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XXV -Rick


Quero deixar na mídia o clipe de Mad Hatter da Melanie Martinez só para o caso de alguém que estiver lendo esse livro não saber que eu AMO a Melzinha e ainda não tiver visto. Aliás, eu participo do ProjetoCrybaby com Dollhouse, caso queiram dar uma olhadinha (:



O cãozinho assassino da princesa Argia tinha sede de sangue, fome de carne e um desejo por ossos. O haunt cuspia ácido por todo o quarto e arranhava as cortinas cor de rosa da princesa sempre que Rick contrariava suas vontades. Ele tinha um pote de plástico cheio de ratos brancos para alimenta-la, mas tentava treina-la com os animaizinhos, não da-los simplesmente.

-Sente-se –ele ordenou. A criatura já tinha obedecido a esse comando algumas vezes, porém, não parou de grunhir e salivar ácido até Rick mostrar-lhe o rato. –Sente-se, se quiser comer –tentou de novo. Desta vez, o haunt sentou-se imediatamente, e Rick atirou o prêmio para ela. –Boa garota.

A rainha Thaila havia ficado enciumada quando o irmão do fogo e do gelo presenteou Argia com o animalzinho. Para aprazer sua irmã favorita, Elói havia pego outros cinco cães venenosos para ela. Eles ficavam todos no jardim pessoal da rainha, soltos de dia, trancados em um abrigo de noite. Elói garantia que a haunt de Argia fora encontrada junta dos outros, mas ela não se dava bem com os de sua espécie. Um dos haunts menores de Thaila acabara com metade do focinho destruído quando tentaram fazê-los interagir.

Thaila havia escolhido nomes para os seus no dia em que os recebeu. Etar, Ray, Ereno, Thaysa e Davos. Mesmo seis meses depois, Argia ainda chamava a sua criatura de haunt, simplesmente. Nicolle recusava-se a dar um nome para algo que não era seu, e a princesa não estava interessada em começar a se preocupar com isso. Rick pensou que, talvez, o próprio haunt devia escolher seu nome, então chamava-a por nomes aleatórios, esperando que respondesse.

-Madala! Gigi! –a haunt não parou de mastigar o rato.

-Rick, já chega disso, por favor –pediu Argia, remexendo-se no edredom rosa escuro.

Depois de passar uma semana no Brasil para o Natal, a princesa e sua hospedeira não estavam nada bem. Vomitavam, tinham febres altas e só queriam estar deitadas o dia inteiro. Rick queria muito estar na biblioteca com os outros, lendo o livro da rainha ou procurando pistas sobre o Castelo de Cristal, mas Argia não queria que ele saísse do quarto e a deixasse sozinha ou com qualquer outra pessoa. Ela estava irritando-se muito facilmente com o menino ultimamente. Ele insistia que ela precisava procurar um médico especializado, que precisava andar, tomar ar fresco e ajudar os irmãos. Ela sempre respondia com um grunhido irritado e alguma ordem idiota como "arrume minha penteadeira" ou "não deixe a haunt martigar meu tapete". Rick não via Nicolle há três dias, embora visse seu rosto ha todo momento.

-Ela está dormindo –Argia respondia sempre que perguntavam sobre Nicolle. –Tendo bons sonhos negros que não posso ver.

-Não quer vir comigo até a cozinha tomar alguma coisa? –ele sugeriu, levantando-se do tapete confortável para ver o rosto dela. Contudo, ela estava enfiada no travesseiro e coberta até o pescoço.

-Feche direito minhas cortinas –ela respondeu, grunhindo mais uma vez.

-Sim, senhora –ele obedeceu imediatamente.

-Não sou uma senhora. Sou apenas um parasita bastardo sugando a vida de uma inocente.

-Terá seu castelo de volta em breve –Rick falou, sentando-se na ponta da cama e impedindo o haunt de chegar muito perto de sua pele atirando mais um rato para ela. –Então terá súditos e será uma senhora.

-Então vá ajuda-los –ela pediu, irritada, apontando para a porta. –Ache meu Castelo de Cristal.

-Sim, senhora.

Ele saiu do quarto antes de escutar alguma outra coisa sobre bastardos e parasitas. Rick já tinha aprendido os caminhos do Castelo de Vidro, e nem prestava atenção enquanto caminhava até a biblioteca. Antes, cada partícula de poeira, cada laço no uniforme das criadas, cada tom de vermelho o impressionava. Agora, ele era parte daquele lugar. Rick nem sempre levava a sério as ordens de Argia. Quando ela queria mesmo alguma coisa, ela não usava "eu ordeno", e apenas pedia. Talvez ela só quisesse descançar e sabia que Rick a distrairia brincando com o haunt.

-Como estão as meninas? –Dave perguntou.

Rick mal tinha percebido que já estava dentro da biblioteca, encarando as cortinas de veludo e as prateleiras cheias.

-Melhores, acho –respondeu. –Argia não quer levantar-se e ordenou que eu encontrasse seu castelo.

-Qunta inocência –Dave riu. –Junte-se ao clube então, irmão.

