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XXIV -Alícia


Todos estavam bocejando. Tentavam disfarçar, fingir animação, mas todos sabiam que iam entrar naqueles ônibus e dormir as horas perdidas. Herton era uma exeção: não queria disfarçar. Estava deitado na grama com sua mala como travesseiro. Alícia tremia, de frio e de ansiedade. Lorena lhe enchera de expectativas.

-Pra mim foi a melhor ideia que poderiam ter pensado –ela dissera. Se entupiu de comida na noite de Natal, comendo por ela e pelo bebê. A previsão é que a criança nascesse em Março. Alícia estava tão animada quanto Lorena- É muito divertido. Queria poder ir com vocês.

O professor Cardel era o responsável por eles. Estava ao telefone, anotando coisas em uma prancheta e certificando-se de que os alunos estavam todos ali. Eram seis e meia da manhã; Alícia estava com dó dele. Estavam reunidos na praça de sempre, muito antes dos alunos que voltariam às aulas. O ônibus deles chegaria em breve. Alícia bocejou de novo. O irmão estava parado ao lado de Dave, lutando contra o sono, piscando e bocejando loucamente. Lilian estava apoiada no ombro de Dave, de olhos fechados. O representante da futura rainha não vestia nenhum casaco e estava esfregando a marca do pacto com Bia frenéticamente. Tinha ficado longe dela por um bom tempo, pelo que Alícia sabia. Ela estava mais a frente, esperando para ser a primeira a entrar no ônibus. A única pessoa animada dali era Chris. Ela tinha uma irmã gêmea com o legado de Elói. Estava muito contente de estar a caminho de ver a irmã.

Alícia estava levando o cinto com as facas na mala. Tinham sido instruídos a levar algumas coisas específicas, uma delas sendo armas de escolha própria. Todos tinham teorias, e Alícia achava que, o que quer que fossem fazer, não iria lutar com uma espada. Era horrível em espadas. Decidiu ficar com as facas. Lilian veio andando com os braços estendidos em sua direção. Derrubou sua mala no chão e abraçou a amiga.

-Estou com sono –ela reclamou.

-Já vai poder dormir. Olhe, o ônibus!

Duas luzes fortes cegaram as criaças e acordaram Herton. O professor entrou, conversou com o motorista e chamou os alunos em ordem alfabética. Alícia era a primeira. Deixou as coisas fora do ônibus, para o motorista guardar no bagageiro. Esse ônibus não tinha dois andares, nem mesas entre o bancos. Era só um ônibus de passeio normal. Ela ficou desapontada, queria sentar-se com todos os amigos. Arrastou-se para a esquerda e ficou olhando pela janela. Antonie e Beatrice, dois alunos do laranja, andaram para o fundo do ônibus. Chris passou direto por ela e sentou-se no banco de trás. Dave quase passou por ela também, mas ao perceber a menina sentada ali, se atirou no banco e continuou esfregando o braço.

-Isso é ridículo Dave –Alícia falou. –Coloque um casaco, estamos no meio do inverno!

-Não- ele falou. –Estou bem, sério.

Ele não parecia nada bem. Hercília entrou timidamente e ficou no primeiro banco. Herton procurou por Chris e sentou-se ao seu lado, logo deixando sua cabeça cair no ombro dela e fechar os olhos. Chris pareceu não perceber pois continuou a falar no quanto estava feliz em poder ver sua irmã.

-Ela inventou um apelido bobo para si mesma –Chris contou. –Ciara Sub Zero. Não sei da onde ela tirou isso. Em casa, ela fica congelando tudo o que encontra pela frente com seu legado de gelo. Diz que um dia ficará tão boa que poderá congelar o lago perto de casa durante o verão para nós patinarmos.

Alícia chacoalhou a cabeça. Chris era legal, mas falava de mais. Lilian sentou-se nos bancos à direita de Dave e Alícia. Também disse para Dave colocar um casaco, e tirou de sua bolsa um cardigan preto com estrelas roxas e estendeu para ele. Dave não contestou e vestiu a peça de roupa. Alícia ficou aliviada por ele não estar mais sem blusa em um dia tão frio, mas não pode deixar de cair na risada. Dave empurrou o joelho dela, que bateu no outro joelho e lhe causou dor. Ela estava prestes a revidar quando uma bolinha de papel atingiu sua cabeça. Alguns alunos no fundo do ônibus dera risada. Alícia atirou de volta e os deixou brincando com isso por lá. Riley foi um dos últimos alunos a entrar no ônibus. Se queixou de frio mas tirou o casaco pesado para se sentar.

-O que está vestindo? –ele perguntou para Dave.

-É dela –ele apontou para Lilian.

-Certo, sentem-se todos, por favor –o professor pediu. A bolinha de papel voou até os pés do professor, e este a guardou no bolço da calça. –Estão animados? Ótimo. Está previsto para que cheguemos ao acampamento pouco antes das dez horas da manhã. E também estão achando que o sol vai sair hoje.

Alícia duvidava. Todos comemoraram quando o ônibus saiu, mas a animação não durou mais do que alguns minutos. O professor colocou um DVD para eles assistirem com a história de um elfo e um passarinho. Antes de pegarem a estrada, metade das crianças já estava dormindo. Dave pôde baixar o encosto de seu banco o quanto quis pois Herton estava imerso num sono proundo. Ele não dormiu, apenas mexeu em seu braço sem parar. Lilian tinha alguma coisa muito interessante em sua bolsa, que fazia Riley rir. Chris ofereceu balas para o ônibus inteiro e Alícia encostou a cabeça na janela.

Não havia som nenhum. O chão era sujo, cheio de ossos. Alguns pregos estavam semi-senterrados ali também. Uma pedra enorme tinha cordas amarradas nela, balançando com o vento silêncioso. O céu era escuro e abutres sobrevoavam a área, famintos. Alícia sentia algo ruim percorrendo seu corpo. Uma sensação horrível escalando seu corpo como uma serpente. A última coisa que viu antes de acordar não fora a graciosa Isabelle vestida de princesa, mas o trono de pedra vazio. Depois, um close da base deste, com os pés de um homem e uma calça preta.

-Alícia! –Dave sussurrou o mais alto que conseguiu para não acordar as outras crianças.

Ela estava suando, respirando pesadamente, ainda sentindo aqula sensação ruim lhe subindo pelo abdômen. Parecia fogo passando por suas veias, veneno saudando seus órgãos. Ela não conseguia falar, nem se mexer muito. Tinha medo. Sentiu a "serpente" se aproximando de sua gargana e o olhar de Dave desesperado sob si. Ela agarrou a mão do amigo e tentou focar na realidade. Não no chao sujo, nem nos abutres. No ônibus, no frio, em Dave. Ela respirou mais calmamente, esmagando a mão de Dave. Conseguiu se livrar da sensação ruim antes dela chegar a sua cabeça.

-O que você viu? –Dave perguntou, mantendo a voz baixa e o tom calmo.

-O mesmo de sempre –ela respondeu. Herton roncou do banco de trás e se mexeu. Dave acertou o encosto de seu banco. –O chão, os pássaros. Mas não vi Isabelle. Foi o mesmo final do sonho com meu pai. Pés vestindo sapatos sociais masculinos.

Dave levantou as sobrancelhas.

-Então não é Isabele quem está fazendo isso?

-Não sei –ela falou, assustada. –Ela tem motivos para me torturar, acredite. Mas não acho que esses são obra dela. Estou assustada.

-Talvez devesse perguntar para ela. Se encontrarem-se novamente.

Alícia deu de ombros. Esperava que tudo parasse, só isso. Percebeu que ainda estava segurando a mão do amigo e soltou-a. Enterrou o rosto em suas mãos e limpou as lágrimas. Dave lhe ofereceu um gole de sua garrafa d'água e ela aceitou. Ele ainda vestia o cardigan de Lilian e Alícia acabou cuspindo a água por dar risada dele. Dave revirou os olhos e tomou a garrafa dela, tomando um gole e guardando em sua mochila.

-Onde estamos? –ela perguntou, olhando pela janela. Dave se expremeu entre ela e o banco a frente para olhar também.

-Não falta muito tempo! –Chris falou, aparecendo na fresta entre o encosto de Alícia e a janela. Ela levou um susto e bateu a cabeça na de Dave. –Só não dormiram mais do que Herton. São quase nove e meia. Estou tão animada!

Alícia se perguntou se Ciara seria tão animada quanto Chris. Esperava que não. O ônibus não estava mais na estrada, mas numa rua parcialmente movimentada. Pararam num farol e um outro ônibus, no mesmo estilo do deles, parou ao lado. Alícia não demorou para perceber que eram alunos, assim como eles, e também não foi difícil adivinhar de que província eles eram. Usavam uniformes impecáveis, cabelos cortados e arrumados e rostos limpos. Além de tudo, o ônibus não tocava o chão. Flutuava a alguns centímetros deste. Dave bateu na janela para chamar atenção deles. Missie estava sentada do outro lado do ônibus, mas pulou em cima de duas outras garotas e abriu a janela. Dave esmagou Alícia para abrir a deles também. Os dois colocaram a cabeça para fora para falar com Missie.

-Que roupa bonita, Dave Fellows –Missie falou. Os amigos dela deram risada. –Bom te ver Alícia.

-Eu desisto –Dave falou. Tirou o cardigan e atirou no banco. –Como você está?

-Ótima. Ansiosos? –Alícia e Dave anuiram. –Vejo que está lidando melhor com essa marca idiota. Ah! Por falar nisso...

O farol abriu e o ônibus começou a acelerar. Eles não ouviram o que Missie disse. Conseguiram distinguir ela gritando "Bia", e apontando para a própria sobrancelha. Dave e Alícia se entreolharam. O ônibus de Tâmara acelerou e deixou o de Tamires para trás. Às vezes eles se encontravam e Missie tentava falar, mas os meninos não entendiam. Ela fez um sinal que significava que desistia, e outro dizendo "depois". Dave voltou a se sentar de devolveu o cardigan para Lilian.

-Não –a menina jogou de volta. –Vai vestir isso aí até pegar seu casaco no bagageiro. Não quero nenhum amigo morrendo de hipotermia.

Ele deu de ombros e revirou os olhos. Vestiu o cardigan mais uma vez. Alícia sentiu algo cutucando o topo de sua cabeça frenéticamente e com força. Era um anel que Chris estava colocando no dedo.

-Ai! O que foi Chris? –ela perguntou.

-Chegamos! Finalmente, chegamos!

Como no primeiro ano da Escola Preparatória da Província de Tâmara, todos os alunos de sua turma grudaram os rostos no lado esquerdo do ônibus para ver onde estava chegando. Era um grande campo com um círculo de pedras no meio e seis bandeiras coloridas afastadas desse círculo. À direita havia uma grande casa com janelas coloridas. Era cercado por um muro baixo, e no portão havia uma espiral vermelha com letras garrafais negras onde lia-se PIC. Alícia sentiu a ansiedade de novo.

Realmente havia sol, como o professor prometera. Não quer dizer que não estava frio, mas o sol a deixou mais animada. Dois ônibus já estavam parados no estacionamento, e duas turmas estavam montando barracas afastados do portão. Alícia tinha certeza que todos sairiam correndo do ônibus, então levantou para ficar próxima do corredor. Logo após estacionarem, o ônibus de Missie chegou e se preparou para parar.

-Certo crianças –o professor Cardel chamou. –Vamos descer e andar até a área verde. É lá onde montaremos nosso acampamento. Não levaremos suas malas, portanto, devem esperar até que peguem-nas antes de andar até lá, certo? Podem descer.

Alícia bufou. Havia sido a primeira a entrar. Consequentemente, sua mala era a última. Ela puxou a pessoas mais próxima e pediu para que lhe esperasse antes de correr. Ficou feliz em levanar e esticar as pernas. O motorista recebeu ajuda de alguns alunos e a mala de Alícia apareceu antes das crianças de Tamires descerem do ônibus. As crianças correram até a bandeira verde e largaram suas coisas próximas dos amigos. As bandeiras mais próximas deles eram uma prata e uma verde-água. Alícia não conseguiu adivinhar a quem pertenceriam. Dave olhava frenéticamente para todos os lados. Tentava enxergar ao longe, descobrir quem eram as duas províncias que já estavam ali.

Alícia, Dave, Riley e Chris foram andando até a bandeira oposta a eles, que era a turma de Missie. Algumas pessoas das outras duas províncias também foram encontrar os recém chegados. Olho-de-Prata jogou sua mala de qualquer jeito no chão e andou para cumprimentar os amigos, carregando a armação de um gurada-chuva. Deu um abraço apertado em todos eles, até mesmo em Chris, que se apresentou depois.

-O que queria nos dizer no ônibus? –Alícia perguntou.

-Ah sim! –ela deu risada, tendo dificuldade para contar. –Ia contar que Bia caiu, ou algo assim, e raspou metade da sobrancelha dela. Está muito engraçado.

-Não saberia calar a boca nem se sua vida dependesse disso, não é mesmo?

Todos virram a cabeça na direção de Bia. Seu cabelo volumoso estava contido por uma bela trança e sua sobrancelha esquerda realmente estava com metade faltando. Alícia quis dar risada mas ficou receosa. Antes que Missie pudesse responder, ela coçou seu braço direito e olhou para Dave. Os dois se jogaram um contra o outro e se abraçaram por algum tempo, conversando palavras abafadas entre eles.

-Mas de quem é esse cardigan? –ela perguntou para Dave. Tirou-o do menino e jogou para Alícia, que não pode evitar rir novamente. –Vai colocar um casaco, menino estranho. E você, olho-de-prata, já terminou de me insultar?

-O que está querendo com essa trança? –Missie continuou, dando um passo a frente. –e por que seu nariz está tão vermelho? Ah é! Não sabe lidar mito bem com o frio, não é mesmo, filha do fogo?

-Vou acabar com você antes desse acampamento começar –ela falou entre os dentes. Criou uma pequena chama na palma de sua mão, deixando Alícia fascinada e assustada.

Missia abriu a armação de seu guarda-chuva e uma corrente elétrica o percorreu. As duas meninas se encararam e Dave se pôs entre elas, dizendo para não fazerem nenhuma besteira. Bia respirou fundo e apagou sua chama.

-Seu uniforme é ridículo, sua arma é uma piada e eu enxergo melhor do que você –ela falou antes de se virar e andar de volta para sua bandeira.

Missie deu risada. Alícia não entendeu nada. Lembrava das duas andando juntas no aniversário da menina. Sabia que elas podiam não se dar bem às vezes, mas aquilo parecia bastante extremo.

-Espera, você luta com um guarda-chuva? –Riley perguntou.

-Sim -Missie riu novamente. –Se quer saber a verdade, só uso por que conduz bem eletricidade. Poderia ter escolhido qualquer coisa de metal.

-Isso é muito legal –Alícia falou, abraçando o cardigan quente de Lilian.

Eles passaram a tarde montando barracas e correndo pelo campo quando não tinham nada para fazer. Alícia finalmete conheceu Ciara, a irmã de Chris. Ela tinha os mesmos olhos verdes enormes e agitação da gêmea. Lilian ajudou Chris a fazer uma flor crescer para Ciara mostrar como congelava as coisas. Alícia ficou muito impressionada. As duas províncias que estavam mais próximas da deles eram as de Edgar e de Teresa. Eram duas turmas muito barulhentas, mas muito organizadas. As crianças de Edgar tinham os cabelos e a pele pintados e ouviam música alta a todo momento. As de Teresa não paravam de falar e vestiam roupas curtas de mais para o inverno.

Pouco antes do almoço eles todos se reuniam no centro do acampamento, onde alguns monitores da PIC os esperavam. Sentaram-se na grama gelada e ouviram o discurso da monitora chefe que se apresentou como Mandy. Ela disse que havia um monitor para cada legado ali presente. Alícia duvidava que alguém ali tinha o seu legado. Mandy continuou dizendo que eles passariam a primeira e a segunda semana interagindo com os diferentes legados. Andando de bandeira em bandeira e participando de diferentes atividades. Ela também disse que poderiam estar em sua própria bandeira, assim, ajudariam os monitores e os outros alunos. Na terceira semana teriam atividades em grupos maiores, já não relacionadas a legados. Na última semana receberiam a visita de seus príncipes e teriam um torneio.

-Província contra província! –Mandy contou. As pessoas se agitaram, fazendo comentários e sussurrando. –E sugerimos que deêm um nome para seus times. Assim não temos que chamálos por Edgar ou Teresa. Sejam criativos!

Imediatamente Alícia foi puxada para trás por seus colegas para decidirem um nome. Tiveram algumas sugestões muito engraçadas e outras que não faziam sentido. Acabaram votando pela ideia de Herton: os soldados de barro. Um por um, contaram para Mandy quais eram suas ideias. Ela ficou muito impressionada e, depois de apresentar as regras do acampamento, liberou os alunos. Alícia respirou bem fundo, lembrando-se das palavras que tanto ouvia: deveria parar de se preocupar tanto. Sorriu para o sol e correu para o lado oposto de seus amigos, juntando-se a Missie e os cavaleiros das nuvens.


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