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XLII -Dave

Dafne estava pronta. Ela e suas irmãs já haviam trabalhado muito em melhoras nos seus animais de metal, distribuído-os pelas cidades principais de todos os príncipes e explicando para alguém responsável como funcionavam. A cega baixinha vinha falando de um certo projeto ha um tempo, e dizia que precisava de Ethan para ajuda-la a termina-lo. Dave havia dito à sua rainha que ia atrás do homem e que ela podia ficar relaxada em seu castelo. Ele não tinha vontade nenhuma de ir até o Vale do Verão, muito menos de falar com Nova, mas preferia deixar Thaila longe daquela província e daquela pessoa em particular. Ela aceitou a proposta, mas parecia desapontada.

-Ethan vai acabar no Castelo de Vidro de uma forma ou de outra, Thaila –Dave revirou os olhos, aproximando-se de sua rainha para beijar-lhe a testa. Ela afastou-se, porém, com os olhos semicerados e um sorriso nos lábios.

-Nunca houve nada entre seu pai e Ethan Nova –ela falou. Dave franziu as sobrancelhas para ela. –Eles provavelmente nunca se conheceram pessoalmente.

-É claro que houve algo entre os dois –Dave chacoalhou os ombros. –Você, Thaila. Não é minha culpa se Nova é um idiota e desapareceu da sua vida, nem se ele se arrepende de perder-te para meu pai, mas o que eu posso fazer é engolir isso tudo e evitar que ele olhe para você mais do que o necessário.

-Você tem razão, Ethan é um idiota. –ela riu. Voltou a aproximar-se de Dave e deu-lhe um longo beijo na bochecha. –Mas isso não me impede de sentir saudades e querer sua companhia.

-Deveria –ele resmungou, abraçando-a.

-Obrigada, Dave –ela sorriu. –Seja cuidadoso.

Ele só desejava que Alfos estivesse com ele. Riley deveria ir até Juliana em breve para checar em seu dragão e talvez até pegar alguns dragões para deixar nos castelos por aí. Ele teria que descer a montanha de Argia a cavalo ou criar uma passagem até o Vale do Verão, e ele não tinha tempo para aquilo, infelizmente. Seu irmão havia oferecido companhia, e nada do que Dave dissera o convencera de ficar no Castelo de Cristal. Ao menos a descida não era tão solitária. Era, ao invés disso, muito barulhenta.

-Ainda não decidimos nada sobre a mãe voltar para casa –o irmão comentou depois de Dave ignorar umas dez perguntas sbre tantos assuntos com os quais ele não se importava.

-Você tem razão –ele deu de ombros, acertando sua postura no cavalo que montava e arrumando seu casaco no corpo. Percebeu que Rick imitou seus movimentos, mas preferiu não comentar. –Odeio tê-la aqui, exposta a tantos perigos desnecessários.

-Eu comentei algo sobre o Brasil outro dia... Ela não pareceu nada interessada, ou animada... Diz que tem saudades de tia Madalena e nada mais.

-Vamos convencê-la, não se preocupe, Rick –Dave olhou para o irmão, que tirava neve de seu rosto. Talvez Rick devesse voltar também, e levar Nicolle com ele. Dave ficaria com Argia e Thaila ao mesmo tempo, se fosse necessário. Queria ter certeza de que sua família estava bem.

-E como está Bia? –o mais novo pergutou, animado. –Já fazem quase três meses que ela está viva e ainda não veio conhecer o castelo de Cristal ou a princesa Argia.

-Ela está bem –Dave sorriu. –Muito bem. E muito curiosa, na verdade. Quer vir conhecer o reino de cristal, mas, você sabe...

-Vocês estão ocupados, como sempre –ele deu de ombros. –Sei como isso funciona, e você sabe que ela pode vir quando quiser. Como foram os dias dela com os mercenários?

-Acho que faz mais sentido que você pergunte diretamente para ela.

O menino acelerou seu cavalo e passou na frente do irmão, revirando os olhos. Ele tentava gostar de conversar com Rick, mas sempre acabava entediado ou entrando em assuntos que não queria discutir. Detestava pensar em Bia estando em quanquer lugar que não não fosse ao seu lado, e detestava Thaila fazendo acordos com mercenários mortos. Se o irmão não sabia disso, que aprendesse naquele momento.

-Dave, espere! –o menino chamou, mexendo nas rédeas de sua montaria e alcançando-o. –Posso falar com você? A gente quase nunca se vê e... Argia vem tendo ideias estranhas ultimamente.

-O que quer dizer? –ele interessou-se.

-Bom, são conversas que ouvi por acaso entre ela e Nicolle –o menino olhou para o chão ao invés do rosto do irmão. Dave não estava surpreso em ouvir que ele havia escutado alguma coisa "sem querer". Rick Fellows era um grande bisbilhoteiro e estava por toda a parte, ouvindo e ganhando novas informações. Esperou de boca fechada que ele continuasse. –Ela falou sobre dar a provícnia dos elfos para Nicolle, por exemplo.

Dave não havia entendido da primeira vez, e continuou sem entender mesmo quando ele explicou. Ele não sabia se aquilo era uma boa ideia, nem mesmo se seria permitido que Nicolle ficasse responsável pelas terras dos elfos. Disse que Rick não precisava se preocupar ou levar isso a sério.

-Ok, mas elas também estavam conversando sobre o casamento de Edgar e Marineva na outra noite... –Rick continuou. Ele parecia desconfortável –E Nicolle estava tentando convencer a princesa que ela pode estar com quem ela quiser, baseado no fato que Marineva não tem nada de realeza nela.

-E é verdade –Dave falou, dando de ombros. –É conversa de menina, não temos que tentar entender.

-Argia mencionou meu nome –o cavalo de Dave deve ter entendido toda a conversa, pois parou de andar no momento em que Dave ia frea-lo. Rick parou um pouco mais a frente, olhando o irmão e esperando alguma reação. –Dave, eu posso ser um príncipe de Érestha?

-Eu não... Escute o que você está dizendo, Rick –Dave afastou um pouco de neve se seu rosto para poder enxerga-lo melhor. O menino não tinha o que dizer, era simplesmente uma realidade inexistente e uma sugestão ridícula. –Isso não faz sentido nenhum. Argia está confusa, obviamente.

-Foi só o que eu ouvi, Dave –o menino virou-se de costas, voltando a cavalgar.

Dave chacoalhou a cabeça, tentando acordar do que acabara de ouvir. Tudo o que conseguia pensar era em encontrar logo o corpo de Argia para que a princesa pudesse ter sua liberdade, alcançar sua paz e talvez enxergar Rick Fellows com seus próprios olhos. Ela dependia muito do menino. Com certeza estava apenas muito confusa, ou Rick tinha ouvido coisas. O resto da longa descida pela encosta da montanha foi em absoluto silêncio. Rick voltou a tentar conversar quando estavam à poucos quilômetros do vale e já conseguiam ver alguma construções. Dave não prestou atenção em nada do que saiu da boca dele. Rick teve que jogar seu cachecol no irmão para fazê-lo perceber seus arredores. Os dois estavam cercados por três guardas armados e seu cavalo não estava muito contente.

-Queremos chegar no Vale do Verão –Dave falou, franzindo o cenho para os homens. –Podem nos dar licença?

-E como sabemos que são mesmo os Fellows? –um deles grunhiu. –Tabata não vai nos enganar de novo!

-Preciso falar com Ethan Nova, a pedido da rainha –insistiu. Estava frio, e ele esperava algum tipo de acolhimento que envolvesse chá quente.

-Não ouviu o que ele disse? –falou outro homem. –Não vão chegar nem perto do vale se não soubermos que são mesmo os Fellows.

