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XV -Dave

-Não basta estar chovendo, tem que estar ventando! –Riley comentou.

Dave concordou com um aceno de cabeça. Estava vestindo uma blusa de frio, um casaco pesado, luvas, cachecol e touca. Além disso tudo tentava proteger o material escolar da chuva e do vento frio e tapar os ouvidos para livrar-se dos latidos do cão-fera. Ele estava indo para sua aula de climatologia. Riley para sua de astronomia. De início, Dave não gostou de estar separado dos amigos nas aulas de climatologia e astronomia. Agora, não lhe era mais tão estranho. Herton fazia parte da cor roxa e estava com ele nessas duas aulas. Sentavam próximos um do outro e faziam bastante barulho. Herton não era um aluno sério, e Dave também nunca fora muito fã de estudos. Lembrava-se do professor Pelanca, na sua escola no Brasil. Mal se lembrava do nome verdadeiro do homem. Era um professor que o deixava bravo e o fazia querer agir como um garto-problema. Dormia nas suas aulas, não frequentava-as ou simplesmente não prestava atenção. Nicolle esteve sempre ao seu lado para aconselha-lo nesses momentos. Sob a influência de Herton, Dave sentia-se assim novamente. Estava bem consciente disso, mas não queria livrar-se desse sentimento. Talvez nem conseguisse, não sem Nicolle.

Ele chegou um pouco atrasado e molhou todo o chão até chegar em seu lugar, no fundo da sala. A professora Riba Jhonson não gostou nada disso e repreendeu-o com o olhar. Dave abriu um livro qualquer e tirou o casaco molhado, as luvas e o cachecol. Bufou, já entediado. Herton jogou uma bola de papel na mesa de Dave. Dentro, haviam bolinhas menores e um desafio: "Quantas dessas você consegue colocar no cabelo dela antes que ela perceba?". Ele olhou para o amigo e este apontou para a menina sentada a sua frente. Dave não sabia quem era. Achava que o nome era Hercília, mas não inha certeza. O que sabia era que era do azul-claro, pois estava sempre vestida com uma peça de roupa dessa cor. O cabelo dela não era liso como o de Lilian, mas bastante armado e crespo. Não foi difícil grudar os pedaços de papel. Herton estava fazendo a mesma coisa com o garoto que estava sentando em frente a ele. Os dois olhavam um para o outro e davam risadinhas. Dave terminou todos os papeizinhos quando a professora chamou sua atenção.

-Está prestando atenção, Fellows?

-Sim –ele falou, olhando para o quadro e percebendo que já estava cheio de conteúdo. Foi difícil manter o rosto sério com Herton rindo ao seu lado.

-E o senhor, senhor Heartwock? –Herton balançou a cabeça. –Certo, então digam-me: Quais os prncipais elementos climáticos e com qual deles trabalharemos semestre que vem?

Os garotos se encararam e não souberam responder.

-Sabe que dia é hoje?

-Primeiro de dezembro –Dve respondeu.

-Pelo menos isso você sabe... Mas sabe o que acontece semana que vem? Provas, meninos. Provas trimestrais. Não vão passar na minha matéria se continuarem a conversar.

Para o inforúneo dos garotos, Hercília levantou a mão para coçar sua cabeça, percebendo a brincadeira sem graça dos meninos. Avisou o garoto sentado na frente de Herton e ambos reclamaram para a professora.

-No último dia antes das provas... –Riba Johnson lamentou. –Vou leva-los ao diretor DiPrata.

Gary não ficou feliz em ouvir sobre o mal comportamento das duas crianças. Deixou-os de castigo no fim de semana, Herton ajudando na biblioteca e Dave...

-Na cozinha –ele adivinhou. –Já conheço as regras.

-Não parece, rapaz –Gary acendeu um charuto. Esperou Herton sair de sua sala para falar a sós com Dave -Devo me desculpar por aquela noite no Halloween. Se diz que não mantém contato com ela, eu entendo. Seria burrice contar para alguém e arriscar essa comunicação. Mas se a vir, não importa quando, mande meu recado. A guerra se aproxima, Dave. Não quero ter que lutar contra minha própria filha.

Dave concordou. Mais uma vez, sentiu pena do homem. Ele realmente acreditava que Dave tinha alguma conexão com a filha. Sua aura tinha um tom esverdeado e seus olhos estavam cansados.

-E qual será seu papel, Fellows? –ele continuou. –O que o legado da rainha tem que fazer para acabar com a guerra? Suponho que seja jovem de mais para liderar tropas.

-Eu não sei –Dave admitiu. Saberei interpretar a mensagem da rainha. Ele pensou. E ganharei a guerra.

-O Mago Roxo e suas previsões inconpletas –Gary riu, esperando que Dave risse junto, mas o menino manteve-se calado. –Saiba que estarei disposto a ajudar. Sei que não trabalho com guerras e estratégias desde a morte de Tabata, mas ainda sou o favorito de Tâmara.

-Por que me ajudaria?

-Te ajudar? Haha –ele caçoou. –Quanto tempo levará para entender que isso é pela rainha?

-A propósito –ele se virou e pegou um envelope. Fora enviado a ele por Maria Fellows. –É sua inscrição da PIC assinada. Espero que se divirta nesse acampamento, Dave. Você merece.

Ele saiu de lá com sentimentos estranhos em relação a Gary DiPrata. Não sabia se ainda pensava nele como o homem mau que o acusou de roubo, o General ávido ou pai desesperado. Tinha muito o que aprender sobre Gary DiPrata.

