Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

I -Dave


As férias foram as mais maravilhosas da vida de Dave Fellows. Ele e os amigos gêmeos, Riley e Alícia Weis, se encontravam frequentemente por quaisquer motivos que pudessem encontrar. Dave conheceu o Rio e os gêmeos, São Paulo. O menino dos olhos azuis ficou maravilhado com a praia e o mar, com a natureza e os turistas, e com as noites na laje das favelas. Vizinhos e amigos apareciam aos montes para almoçar com os Weis e chamavam Ruby de rainha pela sua culinária e generosidade. Alícia havia ficado extremamente animada com o fascínio de Dave por suas coisas favoritas. Riley aconselhava-o a não dar ouvidos a todas as ideias da irmã, mas ele apenas dava risada e continuava a querer explorar mais. Em São Paulo, Dave ficou muito feliz em apresentar os gêmeos para Nicolle. A menina ficou loucamente animada e levou os turistas para todos os pontos mais importantes da cidade. Dave queria poder levar a melhor amiga com ele para Érestha, mas a menina não tinha um legado, não fazia parte da província de nenhum príncipe, nenhuma princesa. Tinha que se contentar em aproveitar sua companhia nas férias.

Contudo, não estava de férias do emprego de representante. A princesa Thaila o havia presenteado com um comunicador de vidro em algum ponto em junho. Era um cubo, feito na verdade de cristal, com a imagem de uma mulher com um vestido enorme e coroa na cabeça feito a lazer dentro dele. A imagem dentro do objeto piscava uma luz roxa constantemente, significando que Thaila, quem possuía o comunicador correspondente, o estava chamando. A princesa gostava tanto da cor roxa que Dave estava ficando enjoado.

Nos bastidores do reino, como gostava de chamar os assuntos em que se envolvia, Dave via coisas que queria poder esquecer. O desespero de cidadãos que já haviam sofrido os horrores da guerra era de cortar o coração. Muitos ficavam loucos e se refugiavam em acampamentos no meio das florestas, outros muitos ainda optavam por sair do reino. Alguns iam ainda mais além e escolhiam a morte sob a possibilidade de uma segunda guerra; tiravam suas próprias vidas e fugiam do que temiam. Algumas pessoas começaram a afirmar que seus legados proviam do rei e exigiam que ficassem legalmente na província de Éres até que se fosse provado o contrário. Dave tivera duas semanas bastante cheias usando seu legado nesses casos. Como um identificador de auras, ele podia comprovar essas afirmações.

O legado de Dave o permitia dizer com certeza quais eram os legados de outras pessoas, ou pelo menos era isso que Thaila havia lhe dito. Sentia que era capaz de muito mais, mas não contestava as palavras da princesa. Ele ainda estava aprendendo a identificar cada um dos legados de cada um dos príncipes e princesas. Quando ele olhava para alguém que fazia parte de Érestha, que tinha um legado, ele só precisava se concentrar em ver além do físico. Ele sentia. Sentia o fogo e o gelo do príncipe Elói, a luz e a escuridão de Edgar e o céu de Tamires. Princesa Thaila o treinava, apresentando uma pessoa e desafiando-o a dizer que legado de que príncipe ela tinha. Dave estava ficando cada vez melhor nisso legado. O que lhe motivava a ser tão dedicado era a memória de seu pai. Reginald Fellows fora não só um importante soldado do exército real e grande amigo do rei, como também um identificador de auras. Para Dave era muito importante levar a frente a reputação do nome Fellows, que o pai já havia iniciado no reino. A boa reputação. Muitos consideravam Reginald um herói. Outros o chamavam de covarde. Aparentemente, ele havia abandonado o batalhão que comandava para salvar sua família em São Paulo. Dave tentava não pensar muito na parte do abandono e apreciava o fato de dele ter salvo sua mãe e o bebê que se formava em seu ventre.

