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XXXI -Rick


Ficar sem notícias do irmão era mais angustiante do que o menino imaginava. Em cada grupo de expedição, um mensageiro havia sido escolhido. Eles tinham o mapa com as rotas dos três grupos para localizarem-se melhor. Portanto, quando vira o general e um outro soldado aproximando-se para trazer-lhe as notícias, ele já sabia que algo estava errado. Subitamente, ele entendia o porquê de as poucas coisas que Dave havia dividido com ele sobre Chelmno eram tão aterrorizantes. Seu irmão podia estar nas garras de uma côndefa, sob o domínio do chicote de Pedro ou soterrado por uma avalanche. Rick não sabia o que fazer, e eles esperavam que ele liderasse-os. Pegou-se perguntando-se se seu irmão e Alícia Weis eram mais importantes do que o Castelo de Cristal. Algo lhe dizia que, se estavam com Alfos, estavam bem. O dragão não faria nada para ferir sua dona. Assim ele esperava. Pediu que duas pessoas de cada grupo voluntariassem-se para procura-los nas montanhas. Gary foi o primeiro a dizer que iria, seguido de várias mãos que se levantaram-se em seu grupo. Ele sentiu-se momentaneamente satisfeito. Dois dias depois, ele ainda não sabia nada sobre os desaparecidos e questionava suas decisões. Talvez ele devesse ter ido junto deles e ter deixado Gary ou Ethan como o líder da expedição.

-Ei, menino –chamou o homem que carregava os mapas em seu grupo. Rick achava incrível o fato de ninguém saber seu nome. Ele já tinha aprendido o nome de todos ali, além de conhecer brevemente suas histórias e alimentos preferidos. Ele chamava-se Russel Kilbi, era casado, tinha duas filhas e gostava de macarrão com queijo. Sua expessa barba grisalha estava suja com farelos de pão, enquanto seu casaco pesado de pele de urso negro estava manchado de neve. Suas mãos estavam brancas de frio, mas ele recusava-se a vestir as luvas para poder manejar melhor os papéis. -Não se preocupe, é DiPrtata quem está lá em cima. Ele vai encontrar seu irmão e a menina.

-Gary DiPrata está preocupado com seu próprio traseiro –Rick respondeu, irritado. –Não está fazendo isso por mim ou por Dave, mas pela sua princesa. Ele não se importa.

-E faz alguma diferença qual o traseiro com o qual DiPrata mais se importa? Ele faz seu trabalho e o faz bem –Russel acelerou as passadas de seu cavao, e Rick guiou o seu para segui-lo de perto. Os animais precisavam correr para aquecer-se de vez em quando. –Se acha que o general está preocupado com o que a princesa da terra dirá sobre Alícia, imagine o medo que deve sentir pelas palavras da rainha sobre seu irmão!

-Só quero encontrar Dave –ele falou, encarando a estrada de neve à sua frente.

Russel não fez mais comentários e continuou a guiar os outros. Tinham acabado de presencear mais um amanhecer. Rick queria tocar as pessoas congeladas, as casas vazias, as pontes de cristal, mas estavam sempre longe demais. O castelo ainda era apenas uma imaginação, uma lenda dos veranistas. Ele estava começando a questionar sua fé na missão. Ficava encarando a neve branca até o sol refletido cega-lo. Procurava por pegadas mesmo sabendo que as nevascas já teriam apagado-as. Havia visto uma perna sangrenta de cabrito montanhês, e imaginava estar seguindo o rastro faminto de Alfos. Contudo, a subida pela encosta da montanha não tinha nem sinal de Dave ou Alícia.

O grupo demorou mais doi dias para chegar até o segundo ponto de observação. Era fim de tarde quando o acampamento foi montado, e Rick estava com muita fome. Ele devorou as frutas, o pão, o leite grosso de cabra e as carnes de cabrito de uma só vez. Fora o sanduiche mais estranho de sua vida. Os cavalos ficavam sempre com as sobras de maçã e cenoura, e não pareciam muito felizes. Eles estavam emagrecendo, e logo estariam fracos demais para enfrentar a neve, a subida e o racionamento de alimentos. Ao menos estavam aquecidos pelas peles e homens que carregavam. Rick terminou de comer com calma e foi ajudar as pessoas que recolhiam neve e colocavam-na em um caldeirão de ferro. Eles derretiam-na e deixavam que fervesse. Alguns enchiam seus cantis, outros lavavam a si mesmos ou a suas coisas com a água quente. Rick estava com as unhas pretas, o cabelo imundo e os pés irritados na bota de neve emprestada. Ele queria muito tomar um bom banho.

