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XXX -A elfa dos olhos arco-íris

Camélias deixavam a elfa calma. A textura macia e escorregadia de suas pételas era hipinotizante para os dedos dela. As flores sorriam sempre que as tocava, e não queria deixar nenhuma sem seu carinho. O campo de flores invernais extendia-se por uma centena de metros até ser substituído pelos pomares; levaria alguns dias para acariaciar todas. Ela mesma quem havia plantado aquelas variedades na área disponível. O frio havia entristecido as zíneas, azaléas e margaridas amarelas, então a elfa colheu-as para os cozinheiros, os alquimistas e suas misturas. Substituiu-as por tantos tipos de flores de inverno que quase ficou sem opções. Raposas de pelo vermelho perseguiam borboletas amarelas na área das gipsofilas, enquanto micos-leão-dourados divertiam-se nas samambaias de metro. As tulipas e os cristâneos haviam sido plantadas nas cores do arco-íris. As mais belas, porém, sempre seriam as orquídeas. Ainda haviam gardênias, campainhas e quaresmeiras. Nos pomares, os elfos cultivavam laranjas, limas, maçãs, graviolas e morangos. Todos os pratos daquela estação tinham como base almeirão, cebolinha, brócolis e repolho. Ellie adorava essa época.

A elfa passou a tarde inteira com sua bela natureza, aproveitando seu dia de folga ao máximo. Quando o sol se pôs, ela foi andar pelas ruas da cidade. O pequeno reino élfico sempre tivera legados dos principes de Érestha como habitantes. Eles nem sempre respeitavam as ideias dos elfos ou seguiam à risca sua cultura, e Ellie, assim como os outros, estava acostumada. Porém, desde o tratado com Tamires, a situação estava procupante. Não havia casas para todos e eles reclamavam bastante das regras sobre não comer carne todos os dias. Aquele povo não estava feliz; estava aterrorizado.

A pedido do rei élfico, Ellie havia andado quilômetros pelas ruas das pequenas cidades, procurando aqueles que se quixavam e tentando encontrar soluções. Antes, o elfo não se importava com os legados. Deixava que eles adaptassem-se sozinhos ou não se adaptassem de modo nenhum. Ele importava-se mais em manter as coisas em ordem para ele do que para o povo.

-Temos que ser bons com a princesa Tamires –ele explicou quando Ellie questionou as ordens. –É parte do acordo.

Ela se esforçou bastante para anotar todas as reclamações e pedidos. Átila Markova fazia seu melhor para atender à todos de maneiras aceitáveis. Os legados do céu eram bem exigentes e tomavam todo o tempo da elfa dos olhos coloridos. O que a maioria das pessoas queria era uma garantia de que estavam seguros. Contudo, nem Ellie saberia dizer. O reino élfico nunca participara de guerra nenhuma. Eram um povo pacífico, quieto e auto-suficiente. Ninguém nunca tivera motivos para ataca-los. Eles com certeza não eram o alvo principal e nem a maior preocupação de Tabata, mas ela queria o reino todo para si. Eventualmente, eles entrariam em guerra, e pereceriam. Elfos não lutavam, não terinavam com espadas e não tinham "poderes" como os outros. Sempre que mencionavam a princesa das trevas Ellie estremecia. Ter finalmente tirado um dia para apreciar suas flores era um alívio.

Ela passou algumas horas no campo, cumprimentando as plantas. Elas pareciam sorrir para ela sempre que as acariciava. Ellie era a pessoa favorita das flores até uma mulher bem vestida de cabelos verdes aparecer. Como se todas fossem girassóis e ela fosse fogo, as plantas virarm-se para ela e cresceram, mais belas, mais brilhantes, mais vivas. Ellie levantou-se também, apenas para curvar-se. Seguindo de perto a princesa da terra estava a dos céus, com o ombro enfaixado e um olhar preocupado nas belas feições. Ellie curvou-se uma segunda vez.

-Onde está Átila? –Tâmara perguntou, agarrando o braço da elfa com as unhas cumpridas e mais força do que ela julgava necessário.