Além de tudo, o legado de Dave Fellows o possibilitava de achar passagens para dentro e para fora de Érestha. Ele e os gêmeos Weis inventaram um jogo onde passavam por uma passagem qualquer e tinham que adivinhar onde haviam parado. Na maioria das vezes era impossível saber, pois paravam numa floresta ou num campo aberto. Mas quando acabavam em uma cidade, Riley sempre adivinhava onde estavam. Dave desejou poder levar Nicolle e sua mãe consigo, mas nenhuma das duas podia entrar no reino. Em setembro, a família Weis partiu numa viagem para algum lugar bem frio, e Dave passou alguns dias em casa, sem nada de muito interessante para fazer, eventualmente indo buscar Nicolle na escola e indo com ela até o prédio de sua prima.

No fim do mês, Lorena havia chamado Maria, Rick e Dave para um "grande anúncio". Em alguns dias ela voltaria para a escola e esperaria por Dave para começar um novo ano. Sua prima sempre fora muito imprevisível. Qualquer coisa era uma grande coisa para ela. Uma borboleta com asas coloridas, um carro antigo... Os olhos dela tinham um filtro que deixavam tudo maravilhoso. Até onde o menino sabia, isso poderia ser qualquer coisa desde a última figurinha em um álbum até um emprego com um salário milionário. Nicolle também havia sido convidada. As aulas dela já estavam no terceiro bimestre e não podia acreditar que Dave ainda estava de férias. Rômuo também estava lá e garantia que não fazia ideia do que ela estava querendo contar.

-Até onde sei, você é bastante exagerada –ele admitiu para a namorada, causando risos da sogra. –Estou receoso.

Todos concordaram e Lorena até fez cara de triste, mas ninguém acreditou nela. Quando todos se sentaram no sofá e ela se pôs a frente, com as mãos para trás, ela sorriu o sorriso mais largo que conseguiu.

-Estão preparados? –Dave revirou os olhos e respondeu que sim. –Estou grávida.

Silêncio. Nicolle parou de comer sua uva, Rick parou de bater os pés, Madalena soltou o controle da televisão. Dave e sua mãe abriram a boca lentamente, sem saber direito no que pensar. O menino mal conseguia começar a imaginar o que se passava pela cabeça de Rômulo. Sua boca se abria e se fechava, incrédula. O incômodo silêncio acabou com um grito típico feminino de Nicolle. Ela contagiou Lorena e as duas falavam rapidamente e num tom muito alto, gritando "ai meu Deus" a cada três palavras. Dave não fazia ideia do que elas estavam falando. Maria também levantou e abraçou a sobrinha mais civilizadamente. Dave e Rick também, embora o menino tivesse o dom das perguntas em hora errada.

Quando Rômulo se levantou, ele tinha as duas mãos sobre a boca e os olhos tão arregalados que quase lhe saltavam do rosto. Sua primeira reação foi dar um beijo em sua namorada. Um beijo longo e cheio de desejo e surpresa. Depois se afastou e exclamou, com entusiasmo, que ele seria pai. Madalena chorava e Lorena puxou-a para um abraço em família. Dave não soube dizer como foi parar no meio desse abraço, só que durou mais do que o necessário.

Madalena imediatamente começou a cozinhar alguma coisa especial em sua pequena cozinha, e Maria foi ajuda-la. As duas adultas não pareciam saber bem como reagir à notícia. Nick e Rick discutiram animadamente sobre diversas coisas relacionadas ao bebê. Nomes, gênero, personalidade... Pobre criança, Dave pensou. E não só pelas tantas coisas que seriam decididas por ele antes mesmo de seu nascimento, mas pela situação que encontraria ao nascer.

Por mais que estivesse feliz pela prima, feliz pelas férias e feliz como representante da princesa, ele estava assustado. Sabia muito bem que o reino não atingiria a paz sem antes entrar em guerra. Se lembrou de sua história favorita sobre seu pai, a do dia de sua morte. Dave era apenas um bebê. Só estava vivo graças ao sacrifício do pai. Teve medo que Tabata decidisse ir atrás de sua família por motivos quaisquer. Teve medo pelo bebê, embora soubesse que Lorena e Rômulo fariam de tudo para protege-lo. Teve medo pela prima, pois sabia que ela estaria sempre ao seu lado. E de repente teve medo pela mãe. Fora quase como sentir medo por si mesmo. Se tivesse que escolher entre Thaila e Maria, quem escolheria? Seu pai havia escolhido Maria. Lorena escolheria seu filho. Dave se sentia tão mal por pensar que escolheria sua mãe quanto por pensar em Thaila. Coçou o braço direito, onde uma cobra de luz que se enrolava pelo seu braço brilhava. Aquela marca selava muito mais do que um compromisso com a futura rainha. Era a confiança de toda Érestha nele, de que ele traria os novos tempos de que a rainha Ágata, antes de Éres, falava.