-És pequeno o suficiente para entrar, senhor –disse Russel, colocando uma pá cheia de neve no caldeirão. –Deixe-nos encher os cantis e limpar os rostos. Prepararemos mais água quente para você depois.

A vontade que ele tinha de contestar o "senhor" das frases dirigidas a ele era quase incontrolável. Assim como Argia, ele não era senhor nenhum. Ele não gostava desse tratamento, mas o lembrava de que ele era o líder. Os outros precisavam dele. Argia precisava dele. E ele precisava de um banho.

-Certo –falou, concordando.

-Apressem-se, homens –Russel gritou para as pessoas com pás nas mãos. –Se a neve cair, o Fellows mais novo sofrerá de uma hipotermia séria.

Tudo estava pronto em dez minutos. Eles isolaram uma área afastada das barracas pendurando alguns casacos em pedaços de madeira, paus de barracas e pedras. O caldeirão foi colocado sobre a neve e derreteu-a imediatamente. A mula que puxava a pequena carroça com aquele caldeirão e outros objetos mais pesados descansava ali perto, aliviada. Rick observou a água quente com desejo, mas não sabia se tinha coragem de tirar a roupa naquele frio.

-Seja rápido, menino –disse Russel, que estava sentado fora da área isolada pelos panos, vigiando. –A neve vai cair logo e vamos todos congelar. Entre com as roupas, lavea-as e pendure-as. Encontrará peças limpas em sua tenda.

-Por que fazem tudo isso por mim? –ele perguntou, livrando-se das botas e do casaco mais pesado para entrar no cladeirão.

Estava muito cheio, então a água escorreu pelo ferro e fez a neve chiar. O calor chocou-o no primeiro momento, mas logo aquele calor era a melhor coisa que havia experienciado desde o começo de sua jornada. Ele submergiu, lavando os cabelos e tirando a sujeira do rosto. Tirou as duas blusas, a calça, a primeira-pele e as meias, esfregando tudo rapidamente e deixando pendurado nas bordas do caldeirão. Esfregou também seu corpo todo com as próprias mãos e limpou as unhas que começavam a coçar.

-És um bom menino, Fellows –Russel respondeu. –Faremos o que pudermos para nos livrarmos de Tabata.

-Como sabe que será melhor com a princesa Argia? –ele disse, afundando até os lábios na água fumegante.

-O representante da princesa não confia nos julgamentos dela? –Russel riu. –Uma coisa de cada vez. Sei que o povo dela é o povo congelado nas montanhas. Mas primeiro nos livramos de Tabata, depois vemos como Argia nos trata. Está bom assim, senhor?

-Está ótimo –ele resmungou. Mas não sou senhor nenuhm. Um floco de neve caiu no nariz do menino. –Por favor, não fale sobre desconfiança em voz alta. Eu não duvido dela, mas ela não é uma senhora. É apenas uma menina que se interessa por medicina.

-Um belo jeito de descrever a senhora da vida –ele levantou-se e afastou as peles de isolamento. Segurou aberto um casaco de lã grosso e estendeu-o para Rick. –Vamos, já é tempo suficiente. Cubra-se rapidamente e vá se trocar. Amanhã acordamos com as galinhas.

Ele levantou-se quando Russel fechou os olhos e enrolou-se na lã. O homem ajudou-o a voltar para suas botas e também a caminhar velozmnte até sua barraca, onde foi deixado sozinho. Ele enxugou-se como conseguiu com aquele casaco e vestiu-se tão rápido que ao menos duas peças estavam do avesso. Quando pronto, Rick acomodou-se no saco de dormir e fechou os olhos. Sua barraca ficava bem perto do fogo. Ele sentia o calor e ouvia o crepitar relaxante, mas ainda assim não conseguia dormir. Alícia tnha um colar com a foto do pai e Dave tinha o rubi brilhante no cabo da espada para poderem acariciar e sentirem-se na segurança da família. Rick não tinha nada disso para ele. Tinha que contentar-se com o escuro, as memórias e as expectativas. Suspirou, e não conseguiu pregar os olhos por um segundo sequer. Ele foi o primeiro a levantar-se de manhã, com o céu ainda escuro e a fogueira soterrada por neve. Aquele amanhecer revelou mais casas, pontes, pessoas e cristal, mas nenhum castelo. Os viajantes prosseguiram seu caminho montanha a cima, ainda mais motivados do que antes. Rick tentava manter o espírito em alta, mas pegava-se procurando por pegadas ou esperando ouvir a voz do irmão a todo momento.