Enquanto os amigos estudavam e se preparavam para as provas, Dave estava estufando papagaios com nozes e legumes. As cozinheiras gostavam de pedir para que ele fizesse tal tarefa. Talvez ele realmente fosse bom nisso. A cozinheira responsável por alunos de castigo não parava de encarar Dave. Era uma moça de peso com a pela negra e touca no cabelo. Ele não sabia se ela o olhava para garantir que daria conta do serviço ou por outro motivo qualquer. Decidiu sorrir para a mulher, mas ela apenas franziu as sombracelhas.

-Vamos garoto –ela falou. –Está de castigo, não fazendo novos amigos.

Manipulação. Uma voz ecoou na mente de Dave. Lembrou-se da primeira aula que tivera com Lawrence. Logo após desejar boa sorte para Alícia e sair da sala, Lawrence o levou até a clareira na floresta. Não sabia como ele conhecia aquele lugar, mas não quis perguntar. Talvez Thaila tivesse contado.

-O legado do identificador de auras é um legado mental –Lawrence explicou. –-É uma das categorias dos legados. A grande maioria dos legados é físico, como o de seus amigos aqui de Tâmara. Há um legado de Edgar, o príncie do sol e da lua, que também é mental, mas é muito perigoso e extremamente raro. Há também os legados de Tabata, claro, que são legados sombrios. E existem os chamados legados proibidos, mas isso é assunto para alguma outra hora. Vou te ensinar que você pode fazer bem mais do que saber a que parte de Érestha alguém pertence ou encontrar passagens para lá e para cá.

Então, o velho com a prancheta lhe contou que mentes diferentes desenvolviam esse legado de maneniras diferente. O mais longe que já haviam chegado fora O Mago Roxo, com suas profecias e previsões. Dave nunca tinha pensado no verdadeiro potencial de seu legado. Será que seu pai soubera sobre tudo isso? Com certeza. Contou-lhe sobre como Dave podia sentir o passado ou futuro de alguém, ver suas qualidades e defeitos, ouvir suas mágoas... Se apenas se concentrasse.

-Aqueles que veêm o futuro de outros seres são os clarividentes. Nem sempre é tão claro ou faz sentido para eles, mas têm a capacidade de obter informações sobre um objeto ou ser, a localização física ou eventos que ainda vão acontecer. Os que veêm o passado são presenteados com o dom da retrocognação e empatia. Podem ler sentimentos e emoções, presentes e passados, e tem a habilidade de ver fatos e acontecimentos passados de si mesmo e de qualquer pessoa, como num Flashback. Vamos descobrir em qual dessas categorias você se encaixa.

-Então Thaila mentiu? Meu pai mentiu? –Dave perguntou. –Ela me disse que não teria nenhuma habilidade especial. Passei um ano inteiro com todo esse potencial. Por que ninguém disse nada?

-Por que é difíicil, Dave. Às vezes, é melhor deixar esse legado em silêncio. Thaila não sabe. Ela não quer esse legado, escolheu ignora-lo e esperar tornar-se rainha. Era também o desejo de sua mãe, nossa amada rainha Thaís. E seu pai nunca lhe disse nada, como poderia mentir?

Dave abaixou a cabeça. Sempre fora assustado em relação a suas habilidades, desde o dia em que começou a perceber tudo sobre todos, após o encontro com o Mago Roxo. Achava que sabia tudo sobre si e seu legado. Mas Lawrence tinha razão. Seu pai nunca dissera nada. Não diretamente

Lawrence fez perguntas e Dave contou como as vezes ele percebia coisas além do que via. Sabia quando alguém estava triste ou adivinhava as principais características de alguém. Não foi difícil definir que Dave não era como o Mago, mas era um retrocognitivo.

-Não é muito fácil controlar a empatia. Vai estar sempre sentindo o que os outros são, cheirando o que os outros sentem –Lawrence contou. –Mas a retrocognação é mais complicada. Com treino, poderá escolher o que quer ver do passado de cada um.

Ele levantou o olhar de seus papagaios e encarou a cozinheira que lhe dera uma bronca.

-Oi –ele disse. –Como você se chama?

-Já disse para falar menos e fazer mais.

Basta você se concentrar, sentir, ouvir. O que você vê não interessa. Olhe para além disso. A cozinha cheirava a aves assadas e legumes em concerva. A cozinheira usava um perfume muito leve, mas nada disso disfarçava o cheiro amargo de seu passado turbulento. Dave respirou fundo e tocou a mão da mulher. Viu uma mãe dedicada, porém que sofria de um pesar angustiante. Havia uma fogueira acesa, pessoas vestidas de branco e lágrimas. Eles cantavam alguma coisa de boca fechada e batiam os pés no chão de terra. A cozinheira estava ali, vestindo vermelho. Suas mãos estavam manchadas de sangue e seus olhos tinham uma escridão sombria. Uma das pessoas a sua volta chamou seu nome.

-Imani –Dave falou para a mulher. -Seu nome é Imani. O que está te torturando, Imani? Por que tanto pesar?

Ela bateu com uma colher de pau na mesa e olhou feio para Dave. Mandou ele ficar calado e cumprir seu castigo. Sua mente foi inundada por mais fogo. Círculos e triângulos, símbolos que desconhecia, estvam desenhados no chão de terra. O sofrimento de uma criança era transmitido por seu grito de horror. Imani carregava a tal criança no colo, com pesar nos olhos e sangue nos braços. A criança pingava o viscoso líquido vermelho. Tudo queimava.

-Por que fez um sacrifício? –Dave falou em voz baixa. Queria manipula-la. Manipula-la, e não invadir seu espaço pessoal, suas memórias obscuras.

-Não sei do que está falando, menino –ela começou a suar. –Faça o que eu mandei e feche sua boca. Cuide da sua vida!

Gritou e saiu de lá furiosa. Dave ficou tão assustado quanto a mulher, abaixou a cabeça e continuou a estufar as aves.


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