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XII Missie

Geralmente, Thaila organizava um jantar antes da festa para os irmãos e seus representantes, mas naquela ocasião, ela havia decidido fazer isso depois. Missie já havia comido. Eram dez e meia da noite. Ele deveria estar em casa, com a família, assistindo aos programas de sua província que faziam uma retrospectiva do ano que se passara. Faria a contagem regressiva junto deles, abririam uma champagne e ficaria sentada com Maiara e Izzie no jardim, estabelecendo metas para aquele ano. Mas ela não se importava de estar sentada à mesa do salão de jantar do Castelo de Vidro. Havia tudo desde sopas e caldos até porco e abóboras. Tudo servido em louça de prata e grandes taças banhadas a ouro. Os funcionários serviam os convidados e todos conversavam muito alegremente sobre a festa. Éres não parecia cansado, e nem Thaila. Estavam felizes, rindo e se divertindo. Até Tamires, sentada ao lado de Missie, estava rindo. Ela pegou a colher e provou a sopa. Maravilhosa. Elói e Bia estavam fazendo uma competição para ver quem conseguia tomar mais vinho de suas taças sem respirar, e Éres torcia pela menina. Elói baixou a taça dourada e bateu-a na mesa apenas meio segundo antes de Bia fazer o mesmo. Eles analizaram os copos um do outro. Elói tomou a taça de Bia e virou-a de cabeça para baixo. Apenas algumas gotas pingaram dela. Rei Éres vibrou pela vitória de sua preferida e os dois bateram as mãos em comemoração.

-Eu deveria estar orgulhoso? –Elói perguntou, chocado. E isso causou mais risadas do rei.

Era Dave quem se sentava ao lado direito de Missie. Depois dele, a última cadeira daquele lado da mesa era ocupada pela princesa aniversariante. Ela sentava-se confortavelmente na cadeira e Missie conseguia ver as botas de chuva coloridas sob seu belo vestido roxo e dourado. Apesar de estar rindo, havia alguma ruga de preocupação em suas feições. Ela queria muito poder desejar feliz aniversãrio para Tabata, Missie sabia. Dave também provavelmente tinha alguma ideia sobre isso. Ela deu mais algumas colheradas na sopa e quando se deu conta já havia tomado tudo. O rei levantou-se de sua cadeira e segurou o a taça no alto.

-À nossa Thaila e a um novo ano. Que seja um belo ano para todos nós.

-À Thaila –as pessoas repetiram e tomaram um gole de suas bebidas.

As conversas voltaram a tomar conta do lugar. Missie, Bia e Dave falavam entre eles e seus príncipes sobre todo o tipo de assunto. O vestido da menina começou a incomoda-la um pouco, e ele repreendeu-se por ter xingado Bia e seu cropped. Ela abaixou a cabeça para ajustar o decote quando tudo tremeu. O barulho de algo muito pesado caindo fez todos calarem-se e olharem em volta, procurando a fonte do barulho. Lawrence foi o primeiro a tomar uma atiude e disse que ia checar o que estava acontecendo. Todos ficaram quietos até o velho retornar sem sua típica prancheta e os cabelos chamuscados.

-Vossa Majestade, temos um problema.

Ninguém esperou por explicações e todos seguiram-no pela estrutura do castelo até a saída que resultava nos jardins. Porém, todos pararam ao mesmo tempo quando viram uma máquina enorme e brilhante fazendo barulho próximo à grande fonte do centro. Aquilo tinha o formato de um canguru, com patas dianteiras compridas, calda e bolsa, mas era feito de metal dourado e preto e tinha pelo menos quinze metros de altura. Os olhos eram vermelhos e lembravam a pedra brilhante da espada de Dave. Antes que alguém pudesse esboçar qualquer reação, o animal –ou o que quer que aquilo realmente fosse- soltou um rugido metálico e abriu a boca para deixar que chamas saíssem dela.

-Mas que merda é essa? –Bia perguntou, dando alguns passos para frente. Todos os representantes pediram para que seus príncipes ficassem parados e chegaram mais perto da máquina.

-Eu conheço isso de algum lugar... –Tâmara comentou, incinando a cabeça para observar melhor.

-Talvez seja um presentinho de aniversário de Tabata para sua querida irmã –Olímpio Lopez sugeriu.

Missie lembrava-se que Tabata estava mandando experiências para as outras províncias. Queria testa-las e testar também o nível de seus inimigos. Mas aquilo era idiota. Por que diabos ela construiria uma máquina cuspidora de fogo e mandaria para o Castelo de Vidro? Missie tinha certeza de que, se quisesse, Éres já teria dado um fim naquilo sem nenhum esforço. Ou talvez fosse exatamente isso que Tabata queria: ver como o pai estava de saúde, qual era sua disposição. Era doentio. O animal não se mexeu com a proximidade dos representantes. Não parecia estar olhando para ninguém em específico. Até Dave apertar a pedra vermelha em sua espada e o barulho da lâmina estendendo-se fazer com que todos o encarassem.

-Foi mal –ele falou baixo.

A máquina rugiu, apoiou-se em seu rabo metálico e impulsionou as enormes patas para frente num movimento ameaçador que, por muito pouco, não atingiu Ana Vitória. A representante de Tâmara, ofendida, bateu com o salto no chão e fez com que este tremesse. O animal desequilibrou-se e caiu sob a fonte, estraçalhando-a. Alilia Oskovitch usou seu legado de controle d'água para segurar todo o líquido cristalino sobre a máquina. Ouviu-se um estalo e os olhos vermelhos apagaram-se. A expressão no rosto de todos não era de medo, mas de incredibilidade.