-Nem mesmo um dragão voando nos céus –ele resmungou.

O caminho até o próximo ponto de observação era perigoso. Íngrime, estreito e escorregadio. Seu cavalo era bom em andar por rochas, e isso dava a ele liberdade de deixar as rédeas para poder abraçar-se e expulsar o frio. Russel gritava com ele sempre que via suas mãos livres, mas Rick não o escutava. Esse fora seu primeiro erro. Ele era o terceiro da fila que subia por aquela encosta. O primeiro era Russel, o segundo era um guarda. Atrás dele andava outro guarda. Ele não precisava fazer nada a não ser sentar-se e ficar quieto. Esse foi seu segundo erro. O terceiro e último foi mexer o pé esquerdo. Ele acidentalmente chutou a barriga do cavalo, que reclamou com um relincho. O animal mexeu a cabeça e virou para a direita, como se o comando de Rick fosse exatamente esse. Contudo, à direita havia um abismo que desaparecia na escuridão de um vale, e o cavalo não sabia disso. Sem as rédeas prontas para acalma-lo, o Fellows não teve tempo de impedir que que sua montaria escorregasse na pedra molhada, desequilibrasse-se, e caísse.

A comoção do grupo foi geral e imediata. Os que conseguiram pular do cavalo abaixaram-se na borda do precipício para gritar pela vida de seu líder. Todos estavam muito desesperados, mas não tanto quanto Rick. O grupo desaparecia muito rapidamente conforme ele caía, e o escuro chegava até ele na mesma velocidade. O cavalo, mais pesado, já tinha desaparecido de seu campo de visão. Ele só conseguia ouvir seu relinchado de desespero. O menino tinha que pensar rápido. Ele poderia facilmente usar seu legado e salvar sua essência. Não sabia o que aconteceria quando sua energia acabasse e não tivesse um corpo para o qual voltar, mas era sua melhor chance. Quanto mais ele gritava e avaliava sua situação, mais longe eles ficavam e mais difícil seria. Quando ele fechou os olhos para se concentrar, suas costas bateram em algum material duro que impediu sua queda. Ele não ousou se mexer, e as pessoas do gupo de expedição calaram-se, estupefatas. Rick apalpou seus arredores, respirando pesadamente. Abaixo de si ainda haviam muitos metros para cair. Ele sentou-se, com calma, e arregalou os olhos.

O lugar onde havia caído era uma das pontes de cristal. Dela, ele podia ver toda a cidade, toda a rede de pontes, todas as pessoas congeladas. Não era tão belo quanto no amanhecer. Era apenas cristal transparente, opaco. Nenhum brilho, nenhum arco-íris, nenhuma mágica. Sua respiração acalmou-se, apenas para alterar-se novamente. Escondida atrás de uma montanha alta à sua frente ele via uma torre. Dela, saía fumaça e fogo, provavelmente cuspidos por um dragão mimado. Seguindo as pontes certas, poderia chegar ali em vinte e quatro horas. Ele segurou-se nas cordas que não tinha destruído com sua queda e pôs-se de pé, sendo imediatamente atingido por uma dor aguda nas costas e na cabeça.

-Menino? –Russel gritou. A voz dele ecoou por toda a cadeia de montanhas e fez algumas pedras pequenas solas rolarem pela encosta assassina à esquerda de Rick Fellows.

-Estou bem –respondeu. Sua voz também agitou a montanha. –Eu vejo ele. Eu vejo tudo!

-O que disse, menino? Fique parado que vamos tirar você daí!

-Não, sigam em frente! –ele colocou as mãos em concha cobrindo a boca para canalizar melhor a voz. -Eu vejo as pontes, eu vejo!

-Sim, senhor –disse Russel, levantando-se e voltando para sua montaria. Os outros pareciam relutantes, mas seguiram as ordens.

-Encontro vocês daqui ha alguns metros. –Gritou, começando a andar cautelosamente.

Mais fogo e mais fumaça subiram da torre de cristal, desaparecendo no céu e convidando Rick a caminhar até lá. Ele ouviu um grito irritado de dragão ecoando pelos vales e acalmou-se. Fingiu ver também o brilho vermelho da espada de Dave e seguiu em frente, guiando um grupo de homens e mulheres por um paraíso invisível.

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