As pessoas ali dentro estavam divididas em dois grupos. Em uma mesa sentavam-se Thaila, Riley e Alícia, os três com aparência doente e com as respirações pesadas, dando uma pausa na leitura cansativa do Livro da Rainha. Na outra estavam Missie e Dave, com uma pilha de livros grossos com capas de couro e fivelas. A menina estava com o ombro emfaixado e os movimentos limitados. Uma tiara puxava sua franja para trás e deixava exposta a cicatriz causada por uma lança negra. Havia tensão entre ela e Alícia, e Dave e Riley pareciam estar mantendo-as afastadas de propósito. Ela estava tentando pegar um livro do meio de uma das pilhas usando apenas a mão esquerda, e não estava se dando muito bem. Rick adiantou-se para ajuda-la e ela agradeceu com um movimento rápido dos lábios. Uma tentativa falha de sorriso. Por mais que ele conhecesse Alícia muito melhor do que Missie Skyes, o menino defendia as atitudes dela no jantar das princesas gêmeas. A menina Weis não tinha paciência para explicar-se para Rick, mas ele não se importava. A versão de Missie era bem convincente para ele. Ele não falava com Alícia desde o ocorrido.

-O que são esses livros? –ele perguntou, sentando-se ao lado da menina. Dave juntou-se a eles logo em seguida.

-Velhos arquivos do rei Éres –explcou Missie. –Ele construiu e escondeu o castelo da princesa, mas não achamos nenhum registro, oficial ou não.

-Já estamos nisso há três dias –Dave lamentou-se.

Rick viu que os livros tinham todos o mesmo aspecto: velhos, cheios de poeira, usados e desinteressantes. Ele pediu permissão para a rainha para dar uma olhada nas prateleiras do rei. Ela resmungou que podia ficar à vontade e Rick levantou-se. Os livros sob a mesa de Msisie e Dave haviam sido retirados das prateleiras mais altas. Na altura dos olhos, era tudo literatura. Rick estava procurando por algo um pouco menos oficial, talvez um diário ou algo assim, mas ele acabou se distraindo com os títulos. Um livro de capa verde assinado por Ré West contava histórias sobre a família real antes de Éres. Muitos livros da prateleira mais baixa eram literatura infantil, com imagens coloridas e palavras grandes. Ele imaginou que o rei costumava lê-los para os filhos e um sorriso surgiu em sua face. Um livro fino de capa mole estava colocado de mal jeito em cima de outros, ainda fechado. O plástico que o envolvia era relativamente novo em comparação aos outros livros. Sem nem lembrar-se de que aquilo não era seu, Rick abriu-o. A obra era um compilado de contos pela autora predileta de Riley, Hynne Stewart, entitulado "Lendas dos Quatro Vales." Dentro, ele era dividido em quatro partes: Inverno, Outono, Primavera e Verão. Rick escolhia títulos ao acaso para ler e não prestou atenção no tempo passando. Em "Primavera" ele leu dois contos que tinha certeza que eram sobre seu pai. "O Touro de Metal" e "Os mil pequenos dragões" tinham um soldado de olhos azuis como personagem principal. A primeira contava a história de como a espada Mata-Touro ganhou seu nome, e a segunda era sobre uma quantidade irritante de dragões filhotes no Vale da Primavera que foram expulsos por Reginald Fellows. As outras pessoas que estavam na biblioteca do rei não estavam nem aí para Rick. Ele perdeu-se na leitura por horas e ninguém notou. Os que liam o Livro da Rainha já tinham se retirado para se recompor e os outros dois estavam fazendo uma pausa quando ele chegou na parte quatro.

"Verão" tinha os títulos mais interessantes do livro, e também os contos mais longos. Na nota inicial da parte quatro, a autora escreveu sobre uma viagem que fizera ao Vale do Verão para acumular histórias para escrever. "São todas lendas passadas de boca em boca dos veranenses.", lia-se. Após perder-se por algum tempo em leituras aleatórias, Rick chegou naquilo que mais o interessou. "Os Cristais da Alvorada" era uma lenda sobre um viajante que ajudou um homem misterioso a construir um palácio nas montanhas. Contudo, o viajante preocupava-se que ladrões iriam querer roubar as paredes do palácio, que era todo construído com cristais puros. Então ele e o homem o fizeram ficar invisível. Para que não ficasse perdido para sempre, decidiram que o palácio poderia ser visto apenas ao nascer do sol. Depois, voltaria a desaparecer nas montanhas do vale. Não era só o conteúdo conveniente que o chamou a atenção. Haviam letras carimbadas na primeira página do conto. As mesmas letras que Riley havia anotado no canto de uma folha de rascunho, dizendo que as vira cravadas nas paredes de mármore do castelo dos céus. Iw.Ez.Afk. Rick jogou o livro na mesa do irmão e cruzou os braços. Dave leu rapidamente o conto e encarou Missie, pensativo.

-Rick, isso é uma história –ele falou, ainda olhando para Missie.

A menina também leu tudo rapidamente e deu de ombros.

-Estamos nisso ha três dias –resmungou. –O rei Éres construiu o castelo como um presente surpresa para Argia e Thaís. Ninguém sabe onde, ninguém sabe quando. Mal sabemos se é mesmo um castelo de cristal. Isso é melhor do que nada, eu diria.

