Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

XIX -Alícia


As habilidades de costureira da princesa da terra eram excepcionais. Ela havia criado um conjunto completo de calça, blusa de manga cumprida, casaco e roupas de baixo para Alícia usando apenas a pele de alguns ursos velhos voluntários e grama fresca. Com os retalhos do vestido que a menina usava antes, Tâmara fez para si um casaco e uma saia nova, ambos elegantíssimos. As duas estavam sobrevivendo muito bem sozinhas e no frio. Alícia achava até que poderia ficar ali para sempre, se quisesse, mas ela tinha ideias. A província da terra e o resto de Érestha precisavam dela, e a única coisa que as impediam de voltar era um elfo raivoso. Reycaryn podia ser habilidoso, mas Alícia considerava-se melhor.

Em pouco mais de um mês, as duas fugitivas já haviam escapado de Reycaryn quatro vezes. Na última, Alícia teria conseguido acertar uma de suas facas na testa do elfo se Alfos não a tivesse agarrado para leva-la para longe. O dragão as deixou no topo da montanha mais baixa da cadeia de Argia, onde tinham disponível uma caverna acolchegante, grama congelada e uma visão incrível do por-do-sol. O único problema era que, em cima da caverna, um monte de neve fresca ameaçava cair sobre elas, então tinham que manter as vozes baixas. As duas já estavam ali ha mais de duas semanas, e a menina havia criado uma rotina para si mesma. Enquanto Tâmara plantava, colhia e costurava, Alícia caminhava pela neve funda e fresca para treinar. Havia um caminho de pedra que levava ao pé da monanha e ramificava-se por toda ela, acabando logo em frente à caverna. Ao fim do dia ela retornava com algum animal que dividiriam com Alfos e sentava-se junto da princesa para assistir ao último espetáculo do sol. À sua direita existiam as primeiras pontes de cristal das montanhas, e nenhuma se ligava à ela. À sua frente estava o mar, agitado no horizonte e congelado próximo à praia. Quando o céu tornava-se laranja o cristal e o gelo refletiam no mar e na areia, deixando tudo parecido com uma pintura.

Na décima nona noite Alícia lutou contra um alce e venceu. Ela teve muita difículdade em arrastar o animal até a caverna, mas pensou que a princesa e Alfos ficariam extremamente contentes em ter carne, couro e chifres para brincar. Amarrou seu cinto na cabeça dele e usou seu legado para empurra-lo pela neve. Aquela também foi a primeira noite em que ela percebeu que algo estava errado. Alfos não aparecia há mais de quatro dias, e ela percebeu uma agitação nas pontes mais próximas pela primeira vez.

-Sabe que dia é hoje? –Tâmara perguntou depois de elogiar o alce.

-Não tenho a menor ideia. Já estamos no inverno?

-Claro que não –a princesa riu. –Hoje é trinta e um de Outubro. Vai perder a festa da escola de seu último ano, uma pena.

-Não me importo –Alícia deu de ombros, voltando a encarar as pontes ao longe. –Alguma ideia de onde esteja mu dragão?

-Vamos guardar alguma carne para ele. Comece uma fogueira para mim enquanto penso o que fazer com esses belos chifres que me trouxe.

Alícia estava craque em fazer fogo com pedras e madeira. Construía uma cama de pedras frias e grama para isolar sua fogueira da neve e riscava uma pedra na outra até fazer faíscas. O algodão de suas roupas antigas ou até mesmo a grama seca que Tâmara fazia prduziam fumaça num instante. O pelo do urso polar também ajudava, mas ela não gostava de fazer furos em seu belo casaco feito à mão.

Elas assaram a carne do alce e esperarm que o cheiro de comida sendo carregado pela fumaça atraísse não só Alfos, mas o elfo também. Tâmara, quando ficava entediada, gostava de fazer tranças em sua guerreira. Naquela noite, enfeitou os cabelos rebeldes da brasileira com as pontas do chifre do alce, deixando-a com a aparencia de uma guerreira das neves, em suas prórias palavras. Alícia só podia ver seu reflexo em poças d'água, mas tinha medo de voltar a segurar um espelho e ter que se encarar. Ela acreditava na princesa.

