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LVII -Bia

Dave quis ficar no Castelo de Vidro até todos terem saído. Ele pessoalemnte verificou todos os quartos antes de sair para os jardins dos príncipes de Érestha, apenas para ter certeza de que nenhum funcionário tinha ficado para trás. A única alma viva ali dentro era Terlúria, que pacientemente esperava seus colegas para colocar o plano de Dafne em ação. Imani havia relocado a única passagem existente para a provícia de Argia para o jardim pessoal reservado à princesa no Castelo de Vidro. O menino guiou Bia até lá e destrancou os portões cor-de-rosa com uma calma enervante.

-Dave, onde está sua espada? –a menina perguntou, agitada.

-Com Ethan Nova –Dave atrapalhou-se ao passar pelo portão e acertou seu ombro machucado no ferro. Ele grunhiu e resmungou alguma coisa, mas logo tomou a mão de Bia para continuar seu caminho.

-O que você espera fazer sem armas e com um ferimento desse tamanho?

-Eu vou para casa, Bia –ele disse, continuando a caminhada como se aquilo não fosse nada. a menina parou e puxou-o para trás, de olhos arregalados. Dave respondeu dando-lhe um beijo na testa. –Já cumpri com o meu dever com a rainha, agora devo fazer o mesmo para meu pai. Vou tomar conta de minha mãe e minha tia.

Nem por um instante ela pensou em contestar essa decisão. Na verdade, Bia sentia-se melhor sabendo que ele não ficaria para ver o show de horrores que seria uma luta entre Pedro Satomak e os cidadãos de cristal. A menina não sentia-se pronta para enfrenta-lo. Sabia que ele também estava ferido, mas conhecia a determinação que fazia o psicopata continuar sob quaisquer circunstâncias; era a mesma determinação que ela sentia quando repetia a si mesma que era agora uma mercenária.

-Conto com você para vingar meu pai –Dave sorriu.

Bia ajeitou sua aljava e seu arco em seu ombro.

-Não só seu pai, Dave –falou. –Toda Érestha será um lugar melhor sem esse parasita. Vamos rápido acabar com isso, podemos?

A menina passou na frente do namorado e atravessou a passagem. Imani e a rainha mudavam sempre a posição daquela passagem por motivos de segurança, mas geralemnte ela dava bem próxima à ponte evadiça que levava à entrada do Castelo de Cristal. Dessa vez, porém, haviam escolhido uma parede aleatória no meio de uma confusão de fogo, pessoas vestidas de negro e gritos de dragão. Ninguém nem sequer notou que dois adolescentes brotaram de uma parede, e como resultado, em menos de dez segundos alguém apontou uma espada para Dave e empurrou Bia para trás, fazendo-a cair de costas de volta nos jardins de Argia. Levantou-se apressada, e preparou uma flecha de fgo antes mesmo de voltar para a montanha.

Dave estava tentando levantar as duas mãos em rendição quando ela voltou, mas seu ombro ferido o impedia. O soldado negro estava rindo descontroladamente, cantarolando sobre ter vencido Dave Fellows. Bia soltou sua flecha e nem ficou para ver se ele tinha sido acertado na testa ou no olho, onde ela esperava. Puxou o braço de Dave para longe dele e começou a preparar outra flecha. Alguns dos combatentes mais próximos ficaram animados com a menção do nome "Fellows", e viraram-se imediatamente para procura-lo. Armados com todo o tipo de coisa, desde espadas verdadeiras até abajures, ao menos uma dezena deles correram na direção dos dois.

Bia não conhecia bem as ruas de cristal, mas Dave sim. A maioria eram vielas estreitíssimas cheias de neve fresca que dificultava muito uma fuga. O objetivo da menina era proteger Dave até eles chegarem ao castelo. Deixou a responsabilidade de guiar o caminho para ele. O primeiro objeto cortante a ser lançado contra eles foi uma tesoura. Ela chegou a bater no braço de Bia, mas não conseguiu corta-la. Em seguida alguém jogou aquele abajur, e depois, uma lança lascada. A última atingiu as costas de Bia em cheio, quebrando algumas flechas de sua aljava e a fez caír de cara na neve. Aquele ambiente era horrível para seu legado; o frio a enfraqucia e provavelmente diminuia seu processo de cura. Mas isso não a impediria de cumprir com suas promessas.

Seu companheiro não percebeu imediatamente que ela tinha caído, assim como os homens e mulheres de Tabata não sabiam que Bia não podia ser morta pelas mãos de soldado comuns. O grupo passou por cima da menina, comemorando mais uma vez a presença de Fellows, e não repararam nela levantando-se vagarosamente, tirando a lança de suas próprias costas e mirando-a no alvo mais próximo. O susto que eles levaram serviu como uma ótima abertura para Dave roubar a espada de um deles e fazer o seu melhor apenas com a mão direita. Mesmo mancando, sangrando e tremendo de frio, Bia conseguiu usar seu fogo conra a maioria deles, e mesmo ferido, as habilidades de Dave eram incríveis. Alguns consegiram fugir, mas os dois livraram-se do grupo irritante em poucos minutos.

-Não olhe para mim desse jeito, Dave –ela falou, com dificuldade, aproximando-se para apoiar-se nele.

Ferimentos daquele tamanho doíam muito, mas a sensação de alívio que sua habilidade de lagartixa proporcionava era quase relaxante. Bia podia sentir seus tecidos reconstruíndo-se e reparando-se dentro dela, e era uma sensação confortável. Tudo o que Dave sentia, porém, era a dor de reviver seu pior dia, e não sabia disfarçar o horror que aquilo lhe causava. O menino segurou-a como pôde e levantou o rosto dela para dar-lhe um beijo.

-Me dê cinco minutos, eu vou ficar bem –ela sorriu. –Temos que ficar mais atentos e chegar logo até sua mãe.

-Certo, vamos até aquela esquina e sair do meio dessa bagunça que fizemos. Eu tenho uma idéia.

Eles capengaram o mais silênciosamente possível em direção à esquina, mas não chegaram muito longe. Em um momento, Bia estava com os pés afundando na neve, e no outro, encontrou-se toda emaranhada em cordas à cinco metros do chão. Dave ficou com o pé preso, pendurado de cabeça para baixo, e deixou sua espada recém adquirida caír e afundar na neve. Os dois gritaram pelo susto e pela dor que o baque causou no ferimento de cada um. Bia estava contorcida de tal forma que suas flechas escorregaram da aljava e espetavam sua cabeça. Não sabia se esperava Dave tentar alcançar a espada ou colocava fogo naquela armadilha.

-Pegamos alguém, pegamos alguém! –eles ouviram alguém aproximando-se e comemorando. Bia preparou-se para tacar fogo na pessoa quando viu que era um grupo de crianças pequenas armadas com espadas de madeira. Os pequenos pararam à alguns metros deles e arregalaram os olhos. –Oh não...

-Não somos inimigos –Dave grunhiu.

-Essa não, prendemos Dave Fellows. Corte a corda! –ele gritou a última frase.

Antes de Bia conseguir processar todas essas informações, ela já estava novamente de cara na neve fria. Limpou o rosto rapidamente. Parecia que o frio da neve a impedia de respirar direito sempre que a atingia em todo o rosto.

-O que vocês estão fazendo? É perigoso –Dave falou para as crianças.

Bia abriu os olhos e encontrou uma mãozinha oferecendo-a ajuda para levantar-se. Ela aceitou. As três crianças não tinham mais do que sete anos cada, mas traziam expressões ferozes e seguravam suas armas inúteis com convicção.

-Todos devem lutar –deu de ombro o menino que ajudara a representante de Elói. –Pela princesa e pela rainha e pelo reino de Érestha.

Dave olhou para a menina e os dois pareceram pensar a mesma coisa: eles têm razão. Não haviam lugares muito seguros para eles se esconderem ali, a não ser que corressem para as cavernas espalhadas pelas montanhas, que também eram perigosas para crianças. De qualquer forma, infelizmente não haviam tido tempo suficiente para evacuar a cidade.

-Onde vocês moram? –o representante da rainha perguntou. Os meninos apontaram para a casa logo atrás deles, onde a armadilha havia sido montada. –Podem nos ajudar? Precisamos do seu telhado.

Bia não contestou; apenas franziu as sobrancelhas e seguiu-os quando as crianãs ficaram animadas em receber Dave Fellows em sua casa. Eles correram facilmente pela neve funda até a porta da frente, e não pararam até subirem as escadas de pedra de abrirem uma portinha que levava até o telhado.

Dali via-se bem a batalha que acontecia entre vida e morte nas montanhas. Em todos os cantos encontravam-se armadilhas com a montada por aquelas três crianças ou feitas com arame farpado e estacas; sempre usando a neve alta a favor dos legados da vida. Havia também muita fumaça e muito fogo. Provavelmente focos de incêndio causados pelos vândalos. E como em todas as outras cidades grandes de Érestha, eles tinham algumas das criações de metal de Hy.Da.Bel e dragões emprestados por Juliana. Bia tinha que ficar atenta para não ser acetrada pelos porco-espinhos gigantes e dourados ou acabaria sofrendo danos de verdade. E mesmo que se recuperasse cedo, também não queria estar perto das garras e dos ataques aéreos de Alfos, Krepto e Ahren.

Era reconfortante assistir aos legados da vida recém despertados usando suas habilidades com tanto prazer. O toque da morte de alguns dos soldados de Tabata não era exatamente eficaz contra os legados de Argia que traziam pessoas de volta à vida, como conseguia fazer Nicolle. E assim como Rick, a maioria dos cidadãos deixavam seus corpos sentados em bancos e saíam controlando e confundindo os soldados negros. Levavam-os direto para armadilhas ou os enterravam na neve antes de voltar para seu corpo, e sempre sorriam quando voltavam. Estavam verdadeiramente feliz em ajudar, mesmo sendo apenas civis. Além deles tinham também os soldados que compunham o exército de Argia, que lutavam com suas armas como os profissionais que realmente eram. Vinham de todos os cantos de Érestha e eram liderados por Russel, de quem Bia não sabia muito, mas aparentemente era bom em estratégias que envolviam armadilhas. Algumas pessoas vestiam roupas vermelhas e, embora não parecessem soldados de Argia, lutavam contra os de Tabata com habilidades impressionantes.

O dia estava quase amanhecendo àquela hora. O céu estava passando de preto para azul, e logo o espetáculo das pontes de cristal seria visível. Bia ainda não tinha tido a oportunidade de vê-lo, mas ouvira as descrições detalhadas de Rick em alguma situação.

-ALFOS! –Dave gritou e assoviou. Bia deu um pulo para o lado e quase caiu do telhado. –Ouçam –Dave ajoelhou-se para conversar com as crianças. –Precisamos de ajuda, sim, mas precisamos também de algum motivo para lutar. Não faz sentido brigar se todos estão na luta. Fiquem dentro de casa e protejam-se. Quando eu voltar e encontrar-vos a salvo, saberei que valeu a pena. Entenderam?

Os três anuiram, despediram-se de Dave e Bia e correram de volta para dentro de casa, trancando a portinha atrás deles. A menina mal teve tempo de sorrir para Dave. Alfos aparentemente estava muito feliz em ver Dave, e comemorou jogando fogo para os céus e gritando.

-Pode nos levar até Rick e Argia? –ele apontou para o castelo de Cristal. Alfos respondeu com outros gritos. –Vamos, Bianca.

Ela não quis reclamar por ouvir seu nome inteiro, então apenas obedeceu. No caminho, o dragão fez algumas paradas para cuspir fogo nos inimigos e deu alguns rajantes assustadores contra os de Tabata. Bia achou que não chegaria inteira até as portas de madeira do castelo. Ela não estranhou em não ver nenhum guarda de prontidão na frente do castelo; a ponte levadiça tinha sido demolida, eliminando a única forma de alcançar a estrada. Mas ela sabia que isso não significava nada para Pedro Satomak. Talvez ele já estivesse lá dentro.

Alfos mal deixou os dois desmontarem e já saiu gritando de volta para a luta. Seus dois amigos escamosos pareciam estar chamando-o para combater algum inimigo em especial algumas ruas montanha abaixo.

-Qual o seu plano? –ela perguntou enquanto tropeçava pela neve para tentar alcança-lo. A determinação do menino de levar sua mãe para um lugar salvo seria comovente se não fosse assustadora. Ele não respondeu.

Ao menos as portas estavam trancadas. Dave bateu e gritou por Rick, mas ninuém respondeu.

-Vim levar nossa mãe para casa –ele falou. –Vou para lá com ela.

Eles esperaram alguns segundos, e ouviram a porta destrancando.

-E por que decidiu fazer isso agora? –Rick perguntou, antes mesmo de abrir toda a porta.

-Já estão todos posicionados como queria a rainha. O que mais eu posso fazer?

O Fellows mais novo os deixou entrar. A sala do Trono de Cristal estava imersa em uma escuridão sinistra. Bia lembrava-se de como o sol iluminava o cristal azul naquelas paredes e deixava tudo brilhando. Mesmo que já fosse tarde da noite, ela não imaginava que encontraria o ambiente tão escuro quanto estava. Sentada ao trono, estava a princesa, do jeito como Bia a havia deixado, mas com roupas limpas e uma expressão de terror ao invés de enjôo.

-Não vai me deixar, não é mesmo Rick? –ela choramingou.

-A mãe está no quarto de Argia –Rick ignorou sua princesa. –Tire logo ela daqui.

O menino subiu em silêncio e desceu em silêncio as escadas ao fundo da sala. Maria sorriu para todos e bocejou, mas não falou uma palavra sequer. Deu um beijo em seus filhos e nas duas meninas, e esperou Dave à porta. Ele desejou boa sorte a seu irmão e garantiu à Argia que ficaria tudo bem.

-Confio em você –falou, beijando a menina antes andar até sua mãe e sair para o frio do começo da manhã.

O arrepio que percorreu a espinha de Vallarrica provavelmente não fora nada mais do que o vento frio entrando pela porta, mas aquilo a lembrava de como estava sentindo-se em relação à sua missão. Ela queria muito acabar com Satomak, mas estava mito insegura. Assim como ela podia mata-lo, ele possuía a mesma habilidade. Muita gente confiava nela, e agora, estava tremendo.

-Qual o plano de vocês, exatamente? –ela perguntou, acariciando seus próprios braços para espantar os arrepios. –Ficarem aqui dentro e esperarem que a luta acabe?

-Exatamente –a princesa respondeu. –Tem uma ideia melhor?

Pedro podia aparecer onde quiser e quando quiser. Seria ridiculamente facil pegar e matar Argia se eles não pensassem em algum tipo de sigurança. Ou algum tipo de armadilha, como faziam os cidadãos de cristal.

-Sim –ela sorriu, um pouco mais calma. –Eu tenho sim uma idéia melhor.

Ela esperou uma hora sentada, desconfortável, impaciente e suando. Era provável que a adaga ridícula que ela segurava escorregasse da sua mão antes de poder ser usada. A escolha de deixar de lado seu arco e suas flechas era muito arriscada, mas necessaria. Afinal, um disfarce não seria um disfarce se ela esivesse com suas próprias armas. Pdero a reconheceria muito facilmente. Parte do plano envolvia atuação, coisa em que Bia não julgava-se muito boa. Principalmente tratando-se de fingir estar apavorada na presença de Pedro. Ela não tinha medo; tinha raiva. Isso seria difícil de disfarçar. Ou foi assim que ela pensou que se sentiria. Quando ele finalmente apareceu, uma gota de suor escorreu de sua testa e parou na ponta de seu nariz.

-Mas que tentativa ridícula de manter-me afastado foi essa? –ele perguntou. Sua voz soava rouca, e Bia não conseguia ver seu rosto. Os cabelos pretos sujos de sangue e folhas cobriam sua face. –Concordo que assim deixa meus homens longe daqui, mas quem se importa com eles, não é verdade? Nós somos o verdadeiro show.

Ele mancou até Bia, deixando apenas seus dentes amarelados aparecerem. Bia engoliu em seco e apertou a adaga apenas para descobrir que estava suando mais ainda. A arma realmente estava escorregando.

-Ora vamos, princesa, não tema –ele riu, tossindo um pouco. Provavelmente ainda estava sofrendo com o ferimento que Bia havia causado nele mais cedo naquele dia. A flecha provavelmente ainda estava encravada em sua garganta. Se ela tivesse mirado melhor, aquilo já teria sido resolvido. –Eu só estou curioso para ver como você é. Por fora, e por dentro, é claro.

Ele pegou seu chicote, mas Bia já estava preparada. Mesmo desconfortável dentro do vestido de Argia, ela ainda conseguia ser bastante ágil. Levantou sua mão esquerda e deixou o chicote estalar e enrolar-se ali. Pedro pareceu um pouco surpreso, e a menina aproveitou para puxar-lo para mais perto. Ele tropeçou e apoiou-se no trono de cristal, e Bia apontou a adaga para seu ferimento.

-Eu estou tão cançada de ver sua cara, Satomak –ela sorriu. Pedro arregalou os olhos, surpreso. Bia mal podia acreditar que realmente tinha dado certo. Apertou a ponta da arma ainda mais fundo no pescoço dele. –Acho que já está na hora de você morrer, não acha? Morrer de verdade.

O Castelo de Cristal desapareceu. Bia sabia que o homem tentaria fugir, então fez questão de estar tocando diretamente nele para ser transportada junto. Ele já estava muito cançado e o ferimento sangrava de novo. Não conseguiu leva-los para muito longe. Estavam no meio da cidade de Argia, com neve aos pés e dragões de fogo e gelo sobrevoando-os.

-Você deveria estar morta! –ele tentou gritar.

-Assim como você –ela sorriu. Bia churou-o para trás e tirou o chicote dele. avançou imediatamente, gritando com adrenalina à flor da pele e enterrou sua adaga onde havia acertado a flecha. Pedro começou a tossir sangue descontroladamente. Ela notou um dos animais metálicos de Hy.Da.Bel aproximando-se deles, provavelmente detectando os dois como inimigos. –Boa sorte no inferno.

Ela assobiou para Alfos e o dragão não hesitou em descer para busca-la. Com um sorriso no rosto, ela ordenou que ele voasse de volta para o Castelo. Argia e Rick estavam encolhidos nas masmorras, e mereciam serem os primeiros a saber que Satomak estava morto.

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