Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

XXIV -Riley

A rainha olhava para o espaço vazio entre Dave e o menino Gabriel com tanta certeza em seus olhos azuis que Riley cogitou perguntar como ela ainda conseguia ver Missie Skyes. Riley sempre perdia a posição exata da pessoa que usava o relógio de Reginald dois segundos após ela tornar-se invisível. Seus olhos distraíam-se com o segundo plano e esqueciam-se de quem havia desaparecido. Contudo, ele tinha certeza de que ela estava tremendo. Sua senhora, princesa dos céus, havia decidido que deveria ser dela a honra de ler a mensagem codificada em suas paredes de mármore. Riley conhecia algumas palavras mesmo estando com as letras embaralhadas em ordem aleatória. "Lágrima", "sangue" e, no canto, a assinatura que dava dores de cabeça aos que liam o livro, "Hy.Da.Bel". O menino tinha uma folha de papel na mão e uma caneta pronta para anotar o que quer que Missie lesse. Aquele era o último castelo, e tudo o que restava era colocar os fragmentos juntos para formar uma frase, uma pista ou simplesmente algo que fizesse sentido.

Todos haviam rapidamente decidido que o Castelo de Cristal não faria parte do enígma da rainha. Não só Thaís não soubera onde ele fora construído como Nicolle havia garantido nunca ter visto nada escrito em lugar nenhum. Mesmo assim, Dave e Riley haviam feito um tour rapidamente pela estrutura, apenas para garantir. Não encontraram nada. O carioca ainda estava tonto e exausto, mas ansioso para transcrever o que Missie via. Aquele momento só seria mais emocionante para o menino se Alícia estivesse junto dele, e ele também preocupava-se em como ia explicar ter mantido aquilo em segredo. Ele estava cansado de segredos entre os dois. A ansiedade do momento agravava-se a cada segundo que Riley contava, e sua mente criava dezenas de teorias baseadas nas passagens que ele tinha relido antes de chegarem ao castelo de Tamires.

As passagens do passado, antes de Dave, eram as únicas que continham informações sobre o corpo da princesa da vida, e eram pouquíssimas. "O bebê bastardo é o primeiro a ser morto, e seu corpo é confiado à bruxa" nunca interessara a rainha tanto quando Riley achava que deveria. Quem era a bruxa e porque Thaís deixaria uma peça tão importante como Argia nas mãos dela? Até onde Riley lera, transcrevera e analisara junto dos outros, não haviam mais menções à bruxa nenhuma. Talvez, o enigma da rainha eram direções até a tal bruxa, ou até mesmo seu nome. Ele queria poder ler e entender tudo em uma noite para saber o que fazer e se eles iam ter tempo antes de Tabata decidir que seu exército estava pronto, mas não era fisicamente capaz.

Diversas vezes, ele pensara em pedir para Alícia dar o livro para Isabelle, e diversas vezes, o fizera. Mas Alícia recusava-se. "É você quem tem que ler" ela dizia. "Isabelle só quer saber onde estamos e o que estamos fazendo, ela conhece o futuro." E logo após essas palavras, Riley arrependia-se. Ele era o gestor do futuro, como dissera Dafne, a velha cega, e como esperava o Mago Roxo. Porém, cinco minutos daquela leitura o desanimavam, e ele perguntava outra vez. DiPrata não faria bom uso daquelas palavras morando com Tabata, mas saberia interpreta-las melhor. Não só porque era clarividente, como foram Thaís e Reginald, mas porque era muito inteligente. Riley desejava que Dave pudesse esquecer tudo o que ela fizera e aceitar que era tudo para um bem maior. Assim, seria menos complicado explicar uma ideia que ele vinha tendo há um tempo, e que esperava colocar em prática naquela noite. Dependendo, é claro, do que Missie dissesse, e do que a frase da rainha formasse.

-Carne, sangue, uma lágrima e o lustro do ludíbrio necrópole –a voz de Missie fez-se ouvir. Riley arrepiou-se e anotou tudo em sua folha de papel tão rapidamente que rasgou-a. Então, ele franziu o cenho junto de todos os outros presentes. Tinha certeza, porém, que o ato se dava devido a motivos diferentes. –E tem aquela pequena assinatura. Hy.Da.Bel.

-O que foi que disse? –Dave deu um passo a frente. O menino estava muito concentrado, muito ansioso. Ele queria resolver aquilo o mais rápido possível e ajudar a rainha. Mais do que isso, ele queria que seu pai ficasse orgulhoso dele, embora Riley tivesse certeza de que ele já estava. –Necrópole?

-É como dizer 'cemitério' –Riley explicou, tentando acalma-lo. –Mas isso não faz sentido. Porque misturar ingredientes élficos nas receitas brancas?

Mssie voltou a ficar visível e todos voltaram a atenção para o menino, interessados. Dave tinha uma expressão de confusão e surpresa que se assimilava muito à de Bia. Era quase engraçado. O menino dobrou seu papel e colocou-o no bolso antes de explicar.

-O segundo e terceiro elementos, nessa ordem, são de receitas dos Litos Alvos. Mas a carne é onde atuam as poções feitas por elfos. Os Litos Alvos não mexem com isso. Uma cultura despreza a outra, porque junta-las?

-Porque queremos trazer alguém devolta à vida –Thaila sorriu para Riley e acenou com a cabeça, parabenizando sua explicação. O menino adorava receber atenção dela. Era sempre muito bondosa e atenciosa com ele e a gêmea. Especialmente com a menina, mas ele nunca sentia-se excluído. –Os Litos Alvos especializam-se na essência dos seres, como a aura. Os Elfos sabem tudo sobre o físico, sobre o corpo e tudo o que o rodeia. Essa é a receita que vai trazer Argia devolta, quando tivermos seu corpo.

-"Da terra nasceu, na terra morreu e da terra renascerá" –Dave citou a frase do castelo de Marfim, impressionando a todos que sabiam como ele era péssimo em decorar frases da profecia. –Encontramos o caixão de prata e o levamos até a província dos elfos para trazer Argia de volta. Perfeito! O que temos então, Riley? O que diz o enigma da rainha?

Ele tinha uma ideia do que responder, e considerava estar absolutamente certo. As frases que Elói e Edgar haviam encontrado eram, respectivamente, "O guardião das chaves" e "esperar para sempre e sofrer". No Livro da Rainha havia uma passagem dizendo que "lia-se do último ao terceiro", o que ele considerou ser do último filho do rei ao terceiro nascido. Seguindo a ordem de nascimento dos filhos de Éres do mais novo para o mais velho, ele tinha o que considerava a resposta à pergunta de Dave na ordem certa. As frases de Tâmara e Tamires encaixavam-se em "segue-se os passos das duas primeiras". Em sua interpretação, a localização do corpo de Argia estaria no conjunto maior, enquanto as instruções para trazê-la de volta estavam com as primeiras gêmeas.

-Jaz no caixão de prata fria o corpo da traída. O guardião das chaves está muito além da vida. No fluxo das águas, num universo de cores, esperar para sempre e sofrer. Da terra nasceu, na terra morreu e da terra renascerá. Carne, sangue uma lágrima e o lustro do ludíbrio necrópole.

Falar em voz alta fazia tudo soar oficial. Como se fosse Riley o responsável por colocar o ponto final na busca pelo enigma e por abrir o próximo capítulo. Ele tinha pressa, em fato. A noite estava aproximando-se, e ele tinha que dormir para pegar informações necessárias para o dia de amanhã. Odiava-se por não querer deixar Dave fazer trudo sozinho. O enigma da rainha era dele, e não de Riley. O menino não podia decifra-lo e gestir o futuro ao mesmo tempo. Precisava aprender a relaxar. Afinal, confiava em Dave e na rainha Thaila para levar aquilo para frente. Ao menos tinha a sensação de dever cumprido. Isso até o príncipe Edgar torcer o lábio.

-Por que ignorou as vírgulas? –ele perguntou. –Há vírgulas na frase de meu castelo. Não as considera importantes?

-Qual a diferença? –Tamires revirou os olhos, aproximando-se de Missie para abraça-la em agradecimento. –A ênfase no "para sempre"? Não que isso seja muito reconfortante.

-É Dave quem deve decidir se as vírgula dão ênfase nas palavras ou não –Thaila decidiu. –Minha mãe deixou isso para ele porque ele seria o único a entender. Nós temos muitas mais páginas de um livro nauseante para decodificar em pouquíssimo tempo, então não vamos desperdiçar nem um segundo. E da próxima vez que eu convocar meus irmãos para uma reunião urgente, espero ver seus rostos, e não os de seus representantes.

Ela foi a primeira a virar-se para pegar o elevador que descia até a praça central da província de Tamires. Riley foi logo atrás. Sua noite seria longa e ele queria preparar-se antes. Além de tudo, tinha que preparar Alícia também, e talvez aquele fosse seu maior desafio. Ele sugeriu que Missie passasse a noite com sua senhora, e as duas aceitaram muito facilmente. Uma vez que estavam todos no elevador, sentindo-o descer e esperando que seus ouvidos estourassem por causa da pressão, Riley começou oficialmente seu trabalho de gestor do Livro da Vida.

-Acho que você deveria falar com Lorena –ele sugeriu para Dave. O menino estava absorto em pensamentos, e não ouviu das primeiras três vezes que Riley sugeriu. Se Bia estivesse ali, teria acertado um tapa nele e gritado para ele prestar atenção. O carioca mal havia pensado muito na menina e sentia-se cruel por isso. Dave devia estar mentalmente exausto naquele momento. Riley repetiu com calma quando o amigo se concentrou. –Seu pai conversou muito com Lorena, tenho certeza de que algumas coisas podem te ajudar.

-Acho que sim –ele deu de ombros, ainda encarando o chão, pensativo. Thaila colocou a mão em seu ombro, sorrindo, e agradeceu a todos por serem tão cooperativos.

-Não estamos fazendo isso por você. Queremos nossos nomes no time da vitória, irmãzinha –Elói sorriu.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro