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III -Alícia

Para os alunos do quinto ano da Escola Preparatória da Província de Tâmara, a carta com os materiais necessários para o ano letivo vinha mais cedo do que o convencional. Muitos livros seriam reutilizados e poucos materias eram adicionados. Sua carta, assinada pessolmente pela princesa Tâmara, estava presa à parede de seu quarto por uma de suas facas de arremesso. As outras facas estavam flutuando à sua frente, tremendo violentamente sobre a força de seu legado de polarista. Atraía e afastava os cinco objetos muito velozmente enquanto calculava para onde jogar cada uma delas. Alícia respirou fundo, fechou os olhos e lançou-as contra a carta. O barulho de cinco pontas afiadas furando a carta e a parede de seu quarto fez sua mãe enraivecer-se e esmurrar a porta.

-Pare de destruir minha casa! –ela gritou, furiosa, e saiu batendo os pés no piso de madeira em direção à cozinha.

Alícia estivera mortalmente entediada desde que chegara em casa, duas semanas atrás. Não queria mais ficar com Dave e o irmão no reino de cristal, onde mais atrapalhava na rotina de todos do que ajudava. Lilian não tinha tempo para ela agora que sua mãe, representante da princesa Tâmara, estava ocupada com a província da terra e acusações sobre sua participação no asassinato do elfo Átila Markova. Seus meio-irmãos estavam todos em Érestha e sua única amiga fora do reino raramente aparecia durante a luz do dia. A menina tinha que contentar-se com TV aberta e o teto branco de seu quarto. Ela trouxe as facas de volta para si e atirou-a todas contra pontos aleatórios do quarto, furando a cama, as cortinas a porta e algumas roupas do armário.

-Chega, Alícia –sua mãe abriu a porta com raiva. –Vá procurar uma árvore para treinar e deixe meus móveis em paz!

-Ok –ela disse, com o rosto emburrado. Pegou as facas uma por uma enquanto a mãe a encarava com um avental manchado e uma coler de pau fumegante em mãos.

-E volte para o jantar se quiser ver sua sobrinha.

-Vou tentar –ela grunhiu, passando perigosamente perto da colher quente enquanto apertava o cinto com as facas na cintura.

Por mais que a sobrinha Mariana sempre trouxesse um sorriso ao rosto de Alícia, voltar para jantar apenas reiniciaria o ciclo de tédio pelo qual ela havia passado. O inverno no Rio de Janeiro era praticamente inexistente quando comparado ao de Érestha, então a praia pareceu o refúgio perfeito para a menina. Ela amarrou uma blusa por cima do cinto e pegou a bicicleta velha que o vizinho sempre a deixava usar. Não precisou pedalar por boa parte do caminho, usando a descida a seu favor, e sentiu ter chegado lá mais rápido do que quando pegava o ônibus.

A blusa não escondia o cinto e as facas muito bem, mas as pessoas não reparavam muito nela de uma forma ou de outra. O vento estava muito forte naquele dia, e levantava a fina areia branca na autura de seus olhos. Os turistas estavam se divertindo com a paisagem enquanto os locais aproveitavam as ondas para tentar surfar. Apesar do movimento, o dia estava calmo, ao contrário de Alícia. Ela preferia ter Isabelle invadindo seus sonhos do que ficar trancada em casa sem o gêmeo. A representante do mal não havia aparecido desde que Alícia a salvara de seu próprio pai no Castelo de Cristal. Não havia nem mesmo agradecido. Ela bufou e sentou-se na areia, apertando o nó da blusa em seua cintura.

Queria poder treinar ali sem que as pessoas ficassem assustadas. Podia usar a passagem para Érestha que sua família sempre usava e treinar na floresta, mas preferia ficar sentada por um momento. O oceano azul e as pessoas caindo de pranchas era uma imagem divertida. Tão interessante que Alícia passou duas horas encarando a mesma imagem. Levantou-se ao sentir sede e escolheu comprar uma garrafa d'água de um vendedor ambulante. O homem era uma velho animado e desdentado que cantarolava enquanto contava o troco. Alícia planejava voltar para onde estivera sentada quando uma mulher de vestido florido pôs a mão em seu ombro.

-Quero uma água também –ela disse, em um portugês quebrado e enrolado. –Ela paga para mim.

A mão no ombro da menina apertou-se em um gesto amigável. A mulher tinha um pano escondendo todos os fios de seu cabelo e óculos de sol escuros. Se ela estava tentado disfarçar sua identidade, falhara miseravelmente. O forte perfume doce de flores e as curvas perfeitas de seu corpo não podiam ser disfarçadas. Alícia estendeu algumas moedas para o homem e pegou a segunda garrafa d'água. Agradeceu-o e deixou que se afastasse com a cantoria antes de franzir as sobrancelhas para a princesa. Ela abriu sua garrafa e tomou um gole muito satisfatório. Estendeu um pedaço de alcaçuz para a menina e sentou-se na areia. Alícia engoliu a bala sem mastiga-la. Seus ouvidos pareciam querer explodir por alguns momentos, até tudo voltar ao normal e ela poder entender qualquer língua falada com ela.

-Desde quando sabe falar português? –Alícia perguntou, abrindo sua própria garrafa.

-Desde que Reginald Fellows me ensinou. Passávamos muito tempo livre juntos –ela falou, sinalizando com a mão para que Alícia sentasse-se ao seu lado. –Sabe, eu já ouvi você e seu irmão reclamando de Dave Fellows carregando sua espada por todos os lados. Ainda assim, você veio para a praia com um cinto recheado com facas. Isso se chama hipocresia, Alícia Weis.

-Não sou obcecada como ele. Minha mãe não quer mais furos nas paredes, é só isso. Como foi que escapou da rainha?

A princesa tirou os óculos e deixou o brilho de seus olhos verdes iluminarem o inverno. Então ela riu, jogando a cabeça para trás e deixando água escorrer de sua boca para não engasgar. Alícia nunca ficava feliz em ter pessoas rindo de suas perguntas antes de explicar a piada. E a risada que saía dos lábios de Tâmara era ainda pior.

-Há muitas maneiras de escapar do Castelo de Vidro, menina –ela disse, quando finalmente acalmou-se. –Eu usei a porta da frente.

-A rainha deixou que saísse?

-Claro que não. Eu matei um elfo, não se lembra? –ela sorriu. Terminou de beber toda sua água antes de continuar. –O problema é que agora um elfo quer me matar. Por isso vim até você, guerreira. Tem que me ajudar a ficar viva. Pelo menos até que a situação no reino se resolva.

-Sim senhora. O que devo fazer?

A resposta saiu da boca da menina tão velozmente que obrigou-a a franzir as próprias sobrancelhas. Ela queria fazer perguntas e contestar sua princesa, mas tudo levaria-a até uma ordem direta e um sorriso malicioso. Parar para pensar em suas palavras não era uma realidade de Alícia Weis, e a princesa da terra parecia impressionada.

-Deve estar realmente muito entediada, menina –ela disse, levantando-se. –Por enquanto, o castelo de minha irmãzinha é seguro. Vou ficar por lá o tempo que for necessário. Os elfos virão atrás de mim, Alícia. Eles me disseram. Proteja minha cela deixando-os longe do subsolo.

-Cela? –Alícia riu. Ela não queria tratar a princesa assim, mas a ironia não podia ser ignorada. Tâmara estava livre para dormir em seu quarto e passear pelos jardins enquanto permanecia longe de sua província. Se aquilo era uma cela, Alícia pretendia cometer um crime.

-Acha mesmo que minha irmã não percebeu que não estou lá? –Tâmara ignorou a risada da menina, e Alícia respirou aliviada. –Mantenha-os longe. Se você falhar, eu fujo para um lugar seguro, ou morro.

-Não vou falhar –ela encarou a princesa.

Tâmara sorriu seu temido sorriso para a carioca. O coração da menina remoia-se de raiva sempre que aqueles lábios perfeitos curvavam-se daquela maneira, mas ela conseguiu manter a calma. A princesa da terra levantou-se, chacoalhando a areia da saia.

-Então não falhe, Alícia Weis –ela esticou o braço na direção dela.

Alícia segurou a mão da princesa, mesmo não querendo levantar naquele momento. Pretendia encarar as ondas do mar por mais algumas horas antes de voltar para casa. Tâmara segurou firme no pulso de Alícia e puxou-a para cima com muita força. Ela agarrou sua nuca com a mão direita e segurou a mão de Alícia com sua esquerda. Seus olhos verde claros transformaram-se numa catarata de luz e brilho quando ela começou a proferir palavras que nem mesmo o alcaçuz sabia traduzir. Alícia já havia visto a mulher daquele jeito, quando Dave Fellows e a rainha Thaila selaram o pacto de confiança e proteção entre eles. A diferença é que, Com Dave, havia tido consentimento. A menina quis gritar e fugir nos primeiros segundos, lembrando-se de todos que eram contra o pacto protetor-protegido. Mas ela logo foi hipnotizada pela voz da princesa.

Todo o cenário que Alícia via foi transformado em luz. Ela só conseguia enchergar Tâmara e ouvir sua voz. Esqueceu-se do que aquilo tudo sinificava e focou na beleza daquele momento. Alícia perdeu-se na suavez das palavras até o momento em que Tâmara gritou. Fechou os olhos e chorou e grunhiu enquanto uma árvore queimava o braço das duas para marca-las. Quando Alícia finalmente acordou de seu transe, era tarde demais. Ela já estava ajoelhada no chão, abraçando sua princesa com uma força estranha. Seu braço direito tinha uma bela árvore de luz para enfeita-lo, e Tâmara respirava pesadamente, exausta.

-Vai saber quando eu precisar de você –a princesa falou, acariciando as costas da menina. –Já passei por isso uma vez, menina, e odiei minha protetora por quarenta anos. Então não falhe.

Alícia não sentiu raiva, como de costume. Também não sentiu medo, como achou que sentiria. Ela estava cheia de determinação. A princesa de cabelos verdes em seu braço era mais preciosa do que sua propria vida. Ela apertou ainda mais o abraço.

-Não vou falhar.


Parabéns para mim, que promete dois capítulos e posta zero

Então vou postar dois hoje

E parar de fazer promessas. Desculpem

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