-No castelo da árvore, como sempre –ela respondeu. –Deseja falar com ele?

-Não desejo, eu exijo.

-Como queira –ela curvou-se mais uma vez.

O passo da princesa estava apressado, e Ellie lutava para manter-se à frente. Aquele campo era um jardim atrás da árvore que abrigava o castelo, e elas não demoraram para chegar ao salão principal. Átila estava em pé, olhando alguns documentos nas mãos de um outro elfo. Sua túnica tinha manchas amareladas na barra, e seus cabelos curtos estavam sujos com galhos e terra. Ele percebeu a aproximação das mulheres e virou-se com um sorriso. Ellie ainda tentava superar os passos da princesa da terra para poder anuncia-la, mas não conseguiu.

-Boa tarde, senhoras –Átila dispensou o outro elfo e soriu para as primeiras gêmeas.

Ellie preparou-se para dizer ao menos alguma coisa sobre as duas, mas não teve tempo. Tâmara levantou um braço e bateu no rosto do rei élfico. Ellie, assim como Tamires, ficou paralizada onde estava. Átila cambaleou e arregalou os olhos, deixando sua coroa de louro cair no chão. As unhas enormes da princesa deixaram um trilho sangrento em sua bochecha, mas ela não parou por ai. Segurou o pescoço do homem e atirou-o no chão. Antes dele cair com as costas na madeira, a princesa da terra fez alguns espinhos e folhas de urtiga crescerem. Ellie não conseguiu correr e impedir a queda, e o elfo gritou em agonia. Ainda não satisfeita, Tâmara usou seu domínio para prender os braços e pernas dele, deixando o rosto dele desprotegido de outro tapa. Ellie segurou-a e puxou-a para trás, deixando ainda mais furiosa.

-Irmã, acalme-se –Tamires pediu, separando a elfa da princesa.

-Calma? –ela olhou para a gêmea como se fosse louca. –Este ser despresível feriu a honra de nossa mãe. Ele é o maldito responsável pelo nascimento da bastarda cor-de-rosa!

Foi a vez de Ellie arregalar os olhos para a cena que se desenrolava. Ela não sabia se defendia seu senhor ou esperava que eles continuassem a conversa. Uma pequena multidão havia se formado em volta deles, e ninguém ousava mexer um músculo. Átila franziu o cenho, olhando de Tâmara para Tamires repetidas vezes. Então, ele sorriu.

-Ela movia-se como uma rainha.

Tâmara gritou e fechou o punho. Acertou o nariz dele em cheio. O pescoço dele estalou e um corte se formou em seu lábio inferior. Tamires estava mais chocada do que os súditos do rei elfo. Ele cuspiu uma boa quantidade de sangue no chão quando Tâmara preparou o segundo soco. Ellie estava esperando ansiosamente que o punho dela acertasse o elfo mais uma vez, contudo, ela foi impedida pela irmã. Tamires chacoalhava a cabeça em descrença. Segurou o rosto dele para encara-lo nos olhos.

-Não, por favor, diga que é mentira –ela disse, ainda em choque.

-Sua irmã está certa –ele disse, tossindo. –Mas eu não tenho com o que me preocupar, não é mesmo? Ao menos o seu perdão eu já tenho.

O segundo soco entortou o nariz branco do elfo e estalou os dedos da princesa da terra. Ellie adiantou-se até seu senhor, bloqueando o caminho entre o punho e o rosto. Tâmara limpou o suor em sua testa, deixando uma marca de sangue logo acima de suas sobrancelhas. Ela fixou seus olhos furiosos em Ellie, e a elfa estremeceu. Não sabia o que fazer. Seu senhor tinha acabado de admitir que tinha quebrado uma das cláusulas do acordo de liberdade assinado há tantos anos pelo avô do avô da rainha. Todas as tradições e leis de Érestha ainda seriam aplicadas à familia real no território livre, afetando também os elfos livres e nobres. Além disso, um herdeiro gerado fora do casamento era estreitamente proibido para os líderes élficos. Essa última fora assinada com exílio como punição. Ellie não conseguia pensar direito com a princesa encarando-a de tão perto.