-Diga a Ethan que ele é um idiota –Dave sorriu. –E que Thaila sente falta dele. E digam logo, estou com frio.

Apenas um deles saiu da formação para ir levar a mensagem. Os irmãos encararam-se, mas não queriam falar. Esperaram, tremendo na neve, até que o homem voltou na companhia de um cavaleiro que Dave reconheceu como Ethan mesmo com a distância. A portura do homem era reconhecível. Nova soube que aquele era mesmo Dave Fellows quando estava perto suficiente para ver a expressão em seu rosto.

-Podemos voltar para sua cidade e você nos oferece algo quente –Dave começou a falar antes do homem perguntar qualquer coisa. –Ou podemos ir direto até Dafne, como preferir, Nova.

-Podem vir comigo, os dois –Ethan falou, olhando mais para Rick do que para Dave. –Conversemos antes de partir.

O guarda do vale pôs-se ao lado de Rick para cavalgar, e os dois conversaram o caminho inteiro sobre Russel, o novo general de cristal, e os outros soldados voluntários do vale. Dave não tinha certeza se detestava Nova por estar ignorando-o, ou se estava satisfeito por isso. O que tinha certeza era de que fazia de propósito. Dave não gostava quiando o irmão mais novo era tratado como um senhor e ele não, e as pessoas sabiam bem disso. Apesar de tudo, estava contente por ter deixado Thaila no Castelo de Vidro.

Ethan os levou para um bar barulhendo que cheirava a bebida e gente suada afastado do centro. Foi recebido por garçonetes velhas que claramente derretiam-se por ele, uma caneca de cerveja e um brinde de alguns colegas. Ele sentou-se na cabeceira de uma mesa cumprida e indicou que Rick sentasse-se na próxima dadeira á sua esquerda. Todas as outras estavam ocpadas por pessoas bêbadas e barulhentas, então Dave cruzou os braços e fuzilou Ethan com o olhar. O homem deu de ombros, rindo.

-Tragam alguma coisa para aquecer os Fellows –ele pediu para duas moças.

-Sim, senhor –elas sorriram.

Os homens ao redor de Rick o cumprimentavam e salutavam, e o menino parecia muito feliz em estar ali. Dave também recebia apertos de mão e pequenos brindes, mas sua expressão desinteressada desanimava os outros, e acabava afastando-os para Rick. Ao mais novo foi oferecida uma caneca de cerveja tão grande quanto a de Ethan, e o menino aceitou, claramente curioso. Dave recusou a sua e esperou que lhe troussessem um cálice de vinho. Ele não gostava muito da bebida, mas era melhor do que cerveja e o fazia lembrar de sua Bianca. Ao menos ajudou-o a ficar mais quente dentro de tantos casacos.

-Então explique de novo, menino Fellows –um homem agitado virou-se para Rick. –Por que escolheu o velho Russel para liderar o exército da nova princesa?

Rick hesitou um pouco antes de dar sua resposta. Não tinha como buscar o olhar do irmão pois Dave estava em pé bem atrás de sua cadeira, mas Dave sentia que ele havia tentado. Ele havia agradecido o irmão mais novo por ter feito aquela escolha. Ver a expressão de Ethan naquele momento fora muito satisfatório. A rainha havia dado muitas dicas sobre sugerir o guarda do vale para sua irmã da vida, e ele estava animado. A ideia de Rick fora genial, e Dave teve que se segurar para não rir no meio daquela reunião.

-Conheço-o bem –Rick finalmente falou. –ele foi essencial e muito corajoso na busca pelo Castelo de Cristal. É uma maneira de agradecer.

-E por que não nosso grande Ethan? –outro falou, dando um tapa amigável no ombro do homem. –Guerreiro, fiel e galanteador; é a escolha óbvia, não diria?

Todos os colegas riram escandalosamente do último comentário, e até Rick esboçou um sorriso, bebericando sua cerveja e fazendo caretas para o sabor. Algumas garçonetes chegaram com petiscos gordurosos que ofereceram ao guarda e seus colegas com sorrisos. Uma delas apoiou-se no ombro de Ethan para beijar-lhe a bochecha e rir junto dos outros.

-Andam muito ocupados, não rapazes? –ela falou, ainda grudada em Nova. Virou o rosto para segredar em seu ouido, mas Dave conseguiu não só ler seus lábios como ouvir o que estava falando, apesar do barulho exageirado do lugar. –Sinto sua falta.

O homem afastou-a com uma mão e ela saiu sorridente dali. Um sorriso cresceu nos lábios de Dave quando o guarda virou o rosto em sua direção, como se para verificar que ele não havia visto aquilo. Dave chacoalhou a cabeça para ele.

-Você não vale nada, Ethan Nova –Dave riu, colocando seu cálice vazio em cima da mesa e virando-se para sair daquele lugar gorduroso. –Vamos, Rick. Dafne nos espera.

-Dave, espere –o guarda levantou-se e segurou o omrbo dele. Dave chacoalhou-se para ver-se livre do homem e empurrou a porta para sair dali. Ethan alcançou-o e virou-o para encara-lo. –Os assuntos entre Thaila e eu são problema nosso. Ela sabe sobre minha vida aqui no vale e eu não tenho intenção nenhuma de magoa-la...

-Eu não me importo com nada do que você faz, Nova –Dave interrompeu-o. –Não me interessa o que você pensa de mim ou de meu pai, o que quero é que Thaila seja feliz, e você é tóxico. Quantas vezes um Fellows vai ter que interferir até que você se toque que não a merece? Quantas vezes já não a fez chorar? Thaila é só uma princesa para você, uma que você já deixou esperando por tempo demais. Trate-a como uma rainha ou deixe-a em paz.

O homem ficou sem resposta para aquele pequeno desabafo de Dave. O menino sabia bem que sua rainha já o amara e ainda nutria sentimentos parecidos por ele. Prefria vê-la sozinha e sorridente do que juinto de alguém que parecia não valoriza-la o suficiente. Seu irmão saiu do bar sendo carregado no ombro de um homem forte, que celebrava a existência a da princesa Argia. Dave montou seu cavalo e foi na frente, devagar, sabendo que o guarda do vale o acompanhava e seu irmão vinha logo atrás.

Eles fizeram todo o percurso de volta para usar a única passagem exitente para aquela província, que mudava o destino todos os dias. Acabaram, convenientemente, na província de Tâmara, e chegaram até a cidade de Dafne rapidamente. Haviam viajado em silêncio, e nada mudou até eles tocarem o sino da recepção e saudarem a velha cega.

-Ora, ora, outro Fellows? –ela esticou a mão para sentir o rosto de Rick. –Que enorme prazer!

Dave conseguia antecipar todas as perguntas que ele teria a fazer, começando pelo mistério da cegueira da mulher. Ela cumprimentou Ethan com muito entusiasmo e guiou-os até o laboratório nos fundos, onde suas irmãs estavamocupadas com suas próprias coisas. Riley estava ali com Hynne, enfiado em um livro. Cumprimentou Dave com um aceno sem tirar os olhos das palavras. Bebel, ao fundo, estava ao telefone, aparentemente tentando garantir que nada explodiria nos animais mecânicos emprestados para a princesa Teresa. Dafne guiou os três recém-chegados para a sua própria escrivaninha e sentou-se. Tateou a superfície até encontrar uma caneta e um papel e posicionou-se para começar a escrever alguma coisa.

-Ok, Ethan Nova. Estou pronta –ela falou, sorridente. –O que você viu?

-Já não lhe disse que não vi nada? –ele parecia frustrado. Suspirou, antes de continuar. –Eu não sei o que eram aqueles desenhos, Dafne, não faço a menor ideia. Por que você não os refaz? Foi você mesma quem os desenhou da primeira vez!

