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XVII -Nicolle

Bem-vindos de volta!

Nós atualizamos nossos termos de serviço e segurança... mentira pode ler a vontade, as regras são as mesmas: comente quando estiver confuso; volte ao mapa quando estiver confuso; ame cactus.


Encontrar pessoas na porta da esquerda requeria muita concentração. A grande maioria delas estava ali há poucas horas, então não era difícil guia-las de volta para O Secretário e tira-los do mundo dos mortos. Nicolle tinha que transportar-se para O Limbo e ficar com o seu corpo ao mesmo tempo. Tinha que saber o nome de quem ia buscar e ajuda-los a lembrar também. E fazer tudo isso com as energias esgotadas era quase impossível. Por sorte, a maioria das pessoas que morriam por Argia eram seus legados, e tinham uma vantagem no mundo dos mortos. Sua alma conservava a excência do legado da vida, como numa bataha entre opostos. As almas desses legados não só eram raras no Limbo, como eram mais brilhantes, mais óbvias e atraíam as outras. Todos os que não eram legados da vida eram invisíveis para Nicolle, mas ela podia senti-los.Tinha que tomar cuidado em não levar a pessoa errada para a porta. Ela também não podia ser vista, apenas sentida por outros legados da vida. Com mais treino, Argia dizia que ela poderia identificar as almas invisíveis e traze-las de volta também. Mas não precisava disso agora.

A névoa do Limbo a incomodava, e o frio a desconcentrava. Ela gostava de colocar música para concentrar-se no mundo dos vivos, e fazia uma trilha sonora para sua caminhada. Diferente dos outros legados ali no Limbo, Nicolle não estava morta; ela estava usando o seu legado; era isso o que ela fazia. A conexão com seu corpo era essencial. Ela só tinha que achar os outros e guia-los até a porta à frente da mesa do Secretário. A quatra porta era invisível para os outros legados, e levava diretamente para o corpo da alma perdida. A menina ficava sempre perto de quem ia buscar, assim eles encontravam a si mesmos com maior facilidade. Se estivessem enterrados seria um grande problema.

-Meu nome é Nicolle, estou procurando por Maria Marim Fellows e ainda estou viva –ela sussurrava para si mesma.

Era complicado lidar com o Limbo sugando suas memórias e tentando confundi-la. Tinha que focar no que sussurrava, na porta atrás de si e no nome de quem buscava. Encontrar Maria era mais difícil do que os outros voluntários. Ela não tinha legado nenhum, nem registro no caderno do Secretário. Era como uma sombra, não uma alma. Nicolle gostava de cantarolar para chamar sua atenção, e quase sempre funcionava. Ninguém ligava para Maria, mas todos viam a porta que seguia a garota. Quanto mais almas a perseguiam, menos ela conseguia ouvir a música e sua própria mente. Maria costumava andar em direção ao castelo cravado nas montanhas quando estava morta, então Nicolle sempre ia atrás dela logo que Argia passava para outro corpo. Desta vez, a princesa estava com Nina Umbria, a mais forte de todos os voluntários; talvez por ser tão nova. Isso tranquilizava Nicolle de Vie, mas não a ajudava a encontrar Maria.

Por sorte, aquele dia era Halloween, e até os mortos Eresthianos celebravam. O castelo no horizonte estava muito mais próximo do que o normal, e seguia Nicolle como fazia a porta da saída. As almas encontravam caminho para fora do Limbo por ali, e não importavam-se com sombras como Maria. Os outros eram problema dos legados de Tabata. Maria estava parada anquela ocasião, confusa com a agitação dos outros.

-Seu nome é Maria Marim Fellows, lembra-se? –Nicolle perguntou quando chegou perto dela. Maria anuiu, mas não disse nada. Ficou aina mais confusa quando não encontrou a dona da voz. A música que Nicolle ouvia estava mais alta e isso queria dizer que estava chegando ao fim de sua missão. –Você vê a porta? É só passar por ela e podemos voltar. Seus filhos estão te esperando.

Ela franziu o cenho e pensou um pouco por alguns minutos. Nicolle deixou que ela se concentrasse, até começar a sorrir e abrir a porta por conta própria. Nicolle passou por ali também e ficou visível para a mulher.

-Oh, Nick, muito obrigada –a mulher sorriu.

Maria passou alguns segundos encarando O Secretário, que, de costas, não se importava com a agitação delas. Nicolle sempre preferia não interferir nos devaneios das almas. Elas precisavam de um tempo para adaptar-se. Nick tirava alguns minutos para conversar com o homem uma vez que mandava as almas de volta para o corpo delas. Ele havia explicado muitas coisas sobre as três portas e seu trabalho. Ficara curioso da primeira vez em que ela aparecera ali. Não tinha uma visita da vida ha muito tempo.

-Como eu sou? –ele perguntara. –As pessoas vêm aqui e mudam minha aparencia de acordo com o que querem ver. Eu não me lembro.

-Você veste uma coroa –ela respondera. –Uma coroa velha feita de madeira e folhas. É magro e tem barba, mas não tem cabelo. Quem é você?

-Oh, sim, obrigado –ele sorrira. –Eu fui um rei há muito tempo atrás e morri. Então vim trabalhar aqui para ajudar meus irmãos no controle de nossas terras. Bem antes dela chamarem-se Érestha. Agora, sou O Secretário, muito prazer.

Nicolle tentava forçar uma imagem para aquele lugar, mas sua mente via apenas a realidade. As quatro portas eram uma ilusão divertida. Não passavam de simples portas no meio do nada, e todas elas davam para o mesmo campo cheio de névoa. As almas que mereciam sofriemento, atrás da porta com dois cadeados, estavam imersos numa ilusão de desespero, assim como os da direita estavam num eterno sentimento de paz. A única realidade era O Limbo.

–Dave está no castelo? –Maria perguntou. -Por quanto tempo eu estive aqui?

-Apenas algumas horas –ela respondeu, empurrando-a em direção à porta. –E sim, Dave está aqui, conversando com o irmão. Vamos voltar? Pode dar um abraço nele.

-Claro, claro –ela olhou para O Secretário mais uma vez e sorriu, antes de agradecer Nicolle e passar pela quarta porta.

-Quem é esse homem que ela vê? –perguntou o velho rei atrás da escrivaninha.

-O marido dela –Nicolle respondeu, ouvindo a música que havia escolhido ficar mais alta. Ela gostaria de ficar e falar mais com O Secretário. Mas tinha coisas para resolver. Talvez passasse mais tempo ali quando Argia tivesse seu próprio corpo.

-Já ouvi falar dele mas não o conheci pessoalmente. Te vejo em breve, Nicolle de Vie.

-Até mais.

Passar pela quarta porta era o mesmo que simplesmente abrir os olhos. Ela estava exausta, mas levantou-se mesmo assim para ver se Maria estava bem. A mulher bocejou na cama onde estava deitada e sorriu para a menina.

-Muito obrigada, Nicolle –ela falou. –Como é cansativo esse processo, não? Onde está Dave?

-Estou aqui, mãe.

Nicolle estava de olhos fechados agora que sabia que Maria estava bem. Respirava devagar para expulsar a tontura mas reconheceu o toque de seu melhor amigo em seu ombro quando ele aproximou-se para sentar ao lado da mãe. A menina achou que ia vomitar.

-Como você está filho? Não é hoje a festa de Halloween na sua escola?

A menina não ouviu o que o menino contou para a mãe, mas eles conversaram por uns bons dez minutos. Foi o tempo necessário para ela se recompor e conseguir colocar-se de pé. Maria agradeceu-a mais uma vez e pediu uns minutos para descansar. Dave guiou a amiga para fora do quarto.

Ela achava que teria mais tempo para gastar com os Fellows agora que estava inserida na realidade maluca deles, mas estava muito errada. Suas prioridades eram sempre Argia e o reino de Cristal. Ela mal havia tido tempo de rir da barba dele. Quando criança, Dave sempre dizia que adolescentes de barba não passavam de crianças querendo bancar os adultos. Ele dizia que não fazia sentido manter uma barba quando suas responsabilidades resumiam-se à escola. Ele havia completado dezoito anos no último dia nove, e nada havia sido como o planejado. Antes mesmo de saber sobre Érestha ele queria tomar café com a mãe e passar o resto dia do seu aniversário de dezoito anos com Nicolle. Como ela era um ano mais nova, o menino queria apenas andar por aí mostrando como ela era um bebê perto dele. Ao invés disso, ele dormiu até meio-dia, almoçou com sua rainha e passou o resto do dia na clareira da escola com seus amigos. De noite, jantou com a mãe, o irmão e a amiga no Castelo de Cristal enquanto Nina ficava com Argia.

-O que está olhando? –ele sorriu, bagunçando seus cachos cor-de-caramelo. O pôr-do-sol alaranjado refletia nos olhos azul-claros dele, e era mais imprssionante do que a luz nos cristais.

-Essa sua barba idota, senhor adulto –abraçou-o. –Queria poder ter passado seu aniversário no Brasil, como havíamos planejado.

-Sente falta de lá? –ele parou no corredor azulado antes de começar a descer as escadas. –Nicolle, se quiser voltar, você...

-Não, não! –ela riu. –Eu prefiro estar num castelo, é óbvio. Só queria ter mais tempo para você e Rick.

-Eu também –ele torceu o lábio. –Devia vir para a escola hoje, ainda da tempo de aproveitar a festa. Você e Rick. A turma do primeiro ano está sendo muito criativa com as decorações. E do jeito como está cuidando de seus cachos não vai precisar de muita maquiagem de festa.

-Eu vou te matar, Dave Fellows –ela acertou alguns tapas nele. Os dois voltaram a andar em direção à biblioteca improvisada do castelo. Os livros eram todos dos acervos de outras províncias, mas Rick e Riley julgavam os títulos necessários. –Posso saber sobre o que os meninos estão conversando?

-O livro da rainha e o corpo de Argia –Dave explicou, pulando o último degrau e indicando para que Nicolle fizesse o mesmo. Ele segurou a mão dela e forçou um rodopio. A menina sorriu e aproximou-se de seu amigo, segurando uma de suas mãos e abraçando sua nuca. Dave segurou sua cintura e deixou que a menina o guiasse numa dança que ele claramente não conhecia. –Riley está muito animado com toda essa história.

Nicolle estava ficando tonta de novo, mas não queria parar. Ela sorriu para responder, mas o estrondo da porta da frente do salão principal estourando a interrompeu. Dave empurrou-a para trás de si e pegou sua espada tão rapidamente que ela mal conseguiu entender como havia caído no chão. O rugido que sguiu as lascas da porta arrebentada foi surpreendentemente reconfortante para Nicolle. Ela conhecia muito bem os gritos de Alfos.

-O que ele está fazendo? –Dave perguntou, assustado, ainda sem tirar os olhos do dragão.

Rick e Riley desceram as escadas da ala norte correndo e tropeçando. Riley franziu o cenho para seu dragçao e Rick ajudou a menina a levantar-se. Alguns guardas entraram no quarto desculpando-se, dizendo que não haviam entendido as intenções do dragão. Ele cuspiu fogo por cima da cabeça deles.

-O que há de errado com seus olhos? –Riley aproximou-se de seu animal. Nicolle não havia notado até então. O dragão costumava ter grandes pupilas castanhas, mas elas estavam dilatadas e completamente negras. Ele chacoalhava a cabeça como se quisesse livrar-se de algum inseto irritante. Rugiu para seu dono e assustou a todos. –Ele... está chamando por Nina Umbria.

-E por que quer Nina? –perguntou a própria. Os olhos da menina estavam verde-folha, e ela vestia uma coroa em sua cabeça. Vinha descendo as escadas, curiosa. –Ela está morta, eu sinto muito. Diga para ele voltar em algumas horas.

-Argia, fique longe –Rick advertiu, também franzindo o cenho para o comportamento do dragão.

A princesa obedeceu, mas isso não acalmou Alfos. Ele balançou a cabeça novamente, e cuspiu fogo como se não tivesse controle de sua boca. Abriu suas asas e ocupou todo o espaço do salão. Pulou, bateu as asas e agarrou a princesa da escada com suas garras. Nicolle gritou junto dela, sem poder fazer nada, e Dave começou a dar ordens para os guardas com lanças e flechas. Rick fechou os olhos para poder concentrar-se em seu legado, e quando seu corpo caiu sentado no chão o dragão pareceu ainda mais irritado. A princesa estava desesperada, e Alfos, confuso. Dave não permitiu que ninguém jogasse coisas no dragão para não correr o risco de acertar Argia.

-Riley, peça para ele parar! –Nicolle gritou em suplica.

-Ele está tentando –respondeu. –Esse não é Alfos.

Rick voltou a abrir seus próprios olhos, apenas para revira-los e desmaiar. O dragão quebrou os vidros detrás do trono e escapou por ali. Dave ignorou seu irmão no chão e continuou a gritar ordens para os homens, que correram pela porta da frente. Nicolle, sem conseguir raciocinar direito, começou a correr em direção à enorme janela quebrada. Ali era a beira de um precipício, e ela não sabia o que faria quando chegasse lá, mas queria seguir o dragão. Para sua sorte, Riley segurou seu braço e impediu alguma loucura.

-Quanto tempo a mais Nina aguenta com Argia? –ele perguntou.

-Poucas horas –ela arregalou os olhos, sentindo seu estômago se revirar. –Por que ele fez isso, o que há de errado com Alfos?

Riley apenas levantou as sobrancelhas e afastou-a dos cacos de vidro.

-Ela vai ficar bem, acredite em mim. É só um mal entendido.

-Como assim? O que sabe sobre isso? –ela deu alguns passos furiosos na direção do menino.

Ele olhou para ela da mesma maneira que olhou para seu dragão.

-Fique aqui com Rick e Maria, eu vou com Dave –falou. –Isso é sobre minha irmã e a princesa Tâmara. Ele não quer mal nenhum para Argia, nem para Alfos. Ele só precisava de Nina.

-Ele quem?

-Reycaryn –Riley respondeu, afastando-se. Rick remexeu-se no chão e o menino apontou para ele. –Vão precisar de vocês dois, represntantes. Garanto que sua princesa está bem.

Ele saiu pela porta da frente como se nada tivesse acontecido e deixou Nicolle com sua dor de cabeça para levantar Rick Fellows do chão.

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