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LIII -Dave


Ele não tinha que fazer aquilo sozinho, ele queria. Seu caminho era repleto de sorrisos e suspiros aliviados, por mais que sua paz tivesse desaparecido e sido substituída por preocupação e um sentimento de responsabilidade. Ele estava muito orgulhoso de si mesmo por ter entendido os motivos do pai e as atitudes de Isabelle. Saber que ele esatava seguindo pelo mesmo caminho, finalmente, fazendo progresso, o animava. Não queria dividir aquele momento; queria aproveitar. Não precisava ouvir milhares de perguntas nem explicar-se. Dave chacoalhou os ombros para acordar de seus devaneios, esquecendo-se do furo em seu ombro. Ferido e desarmado, Dave Fellows caminhou por Érestha até o Castelo de Conchas, despreocupado e ignorando o barulho dos cidadãos por onde passava. Muita gente estava em pânico.

O menino não sabia muito bem como chamaria as duas velhas. Geralmente, quando precisava, elas estavam ali, como fora em Paris ou no reino de Cristal. Esperava encontra-las atracadas ao Píer Azul, apenas esperando que ele pedisse uma carona. Cantariam uma música ou falariam demais sobre os mares de Érestha e o levariam até a princesa de ilusões em alta velocidade. Mas ele estava errado. O píer pessoal da princesa das águas estava lotado de pessoas animadas, seguranças e cartazes com o nome Krev Krols. O show que todos espectavam era o brilho do navio de ouro atracado ali, e seus tripulantes peculiares que atendiam o público como se fossem estralas do rock. Dave lembava-se de ter conversado com Teeghan, uma amiga que conhecera no acampamento do segundo ano, sobre o pirata Krev Krols atracar uma vez a cada cinco anos, mas não sabia que isso era um evento que permitiria até mesmo os portões do Castelo de Concha serem abertos no meio de uma guerra. Ele parou o primeiro guarda que encontrou por explicações.

-O capitão escolheu o Píer Azul para atracar desta vez –explicou o homem –e está comendo com a princesa Teresa. Ele veio contar sobre seu desejo de ajuda-la a lutar na guerra.

Dave levantou as sobrancelhas e anuiu. Perguntou se poderia entrar pois precisava urgentemente falar com Teresa. O homem apontou a porta e pediu que ele ficasse a vontade. Teve a gentileza de perguntar se ele precisava de alguma ajuda com o buraco em seu ombro, mas Dave negou. Seguiu o barulho de risadas altas e talheres batendo até chegar na sala de jantar da princesa Teresa. Alilia Oskovitch, sua representante, foi quem recebeu Dave, ofereceu-o água, comida e perguntou sobre seu ombro. Ele explicou tudo rapida e casualemnte, e terminou dizendo que gostaria simplesmente de saber se Kesley e Kemely estavam por ali.

-Você sabe onde está minha filha? –disse o pirata, para o qual Dave nem mesmo havia dirigido o olhar.

Krev Krols era enorme: ombros largos, torso musculoso e mãos grandes. Sentado próximo à esguia figura da princesa das águas em seu biquini ele parecia um ogro. O cabelo cumprido cheio de conchas e estrlas do mar embaraçadas e a barba crespa que tapava sua boca tinham tons de castanho diferentes. Ele ameaçou levantar-se, mas Teresa impediu-o com um toque de suas mãos delicadas.

-As duas estão no meio de meus súditos, celebrando –explicou. –Traga minha filha, Dave.

-Ora, mas é claro –o menino sorriu, virando-se de costas. –Alila, se me permite... Deixe a princesa divertir-se e aumente a segurança do castelo. E mande essas pessoas para casa. Isso não vai acabar assim tão cedo. Eu ainda tenho algumas coisinhas para resolver.

Ele percebeu que a menina estava em choque com tudo o que dave havia contado nos últimos minutos. Ela anuiu, mas ficou parada enquanto ele dirigia-se para a confusao do lado de fora. Seu ombro reclamou quando ele errou um degrau e pisou forte no chão. O guarda que o recebera perguntou mais uma vez se ele estava bem e ele não importou-se de responder mais uma vez que sim.

Enquanto andava no meio da festa que os súditos de Teresa faziam, ele perguntava-se como sobreviveria à viagem com as duas senhoras gêmeas sem poder segurar-se ao Pizza de Pepperoni. Talvez caír na água e deixar ser levado até Terlúria fosse uma opção menos dolorosa. Caminhou pela praia deixando seus sapatos afundarem na areia fofa. Não estava prestando atenção nas pessoas ao seu redor. Algo dentro de si ainda acreditava que Kesley e Kemely viriam até ele eventualmente. Permitiu-se observar por um segundo a comemoração, e até sorriu por ver a tranquilidade dos cidadãos de Teresa. Depois, porém, quase entristeceu-se. Confiava em Alila para tirar aquela gente dali e leva-las até sua segurança.