-Sim, eu desenhei várias coisas, mas não vi nada –ela riu, apontadno para sua cegueira. –Como vou saber o que estava desenhando se não vi o produto final, rapaz?

-Eu não sou um rapaz, Dafne –a senhora deu de ombros e permaneceu na sua posição de prontidão, esperando direções para seu desenho. –Eram círculos e medidas e rabiscos... aquilo era pra ser alguma coisa?

-Do que estão falando? –Rick franziu o cenho, atrapalhando o momento confuso que havia iniciado.

-Dafne esteve comigo enquanto eu fui prisioneiro dos Quatro –Ethan explicou. –ela fez desenhos em folhas de árvore e colou...

-Nas paredes do quarto onde estava –Dave completou a frase, esperando que Ethan confirmasse sua teoria. O homem anuiu, confuso com como ele conhecia aquela informação. –Bia esteve lá, no Vale do Inverno. Ela me falou sobre rabiscos colados na parede.

-Viu só? –Ethan deu de ombros, tornando a falar com Dafne. –Rabiscos, eram só rabiscos.

-Não, eu não vi –ela riu de novo, tocando os óculos com a ponta do lápis. –Então chamem essa menina, talvez ela seja de mais uso do que o guarda do vale.

-Bia está com Alícia no Castelo de Vidro –Riley gritou do canto onde estava isolado, ainda sem perder o foco na leitura.

Dave suspirou e girou em seus calcanhares para continar sua jornada do dia. Estava cansado da viajem na neve e tinha fome. Ethan parecia sentir-se da mesma maneira, enquanto seu irmão e Dafne estavam animados e curiosos, conversando sobre muitas coisas em poucos minutos. Ele guiou o grupo por passagens rápidas depois de despedir-se de Riley e as outras duas senhoras. Esperava poder senta-se, almoçar e descansar um pouco o mais rápido possível. "Sabia que Nova acabaria no Castelo de Vidro uma hora ou outra" ele pensou quando passaram pelos portões de ferro da estrutura. Perguntou por Bia para alguém que cuidava da grama e a pessoa disse que estava nos jadins de Elói. Ele contornou o Castelo ao invés de ir por dentro, da maneira mais rápida. Assim evitou um encontro muito precipitado de Nova e a rainha. Dafne comentava sobre como a estrutura era magnífica enquando tinha o rosto virado na direção oposta ao castelo, e Rick concordava com todas as observações que ela fazia. Às vezes ele se pegava trocando oplhares com Nova, onde os dois concordavam que Rick e Dafne pareciam dois loucos conversando. Dave acelerou o passo nas escadas com a fonte e entrou no jardim pessoal do príncipe do gelo e do fogo com um pulo.

Ele não havia parado para raciocinar as palavras de Riley até estar ali dentro. "Bia está com Alícia" era algo difícil de se ouvir, uma realidade quase tão ridícula quanto Rick sendo príncipe. Mas era o que estava acontecendo naquele jardim. A representante do fogo estava em pé na beirada da preguiçosa fonte do príncipe, tremendo de frio em uma regata branca manchada de molho de tomate e shorts jeans. Alícia, com o macacão que Tâmara fizera que ela parecia nunca querer tirar do corpo, estava de costas para ela, levantando suas facas com seu legado de polarista e atirando-as no ombro da menina. Bia grunhia sempre que uma a acertava, retirava-a de sua carne e colocava fogo nela, jogando-a então na água serena da fonte para apagar-se. Uma das facas acertou o braço dela e ela riu.

-Errou, Weis –Bia falou, tendo dificuldade em fazer a faca inflamar-se. Os cortes em seu corpo curavam-se instantaneamente, e sua pele voltava a ser perfeita como antes.

-O que diabos as duas estão fazendo? –Dave estava horrorizado, aproximando-se mais velozemente

Alícia assustou-se com sua voz e fez a faca bater na fonte de Elói e tirar uma lasca da pedra. Ela sorriu quando virou o rosto para o amigo.