-Espere, o que ele quer dizer com perdão? –ela falou, virando os olhos verdes para a irmã.

-O tratado –ela respondeu, estarrecida. –Eu assinei um documento perdoando-o.

-Obrigado, princesa –ele ousou sorrir mais uma vez. –Sua rainha quem me procurou. Ela quis isso tanto quanto eu.

As amarras naturais de Tâmara desfizeram-se, dando espaço para ela poder bater e chutar o elfo livremente. O trabalho de Ellie era servir à nobreza. Ela fazia o que mandavam e lembrava as pessoas de fazerem algumas coisas. Dava conselhos àqueles que precisavam de acordo com as leis que ela decorara há tantos anos. Podia ser comparada a um representante de Érestha, exceto por um detalhe. Ela servia á nobreza, não a uma pessoa em específico. Ela prezava o estado, não os sehores. Assim, Ellie, a elfa dos olhos arco-íris, virou-se para seu senhor e chacoalhou a cabeça. Ela segurou o ombro de Tâmara e afastou-a. Pegou sua adaga e apontou para a porta do castelo da árvore.

-Exílio –ela disse, com . –A realeza élfica não tolerará a quebra de leis e clausulas do acordo de paz e liberdade. Suas palavras são uma confissão. Você está condenado ao exílio.

-Exílio –concordou um dos elfos que observava.

-Exílio! –gritou um outro.

Logo, todos levantavam os braços e gritavam contra Átila. Ele certamente não esperava por isso. O olhar que trocou com Tâmara foi triste. O que trocou com Tamires foi significativo. O que lançou à Ellie foi de despedida. Os elfos aglomeraram-se em volta de Átila Markova e empurraram ele para a porta, gritando seus crimes e sua punição como um ritual. Ellie suspirou em alívio e deixou uma lágrima rolar por seu rosto. Ela adorava trabalhar com Átila.

Em questão de minutos, a cidade inteira estava parada, observando seu antigo líder marchar pelas ruas com uma multidão gritando e xingando-o. Tâmara, Tamires e Ellie apenas observavm tudo da grande varanda na árvore. Nem a fúria nos olhos verdes e nem o arrependimento nos olhos azuis das princesas havia desaparecido. Antes de sumir na multidão agitada, Átila gritou para Tamires, dizendo que esperaria por ela no Castelo de Mármore.

-Como pôde? –a elfa e a princesa verde perguntaram ao mesmo tempo.

Tâmara tinha os olhos fechados, enquaanto Ellie tentava ver os cabelos curtos de seu senhor no meio das pessoas irritadas. Nenhuma delas falava com Tamires, mas ela respondeu da mesma maneira.

-Eu confiei demais em um povo muito pacífico. Nunca pensei que haveria algo assim tão grave para se perdoar.

Tâmara torceu os lábios e revirou os olhos. Ela aproximou-se da irmã e beijou-lhe a testa, acalmando-a. As duas falaram baixo entre si sobre toda a situação, esquecendo a elfa completamente. Os minutos arrastaram-se ali naquela varanda. Ellie podia sentir suas flores entristecendo-se no campo. A raposa tinha fugido e a borboleta voado para longe. O inverno não era mais assim tão mágico para a elfa dos olhos arco-íris.

-Acho que alguém deveria contar isso tudo para a princesa Argia e sua rainha –disse Ellie, limpando as lágrimas e virando as costas para as gêmeas que se abraçavam. – Tenho algumas formalidades com as quais lidar agora, se me derem licença.

-O que aontecerá com a política élfica agora? –perguntou Tamires, preocupada com seu povo. –Desde que consigo me lembrar, é Átila quem assina os documentos.

-Ele não é casado e seus irmãos morreram há muito tempo. Mas ele tem uma herdeira –ela respondeu, sombriamente. Tâmara franziu o cenho para ela, pronta para sujar suas mãos com mais sangue de elfo. –Poderiam, por favor, conversar com Argia por mim, senhoras? Tenho algumas formalidades com as quais lidar agora, se me derem licença.


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