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XXXIV -Alícia

Alícia não entendia qual era o efeito verdadeiro da palavra de proteção. Na verdade, não sabia muito sobre o pacto em si. Sua mãe lhe dissera algumas coisas. Sempre dava sermões sobre o assunto. "Não fale com estranhos, não beba, não fume, não faça um pacto protetor-protegido". Ela quase tinha orgulho de si mesma por ser o único conselho que não ignorara. De acordo com Ruby, o pacto trazia junto de si o ciúmes, que se transformava em inveja, que se transfomava em dor. E a dor abria um leque de opções para se escolher. Desespero, paranoia, suicídio...

Ela nunca havia lhe contado qual era sua palavra de proteção. Dissera apenas que nunca havia usado e nunca a usaria. Talvez fosse uma cor; ou um animal; ou um nome. Alícia nunca descobrira. Nem a resposta para a pergunta "e o que acontece se você falar?" Isso até Dave Fellows ser capturado, amordaçado, torturado e ter dito a estúpida palavra longicórnio.

Bia já era cabeça quente e explosiva, mas daquela vez ela se superou. Ateou fogo em tudo o que conseguiu por as mãos. Gritou, xingou, pulou na neve com raiva e amaldiçoou a tudo e a todos. Uma máquina de destruição. Era nisso que a palavra de proteção transforma o protetor. Ela imaginou que o protegido fosse agora o destruído. Toda sua deteriminação e coragem roubada por seu protetor, caminhando pelas veias de Bia e alimentando cada células de seu corpo. Isso e nada mais. Talvez raiva. Mas raiva era apenas a Bia do dia a dia. O protegido roubava a dor, o medo e a insegurança de seu protetor. Desespero, paranoia, suicídio. Alícia não queria nem saber se estava certa ou não. Precisavam achar Dave antes dele não aguentar mais.

Antes que os cães prediletos de Dneva pudessem uivar e pedir ajuda, Bia pulou em cima deles e nocauteou-os com uma pedra quente. Osso ainda conseguui produzir um ganido alto o suficiente para que o restante chegasse. Todo o restante. Chiuauas, são bernardos, labradores, pastores alemães e bulldogs. Um exército de cachorros cercando as quatro crianças. Bia tirou o arco das costas e preparou uma flecha antes dos cães entenderem o que estava contecendo. Não atirou de imediato. Seus olhos fervilhavam de raiva, suas mãos pegavam fogo e ela não se importava. Ela cheirou bem o ar antes de soltar a flecha. É, eu sei. Cheeseburgers.

Ela não mirou nos cães. Mirou em algo bem mais florsta a dentro. Alícia esperou ouvir um grito estridende e doentio de Dneva, mas ouviu risos.

-Não é assim tão boa no arco! Peguem-nos. DNEVA FINALMENTE TERÁ SUA VINGANÇA!

Alícia tirou um faca do cinto, mas não queria atirá-la. Não conseguis lutar contra cães. Chiuauas bonitinhos e labradores peludos. Só estavam seguindo ordens. Ordens de uma louca. Como poderia tirar a vida de algo assim?

-Ela não é legado de Tâmara –Riley gritou. –Dneva é legado de Edgar. É a lua, a escuridão, o frio. Não pode controlar cães. São apenas treinados por elas, não manipulados.

-Então faça alguma coisa –Bia gritou de volta. –Eu vou atrás dele.

Bia virou-se e subiu numa árvore. Sua agilidade fora impressionante. Poucos segundos depois, pulava de galho em galho, de árvore para árvore, deixando alguns cães latindo para as copas sem folhas como cães perseguindo um gato. Enquanto isso, Riley gritava para os cães. Dizia que os entendia, que só queria ajudar, mas eles não pareciam entender. Missie atirou umas maçãs com alcaçuz dos cavalos na direção dos cães. Eles pararam, cheiraram e mastigaram. Alguns apenas continuaram a rosnar.

-Olha, não queremos causar nenhum mal –Riley conversou com eles. Agora pareciam responder.

Alícia podia ter presado atenção na conversa em palavras e latidos, mas um galho quebrou-se no chão à esquerda. Não havia ninguém ali. Outro galho, na mesma direção. O som baixo e crocante de crack que a neve faz quando se pisa nela. E ninguém. Nada. Tudo.

-O relógio –Alícia entendeu. –Ela está com o relógio do pai de Dave. Dneva está invisível, ela está vindo para...

Um soco acertou-a em cheio na bochecha. Achou que sua mandíbula tinha sido deslocada e testou, apenas para o caso de estar mesmo. Não. Em ordem. Missie abriu seu guarda-chuva e atirou um raio que viajou até estalar numa árvore. Riley ainda pedia paz para os cães, desconhecedor da situação bem atrás dele. Ela estava prestes a xingar Ellie, a elfa que dissera que ia tomar conta de Dneva, mas não podia culpá-la. É impossível lutar contra o que não se vê. Maldita explosão, maldita hora em que deixei aquilo para trás. Não, espera. Ellie causou a explosão.

-Maldição, Ellie a elfa –ela gritou. Sentiu-se um pouco melhor por dois belos segundos, até ser acertada na barriga e cair de costas no chão.

No acampamento, Cibele Manson havia mostrado para todos no que estava trabalhando, em relação a seu legado.

-Não é só ser uma fonte de claor humano –Bia riu ao ouvr isso. Mas ela não era uma fonte de calor humano. Era uma fonte de calor natural. Uma máquina de destruição. Bia era o fogo em si. Talvez não comprendesse isso. –O brilho do sol. Sua luz. Eu tenho o poder do sol!

E Alícia ficou cega. Tudo era branco, tudo brilhava. Conseguia distinguir figuras ao seu redor. Riley, Dave, Cibele Manson, a fonte do brilho do sol. Não era apenas como olhar para o sol e ficar vendo uma bolinha azul ou verde em todas as coisas. Mas olhar para o sol e vê-lo em todos os lugares. Apertar um interruptor e aumentar a intensidade de cada raio de sol que tocava cada milímetro do mundo. Ela ficou imensamente agradecida de estarem apenas no segundo ano. Mais dois ou três anos e aquilo seria tão poderoso quanto o sol.

O legado da lua era o contrário. O legado da noite, "lua, escuridão e frio", de acordo com Riley. Ele estava certo. Como sempre. O efeito que Dneva causara nela fora como desligar o interruptor uma vez ligado por Cibele. Só que muito mais poderoso. Não parecia que estava de olhos fechados. Era ainda mais escuro. Nenhuma silhueta era visível... A não ser a da fonte da escuridão. Ela gritava e tentava correr. Tropeçava nos próprios pés, não tinha como fugir. Ainda podia ouvir os grunhidos dos cães, a falação de Riley, o silêncio de Missie. Mas que droga, Dave. Droga. O efeito parou tão de súbito que Alícia gritou. A luz a cegou por um minuto inteiro. Sua cabeça doía. Tinha medo de ficar com sequelas.

-O abraço da noite –Missie comentou, quebrando seu silêncio sinistro e olhando na diração de Alícia. –Onde ela está? Por que não posso vê-la?

-Ela está aqui. Está invisível. ­–Droga, Ellie. Droga, Dave. A palavra já estava perdendo o sentido. –O que fazemos?

-Não ha nada que possam fazer! Ninguém vai me parar. Ataquem! –o inimigo gritou de algum lugar.

Ninguém.

Alícia protegeu o rosto, mas nada aconteceu. Alguns cães latiram, outros grunhiram, outros ficaram parados, em posição de sentido. Riley tinha conseguido convencê-los a parar, só podia ser isso. Ela não podia ver o rosto de Dneva mas sentia suas feições se fechando de raiva. Alícia não ia ser capturada de novo.

-Argh! –ela fez. Parecia mais longe agora. –Nada pode parar os meus cães a não ser eu mesma!

Nada.

-Vencida! –Alícia gritou ao se levantar. –Você foi vencida por três crianças e algumas maç...

Outro soco. Muito próximo de seu nariz. Um pouco para a direita e teria um osso quebrado. Vamos, sua aberração. Apague a luz. Como se ela lesse seus pensamentos, Dneva apagou o sol. Alícia não via nada. Estava sozinha. Ninguém. Nada. Tudo. A silhueta de uma mulher com cabelos toscos surgiu à desquerda de Alícia. Próxima de mais. Ela levantou-se e correu o máximo que conseguiu até esbarrar em uma árvore. Cinco passos. Foi o suficiente para que ela tirasse uma das facas do cinto, jogasse-a na direão da mão direita de Dneva e desviasse-a no ar assim que Dneva tentou esquivar-se. A faca acertou o pulso esquerdo dela. A luz voltou com tudo novamente, mas desta vez, ela fechou bem os olhos. Pulou na diração da louca que gritava em desespero e arrancou o relógio dela.

-Parece que me deve uma, Dave Fellows.

Ela estava ainda pior do que antes. Velha, suja, loucura escorrendo por seus olhos. "Ninguém me derrota! Nunca! Eu voltarei!" Alícia quase teve dó de Dneva. Missie falou muito calmamente que ela não teria como voltar se não iria a lugar algum. Lançou uma onda de choque nela e sorriu. Vez de Riley. Ele conversou com os cães. Listou especulações exageiradas sobre coisas que Dneva provavelmente havia feito com eles. Disse que se queriam vingança e liberdade, "devem atacar agora".

Eles todos latiram em saudação a seu novo mestre. Alguns ainda não gostavam da ideia de terem seu dono e seus mestres Osso e Pâncreas traídos. Riley sugeriu que eles corressem. Deixar Dneva para trás sofrendo na mão de seus próprios criados fez tudo valer a pena. Alícia recolheu a faca da chão com seu legado. Obrigada princesa da terra.

Aquilo tudo não poderia ter durado mais de dez minutos. Bia não podia estar muito longe, mas nem ela e nem Dave respondiam aos gritos dos outros três. Jonus e seu companheiro também não. Se Dneva tinha algum plano reserva, alguma armadilha... Alícia queria dizer que agora ela e Dave estavam quites, mas sentia-se mal. Não sou problema de nenhum deles. Mas, ah! Graças a Deus estão todos aqui. Ela segurava o relógio de Reginald com força. Não o perderia novamente. Estava silenciosamente pensando em uma maneira engraçada de devolver o objeto para ele. Talvez ficando invsível e dando-lhe um susto. Jogar para ele e dizer "Dneva é assustadora, mas se não tivesse sido capturado, nunca teríamos achado isso!". Chantagem era também uma boa opção. Todas as suas ideias esvaíram-se ao finalmente acharem os dois.

Ruby não sabia nada sobre a palavra de proteção. Estava certíssima em nunca a pronunciar, nem diante de seus maiores medos. Desespero, paranoia, suicídio. Estava certa até ai. Mas não sabia o que vinha depois. O pai de Alícia era o protetor. Ele roubaria toda sua coragem e determinação. Ruby roubaria todo o medo, dor e insegurança dele. Um seria uma máquina de destruição. O outro seria uma casca com tudo dentro de si quebrado e assustado.

Essa ainda não era a última fase. Havia ainda a fase em que se concerta a casca vazia e desliga-se a máquina de destruição. Fase um: desesperar-se. Fase dois: roubar. Fase três: beijar. Ninguém, nada e tudo. Na verdade, Alícia pensou, faz sentido. Robaram sentimentos um do outro. Estão devolvendo. As amarras de Dave estavam largadas no chão. O arco de Bia também; suas flechas espalhadas pela neve. Mata-touro estava no bolso do menino. A pedra vermelha de Maria brilhando com a luz do inverno. A cena que se desenrolava era um jogo de mãos, bocas e respiração. Uma das mãos de Dave acariciava a cintura de Bia. A outra agarrava seus cabelos armados e sujos de galhos e neve. A parte do rosto de Dave que não estava grudada no de Bia era envolvida pelas mãos dela. Ela tinha as costas viradas para os três. Ele tinha as costas expremidas contra uma árvore. Embora lentos e suaves, os beijos entre eles pareciam intensos. Quando exalavam o ar, uma fumaça densa subia e subia até desaparecer. Seus lábios estalavam um no outro e Alícia atirou o relógio de Reginald aos pés de Dave. Seus olhos azuis se abriram e ele empurrou Bia alguns milímetros para trás. Ela não se virou.

-Temos que achar os cavalos –Alícia saiu sem esperar resposta nenhuma.

Desespero, paranóia e suicídio. Ninguém, nada e tudo. Desejo, paixão e necessidade. Mas que droga, Dave!

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