-Estou atirando facas na sua namorada –falou. –É meu novo esporte favorito, quer tentar?

-Deveria ser uma reunião, mas a gente se distraiu –Bia explicou, pulando de onde estava para chegar perto de Dave e abraçar e beija-lo. Ela afastou-se alguna centímetros para semicerrar os olhos para ele. –Onde esteve e porque eu não fui convidada?

-Está convidada agora, menina –disse Ethan, olhando para ela com muita curiosidade. O homem não a havia encontrado nem antes e nem depois dela tomar seu lugar com os Mercenários Mortos e parecia tentado em agradece-la, mas não encontrava as palavras. Dave sabia que seus olhos passeando pelo corpo dela só queriam tentar entender a condição de côndefa com a qual renascera, mas incomodavam o menino quase tanto quanto sua voz pronunciando o nome de Thaila. Ele tirou seu casaco e colocou-o sob os ombros de Bia. A menina estava gelada a ponto de lembrar Dave que ela já fora um cadáver, e agradeceu, perguntando do que Ethan falava. –Acho que ficou no mesmo quarto que eu no Inverno. Viu alguma coisa naqueles desenhos na parede?

-Aqueles rabiscos em folhas? –ela de de ombros. –Queimei-os na minha última noite, por que? Eram importante?

Ethan respirou bem fundo mas Dafne não parecia preocupada.

-Vocês devem se lembrar –a velha sorriu. –Ethan provavelmente colou-os errado na parede. Começem por aquela folha maior, que deveria estar no centro. O que tinha desenhada nela?

-Três linhas –os dois responderam ao mesmo tempo.

-Uma delas era curva –disse Ethan

-E as outras bem pequenas, saíndo dessa curva –Bia completou.

A menina adiantou-se para os fundos do jardim, onde guardava suas tintas e pincéis. Trouxe com si um maço de folhas sulfite e canetinhas coloridas. Dafne sentou-se no chão e pediu que eles fosem narrando o que lembravam, e ela reproduzia tudo rapidamente. De acordo com os dois, estava fazendo tudo identicamente aos que fizera d aprimeira vez. Ethan organizava os papéis no chao do jeito que havia colado-os na parede, e isso os ajudava a lembrar-se ainda mais facilmente.

-Ach que tinha um '24' embaixo daquela linha ali.

-Não era um '34'? Certeza?

-Sim, o 34 estava naquela outra.

Eles conversavam e trabalhavam juntos sob o sorriso de Dafne. Em certo ponto, Alícia interveio e começou a reorganizar tudo o que eles tinham feito, mesmo sob protestos. Logo eles se calaram e todos começaram a fazer o mesmo. Conforme Bia e Ethan ditavam direções para a velha cega, os Fellows e a menina Weis montavam um quebra-cabeças enorme, tentando colocar as curvas todas juntas e as linhas retas em outra parte.

-Eu vejo duas coroas –Ethan anunciou, quando afastou-se um pouco dos papéis e olhou a figura quase pronta.

Dafne desenhou alguma última coisa e Alícia encaixou-a onde faltava. Uma das coroas era igual à de Thaila, aquela que Lawrence havia forjado para ela. A outra fez Alícia ficar branca de susto. Dave conhecia aquela expressão, e queria dizer 'Isabelle'.

-Ela usou uma coroa assim uma vez, há um tempo –Alícia explicou. –Estava sentada no trono de pedra com um vestido... e uma fina coroa de ágatas pretas e brancas.

-Isso, exatamente! –Dafne levantou-se, agradecendo a todos com um sorriso.

-Pra que precisa fazer isso? –Dave perguntou, dando um passo adiante antes que a senhora pensasse em sair do jardim.

-Uma coroa para aprincesa da morte, uma coroa para sua sucessora –ela falou, desviando de Dave eseguindo seu caminho. –Tente não queimar essa folhas também, menina-lagartixa.Vou precisar das medidas das cabeças delas.    

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