-Isso é ridículo –Missie deixou o pensamento escapar.

Alilia soltou toda a água, que se espalhou por todos os lados e desceu os degraus que levavam para o plano dos jardins como uma cachoeira. Tâmara e Elói aproximaram-se, pensativos. Chegaram perto e tocaram a máquina. Elói parecia procurar alguma coisa nas placas de metal que formavam o bicho, até Tâmara gritar, animada.

-Já sei!

Mas antes que ela pudesse concluir o pensamento, as luzes dos olhos do canguru acenderam-se novamente. Tâmara afastou-se com calma e deixou que a máquina levantasse-se, desajeitada, antes de se virar para correr. Missie queria ter sua armação de guarda-chuva consigo. Ela deia ter deixado no quarto da princesa Tamires quando estava ajudando-a a se arrumar. Era o objeto perfeito para conduzir sua eletricidade, seu poder dos raios de Tamires. Aquela coisa já estava toda molhada. Um bom choque daria um curto em seus circuitos e acabaria com a graça de quem quer que tivesse mandado aquilo para lá. Então ela teve uma ideia. Tomou a espada da mão de Dave, preparou-se e correu em direção à máquina. Aquilo tinha que dar certo. Ela gritou e deixou que as correntes elétricas de seu corpo intensificassem-se. Fez algum esforço para concentrar toda essa energia nas mãos e tocou o animal dourado com uma espada carregada. Foi muito fácil fazer com que a corrente pecorresse todo o corpo do canguru. Ele grunhiu aguns sons, mas seus olhos vermelhos não se apagaram. Ele pareceu ficar mais confiante. Missie afastou-se o mais rápido que conseguiu e por pouco não foi vítima de sua calda.

Todos começaram a ajudar, colocando fogo, produzindo ventos poderosos que arrancaram algumas placas de seu corpo e manipulando água em seu interior, mas o bicho não parava de cuspir fogo ou fazer barulhos metálicos ensurdecedores. Missie estava devastada. Dave tomou sua espada de volta e andou em volta do animal. Como aquilo não tinha funcionado? Como alguma coisa pode ser a prova de todos nós? Ela pensou, frustrada. Aquele madito sonho em queda livre voltou para si de repente, mas ela chacoalhou a cabeça. Ela não havia decepcionado ninguém, pelo menos havia tentado. Mas não havia mais nada que ela podia fazer a não ser assistir as tentativas falhas de todos os outros. Ela decidiu seguir Dave, que havia andado para trás do bicho perto de mais da calda assassina. Para seu horror, ele estava escalando o canguru com bastante dificuldade.

-O que você está fazendo?

Mas ela entendeu sem que ele precisasse dizer nada. Uma das placas de metal na nuca do animal não parecia ter sido muito bem encaixada. Havia alguma coisa gravada ali, talvez uma assinatura, mas o importante é que, quando ele mexia-se do jeito certo, via-se algo circular quase tão brilante quanto os olhos ou a pedra da espada. Missie não sabia exatamente o que era aquilo, mas parecia certo tentar quebrar ou apertar o que quer que fosse. Quando Bia estava prestes a jogar mais uma enchurrada de palavrões na direção do animal, ele produziu um som jorrível que ressemblava dor e caiu de cara no chão, causando mais um pequeno tremor. Em sua nuca estava Dave, com a espada de seu pai fincada no espaço entreaberto da placa de metal dourada. Tâmara não perdeu nenhum segundo e começou a prender o bicho no chão com cipós. Missie sabia que não seria necessário e sorriu. Dave atrapalhou-se para sair dali, tropeçou nos cipós da princesa e caiu de joelhos no chão. As representantes dos céus e do fogo aproximaram-se dele. Havia sangue em sua boa.

-Você está bem? –Missie perguntou.

-Sim –Bia puxou-o para cima e passou o indicador em seus lábios, limpando o sangue. –Acho que modri minha língua.

-É outro daqueles –Tâmara murmurou e passou pelas crianças.

-Pensei o mesmo, irmã –Elói concordou.

-Do que estão falando?

Tâmara puxou a espada da mão de Dave.

-Lembram-se do por que disso chamar-se Mata-Touro, não se lembram? –ela começou. Olhou para Dave. –Seu pai derrotou alguma coisa como um touro mecânico com isso. Ele tinha a mesma cor, a mesma estrutura desse canguru de metal. Isso não é de Tabata.

Antes que mais alguém pudesse dizer alguma coisa, a máquina se auto-destruiu debaixo da camada de plantas de Tâmara. Não foi uma explosão, ele apenas desmontou-se. Os cipós afrouxaram-se e todos continuaram em silêncio, observando a fonte destruída e ponderando sobre quem ou o que poderia ser responsável por aquilo. Os príncipes propuseram-se a limpar aquilo tudo sem ajuda dos funcionários, mas os representantes se recusaram a observar apenas. Logo, tudo o que precisava ser feito era reconstruir a fonte. Thaila beijou a testa de Dave e agradeceu sua bravura. Tamires também agradeceu a iniciativa de Missie, mas com uma carícia em seus cabelos.

-É por isso que escolhi você –a princesa falou. –Continue confiando, pequena. Em si mesma e nos outros também.

Ela sorriu. Nota mental: nunca mais dizer que tudo está perfeito antes da meia noite.

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