Estando juntas ali, Alícia esperava aprender ainda mais sobre Tâmara, mas aparentemente não havia muto mais que saber a não ser histórias de infância. A princesa era sempre muito interessada na vida amorosa de todos, e ficava frustrada com a falta de interesse de Alícia. Ela tinha que se segurar para não falar dos outros e ficava dando risadas sozinha. Alícia não enendia nada do que ela falava e não queria saber, mas ou conversava sobre aquilo ou arriscava algum assunto mais perturbador.

-... Por isso minha mãe nunca confiou em Teresa saindo de casa sem um guarda velho a acompanhando –ela terminou uma de suas histórias. Alícia chacoalhou a cabeça, fingindo prestar aenção.

-Sim, mas e você? –ela perguntou antes que a princesa percebesse que ela não havia ouvido nada.

-Por que eu precisaria de uma história de amor, Alícia, sendo a mais bela princesa do reino de Érestha e sabendo muito bem disso? –ela sorriu seu pior sorriso. –Eu posso ter quem eu quiser quando eu quiser, e o amor eu ganho é de minha família e meus súditos. Amor é exageiro e pertence aos outros.

Alícia estava aliviada por ela não ter continuado a falar, mas com medo do que aquilo a faria pensar. Por sorte, ela não precisou ter que lidar com sua própria mente pois o grito de seu dragão agitou o céu noturno da última noite de Outubro. Ela e a princesa levantaram-se para procura-lo no céu. Alícia conseguiu ver que algo o incomodava. Carregava alguém pequeno como Nina Umbria nas garras e estava chacoalhando-se no voô, rodopiando e gritando. Nas suas costas, outro alguém estava montado. Ela apontou a caverna e a princesa obedeceu imediatamente, voltando para a segurança daquele lugar fechado. Alícia pegou uma de suas facas mas não conseguiu arremessa-la contra seu bicho de estimação. Ela queria esperar até que pudesse ver quem estava em suas costas, mas quando reconheceu os cabelos do elfo que a estava perseguindo, Alícia Weis não soube o que fazer.

Toda a cena não fazia sentido. Talvez Nina tivesse dito alguma coisa sobre as montanhas para o elfo, mas onde Alfos entrava nessa história? O dragão jamais deixaria Reycaryn monta-lo. Ela não podia mirar as facas já que o animal estava se mexendo demais. Arriscaria acerta-lo ou a Nina. Quanto mais eles se aproximavam mais ela percebia que aquilo não estava normal. Alfos não estava amarrado mas debatia-se e gritava. Nina não se mexia. O animal soltou a menina na neve e espatifou-se mais a frente. O elfo saltou antes do dragão esmaga-lo e não perdeu tempo para avançar contra Alícia pelo caminho de pedras onde a neve era mais baixa. Em geral, elfos eram pacíficos e não usavam armas, mas Reycaryn sabia muito bem como manejar uma espada. Alícia preparou mais uma faca na sua mão esquerda enquanto viu qual era o problema de Alfos. Seus olhos estavam completamente negros enquanto um dos de Reycaryn estava mais claro, com uma fenda como os de Alfos costumavam ter. Aquele elfo havia dado alguma de suas poções para controlar o animal, e ele estava lutando contra aquilo.

-Já chega de fugir, menina –ele grunhiu. Ele estava perdido dentro de várias camadas de roupa. Carregava nas costas um arco e uma aljava. Ele preparou uma flecha e atirou para sua direita sem nem olhar. Alícia ouviu um grunhido vindo de Tâmara. –Desista da princesa e talvez eu não te jogue numa cela escura.

A primeira reação dela foi tirar as armas dele com seu legado, empurrando-as toda para longe. Mas ele havia amarrado a espada ao pulso e o máximo que ela conseguiu foi faze-lo dar dois passou para o lado. Surpresa, ela só conseguiu fazer as flechas caírem da aljava antes dele continuar a avançar. Ela atirou a primeira faca e ele a desviou com a espada. Alícia atirou a segunda ao mesmo tempo em que Nina levantou o rosto da neve. A faca atingiu o ombro do elfo de raspão, e ele também voltou a atenção para a menina. Alícia arregalou os olhos quando viu que Nina na verdade era Argia, e que estava claramente passando mal. Tâmara saiu de sua cavena com um arranhão no rosto e correu para a menina, xingando Reycaryn e dizendo que ele não era diferente de Átila Markova.

-Eu não sabia que era a princesa –o elfo grunhiu

Tâmara não teve tempo de coloca-la de pé e seus olhos reviraram-se, deixando o corpo dela vazio. Nina Umbria era uma garotinha excepcional que havia ajudado tanto as duas fugitivas quanto o dragão. Ela providenciava alimento, agasalhos e informações sobre o mundo de cristal no último mês. Alícia não ficaria em pé observando uma voluntária tão corajosa como ela morrendo por causa de Reycaryn. Ela arregalou os olhos ainda mais, e atirou todas as outras facas no Elfo, com muita raiva. Preparado, ele estava vestindo couro, e as lâminas não o furaram fundo o suficiente. A única coisa positiva foi que os olhos dele voltaram ao normal e Alfos voltou a enxergar sozinho. O dragão viu Alícia e viu Tâmara e viu Nina. Por último, viu Reycaryn, e gritou para os céus, abrindo suas asas e expalhando neve por todos os presentes. Com essa distração, Alícia trouxe as facas de volta para si e jogou uma delas para cortar a corda que prendia a espada ao elfo.

-Não o mate –Tâmara gritou de onde se escondia com o corpo de Nina Umbria.

Alícia voltou o rosto para ela, pronta para contestar, quando percebeu que ela apontava para alguma coisa. O Alce que servira de jantar para as duas moças estava levantando-se, apesar do buraco na barriga e as marcas de faca nas patas. Aquela visão aterrorizou o elfo e a guerreira. Na província dos elfos, animais eram respeitados e aproveitados. Reycaryn podia ser capaz de matar Alícia, mas não de machucar um alce. A menina estava horrorizada pelo sangue caindo para a neve. Não estava escorrendo, mas caíndo por onde a carne havia sido tirada para o jantar. E o animal estava mancando, sem chifres e sem vida, em direção aos dois. Os olhos dele estavam verde-folha e dentro de seu cérebro havia não uma princesa, e nem senhora nenhuma, mas a alma que representava toda a vida dentro de Érestha.

Tâmara não perdeu tempo e usou o truque favorito de todos os seus legados para prender as pernas de Reycaryn no chão. A diferença é que ela usou ramos de urtiga com espinhos. Não impressionado, o Elfo tirou a calça de pêlos grossos que usava, e livrou-se da magia da princesa. Ele estava preparado para tudo, e só aí Alícia percebeu que elas eram muito preveisíveis. O alce zumbi havia conseguido dobrar bem os joelhos e entendido como equilibrar sua falta de tripas para correr. Alícia tinha cinco facas e um dragão de fogo, e se ela sabia o que fazer, Reycaryn também saberia. Enquanto ele abaixava-se para pegar a espada na neve, Alícia apontou para toda a neve em cima da montanha, e gritou o nome de Alfos. O dragão, fiel, não a questionou. Gritou, e voou para a neve fresca ao mesmo tempo em que o alce alcançou o elfo. Sem sua galhada e com muitos órgãos a menos, o alce conseguiu empurrar Reycaryn para trás. Longe o suficiente para que a neve e o dragão de cima da caverna caíssem sobre sua cabeça. Alfos agitou-se e colocou fogo no montinho de neve, mas Alícia não ficou muito interessada em saber se o elfo queimara junto. Argia voltara a abrir os olhos de Nina, e Tâmara a estava carregando para perto da fogueira morta.

-Temos que mante-la aquecida –a princesa falou. –Vamos deixar Alfos leva-la para o castelo enquanto tomamos conta do elfo.

Qualquer resposta que Alícia tivesse para aquilo foi mutada pela dor de Alfos ao receber um pó esverdeado na sua mandíbula. O animal gritou tão alto que até Tâmara encolheu-se. Ele ficou se sacudindo e não viu o penhasco. Mais uma vez, a Weis não ficou para ver o resultado da tragédia. Ela avançou em direção ao elfo, que corria devolta para sua espada com metade do corpo queimado e a outra congelada. A menina não podia deixar de admitir que ele tinha garra. Agarraria-se à memória de seu líder e à injustiça de toda a situação com Tâmara até seu último suspiro. Com o rosto contorcido de dor ele encontrou sua espada e tirou do bolso um frasco com mais daquele pó que havia ferido o dragão. Alícia esperou para ver o que ele ia fazer antes de arriscar ter aquele pó jogado contra si. Colocou as cinco facas no ar, expelindo e atraíndo-as ao mesmo tempo, mas não precisou se mexer.

Uma outra espada acertou a mão que segurava o frasco enquanto a mão da arma foi chutada. O elfo cambaleou para frente, com o rosto ardendo e congelando ao mesmo tempo, e a espada que o golpeara tocou seu pescoço com toda a sua extensão. O rosto de seu empunhador surgiu detrás de sua cabeça, sussurrando em seu ouvido congelado para "nunca mais apontar espadas para o rosto de minha irmã". Riley Weis chutou-o para o chão e impediu que pegasse seu frasco novamente. A próxima pessoa que surgiu no caminho foi Tyler Duvin, e ele quem tomou conta do elfo que se debatia, de dor e de raiva. Alícia derrubou todas as suas facas e correu para o abraço do seu irmão.

-Lice, você está bem? –perguntou, afogando-se na pele de urso polar que envolvia a menina. Os chifres em sua trança espetaram o nariz do menino, e ele afastou-se. Alícia puxou-o de volta. –O que foi?

-Me desculpe –ela resmungou, finalmente respirando aliviada. A marca de protetora em seu braço arrepiou-se.

-Não se preocupe –ele disse, sorrindo. –Agora vai ficar tudo bem.

Junto de seu irmão e Tyler estavam um grupo dos sem-medo, Dave Fellows e Nicolle. Os de camisa vermelha estavam cuidando de Reycaryn, Nicolle correra para sua senhora e Dave caminhava com um olhar de reprovação divertido que direcionava para Alícia.

-Querem se esconder com um dragão gritando e uma fogueira? –Dave sorriu. –Óbvio demais. Por que está vestida como um monstro das neves, Weis? Esse tempo todo fez mal para a sua cabeça.

-Cale a boca, Fellows –ela riu.

Estava aliviada por sentir-se salva; como uma missão cumprida. Tâmara estava ajudando Nicolle com Argia e era Ajala quem queria oferecer-se como corpo até que a legado encontrasse Nina no mundo dos mortos. Reycaryn perdeu a consciência e parou de gritar, o que acalmou a menina. Ela esperava chegar no Castelo de Marfim e tomar um banho muito longo na banheira da princesa. A província dos elfos ficaria quieta sobre o assunto e ela voltaria a focar-se na guerra. Mas então, Dave tirou uma algema do bolso, olhando para os belos olhos da princesa Tâmara.

-Estamos felizes que estejam a salvo –Riley comentou, sem sorriso.

-Não vão gostar das decisões da rainha –Dave disse, jogando a algema para a princesa.

Ela semicerrou os olhos, pensando no que ele estava falando, e trancou os dois pulsos sem contestar. Alícia deu um passo para trás, desacreditada. Pensou quais seriam as chances de gritar por Alfos e fugir mais uma vez. Seu próprio irmão pegou suas mãos e algemou-as nas suas costas. Ele deu um beijo em sua bochecha, desculpando-se com o olhar.

-Vá com Dave –ele falou. –A rainha lhe espera. Eu vou tentar achar meu dragão e esperar pela princesa da vida.

A menina chacoalhou a cabeça, sem acreditar que Riley faria isso com ela. Estranhou a calma que Tâmara sentia, transmitida pela marca. A princesa da terra beijou a testa de ambos os gêmeos e sorriu.

-Admiro muito vocês dois –ela falou. –É a mais bela história de amor que um dia contarei, Alícia. Agora vamos, ainda não confio em Vitória e DiPrtata, e preciso de um banho.



Gente, minhas provas acabam semana que vem aí eu juro de dedinho que eu volto a postar duas vezes na semana, ok?

#VaiBrasiliam

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro