Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

XXI -Riley

O castelo de Teresa era muito impressionante. Riley queria carregar uma câmera para tirar fotos de cada centímetro e mostrar para Alícia mais tarde. Ele achava que seria muito mais legal se fosse um castelo de areia. Sempre fora um desejo construir um castelo grande o suficiente para entrar e brincar. Ele e Alícia haviam construido uma estrutura que chegava até sua cintura, quando estavam com oito ou nove anos, na praia de Copacabana. Estavam aumentando-a, mas a areia cedeu e a água do mar destruiu todo o seu trabalho. Depois, construir castelos de areia não era mais tão legal. Ainda assim, Riley adoraria poder contar que já entrara em um. Mas o Castelo de Conchas era bom o suficiente. Dave já havia dito que o salão principal de todos os castelos eram a sala do trono. Riley já esteve no Castelo de Marfim, com as peles no chão, aves empalhadas no teto e trono de ouro; e no Castelo de Mármore, com o trono azul flutuante e o mosaico de vidro. Mas ele gostou muito mais daquele salão.

Era extenso e muito alto. Do teto, lustres de cistal desciam por cordas feitas de alga. As conchas nas paredes e os lustres desligados deixavam o ambiente um pouco escuro. À direita, havia uma varanda que acompanhava toda a extensão do salão. Não havia portas para acessa-la, apenas colunas que dividiam a parede. O chão era todo de água corrente. Alguns peixes nadavam por ali. Um caminho de conchas coladas em areia levava até o trono e dividia-se para portas à esquerda e deixava um círculo em volta do trono. Estas portas não eram de madeira e nem de ouro. Eram finas cascatas d'água. Já o trono, por sua vez, era feito de areia e estava mergulhado em água. Apenas via-se o assento e o encosto. Teresa estava sentada ali, vestindo um biquini amarelo, cor que realçava seu bronzeado, para cobrir os seios, e uma canga cumprida. Em seus cabelos curtos e azuis brilhante, estava uma coroa que parecia ser feita de pérolas e patas de carangueijo. Dela, escorria um pequeno fluxo de água infinito, por isso sua cabeça estava levemente tombada para sua direita, e a água não escorria por seu rosto. Suas pernas estavam mergulhadas na água. Atrás do trono, o salão continuava em simetria com a primeira parte, e terminava em outra porta d'água.

Missie estava olhando para as próprias unhas, e Riley queria tomar seu rosto nas mãos e força-la a olhar para cada detalhe do lugar. Em alguns pontos das paredes, as conchas estavam organizadas. Espirais cor de rosa e azuis formavam o rosto da princesa, conchas brancas e azul escuras desenhavam ondas do mar, algumas pequenas e coloidas desenhavam cavalos e, a mais impressionante, o mapa de Érestha em um mosaico enorme. Riely quase esqueceu de se preocupar com Dave diante daquela visão. Bia não havia esperado que Riley dissesse que ia com ela, apenas gritou com as velhas de listras até elas levarem-na para auto-mar e procurar pelo menino. Riley, normalmente, não teria muitas esperanças. Ele havia batido a cabeça e caído na correnteza. Mas essa possibilidade nem se passara por sua cabeça. Era Dave Fellows, seu melhor amigo. Ele simplesmente não podia estar morto ou perdido. Estavam esperando pela represetante de Teresa para voltarem ao píer e aguardar pelo retorno do Pizza de Pepperoni.

Riley sentia-se em casa. Apesar do inverno, a areia na praia estava morna. A água estava quase congelando, mas era assim mesmo que ele gostava. Todos gostavam de surfar, jogar frisbee e frescobol na areia e não se importavam em queimar no sol o dia inteiro. Era como no Rio de Janeiro, do jeito que ele fazia. Queria que a meia-irmã, Ramona, tivesse escolhido se mudar para a província de Teresa, não a de Elói. Assim, quando a mãe o obrigasse a visita-la ele poderia aproveitar a praia ou os rios e lagos espalhados pela província. E talvez alguém o ajudasse a construir um castelo de areia gigante.

-Certo, podemos ir –Alilia Oskovitch, a representante de peso, aproximou-se. –Se os dois não voltarem até o anoitecer a princesa Thaila e o príncipe Elói serão notificados e minha princesa tentará localizar os representantes em seu domínio.

-Esses dois são muito irresponsáveis –Teresa resmungou. Ela levantou-se de seu trono de areia e andou para junto de Alila. A água que escorria de sua coroa agora passava por seu rosto, mas ela não parecia se importar. –Se algo de ruim acontecer, serei culpada. Por que Bia não podia simplesmente esperar e eu resolvia isso tudo em alguns minutos? Ele é protegido dela, certo? Por acaso ele corre perigo de vida?

-Não –Riley respondeu. Como testemunha do pacto idiota dos dois, Riley conseguia saber se havia algo de errado com um deles. Ele simplesmente sentia. Agora, nem Bia e nem Dave estavam alterados. Quando o amigo dissera a palavra de proteção quase um ano atrás, quando voltaram a enfrentar Dneva, ele a ouviu como um sussurro. Podia sentir que os dois não estavam bem, como se fosse apenas uma intuição. E também soube quando tudo se acalmou pois não sentia mais nada. Naquele momento, tudo estava quieto. Ele mexeu em suas têmporas involuntariamente. Por mais que tudo estivesse em ordem, havia alguma coisa diferente. Uma sensação estranha, como se a fênix de luz estivesse perdendo seu brilho. Mesmo assim, Dave estava bem, vivo, e voltaria logo. –Bia está preocupada como namorada, não como protetora.

-Namorada? –Teresa fez um esforço enorme para não rir. Até chegou a segurar uma mão em frente a sua boca, ainda tentando disfarçar. Depois, entregou-se e sorriu, divertindo-se com o gosto que aquela palavra tinha no contexto. –Os dois estão mesmo juntos? Aquela garota é um desastre. A filha adotiva de um príncipe do fogo e o queridinho da futura rainha. Isso é, no mínmo, hilário.

Não divia ser difícil ficar bravo com essas palavras, mas era. Riley estava mais do que cansado de ter Dave negando-se a aceitar que ele e Bia tinham uma relação e outras pessoas evitando o assunto ou tratando-o como algo pejorativo. Sentia-se como se a única pessoa em toda Érestha madura o suficiente para aceitar o fato e viver com ele, e isso era irritante. Sempre que Lilian perguntava sobre Bia ela tinha um sorriso diferente no rosto, e trocava olhares com Alícia. A irmã tentava esconder o riso e Dave revirava os olhos. Herton Heatrwook era o pior de todos. Aproveitava o assunto para fazer comentários maliciosos que sempre acabavam com Dave saindo de perto dos amigos com as bochechas enrubrecidas. Riley não conseguia ver a graça em nada disso, e não conseguia convencer ninguém a parar de agir como crianças. Mas ele não ficou ofendido nem com raiva do comentário da princesa. Ele simplesmente aceitou. O poder que vinha de Teresa era diferente dos outros príncipes. Ela não estava com um vestido chique, nem uma maquiagem perfeita e muito menos jóias por todo o corpo. Água escorria por seu rosto e ela usava uma canga. A mãe de Riley tinha uma igual, ele tinha certeza. Talvez por ela ser tão naturalmente simples e parecer-se tão humana, Riley obrigou-se a tomar sua palavra como verdade. Ela voltou a andar, e Riley chacoalhou a cabeça para segui-la.

Teresa e Alila guiaram os dois pela bela praia pessoal até o píer pessoal da ilha pessoal onde encontrava-se o castelo da princesa. Alguns empregados estavam recolhendo conchas em baldes, outros varrendo a areia da varanda e outros testando pranchas de surf coloridas. Haviam cavalos por toda a parte; pretos, marrons, brancos e malhados, e eles reverenciavam a princesa como se fosse Tâmara. O Píer Azulado era bastante extenso e terminava em outra construção de areia e conchas. Teresa foi gentil em explicar porque achava o nome do píer ridículo. Aquele fora seu presente no aniversário de cinco anos, e Thaís insistiu que ela escolhesse um nome bonito, como todos os outros píers tinham.

-Há o Píer da Paz, mais ao sul da província, onde o avô de meu avô assinou o tratado de paz que reconheceu a província dos elfos como independente; o Píer do Sol Nascente, de onde pode-se ver o mais belo nascer do sol de toda a província. Foi lá onde concebi minha filha –Riley fez uma careta para esse comentário, mas ainda assim a história era interessante. -E o Píer das Margaridas Vermelhas, que nascem apesar da areia e da áua salgada. Um experimento de minha irmã da terra. Ai tem o píer pessoal da princesa, que chama-se Píer Azulado pelo simples fato de eu não conseguir parar de pensar nessa cor quando tinha cinco anos de idade. Sinto-me humilhada por mim mesma.

-Acho um belo nome, senhora. Se me permite –Missie disse, acrescentando a última parte quando notou o olhar da mulher sobre si. –Reflete uma paixão.

