trem paar afesta?

-Sim –respondeu, simplesmente.

-Conhece ela?

-Não.

-Sabe dizer uma frase completa? –As amigas na outra mesa riram. Dave não costumava te problemas como este na escola no Brsil. A única pessoa que não gostav dele era o professor Pelanca. Algo dizia que Isabelle estava apenas fofocando, e não realmente interessada em ouvir a voz dele. No Brasil, ninguém se importava muito com ele. Todos o respeitavam, e isso era o suficiente.

-É claro que ele sabe falar, Isabelle –Lilian respondeu.

Ela usava um perfume doce e mascava chiclete. Apesar do jeito como falava ou como portava-se, Dave não conseguia ficar bravo o ofendido.

-Olá Lilian –ela encarou Dave novamente. –Seu pai era Reginald Fellows, certo?

Dave assentiu.

-Legal. Acredito que podemos nos tornar amigos. Nos falamos mais na escola. Tchau Lilian.

Ela se virou e voltou a se sentar com as amigas. Lilian encostou a cabeça no assento e revirou tanto os olhos que parecia que doía.

-Sinceramente Dave –ela falou. –eu não andaria com ela. Tudo o que ela quer é ser famosa e andar com gente famosa. Se eu fosse você manteria distância.

-Eu não sou famoso. –Ele olhou para Isabelle mais uma vez. Ela piscou para ele e voltou a olhar as amigas.

-Mas poderia ser se andasse com ela e fosse arrogante. Percebeu que ela nem sequer olhou para Riley ou Alícia? Isso é porque eles não são tão conhecidos como você, "o filho do soldado e amigo da princesa" ou eu, filha da representante.

-Não precisa jogar na cara –Alícia disse

-Não quis te ofender. A questão é que ela que ela quer ter poder, mas não pode tê-lo então faz parecer que tem, entende?

-Não –Dave respondeu. Lilian era uma garota tão complicada.

Ele voltou a olhar para as meninas. Isabelle já estava o encarando, mexendo num colar que vestia. Seus lábios finos se curvaram em um sorriso e sussurraram "gostei dos seus sapatos". Eram na verdade os sapatos mais velhos que ele tinha. Lilian bateu forte na mão do menino para chamar a atenção dele.

-Ela nem olhou para eles.

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