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XIX -A cozinheira branca

Cozinhar um caldo para uma pessoa não era um problema para uma cozinheira. Mas a cozinha estava preparada para servir centenas de alunos, e não uma única princesa. A panela era grande, a colher era grande e as porções separadas eram grandes. Portanto, Imani Leopolda resolveu que serivira caldo para todos naquela noite. Pela terceira vez seguida. Faria também alguns frangos assados, fatias de lombo de bisão e biscoitos de sal aos montes. Era a terceira semana no mês de Novembro que isso acontecia, e ninguém mais aguentava comer caldos. Nem Imani aguentava cozinha-los, mas isso logo seria resolvido. Os alunos reclamavam em silêncio da comida repetida, os professores comentavam a todo momento, e os funcionários da cozinha reclamavam diretamente para Imani.

-É um pedido da enfermeira –ela se explicava. –O que posso fazer? Deixar que a menina adoeça e morra? Comam o caldo e calem a boca.

Na primeira noite havia feito canja de galinha, com batatas, cenoura e pasta de ervilha dissolvida no caldo da própria canja. Na segunda noite, caldo de feijão com carne seca bem desfiada, mandioca e rabanetes cortados tão finos que eram quase transparentes. Naquela noite estava terminando o caldo de legumes sortidos temperados com um pouco de pimenta, batata e nhame. Os outros cozinheiros estavam focados nas carnes, sucos, bolachas e sobremesa. O enorme bolo de chocolate devia compensar o caldo, ou assim Imani esperava. Alguém bateu na porta da cozinha e abriu uma fresta. Era o menino Fellows, o mais novo. Imani não gostava nem um pouco de Dave, e gostava ainda menos de Rick. Ele tentava ser gentil, perguntava se alguém queria ajuda e sorria o tempo todo, mas Imani não conseguia engolir suas atitudes. Tinha o mesmo rosto do irmão, com excessão dos olhos. O mais velho era espertinho e mimado demais. O mais novo era enxerido e animado num nível que só conseguia deixar a cozinheira irritada.

-Boa noite, Imani –ele cumprimentou, entrando na cozinha sem ter recebido permissão de ninguém. –Vim ver se o prato de Nicolle já está ponto.

-Estará em breve –ela explicou, mexendo o caldo com uma enorme colher de pau. –Como estão a menina e sua hóspede?

-Melhores, eu acho. A aparência ainda é ruim, mas os olhos não se reviram tão constantemente e as dores pararam quase completamente. Riley e Missie ainda estão tentando encontrar soluções, mas é difícil quando não se sabe a causa exata. Quer dizer, sabemos que é o corpo. Duas pessoas em um mesmo corpo por tanto tempo nunca é bom, ao que parece. Mas o que fazer para manter as duas bem?

-Hum –Imani virou o rosto para encarar melhor seu caldo. Essas crianças não sabem de nada e esse menino fala demais. Cegos. Estão numa escola ou o que? –Eu levo até a enfermaria quando estiver pronto, menino. Ainda tenho que separar as porções e adicionar o remédio que a enfermeira indicou. Não se preocupe.

-Obrigado, Imani –ele se virou para finalmente ir embora. –Estarei esperando.

-Vá jantar, menino –ela sinalizou para os frnagos sendo cortados. –Hoje é dia de injeção, e a enfermeira não quer ninguém por lá. Sente-se com os outros, eu levo o prato quando estiver pronto.

-Certo –ele disse.

Alguns segundos mais tarde o menino estava passando pela janela da cozinha e dirigindo-se ao refeitório. Um já foi, falta uma. Ela pediu que os outros encarregassem-se de separar as porções em panelas menores e encheu uma tigela com o caldo. Cobriu com um pano branco e pegou seu casaco pendurado nos fundos da cozinha. No bolso deste casaco estava um frasco de vidro com um líquido vermelho e viscoso dentro. O bode havia gritado horrores pelo corte feito por Imani, e a cozinheira teve que aguentar por um mísero frasco com alguns mililitros. Ela despejou o sangue no caldo e mexeu com o próprio dedo. A mistura antes amarelada tornou-se escarlate e ainda mais viscosa. No outro bolso havia lagartas ainda vivas, que a mulher expremeu no caldo e deixou as cascas caírem ao chão. Os esqueletos que limpem isso depois.

-Vou levar para a menina e volto já –ela anunciou.

Vestiu-se e saiu para a noite fria de inverno. Ela desviou sua rota para os dormitórios com muita cutela para que o menino não a visse e iniciasse a fazer perguntas. Sua criatividade estava acabado e ela não queria ter que inventar mais mentiras para mante-lo afastado. O quarto de Imani era o último do primeiro andar. Ela deixou o caldo quente na mesa de centro e despiu-se rapidamente. Abriu seu armário em busca das vestes brancas, que estavam guardadas em uma caixa de madeira fechada com um cadeado. A chave ficava debaixo de seu colchão. Imani abriu-o e cheirou as vestes com um sorriso. Uma flor de lavanda repousava junto das roupas para manter um aroma sempre agradável. A flor não murchava nunca, e seu perfume nunca se extinguia. Imani vestiu o vestido branco e escondeu-o sob o casaco azul marinho. Nem percebeu que as pernas pareciam peladas, mas também não se importava. A mulher puxou um fio que lembrava apenas madeira desfiada e revelou um fundo falso na caixa. Colocou um giz branco e um frasco de lágrima de sereia no bolso esquerdo, uma faca no direito e segurou um maço de pelos de preá na mão. Imani fechou sua caixa e guardou-a no topo do guadra roupas. Saiu mais uma vez para o frio da noite, dessa vez dirigindo-se para a enfermaria.

A médica estava cansada. Nicolle era a única pessoa doente, apesar da frente fria, e exigia muito da doutora. Imani colocou uma das mãos no bolso com a faca e sorriu ao ve-la.

-Obrigada, Imani –agradeceu a mulher.

-Hum –ela tentou sorrir mas não deve ter sido uma cara muito bela. –Vou deixar perto da cama da menina, ainda está quente demais e ela vai se queimar.

-Ótima ideia –sorriu mais uma vez.

-Sabe, acho que você está cansada demais. Não vai sobreviver com mais caldos. Va na cozinha e diga que eu te mandei lá. Há carne, arroz, feijão e batatas em um pote no microondas, pronto para ser requintado e jantado. Pegue-o, é seu.

-Quanta gentileza! Mas não posso deixar...

-Deixar a menina sozinha. Mas ela não está sozinha, eu estou aqui –Imani estava ficando com frio nas pernas. –Só vai levar alguns minutos. Se alguma criança nova aparecer eu te chamo. Asim, a sopa esfria e você se esquenta.

-Parece ótimo, é uma boa ideia –A enfermeira levantou-se de sua cadeira de escritório e sorriu uma terceira vez. –Volto em dez minutos, obrigada, Imani.

-Hum.

A mulher pegou um casaco e acenou ao passar pela porta. Imani finalmente conseguiu sorrir. Deixou a sopa em uma maca inutilizada e jogou os pelos de preá la dentro sem muito cuidado, juntamente com as lágrimas. Tirou o giz do bolso e aproximou-se das cortinas que separavam Nicolle do mundo. A menina dormia, mas tremia pelo frio e pela febre. Pobrezinha. Isso já vai acabar. Imani tirou o casaco e deixou que o frio a consumisse de vez, mas não que a atrapalhasse ou diminuísse sua vontade de concluir o plano. Abaixou-se e começou a desenhar. Um círculo dentro de um triângulo; um retângulo com um círculo e um losango dentro dele; uma estrela de cinco pontas com quadrados dentro de cada uma de suas pernas; e um grande pentágono com uma cruz e três círculos preenchendo-o. Ela pegou a faca e começou a murmurar notas longas enquanto voltava para pegar a sopa. Misturou mais um pouco e deixou perto da mão da menina, a qual tomou em uma de suas próprias mãos e procedeu em cortar com a ponta da faca. O sangue escorreu rapidamente para a mistura, e a menina acordou assustada.

-Argia Felicity Bermonth –Imani falou, mantendo o tom de voz coernte com as notas que murmurava. Os olhos da menina tornaram-se verdes, e isso era suficiente para a cozinheira. O pavor na expressão da princesa divertia Imani. Os símbolos no chão começaram a emitir um brilho fraco. A menna ia gritar por ajuda –ou por medo- mas Imani foi mais rápida e colocou a mistura na boca dela, forçando-a a engolir. Ela engasgou-se com o pelo de roedror, mas isso era normal e não devia atrapalhar o ritual. –Carne para hospedagem –ela forçou-a a engolir mais um pouco. –Sangue para que haja vida –outro gole e lágrimas formaram-se nos olhos verdes que queriam desesperadamente gritar por socorro. –Lágrimas para que os mortos possam voltar aos vivos –esse gole foi o mais dolorido. Imani ouviu o líquido descendo-lhe pela garganta com dificuldade. –Pelos de um servo da terra pois esta da terra nasceu, na terra morreu e da terra resnascerá.

O brilho dos desenhos no chão intensificou-se e depois extinguiu-se. Os símbolos desapareceram e a menina dormiu. Imani respirou fundo, vestiu seu casaco e deixou o pote de sopa ao lado de Nicolle. A enfermeira irá pensar que ela comeu e dormiu com a barriga quente. Imani pensou, satisfeita. Finalmente posso voltar a cozinhar comidas pesadas para o inverno. E nada mais de Fellows me atormentando na cozinha. Saiu da enfermaria sentindo-se mais leve.

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