Dave identificou Teeghan no meio da multidão. Havia conhecido-a no acampamento e ele mostrara-se interessada no pirata e seu navio de ouro. Ele, porém, não chamou a atenção da menina. Primeiro porque distraíu-se com um grito de guerra emitido da garganta poderosa de um dos piratas. E depois porque alguém tropeçou contra ele e bateu com a testa em seu braço machucado, fazendo-o conorcer-se em seus joelhos por conta da dor. De repente, as pessoas da praia começaram a correr para mais perto do mar, desesperadas, e ignorando Dave ferido ao chão. O grito de guerra do pirata foi imitado por seus companheiros e Dave conseguiu identificar duas coisas importantes antes de ser acertado novamente e sua visão ficar turva. Viu pessoas vestidas de preto rindo baixo com rostos inundados por loucura. E viu duas senhoras vestidas de gondoleiras, uma com roupa rosa e a outra roxa, atracadas bem ao lado do Fênix Dourada. "É inútil que eu faça alguma coisa" ele pensou, tentando levantar-se e cambaleando pela dor mais uma vez. "Isso não vai acabar até que eu encontre o caixão de prata fria".

Os piratas tinham espadas curvas e muita determinação. Por mais que eles gritassem pela batalha, os soldados de Tabata gritassem por serem loucos, e os cidadãos das águas gritassem de medo, Dave só conseguia ouvir duas vozes dessincronizadas cantando uma canção. Ele estava tonto, e não conseguia seguir em uma linha reta. Seu braço latejava, e ele fechou os olhos para tentar lidar melhor com a dor. Com medo de ser acertado mais uma vez, Dave agachou-se e começou a arrastar-se pela areia, seguindo a melodia das velhas gondoleiras. Era mais fácil esquivar-se das pernas apressadas do que dos braços desesperados. Arrastou-se até o Pizza de Pepperoni e pôs-se de pé com um sorriso.

-Boa noite, senhoras –disse.

-Oh, se não é o nosso passageiro predileto! –disse a de rosa, sorridente.

-Para onde devemos te levar desta vez, menino? –perguntou a de roxo. –Está sozinho?

-Sim, desta vez sou só eu –ele disse, subindo à bordo da pequena embarcação com um pouco de dificuldade. Olhou para a praia, onde geisers, ondas e gritos de piratas explodiam contra os recrutas risonhos de Tabata. Nem uma célula sequer de seu corpo agitou-se na intenção de ajuda-los na batalha, e isso até o fez sentir-se estranho. Mas ele estava indo acabar com a guerra, e nada podia ser mais importante. –Eu preciso de Terlúria. Ela tem algo que pertence à princesa Argia.

-Sim senhor! –falaram juntas. –O mar, o mar, o mar azul! Afundou um barco, engoliu-o assim!

Ao som de suas próprias canções, as duas senhoras agitaram as águas de Teresa e fizeram o barco acelerar para longe da praia. Dave segurou-se no mastro, sem muito esforço, e sorriu. Se caísse na água, chegaria a seu destino da mesma forma. O menino sentia-se tão leve e tão cheio de certeza que mal conseguia pensar em tudo o que poderia dar errado. Os elfos tinham que estar preparados; Imani tinha que estar preparada e Nicolle tinha que estar preparada. Até onde ele sabia, nenhum deles tinha nada pronto para acabar com a guerra.

A turbulenta viajem fez com que o sangramento no ombro de Dave voltasse e ele obrigou-se a morder os próprios dentes para aguentar o desconforto. As vozes dessincronizadas de Kesley e Kemely o deixaram com dor de cabeça, e o balanço do mar revirou seu estômago. Por mais terrível que navegar com as duas fosse, a comodidade e a bela vista que o esperava compensavam. O Castelo de Ilusões projetava uma fumaça colorida que disperçava-se no céu noturno, uma imitação mais densa e mais brilhante da aurora boreal. Na areia, perto das palmeiras que dobravam com o vento forte, uma luminária estava acesa, e o fogo também lutava contra o vento para continuar a iluminar a princesa de ilusões que cavava a areia com uma pá.

Surpreendentemente, Kesley e Kemely frearam o Pizza de Pepperoni com muito cuidado, e Dave respirou aliviado ao descer com calma. Terlúria apresentava-se em sua forma natural, com sua pele brilhante e cheia de cores e olhos da cor do universo. Sua coroa de algas, pedra, areia e prata estava apoiada ao seu lado, na areia, e ela murmurava uma canção enquanto cavava. Kesley e Kemely logo se juntaram ao murmúrio, harmonizando suas vozes velhas com a da princesa e fechando os olhos para se concentrar. Até mesmo o vento parecia acompanha-la. Dave caminhou segurando sua ferida, e não disse nada quando aproximou-se o suficiente para ver a cova profunda feita num retângulo perfeito. Algumas das plantas que Terlúria cultivava em baixo da areia espreitavam o buraco e enfeitavam a cena mórbida. Para completar a terrível visão, o corpo molhado de um marinheiro esperava para ser enterrado bem aos pés de Dave Fellows.

Terlúria notou a presença do menino e sorriu para ele antes de saír da cova com o apoio da pá. Chutou o corpo do marinheiro afogado para dentro de sua cova perfeita e sinalizou com a cabeça para que as gêmeas gondoleiras continuassem o serviço por ela. Neste mesmo instante, começou a chover.

-Bem-vindo de volta, Dave Fellows –sorriu a princesa –Meu visitante mais fiel. Quanto tempo se passou? Você está crescido e todos nos seus pensamentos também. Ou quase todos –ela deu um passo para traz e as cores em seu corpo ficaram ainda mais brilhantes. Passearam por ela e transformou-se em uma cópia de Bianca Vallarrica, com os jeans ensanguentados e a blusa azul turquesa furada e manchada de lágrimas; exatamente como na última vez que ele a vira, no castelo. -O que te traz de volta à minha ilha de ilusões?

-Já se passaram quase dois anos, Terlúria –ele falou, desviando o olhar dela. Não lhe agradava ver sua Bianca com os olhos de outra pessoa. –E eu preciso de sua ajuda.

-Sei disso –ela riu, transformando-se devolta em si mesma. –Por que mais alguém viria até aqui, se não para pedir um favor? Até mesmo os mortos querem coisas. Do que você precisa, Dave?

-De Argia –ele falou, encarando-a nos olhos.

Terlúria franziu o cenho, esperando que ele continuasse. No fundo, as duas velhas cantarolavam enquanto encaixavam uma pedra igual a todas as outras para ser a lápide do marinheiro. Dave ficou um tanto decepcionado em ver que a menina realmente não sabia do que ele estava falando.

-Você não sabe? –ele perguntou, curioso. Ela deu de ombros, confusa. –Mas eu sonhei com você. Achei que você soubesse sobre o enígma da rainha.

-Enígma? Não faço idéa do que você esteja falando. Eu moro numa ilha, como poderia saber de qualquer coisa? Eu também sonhei com você. Muitas vezes. Teve alguma coisa a ver com isso?

-Não.

-Exato. Mas como posso ajudar, de qualquer forma?

-O caixão de prata, é dele que eu preciso.

A menção do objeto fez Terlúria congelar. A fumaça que saía do castelo ficou completamente preta e o vento ainda mais violento. Kesley e Kemely calaram-se e deram alguns passos para mais perto do mar, deixando o caminho livre para Dave poder ver a lápide de prata brilhando à luz da lua.

-Eu não gosto nada daquela lápide –Terlúria comentou. –Minha avó vinha até mim por aquilo, por seu desejo de ter tudo perfeito para a criança que ainda nem tinha nascido. Nunca nem me explicou o porquê de precisar que eu, a exilada, fosse atrás de três velhas por um caixão personalizado. Porque quer o bebê?

Ela não esperou por uma resposta, e virou-se de costas. Agaixou-se para pegar as pás que as velhas haviam deixado cair na areia e fez seu caminho até a lápide de prata. Sinalizou para que Dave fosse ajuda-la e os dois cavaram em silêncio, até estarem competamente dentro do buraco. Terlúria estava fazendo a maior parte do trabalho, visto que o ombro de Dave não o permitia movimentos muito bruscos. Assim mesmo, foi a sua pá que descobriu o caixão.

O mundo ao seu redor girou e seu coração acelerou-se. Deve ter empurrado Terlúria para trás para conseguir afastar a areia da frente do objeto. Quando eles o tiraram da cova, Dave percebeu que sua respiração estava alterada.

O sobretampo era curvo e tinha o mesmo desenho do Livro da Rainha gravado na prata. Era um objeto pequeno e bem mais leve do que Dave esperava. Não tinha alças nem varões; parecia mais uma caixa hexagonal ou um porta-jóias enorme. E não era apenas fechado com a tampa, mas trancado à chave. Dave Fellows sorriu.

-Você vem comigo Terlúria, para o Castelo de Vidro –ele falou, virando-se para ela e descobrindo que ela tinha transformado-se em Nicolle de Vie. –Não, essa não é Argia. Agora, vamos.

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