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LII -Nicolle

Ela não estava se sentindo bem desde a discussão sobre Maria. Ela estava do lado dos Fellows, mas Argia não queria saber e havia causado uma grande dor de cabeça nela. Queria sair para tomar ar fresco, mas não podia por causa das armadilhas recém implantadas que não enxergaria com a escuridão da noite. Queria ir até o quarto de Maria para conversar, mas a mulher estava ocupada numa conversa com a princesa. Nem mesmo Alfos queria dar-lhe atenção, pendurado pelas garras afiadas no topo da torre onde ficava o quarto de Nicolle e ignorando o mundo para focar-se em gritar para as nuvens. Os outros dois dragões emprestados por Juliana. Ahrem e Krepto, sobrevoavam a cidade de cristal num vôo majestoso, protegendo a todos e farejando rastros de legados da morte. A menina esperava que eles não encontrasse nada. Não queria se desesperar. Queria apenas encontrar alguma atividde para passar o tempo e esquecer-se de suas tonturas.

Nicolle sentia falta do apartamento no Brasil. Tivera diversos pesadelos onde Pedro Satomak batia em sua porta, apenas para encontrar seus pais, indefesos, e mata-los com seu famoso sorriso dentio estampado no rosto. Queria poder ter tempo de voltar a respirar o ar das terras do continente e ter certeza de que tudo estava bem. Poderia até tentar dar a desculpa de estar indo visitar Tia Madalena, mas sabia que Dave era muito esperto. Não a deixaria sair para encontrar-se com sua família terrível. O menino sempre fora muito protetor e ela era muito agradecida por isso, mas aquela ainda era sua família. Era o seu pai bêbado. Eram seus irmãos abusivos. Era sua mãe ausente. E ela sentia falta deles.

Alfos interrompeu seus pensamentos com um grito animado que fez até mesmo os outros dois dragões agitarem-se. O animal pulou de onde estava e mergulhou para trás do castelo, possívelmente em direção à praia. Isso animou Nicolle, pois provavelmente significava uma visita. Ajeitou seu vestido cor-de-rosa e seus cachos cor de caramelo que ja não cheiravam mais a morango. Quem quer que fosse devia ser importante, já que a lua iluminava tudo há horas. Nicolle desceu as escadas de sua torre correndo e alcançou o salão principal rapidamente. Russel estava guardando a pesada porta de madeira, esperando, de prontidão, por algo de ruim. Quando viu amenina, ele sorriu e franziu o cenho.

-Não tem sono, senhorita? –ele perguntou. –E que pressa é essa? Sabe que não vai a lugar algum a esta hora...

-Alguém está vindo –ela disse, e acrescentou, quando viu a expressão de alerta no rosto do general de cristal. –Algum amigo. Chamaram por Alfos na praia.

-Então esperemos que o dragão bata à porta –ele falou, aliviado.

O animal não demorou nem cinco minutos para fazer-se ser ouvido a caminho do castelo, mas Nicolle estva tão agitada que pareceu uma eternidade. Ela pulou para cima de Russel, pedindo que ele abrise logo a porta, mas o homem fez questão de esperar até que alguém batesse, identificando-se e respondendo à perguntas de segurança. Ela grunhiu quando ouviu o dragão pousando e deu alguns pulinhos para mais pero da porta. Conseguiu ouvir passos apressados pela neve e subresaltou-se quando alguém tentou empurrar as portas.

-Abram a porta, já!

De todas as vozes que ela esperava ouvir, a de Rick Fellows não era uma delas. Não havia se passado nem vinte e quatro horas desde que ele saíra com Dave dizendo que só voltaria com respostas para o enígma, e ela fortemente duvidava que esse fosse o caso. Ou algo de muito ruim havia acontecido, ou ele havia mudado de ideia. Ela odiou-se por estar errada. Devia confiar mais nos amigos. Russel fez uma dezena de perguntas para o menino, às quais ele respondia velozmente, terminando sempre com "por favor, preciso entrar". Quando as portas foram destrancadas, os dois adolescentes tiveram a mesma ideia e chocaram-se um contra o outro quando tentaram encontrar.

-O que houve, Rick? –ela perguntou, assustada ao ver a expressão desesperada do menino.

-Dave precisa de chaves –ele explicou. –Precisa que você pegue três chaves com O Secretário.

Nicolle apenas franziu o cenho para Rick. O menino começou a jogar palavras em cima dela, contando sobre como Dave realmente tinha entendido os pedidos da rainha Thaís e tudo pelo que eles tiveram que passar na cidade. Explicou que eles precisavam de três chaves para abrir o caixão de prata fria. Nicolle parou-o com um aceno de mão e deu um passo para trás.

-Ele está indo até Terlúria agora mesmo –Rick contou. –Precisa das chaves, Nicolle, e sei que você pode pega-las.

-Bom, sim, eu posso pedir... –ela falou.

Esqueceu-se de sua dor de cabeça com a animação daquela notícia. Mal podia esperar para contar para sua princesa e resolver todos os problemas em relação a seu corpo, seus voluntários e sua essência. Passou-se pela sua cabeça que talvez o Secretário não poderia ficar sem suas chaves, mas ela estava disposta a rouba-las se fosse necessário. Rick pediu a Russel que ele fortalecesse as guardas, contando sobre toda a confusão em Tâmara. Nicolle correu de volta para seu quarto pedindo que Rick fosse conversar com Argia.

Ela estava tão agitada quando deitou em sua cama que não conseguiu usar seu legado imediatamente. Teve que ignorar a vontade de falar com a princesa e a felicidade de ver o sucesso dos amigos para poder concentrar-se. Ela sabia como Maria se sentia dentro de Érestha: importante; incluída. No Brasil, em sua casa, Nicolle não era ninguém. Seu pai e seus irmãos não acreditavam nela, em seus sonhos e em seus objetivos, com Rick e Dave acreditavam. Sua mãe nunca estava lá para ela, como os irmãos de Argia estavam. Por mais que tudo fosse muito perigoso e assustador, ela preferia estar em um ambiente onde todos gostavam dela e realmente precisavam de sua ajuda do que sentir-se segura no meio de gente que não a queria por perto. Ela suspirou. Ainda assim, aquela era sua família. Um dia eles se orgulhariam de seus feitos, e reconheceriam sua ajuda.

Nicolle fechou os olhos e começou a cantarolar uma música. Isso a ajudaria a concentrar-se em seu próprio corpo enquanto sua essência viajava até os campos de almas. O Secretário apenas levantou o olhar rapidamente quando ela chegou, não dando importância a sua visita. Nicolle andou pacientemente até sua mesa, onde ele escrevia coisas sem parar em seu livro. Sua careca adornada pela coroa de folhas e madeira encarava a menina com indiferença. Ela ficou parada por alguns segundos até resolver se impor.

-Preciso de suas chaves –ela disse, sem nem mesmo cumprimenta-lo.

O homem parou o que estava fazendo e franziu o cenho para Nicolle.

-Mas de novo? –ele perguntou. Sua reação não foi nada do que ela esperaria. Ele pegou seu molho de chaves e estendeu para ela. –Seja rápida, por favor. Eu preciso manter as almas dentro, e as que estão fora não podem acumular. Muitas pessoas estão saindo e chegando agora, um pouco a cima da média por hora.

-C-claro... –ela franziu o cenho para ele também. –Seremos rápidos, e não as perderemos.

-Eu não me importo, na verdade –ele deu de ombros. –O meu trabalho é manter esses registros em dia, saber quem chegou, quem está nos campos e quem está sofrendo. Se todos resolverem sair eu devo apenas anotar. O problema é dos vivos. E que problema, eu posso imaginar...

–Você disse... saindo e chegando? –Nicolle deu um passo para trás, segurando seu precioso molho de chaves. A canção que murmurava em seu quarto ecoava por todo o mundo dos mortos e a chamava de volta. –Quer dizer... Pessoas voltam à vida regularmente?

-Desde que a senhorita Tabata saiu, sim –ele deu de ombros. Arrumou a postura e voltou a folhear suas anotações antes de continuar. –Era tudo tão calmo antes dela... Torna meu trabalho muito mais interessante.

-Ela vem causando muitos problemas, sabe... –ela falou, sentindo seus olhos abrirem e suas mãos físicas sentirem as chaves. –Muito pânico e... Muitas mortes.

O Secretário riu e encarou Nicolle. Ela sentiu sua cama, e seu quarto, e seu murmpurio era bem mais alto. Estava acordando.

-Ela é minha chefe –o homem falou. –Não posso dizer não. E como já disse, não me interessa. O problema é dos vivos.

A menina respirou fundo o ar do Limbo uma última vez antes de acordar com as chaves em mãos. Engasgou-se ao sentar-se na cama e lembrou-se de como sentia-se tonta e indisposta. Do mesmo jeito ela cambaleou até seu armário para pegar um casaco específico que sabia que ia precisar. No bolso deste descansava um pequeno frasco gelado que continha lágrimas de uma sereia do rio. Logo, estaria numa mistura, cuidando do corpo de Argia enquanto ele recebia a essência da princesinha.

Nicolle encontrou Rick abraçado com Argia no quarto da mesma, comemorando junto também da mãe, o feito de Dave Fellows. Ela chacoalhou o molho de chaves na frente deles, ainda tonta.

-Temos que ir até os elfos –ela disse, respirando pesadamente.

-Certo –ele falou, arrumando os cabelos e afastando-se da princesa no corpo da criança de cristal. –Tabata está por toda a parte, e não deve demorar até que seu exército chegue aqui. Vamos logo com isso tudo para que a vida possa lutar contra a morte e devolver a paz a esse reino.

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