-Dave? –A leve voz de Nicolle o acordou de seus pensamentos tão perturbadores. Usava o colar que fizera com a pedra dada a ela por Dave, um ano antes. Era uma pedra cor de rosa que um dia pertencera à princesa bastarda Argia. –Quer vir conosco comprar mais ovos para sua tia?

Ele apenas mexeu a cabeça em concordância. Eles dois e Rick desceram as escadas e atravessaram a rua com vinte reais para gastar em ovos e balas que quisessem comprar. O irmão e a menina de cabelos cacheados ainda falavam sobre o bebê. Dave teve que chacoalhar a cabeça algumas vezes até perceber que já tinham tudo o que precisavam e voltavam para o apartamento. Rick quem carregava as sacolas. O angustiado representante da princesa teve que chacoalhar a cabeça mais uma vez. O irmão havia crescido bastante, como pessoa. Antes, mal aceitaria ter ido fazer compras, que dirá carregar essas compras. Havia completado treze anos em Abril e estava cursando o teceiro ano do fundamental II. Sentia-se aliviado em ver o irmão finalmente sendo útil. Precisou que ser responsável fosse a única opção para finalmente mudar. Com certeza Maria havia ajudado nessa mudança, mas algo contava a Dave que Nicolle estava envolvida também. O que quer que fosse, Dave estava feliz por não ter que carregar ovos quatro lances de escada a cima.

Madalena preparou bolo de chocolate e macarronada. As pessoas não conseguiram se decidir qual aparentava mais apetitoso e colocaram os dois de uma vez em seus pratos. Rômulo ligou para sua mãe e deu a notícia. Logo, toda a família Weis se acomodou em um sofá e conversou com os Fellows por um comunicador de vidro. Dave se retirou no meio da conversa e andou o corredor estreito até o quarto da tia, onde abriu a porta de vidro e saiu para a varanda. Quase se deixou levar por mais pensamentos chatos, mas Nicolle o salvou mais uma vez com sua doce voz.

-Só tem mais algumas semanas de férias. Depois só nos veremos no Natal –o menino não disse nada em resposta. Apenas continuou a olhar para as construções a sua frente. –Não quer mesmo me dizer onde está estudando.

Querer? Ele pensou. Quero, Nicolle, e quero muito. Mas não agora. Agora o que queria era ter certeza de que estou fazendo as decisões certas.

-Você está diferente –ela falou. Acompanhou um carro com o olhar e só continuou a falar quando este virou a esquina. –Não faz mais tantas piadas nem sorri muito. Nem mesmo quando trouxe seus novos amigos. Está preocupado com alguma coisa, mas assumo que não vai me contar, não é?

Dave balançou a cabeça negativamente. Ele tinha perguntado para Thaila se era possível ver ou sentir algo como os legados fora de Érestha. Ela dissera que não. Ainda assim, ele conseguia sentir as emoções das pessoas. Principalmente de Nicolle. Era uma menina extraordinária. Parecia estar sempre rodeada de coisas boas, cheias de vida e amor.

-Não quero que se preocupe comigo. Estou bem –ele odiava quando ela estava certa. Odiava ter que guardar segredos de Nicolle.

A menina sorriu e chacoalhou a cabeça. Deu-lhe um beijo na bochecha e disse:

-Só espero que isso seja a verdade.


OOOOi! hehe

Primeiro capítulo do livro 2! O que acharam?
Planejo postar um capítulo por semana, mas como não sei o que será da minha vida esse ano, apenas posso dizer que farei o meu melhor para cumprir isso ok? Valeu gente!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro