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XII -Dave

                  

Na noite de Halloween, Dave tinha planos para reunir todos os amigos na casinha azul e se prepararem para a festa juntos. Queria confirmar com algum professor que estava tudo bem levar os amigos até lá, então foi até a diretoria, onde ficavam também os dormitórios dos profesores. Estavam todos se arrumando ou ajudando os mais novos a organizar a festa.  Ao entrar na diretoria, ele se assustou com o que viu. Esperava o de sempre: as secretárias Martha e Sílvia sorridentes, efetuando alguma tarefa, Gary sentado em sua grande e confortável cadeira preenchendo alguma papelada e o lugar todo cheirando a café. O que viu foi um homem com barba por fazer, cabelos bagunçados, bolsas nos olhos e cheiro de mofo. Parte de si pensou que aquilo podia ser decoração para a festa. A outra parte sabia que era apenas o reflexo de um homem destruído.

-Dave Fellows! –O homem falou. Levantou-se da cadeira e deixou um copo apoiado na mesa. –O que faz por aqui? A festa é em duas horas!

-Eu sei –Dave respondeu. –Queria saber se tem algum problema em levar meus amigos até a casinha azul para...

-Não –ele riu. –Não ha problema algum. Conte-me, filho de Reginald. Como está minha princesinha, filha querida?

Dave não respondeu de imediato. Deu alguns passos para trás e se apoiou na mesa. Sentia uma certa ironia na voz do diretor. Sabia que ele estava chateado com Isabelle e nunca havia se passado por sua cabeça que ele estava realemnte preocupado com ela. Em suas próprias palavras, ela estava morta para ele.

-Sabe, hoje é Halloween. Dia em que as almas vagam livres entre nosso mundo e o de Tabata –o diretor continuou. –Teremos uma festa em comemoração a essa data no quinto lugar mais perigoso de Érestha, pelo menos de acordo com aquela revista. Se você possuisse o poder da morte, não acharia essa uma ótima oportunidade para meter medo na população? Mas, não poderia vir até aqui, arriscar ferir-se no meio de sua recuperação. Por que não mandar sua forte, saudável e LEAL REPRESENTANTE?

-Eu não tenho contato com Isabelle -o menino afastou-se ainda mais. Sentia pena de Gary DiPrata, mas havia prometido para Alícia que não contaria a ninguém seu segredo. Além do mais, ele temia Isabelle tanto quanto sentia sua falta. A diferença era que eles se respeitavam e Dave não podia imaginar nenhum dos dois causando mal um ao outro.

-MENTIRA –o homem gritou, sorrindo um sorriso doentio. –Mentiroso, ela gostava de você Dave, confiava em você. Foi o único a apoia-la, a entende-la. Eu conheço minha filha, conheço muito bem. Como ela está Dave Fellows? E não minta mais para mim.

-Eu não sei como ela está. Sei que está viva, isso é tudo.

-Viva... –ele caçoou. –o que é viver nas mãos de Tabata? De qualquer maneira, sei que, de alguma forma você ainda mantém contato com ela. Conte para ela o que ela fez com a família. Conte sobre a loucura de Irene, as tentativas de suicídio de Gustavo, conte sobre mim Dave. E pessa para que ela volte.

O diretor andou em direção a uma porta à direita, mas parou na metade do caminho. Voltou e vasculhou suas coisas para entregar uma carta a Dave.

-Chegou para você hoje de manhã.

O menino chegou em seu dormitório com uma expressão neutra. O amigos ficaram à vontade mesmo sem que ele dissesse nada e espalharam suas coisas pela acolchegante sala da lareira. Começaram a discutir como ficariam distribuídos para se trocarem enquanto Dave abria a carta. Era uma mensagem de Missie, um convite. O aniversário dela era no dia 3 de novembro, que caía num sábado. Queria que Dave, Alícia e Riley fossem comemorar com ela e a família. Ele não gostava muito do pai dela, mas adoraria comparecer ao aniversário da amiga. Contaria aos outros dois depois ou durante a festa.

-Dave –Lilian aproximou-se dele. –Podemos usar o quarto vazio para nos arrumar? Eu e as meninas?

Ele ficou meio receoso em responder que sim. Não havia entrado lá desde o começo do ano. A porta permanecera fechada por todo o mês. Os meninos se dirigiram para o quarto de Dave. Herton deitou-se numa cama que Dave não utilizava nem para dormir nem para largar coisas e abriu uma revsta qualquer que tinha encontrado na sala de Dave.

-Não vai se arrumar? –Dave perguntou para ele.

-Está brincando? São garotas. Vão levar horas para ficarem prontas, podemos fazer alguma coisa por enquanto.

Riley concordou e Dave vasculhou sua bagunça atrás de cartas de baralho. Herton decidiu que deveriam apostar e roubou alguns pertences de Dave como lápis e canetas para usar como dinheiro. Dave não era tão ruim em cartas como em dardos, mas ainda assim não se dava muito bem. Perdeu metade de seus lápis pretos para Herton, que não quis devolver de jeito nenhum. Passada meia hora, os meninos começaram a se arrumar, e não demoraram mais do que dez minutos para estarem totalmente prontos. As meninas ainda levaram mais quarenta minutos. Ouviram o som de pessoas conversando e música, e não acreditaram que se atrasariam. Era como ter uma festa em casa e se atrasar.

-Pois é –Riley comentou. –E tudo o que tive que fazer foi entrar numa fantasia peluda de leão. Não levei nem dois minutos e tive que esperar quarenta!

-Não reclamem –Alícia apareceu já pronta. –Não foram vocês quem tiveram que trançar os cabelos enormes de Lilian.

Ver Alícia vestindo um enorme vestido cor-se-rosa era estranho. Não fazia o estilo dela. Tinha também a enorme coroa, asas e a varinha com uma estrela na ponta. A roupa de Bruxa Malvada do Oeste realçava os olhos de Chris, assim como Lilian dissera. Era um simples vestido preto com uma faixa verde, mas combinava. Lilian estava adorável como sempre. Mesmo trançados, seus cabelos alcançavam a metade das coxas.

-Eu tenho um cachorro em casa –ela comentou. –Seria muito legal se pudesse traze-lo aqui, minha fantasia estaria completa.

-Estamos todos ótimos –Herton reclamou. –Podemos ir?

-Sim, vamos arrasar! –Chris pulou e saiu da casinha.

Dave queria saír por último para fechar a porta. Quando todos já haviam passado pela porta, Alícia puxou o ombro de Dave e apontou para o quarto de Isabelle.

-Acho que ela acabou deixando algumas coisas para trás –ela contou. –Pensei que quisesse saber.

-Fale para ela –ele deu de ombros.

-Dave, sei que sente falta dela. E não espere que eu volte lá tão cedo. Já lhe disse o que aconteceu.

-Por falar nisso, eu falei com o diretor hoje. Ele quer que ela saiba o que fez. Como deixou a família dela deprimida e blá blá blá. E quer que ela volte.

Alícia jogou a cabeça para trás e revirou os olhos. Acabou derrubando a coroa no processo.

-Eu não sou um pombo correio Dave, e não importa o que diga, não vou me esforçar para voltar lá. Principalemente depois de ela ter golpeado minha barriga.

-O que estão fazendo ai? –Riley apareceu e perguntou. –Do que estão falando?

-Missie –Dave foi rápido em responder. –é aniversário dela nesse sábado e quer que a gente vá comemorar com ela.

-Oh! –Riley pareceu contente. –Seria ótimo.

Alícia agradeceu com um olhar e foi andando na frente.

A festa estava tão cheia quanto a do ano anterior. A decoração estava muito boa; as abóboras, assustadoras. A comida era temática e deliciosa, e todos pareciam muito felizes. Pela primeira vez em duas semanas, Dave viu um sorriso verdadeiro no rosto da prima. Estava dançando com Rômulo, Ruby e uns alunos do quinto ano. Puxou as crianças para sua dança e elogiou as fantasias em conjunto. Fez com que eles tirassem inúmeras fotos em grupo e prometerem que fariam algo assim no ano seguinte.

Com o tempo, o grupo se dissipou. Riley e Lilian acabaram juntos de outros professores, Herton e Chris desapareceram de vista e Alícia estava com sua turma de natação. Foi a oportunidade que viu para falar com Lorena. Sabia o porque dela ter saído de repente da praça e ter ficado tão estranha. O motivo era Pedro Satomak. Ele realmente era o responsável pela morte de Reginald Fellows. Era como a história que Lorena contava: uma noite nublada, Maria carregava seu bebê para dentro da casa da cunhada e ouvia o estalo de chicotes. Depois disso, nunca mais vira o marido.

-Está com medo, não está? –Ele perguntou para prima quando conseguiu afasta-la do namorado.

-Medo de que? Sou Wanda, Rômulo é Wally. O mal levará um tempo para nos encontrar.

Ela riu da própria piada.

-Eu sei Lorena –ele cortou o riso dela. –Sei quem aquele homem era, e sei que está preocupada com o bebê. Só não se esqueça que não está sozinha nessa. Farei o que for preciso para proteger...

-Pare –ela cerrou os dentes. Lágrimas brotaram de seus olhos. –Não me interessa como você acha que pode vencer os favoritos de Tabata, você não pode.

-Talvez eu não, mas posso sempre falar com alguém. Entro e saio do Castelo de Vidro mais do que...

-Pare de ser tão ingênuo! –ela o cortou novamente. –Você é mais inteligete do que isso. Seu pai era muito mais do que amigo da princesa Thaila, sabe muito bem disso, e olhe o que aconteceu! Dave, agradeço a preocupação, mas não vai fazer nada a respeito disso. É uma ordem. É meu dever proteger esse bebê e proteger você também. Vá se preocupar com algo mais importante no momento. Não adianta eu querer proteger alguém se o reino não sair dessa guerra ridícula. Prometa que não vai fazer nenhuma loucura, PROMETA. Meu tio nunca me perdoaria –ela sussurrou a última parte.

Dave queria esmurrar alguma coisa. Odiava ouvir a verdade dessa forma. Uma pequena parte dele sabia de tudo isso que Lorena lhe dissera, mas ele queria pelo menos pensar que tinha algum poder. Queria proteger a família, como o pai lhe dissera para fazer, na carta que deixara. Quando percebeu, havia dito tudo aquilo em voz alta.

-"A única coisa que exijo de você é a lealdade." –ele citou a carta. –Lorena, tenho que ser leal a ele. Continuar o que ele começou, proteger minha família como ele protegeu.

-E quem disse que deve ser leal a ele? Deve ser leal à sua princesa e ao reino. Sua família estará segura desta vez, Dave. Mas não posso deixar de me preocupar. Não quero que essa criança nasça no meio de uma guerra e não posso evitar ficar assustada. Seu dever é com o reino. Selou este pacto inúmeras vezes: ao aceitar ficar e servir à Thaila, ao virar protetor dela e ao discursar para o reino sua lealdade. Sua família pode se virar, Dave. Desta vez, estaremos preparados. Mas deixe-me lidar com meus fantasmas do passado e as dores do futuro sozinha.

-O que foi que ele te disse? –Dave segurou seu braço quando ela tentou virar-se para andar -Meu pai, o que ele te falou antes de morrer?

-Tudo –Lorena respondeu. –Ele me contou tudo Dave. E me pediu para ficar de olho em você e seu irmão. Ajudar a criar vocês.

-Ele não sabia sobre Rick, ele não poderia...