-Sabe o que isso significa, não sabe? –Dave tomou o livro dela. –Thaila vai nos fazer ir até o Vale do Verão, que é agora território de Tabata.

-Então fique ai sentado –Rick sugeriu, arrancando um olhar furioso do irmão. –Se precisarem de mim, vou estar cumprindo as ordens de minha princesa.

Missie deu risada e levantou-se para acompanhar o menino. Dave revirou os olhos para segui-los.

A rainha estava sentada em sua cadeira à mesa de jantar, tomando água gelada e comendo uvas casualmente. Os gêmeos Weis também estavam ali, com a mesma cara pálida que a bela rainha carregava. Rick surpreendeu-se ao ver Argia ao seu lado, comendo as mesmas coisas, e as princesas Tâmara e Tamires em lados opostos da mesa, encarando pratos vazios. Como a representante, Tamires tinha o ombro enfaixado, enquanto Tâmara tinha marcas de queimadura na forma de um punho em volta de seu pescoço. Ele tinha certeza de que Dave estava comunicando-se por olhares com elas por trás dele. As princesas anuiam conforme os três se aproximavam. Rick, por outro lado, carregava um olhar confiante, e entregou o livro abeto na página certa para a rainha com uma reverência, cheio de si.

-Vale do Verão –ela disse após ler o conto. Tinha um tom estranho em sua voz. Não era surpresa e nem adoração, como Rick esperava. Era algo bem mais melancólico. Ela olhou para Tâmara imediatamente, que sorriu um sorriso cheio de malícia para a irmã. –É só uma história, Rick. Mas bom trabalho.

-Passaram três dias sem terem noção alguma de por onde começar –ele rebateu, ignorando a reprovação no olhar do irmão mais velho. –O castelo está na província de Argia, certo? É lá que Tabata está procurando. Se não começarmos, nunca vamos acha-lo.

-Esse lugar é cercado por uma cadeia de montanhas com neve –a rainha falou, pensativa. –É, você tem toda a razão. Quanto tempo temos?

-Pouco –Alícia respondeu. –Se Tabata já destruiu a segunda torre, já está na metade do caminho.

-Como é? –Dave franziu o cenho para as duas.

-Existem -bom, existiam- duas torres altíssimas no antigo território de Argia –explicou Thaila. –Torres de vigia, torres de batalha. Uma perto de um rio largo e a outra em uma pedreira. Minha irmã começou a procurar pelo Castelo de Cristal na primeira torre, e desceu todo o território até a segunda. Se já passou de lá, faltam poucas cidades e vilas de maior importância antes do Vale do Verão.

-Finalmente alguém está pensando direito –disse a princesa Tamires, levantando o rosto para Rick. Ela tinha um arranhão profundo na bochecha esquerda que estava vermelho e inchado. –Enfraquecer Tabata é o primeiro plano inteligente no qual essa família conseguiu pensar. Parabéns, pequeno Fellows.

-Obrigado, senhora -ele curvou-se em agradecimento. Aproveitou para esconder o sorriso com o rosto para baixo. –Então, quando vamos?

-Vocês não vão –Thaila disse, tomando mais um gole d'àgua. –Posso mandar outras pessoas para lá. Não vou cometer o mesmo erro duas vezes.

Rick ficou decepcionado quando ninguém quis argumentar. Missie parecia aliviada, os Weis coninuavam alheios ao assunto e Dave encarava o irmão, preocupado. Ele sabia que Rick queria muito uma aventura, como ele tivera, e como seu pai costumava ter. Ele nunca acreditava quando as pessoas diziam que "não é bem como você pensa". As histórias que Dave contava sobre Chelmno e a viagem pela província de Tabata não eram assustdoras, mas atraentes. Rick queria provar sua coragem e ter histórias para contar.

-Se eu não for, como vou cumprir as ordens de minha princesa? –Perguntou Rick, olhando para o rosto de Nicolle e os olhos de Argia.

-E Isabelle disse que seria melhor se eu estivesse lá –adicionou Alícia.

-Eu não vou voltar para lá –falou Missie, sentando-se ao lado de sua princesa e abaixando o olhar.

Alícia resmungou para o comentário de Missie. Thaila olhou para Dave e Riley, que não pareciam contentes com as palavras dos outros. O Weis olhava para a irmã com raiva, sem conseguir acreditar que ela queria voltar para lá. Dave parecia confuso, olhando dos gêmeos para Rick e dele para Thaila. Encarou Rick por um bom tempo, então suspirou, derrotado.

-Você é minha rainha e eu devo estar lá.

-Como queiram –concluiu a rainha. –Mas ainda assim vou mandar alguém com vocês. Se estiverem em perigo, voltem imediatamente. A ordem mais importante a ser seguida é essa, entenderam?

Os três balançaram a cabeça para concordar. O coração de Rick Fellows acelerou-se de expectativa.

-Isso vai ser interessante –riu Tâmara, misteriosamente.

-Não morra –Argia ordenou, encarando o menino por trás de alguns cachos rebeldes.

-Sim, senhora.

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