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X -Alícia

Dedicado à Camila por ter me ajudado a revisar este aqui e por sempre comentar e me apoiar. Obrigada!

-Quatorze anos! Faz quatorze anos que eu não venho para essa festa! – Maria falou, animada. – Vocês, crianças, mal sabem o que são quatorze anos!

Ela só não estava mais animada que seu filho Rick. Ele pulava no limite da plataforma se expondo à toa a um risco de morte apenas para ver o trem chegando. Dave continuava tirando dúvidas infinitas com Riley, Rômulo e Lorena. Rosa e Ruby checavam os bilhetes pela décima vez. Alícia estava sozinha naquele meio. Queria sentar-se logo no trem e dormir as duas horas de viagem. Quando acordar, seria apenas para sentar-se novamente à sua mesa, onde comida seria servida sem parar e tudo o que ela precisaria fazer era olhar para os telões. Se desse sorte, sentariam-se próximos a uma caixa de som e ela não teria que ouvir as perguntas de Dave, os comentários de tia Rosa nem a animação de Rick Fellows.

-Ai vem ele! – Rick disse, se referindo ao trem.

-Segurem as malas. –Rosa falou. – Quero embarcar rápido.

Alícia se virou para pegar sua mochila do chão e Rick esbarrou nela, se dirigindo para o centro de uma multidão que se formava aos poucos. Resmungava "O que será que está acontecendo?". Como esse menino percebe agitações ao seu redor com tanta facilidade? ela pensou, mas seguiu-o. Curiosidade era algo que não podia negar. Todos ignoraram completamente o term que se aproximava. Esqueceram-se de que queriam um bom lugar, ou desejavam entrar sem esbarrar em outras pessoas. Posicionaram-se de maneira que deixasse uma grande passarela no meio da multidão, por onde uma mulher de cabelos verdes passava graciosamente. Uma mulher e uma garota seguiam-na, tentando andar tão rapida e ainda tão belamente quanto a princesa Tâmara. Os outros curvavam-se, e Alícia imitou, mesmo que a mulher ainda estivesse um pouco longe de si. O que ela poderia estar fazendo ali? Deveria estar com a irmã aniversariante, preparando seu discurso, pedindo que os irmãos se calassem para ela poder se concentrar.

-Senhora, não devíamos... Vamos nos atrasar mais uma vez –a mulher falou. Alícia reconheceu a menina que camihava junto da princesa. Era Lilian Alberton. Então, automaticamente, deduziu que a mulher com a prancheta era Ana Vitória Alberton, mãe e Lilian e representante da princesa Tâmara.

-Eu sei o que estou fazendo, Vitória –a princesa falou, calma.

A menina seguiu Rick com sua mochila na mão, se esgueirando por entre as pessoas para chegar mais perto. Queria vê-la, queria muito. Alícia já estivera em desfiles e eventos onde pudera ver a princesa em pessoa, mas nunca estivera tão perto de Sua Alteza. Sempre havia histórias e mitos sobre a família real de Éres. Alícia já ouvira dizer que a princesa banhava-se no leite de seus servos mamíferos, e tomava sangue frio de répteis todas as manhãs numa taça de ouro. Também havia histórias sobre filhos que ela tivera com leões e ursos, atrocidades do mundo animal que ela mantinha presos nas masmorras seu castelo. Ela esperava que tudo não passasse de lendas. Conforme a princesa aproximava-se de Alícia, ela diminuia o passo e olhava em volta, procurando por alguém, talvez. Só ai que a menina percebeu o tigre branco que a acompanhava. Velho, sujo, deformado por brigas que deve ter tido para proteger sua senhora de coiotes ou lobos.

-Quem são essas? – Rick sussurrou. Por mais baixo que tenha falado, a estação estava em silêncio, a não ser pelo trem que estacionava. Alguns rostos viraram-se para o menino, incrédulos.

-É a princesa Tâmara. – Riley sussurrou de volta.

Alícia olhou para trás. A família toda e os novos amigos estavam ali, observando a princesa andar graciosamente em seu vestido de seda verde escuro. Parecia mais uma roupa para se vestir debaixo do vestido de festa, mas ela não se importava. Tâmara era maravilhosa, a mais bela de todas as filhas do rei. O rosto era perfeito no que se diz em simetria e delicadeza. Os olhos eram duas safiras vorazes, e a boca carnuda e rosada. Os cabelos tingidos de verde claro desciam em ondas por suas costas compridas e não paravam até atingir a cintura. As curvas de seu corpo eram invejáveis e sua postura transpassava o exigido para a realeza. O jeito como ela mexia os ombros enaunto se movia era ao mesmo tempo gracioso e provocativo. Era impossível tirar os olhos dela. Principalemente quando ela parava à sua frente e sorria com seus dentes perfeitos.

A garota baixa com uma mochila nas mãos levantou o olhar para Tâmara, que estava parada olhando em direção a ela. Não necessariamente ela, mas uma das pessoas próximas a ela. Veio andando, sem dizer nada, em passos curtos, até parar na frente de Rick. O coração de Alícia estava bastante acelerado. A presença dela era sufocante no melhor sentido da palavra. Tâmara olhou de Rick para Dave, então para Maria.

-Hã... Olá. –a mulher falou.

Alícia prendeu a respiração, não sabia muito bem como tratar uma princesa, principalmente Tâmara, que era muito exigente, mas dizer olá parecia errado. Tâmara apenas sorriu. Não um sorriso feliz, nem um sorriso simpático. Um sorriso cheio de malícia e sarcasmo. Combinava perfeitamente com seu rosto esculpido.

-Olá Maria. – Ai. Meu. Deus. Como ela sabe o nome dela? Alícia pensou, agitada – Como tem passado?

-Estou ótima, obrigada.

Alícia virou a cabeça vagarosamente para encarar Dave. A expressão dele era a mesma de quando perguntava coisas para Riley: Pura confusão.

-Isso é fantástico. É bom ter você aqui –o sorriso da princesa confundia Alícia ainda mais. Não condizia com suas palavras que pareciam gentis– Não querem vir conosco? Todos vocês? Acho que queremos conversar, não é mesmo?

Ela apontou para a família Weis também. O coração de Alícia podia ter parado naquela hora que ela nem se importaria. Sim pensou. Diga sim, diga logo!

-Obrigada, Tâmara. Na verdade, Rosa comprou os bilhetes...

-Não vai recusar um convite da princesa, não é mesmo, Maria? – Alícia concordava plenamente com a questão. – Venham. Temos que conversar.

Lilian cutucou Alícia. Seus longos cabelos estavam presos numa trança que alcançava suas coxas.

-Quem são essas pessoas? –ela perguntou

-Amigos da minha mãe. Eu não faço ideia do que está acontecendo.

Eles caminharam pela estação até passar por uma porta pintada na cor verde onde lia-se "Acesso Restrito". Daquele lado havia apenas um trem de um vagão só e o maquinista obedientemente esperando por ordens. Tâmara disse para irem rápido, o mas rápido que conseguisse. Ajustou sua seda estranhamente elegante e pediu par aque todos embarcassem. O vagão era de primeira classe, ou um nível acima disso. Havia poltronas ajustáveis na cor branca apenas do lado direito. Quatro conjuntos de quatro com uma mesa entre elas. O lado esquerdo tinha uma janela panorâmica com um balcão e banquinhos presos no chão de carpete verde. Era possível ver parte da cabine do maquinista por uma portinha de vidro na frente, que dividia o espaço da parede com um sofá vermelho. A princesa fez questão de que a família Fellows se sentasse com ela com Maria ao seu lado. Alícia, Lilian e Vitória sentaram-se ao balcão. Próximas, mas não tanto, da conversa da princesa.

-Não sabia que tinha outro filho –a princesa disse – Seu pai é Reginald também?

-É sim –Rick respondeu. Ele estendeu a mão inocentemente para Tâmara – Meu nome é Rick.

Ela encarou a mão estendida com nojo, porém com um leve sorriso. Alícia estava começando a não gostar da expressão no rosto da princesa da terra.

-Que bom –ela desprezou a mão. – Estão vivendo bem desde a morte dele?

Alícia arregalou os olhos. Que pergunta mais horrível para se fazer pensou.

-Estamos muito bem, obrigado. –Rick respondeu com um tom de voz completamente normal.

-Onde está Mata-Touro?

Esta o menino não soube responder. Lilian mal tentava disfarçar que estava querendo ver o que se passava entre os quatro. Estava completamente esticada para frente, quase caindo do banquinho. Alícia não precisava fazer muito esforço, estava mais perto. Podia perfeitamente ver Maria tirando da mochila de Dave uma caixinha de madeira com desehos esculpidos, abrindo-a e tirando um pequeno objeto de lá. A princesa sorriu e tomou o objeto dela. Maria rapidamente fechou a caixa.

-Não precisa fazer isso. –Tâmara disse – Eu sei o que tem nessa caixa. Sei de tudo, lembra-se?

E piscou para a mulher. O trem começou a andar. Alícia teve que segurar Lilian para que ela não caísse. O objeto na mão de Tâmara era agora uma espada.

-Por que o nome disso é Mata-Touro? – Rick questionou.