-É, pode ser –a princesa virou o rosto para observar o mar. As ondas acalmavam-se com sua presença. –Ainda assim, é um nome ridículo.

Riley queria aprender como ser formal de uma maneira natural, como Missie fazia. Longe da realza e da família, ela mantinha a postura bonita e as roupas arrumadas, mas parava por ai. Ela curtia festas e sabia se divertir. Não tinha medo de fazer algumas coisas que poderiam a deixar ancrencada e estava sempre sorrindo. E tudo isso era natural. Ela tinha isso tudo correndo em seu sangue, talvez pudesse explicar para Riley como não abrir a boca para falar besteira a toda hora.

-Está encarando meu olho prata –ela sorriu.

-Desculpe, eu só estava pensando. Olha, eu leio muito. Conheço as palavras muito bem, mas nunca conseguiria formular uma frase tão... apropriada como você faz.

Missie riu mais uma vez, e Alilia juntou-se a ela.

-Primeiro, obrigada –ela falou, colocando as mãos para trás num gesto involuntário, mas que a deixava ainda mais séria. –Segundo, eu meio que fui obrigada, sabe? Não só moro na província da princesa mais séria e mais exigente de Érestha como sirvo a ela diretamente. E eu acho que você não tem com o que se preocupar. Você diverte as pessoas, isso é o suficiente para que esqueçam formalidades.

-Então eu sou como um bobo da corte?

-Exato.

Até Teresa juntou-se para rir dessa vez, e Riley sorriu. Ele adorava ser divertido, era sua marca registrada e nunca a abandonaria. Mas, às vezes, podia ser interessante possuir habilidades formais. Ele sorriu mais ainda quando notou que ela o encarava, com um soriso zombeteiro no rosto.

-Está encarando meu olho castanho –ele falou.

-Oh sim, estava pensando -riu. –Conheço muitas piadas e já viajei pelo reino todo, mas nunca conseguiria contar uma história interessante e engraçada como você faz.

-Primeiro, obrigado. Segundo... é um dom e uma maldição

Missie jogou a cabeça para trás para aproveitar melhor o riso. No mar, um homem caiu de uma prancha laranja, e ele desejou poder juntar-se a ele. Eles caminharam até a estrutura no final do píer e desceram escadas em espiral para abaixo do nível do mar. Aquilo era a sala de jantar do castelo, com uma mesa enorme de madeira duas janelas com a vista mais bela que Riley já tivera o prazer de presenciar. Tudo o que via era a água exageiradamente azul e os raios de sol que faziam tudo brilhar. Havia cavalos marinhos, tubarões martelo, peixes-leão, focas e estrelas do mar que pasavam por ali para saudar a princesa. Biomas diferentes juntando-se para agradecer a senhora que lhes proporcionava seu habtat natural. Teresa sentou-se na cabiceira com Alilia à sua direita. Riley e Missie andaram até a janela para observar.

-Eu adoro essa sala –a menina comentou. –No Castelo de Mármore, o chão do salão de jantar é de vidro. Se você visse a cara de Dave na primeira vez que ele pisou lá...

-Imagino –os dois riram.

Teresa convidou-os para sentarem-se e servirem-se como quisessem. Alguma criada havia disposto pães de todos os tipos, geléias com pedaços de fruta e patês de peixe, doces coloridos, sucos e café quente sobre a mesa. Apesar da preocupação com os dois amigos no mar, Riley conseguiu passar uma tarde aproveitável com comida boa e a companhia de Missie. Perguntava-se também onde estaria Alícia. Tinha a impressão de que ela não estava em casa, mas com Laura Souza em algum lugar no Rio. Provavelmente só voltaria no jantar do dia seguinte para comemorar o ano novo do continente com os amigos de Ruby. O sol já estava se pondo quando o barco pequeno e bem fino em alta velocidade aproximou-se do píer. Missie correu escada a cima, seguida de perto por Riley. Alilia acelerou o passo, mas Teresa não se deu ao trabalho.

Kesley e Kemely nem tentaram parar a embarcação, e deixaram que esta encalhasse com um baque na areia fina. Bia e Dave estavam preparados dessa vez, e agarravam a amurda de balaústre com força. Eles pularam para a terra firme e foram envolvidos por um abraço desesperado de Missie.

-O que aconteceu? Estão bem? –Riley pergutou. Cumprimentou o amigo e Bia com apertos de mão inventados ali mesmo, fazendo-os rirem.

-Sim, tudo bem –Dave olhou para Teresa e chacolhou os ombros para falar. –Me perdi no mar e acabei na ilha de sua filha.

Teresa arregalou os olhos. Ela empurrou Alila para o lado e segurou Dave com mais força do que o necessário.