-Abra seus olhos primo –ela tomou o rosto dele em suas mãos. As lágrimas escorriam por sua bochecha descontroladamente. Levantou-se e puxou o primo para um lugar mais afastado, mais reservado. –É claro que ele sabia, ele sabia de tudo! A rainha Thaís fez muito mais do que afastá-lo de Thaila. Ela era sábia, Dave; muito sábia. A rainha sabia o que estava para acontecer. Sabia que a própria filha se voltaria contra o reino e que seria difícil controla-la. Convenceu Reginald a ajuda-la. Ele não abandonou o batalhão dele, nunca teve um batalhão. Esteve numa missão em nome da rainha. Quando completou o que quer que tenha ido fazer, ele foi para São Paulo, voltou para nós e morreu nos protegendo. Pedro não estava sozinho naquela noite. Trazia Sachabella e Ember consigo, dois monstros criados por Tabata. Seu pai os convenceu de que você não era quem eles procuravam, mas Pedro tirou sua vida da mesma maneira. Foi sorte minha mãe ter saído viva disso tudo.

-Mas que missão era essa? E como a rainha poderia saber sobre Tabata?

-Isso ele não me disse Dave. Apenas disse que você saberá interpretar a mensagem da rainha e ganhará a guerra  –citou Reginald. Dave não conseguia respirar. Ela tinha lido a carta. Desconfiou que deveria estar presente quando Reginald Escreveu-a. Sentia-se atordoado, confuso. –Ele te amava Dave. Sei que ele confia em você para terminar o que ele começou, por um ponto final definitivo nesa guerra. Se quer realmente deixa-lo orgulhoso, cuide de Thaila e seja leal à rainha.

Lorena limpou o rosto e arrumou a blusa listrada antes de virar de costas e sair. Dave cambaleou para longe, chocado. Seguir os passos do pai seria muito mais difícil do que ele pensava. Seria leal ao legado de Reginald Fellows tanto quanto era fiel à princesa, disso ele tinha certeza. Mas não conseguia assimilar tanta informação ao mesmo tempo. "Saberá interpretar a mensagem da rainha e ganhará a guerra."; "se não for leal à rainha o outro lado conseguirá o que quer"... As palavras do pai e do Mago Roxo ecoavam em sua mente. O rosto sorridente de Thaila e o de sua mãe lhe assombravam. Ficaria em Érestha, seguiria as instruções da rainha e salvaria o reino, ou escolheria defender a família, voltaria a São Paulo e destruiria o reino? Conseguiria fazer os dois? Uma criança de quinze anos não deveria ter que pensar naquilo tudo. Acabou trombando numa moça que carregava uma cesta de doces e virou para se desculpar. Ela vestia uma capa de chuva amarela e botas de chuva roxas com corujinhas coloridas. No pescoço, trazia o presente que Dave lhe dera no dia de seu aniverário.

-Adoro o Halloween –ela falou.

Thaila começou a andar em direção à floresta e, sem pensar muito, Dave foi atrás dela. Andaram em silêncio mata a dentro. Sem que Dave lhe dissesse nenhuma direção, Thaila achou o local de paz de Alícia, a clareira para onde ele e os amigos haviam fugido no dia do aniversário dos gêmeos. A princesa tirou de sua cesta um chocolate e ofereceu para Dave. Os dois ficaram ali, sentados em silêncio por horas, apenas observando as estelas. Ele tentava não pensar muito na conversa. Thaila parecia poder ler sua mente, sentir o cheiro de sua preocupação. A princesa passou o braço pelos ombros de seu protetor e deitou a cabeça nele.

Era sempre muito relaxante estar ao lado dela. A marca em seu braço, aquela que selava o pacto protetor-protegido, descansava. Estava sempre preocupado com a princesa, mas quando estavam juntos, não sentia nada. Por debaixo da marca de seu pacto, Thaila tinha um desenho apagado, uma outra marca, Dave pensou. Talvez pertencesse a seu pai, mas ele não se atreveu a perguntar e trazer o assunto Reginald a tona. Queria perguntar como Thaís sabia de tudo. Queria perguntar o que Reginald realmente estava fazendo na guerra. Queria saber o que fazer. A visão que tivera ao receber su marca de coroa nas costas o assombrava. Thaila vai morrer. E a culpa é minha. Permaneceu em silêncio, aproveitando a tranquilidade da noite.


:) OOOi gente! Capítulo novooo! O que acharam? Comentem ai em baixo e deixem uma estrelinha.

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