A princesa o encarou, como se tentando lembrar o porquê da presença dele ou pensando que ele seria um bom lanche para seu tigre de estimação.

-Eu dei isto para que seu pai matasse um animal que pensei ser um touro –ela explicou. –Então umas pessoas a batizaram de Mata-Touro. Guarde junto das outras coisas. É bom saber que estão todos bem e bastante supreendende ver você indo para a festa de aniversário de minha irmã. Saiba que ela ficaria feliz em vê-la.

-Duvido muito –Maria resmungou numa voz quase inaudível.

-Duvida de minha palavra, Maria? –a mulher não encarou a princesa. Tâmara não tirou o sorriso sínico de seus belos lábios por nem um segundo –Deveria acreditar. É um prazer tê-lo em meu reino, Dave Fellows. Admirava muito seu pai e sei que virei a admira-lo também, um dia. E você também... Rick. É um Fellows, então é bom. Agora dêe-me licença. Vou terminar de me arrumar.

Ela devolveu a espada para Maria. Lilian se virou para Alícia. Sua curiosidade podia ser sentida no ar. Do que aquilo tudo se tratava? A princesa se levantou e entrou na cabine do maquinista. Vitória foi atrás dela.

-O que ela sabe sobre nós? – Dave perguntou. Parecia assustado.

-Algumas coisas –Maria respondeu. Ela não parecia tão à vontade –Mas não sobre nós. Sobre mim e seu pai. Principalmente seu pai. Ele trabalhava para ela, não se lembra?

-Sim, mas que coisas? Isso foi meio assustador.

-Não tem que se preocupar. Eles eram amigos. Ele a convidou para nosso casamento. Ela me conhece e quis dizer oi. Fim da história.

Definitivamente não parecia o fim da história, mas Dave ficou quieto. Lorena estava com a cabeça encostada na poltrona e com um olhar distante, pensando. Alícia se sentou ao seu lado. Era bastante confortável. As pessoas começaram a conversar entre si. Vozes baixas, sussurros desonfortáveis, memórias e pensamentos espalhando-se pelo ar. Esses sons a embalavam, eram como cantigas para que um bebê dormisse. O dia fora tão agitado. Agora que finalmente estava sentada, ela adormeceu. Quando voltou a abrir os olhos estava com a cabeça caída no ombro de alguém. Lorena, provavelmente. O pescoço doía, era uma posição péssima. O trem ainda não havia parado. Levantou calmamente, alongando-se.

-"Faça o possível para estar bem com seu interior, nem que, para isso, tenha que mexer com seu exterior." – A pessoa ao lado de Alícia disse. Não era Lorena. Era a princesa, ditando uma frase de seu próprio manifesto. Ela tirou rapidamente a cabeça do ombro dela, mas não conseguiu desculpar-se. Não foi preciso. A princesa não se importou. Olhava para Alícia como se procurasse alguma coisa perdida. –É assim que vocês vão para a festa de aniversário da futura rainha? Jeans e camiseta?

A menina não disse nada. Tâmara estava agora com um vestido verde escuro que descia em camadas leves abaixo da sua cintura. Os cabelos arrumados, impecáveis, no topo de sua cabeça com um belo adorno cheio de penas e pés de pássaros brancos. Alícia não sabia como reagir à presença da princesa. Ela encarou Alícia com a sobrancelha franzida e se aproximou até tocar a testa dela com a ponta de seu nariz. A menina ficou paralizada. A princesa cheirava a todos os perfumes de flores do reino. Sua pele era macia e quente e seu hálito, refrescante. Soltou um 'hm' curioso e se retirou. Lilian tomou seu lugar. Alícia demorou um pouco para conseguir parar de arregalar os olhos.

-Faltam cinco minutos – Vitória anunciou.

-Você dormiu tanto! – Lilian comentou. – Tivemos comida. Está com fome?

-Sim, mas não vamos comer na festa? – Ela perguntou, tentando ignorar a presensa da princesa que ainda a assombrava.

-Claro que vamos, mas são cupcakes. Têm alguns ali.

Ela apontou para a ponta do balcão, onde tinha uma bandeja com o último cupcake, sendo pego e mordido por Dave. Alícia suspirou. Ele notou que ela encarava o doce e andou até as meninas.

-Na verdade eu já comi um pedaço de um –ele disse. – Você quer?

-Um cupcake mordido?

Eles encararam o bolinho e ela o tomou da mão dele. Lilian riu.

-Está muito bom. – Comentou.


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_Bia

De acordo com a LEI N 9.610 DE FEVEREIRO DE 1998, PLÁGIO É CRIME.

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