-Como ela está? –perguntou.

-Ela disse que está bem e sente sua falta.

Teresa tinha lágrimas nos olhos e andou cambaleante até o mar, murmurando "sinto saua falta, minha Terlúria". Alila andou até sua senhora para abraça-la. Riley virou-se para o amigo com a boca aberta em pura admiração.

-Como assim? –Missie também parecia interessada.

-Eu acordei na ilha dela, simples assim. Não vai acreditar, mas aquele era o Cemitério do Rei.

Riley começou as perguntas imediatamente. Dave descreveu o lugar pequeno e as lápides anônimas. Contou sobre como ela mudava de forma e que ela preferia que chamassem o lugar de Castelo de Ilusões. Ele tinha certeza de que precisaria de pelo menos uma semana para fazer todas as perguntas que queria, mas Bia bateu na sua cabeça, irritada, e mandou-o calar a boca depois de cindo minutos. Ainda tinha meio ano de aula com o amigo, poderia perturba-lo mais tarde. Ele já havia lido sobre o Cemitério do Rei diversas vezes, incluindo nas aulas da professora Merine Perie, de história. O lugar era sempre tratado por assombrado, macabro e difícil de se localizar. Os que chegavam lá estavam mortos ou mito perdidos, e acabavam nas mãos de uma bruxa. O que Dave descreveu era quase um paraíso, com chá, areia e boa companhia. Falou muito bem de Terlúria e descreveu a fumaça e as luzes coloridas que saiam de sua chaminé. Riley mataria para poder ver com os próprios olhos. Missie fez algum comentário sobre isso tudo ser maravilhoso e que deveria estar nos livros da história recente de Érestha, e Riley animou-se. E se eu escrevesse sobre isso? Pensou. Seria incrível! Érestha de Verdade, por Riley Weis... Ou algo assim. Sorriu, mas logo chacolahou os pensamentos. "Já tem palavras de mais com o que se preocupar" dissera Dafne. Depois, bufou. Um dia.

-Bom –Dave chacoalhou a cabeça –esse foi um dia em tanto. Quero falar com Thaila antes de ir para casa, ou vou esquecer de toda a nossa reunião. Você vem comigo?

A pergunta era para Bia. Ela parecia um pouco enjoada da viagem no mar.

-Vou estar lá para o jantar amanhã, com ceteza. Mas quero visitar Marizzie –ela respondeu.

-Claro –Missie falou. Trocou o peso de um pé para o outro algumas vezes antes de continuar. –Vou para minha província falar com minha princesa, depois volto para casa.

-O que tem Izzie? –Riley só vira a menina duas vezes, mas já a dorava. Era alegre e adoravelmente alheia a tudo o que a cercava.

-Não está muito bem mais uma vez –Missie disse. –Não é tão ruim, mas Martina acha que é melhor leva-la ao hospital se não ficar melhor até amanhã. Você pode vir com a gente, se quiser. Ela se lembra de você como "o menino que fala coisas engraçadas".

-É, sou mesmo um bobo da corte –Missie conseguiu sorrir, apenas. –Por mim, tudo bem. Não preciso estar em casa até amanhã, eu acho. Quanto mais demorar, menos Tia Rosa eu terei que aguentar.

-Bom, então vejo você dia primeiro, Riley –Dave falou. –Mal posso esperar para voltar para as emocionantes aulas de geografia. Missie, obrigado, mesmo quase tendo nos matado com aquela passagem dos céus. Nos vemos em breve.

Ele abraçou Missie e cumprimentou Riley com mais um toque estranho e complicado.

-Até amanhã, ou hoje à noite, não sei –Bia falou, abrindo os braços para um abraço. A esse ponto, Teresa já havia se recompsto e voltava para perto deles. Os dois se beijaram e Teresa riu um pouco alto de mais. Bia parecia furiosa sempre que alguém a interrompia, e não foi diferente com a princesa das águas. Mas ela não falou nada.

-Precisam que eu os ajude a voltar para suas provícias? Posso dar as direções necessárias –a princesa disse.

-Obrigada –Missie falou, -mas eu conheço o caminho.

-E eu posso me virar. Obrigado.

Teresa deu de ombros, agradeceu a Dave pelas informações de Terlúria e retirou-se. Alila ficou para trás, pronta para acompanhar os outros até a saída. Dave abraçou Bia mais uma vez e Riley virou-se de costas para acompanhar Missie até o Castelo de Mármore. No mundo dos representantes de Érestha, por Riley Weis. Ele sorriu. Um dia.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro