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T4:C10 - Plano C

Parker estreita cada centímetro florestal pelo binóculos sujo. A serenidade externa é incômodo para ele ali em cima da plataforma. Volta e meia tinha a paranóia de estar sob a mira de algum atirador camuflado e era por isso que odiava ficar na vigia.

Nesse momento, seus olhos ampliados pelas lentes focaram no primeiro movimento que registrou. Um maltrapilho de vestes largas saiu da floresta com um tronco grande atravessado no ombro, o que fazia ele ficar envergado para o lado conforme caminhava.

O zumbi virou na direção do barulho e acabou dando de cara com o capô do enorme veículo amarelo. Seu corpo foi esmagado feito tomate pelos pneus do ônibus, que desacelerou enquanto os portões eram abertos.

Assim que entrou, o transporte foi alvo dos olhares curiosos dos residentes. Tanto membros do Terminal quanto do Zoo estavam ali, incluindo seu líder Suleiman.

Yuki saiu primeiro, liberou caminho para os demais em uma contagem feita no bater de seus ombros.

O estado sujo de alcatrão levantou a curiosidade dos que se aproximavam.

– O que houve? - Suleiman pergunta ao se chegar perto de Yuki.

– Gormax. - retoma a atenção na contagem.

Thomas e Vanessa saem com Mitt entre eles. A falta de um braço faz os telespectadores se espantarem. Cassandra, a médica local, vai correndo em direção a eles.

– Ele tá perdendo sangue. E muito. - Thomas avisa.

– Me sigam. - Cassandra pede, passando entre a multidão que libera a passagem. Ela bate palmas para ganhar atenção. – TODOS QUE ESTIVEREM FERIDOS, ME ACOMPANHEM.

O último que sai do ônibus é Léo, que para bem no último degrau.

– Onde estão os outros? - Parker questiona, parando ao lado de Suleiman.

– Não sabemos. Saímos antes.

– Vou tentar contato. Se não responderem, mando uma patrulha. Fechô?

Os três assentiram.

O assobio alto de Hannah vindo do portão alerta todos. A maioria chega correndo até ele para presenciarem a vindo do comboio.

Os veículos entram já virando a direita onde há espaço para estacionarem no enorme pátio. O caminhão dirigido por Colman - o pai de Eddie - ocupa mais espaço com o seu longo reboque estampando as siglas C&L, em azul.  

Na caçamba da caminhonete se encontram Clara e Duane, pedindo ajuda para levantarem o Dr. Tyler, que se encontra apagado e com uma queimadura de segundo grau na metade do rosto.

Yuki e Suleiman ajudam a dupla a descê-lo.

As pessoas que ainda observam ao redor ficaram mais temerosas com o estado do médico carregado.

Parker foi até Gale quando o avistou. Os dois se encontram num abraço rápido.

– Tudo bem por aqui? - Gale perguntou.

– Sim. Claro. Mas vejo que com vocês não.

– É.

Phillip chegou na dupla em passos largos.

– Onde é enfermaria?

– Venha. Eu te levo. - Gale toma a frente. – Parker, continue cuidando do pessoal.

– Podexá.

*   *   *

A enorme garagem do terminal agora servia de leito para os feridos do ataque a School City. Fileiras de camas compunham o lugar, em um vai e vem desenfreado de pessoas.

Phillip está sentado ao lado da cama observando Mitt, com metade do braço enrolada numa faixa manchada de sangue na ponta. Ele ignora a barulheira em volta enquanto fita o amigo.

Do outro lado da cama, Jack aparece afivelando o cinto e alterando para Phillip e o desacordado.

– Axel disse que é hora do plano c. - conta Jack.

Phillip suspira.

– Tudo bem? - Jack arqueia a sobrancelha.

– Estive pensando nas pessoas que perdemos nisso tudo. Sabe, alguns só queriam viver em paz, longe do inferno que é lá fora. - encara Jack com os olhos marejados. – Eu trouxe o inferno até elas.

– Não, cara. Elas queriam isso. - dá um passo. – O que estamos fazendo é o certo. Você não tá libertando a si, está libertando todos. Isso foi uma escolha deles. Cedo ou tarde, aconteceria. Acredite, é melhor do que ter um lunático mandando em vocês.

– E se... E se não tivéssemos revidado? Talvez houvesse outro jeito. Talvez aquele bando não teria ido lá pra casa. Não nos conheceríamos... E mais pessoas estariam vivas.

– Phil, o que tá feito tá feito. Plano c?

Phillip espremeu os lábios e as mãos uma na outra, levantando um olhar determinado.

– Plano c. - repetiu.


*   *   *

Suleiman se aproxima de Ron – uniformizado com um colete de guerrilha portando duas granadas –, que acaricia o felino entre as barras da jaula.

– Vai mesmo nessa?

– Não é por isso que estamos aqui? - Ron joga a pergunta, sorrindo. – Estou disposto a ajudar da forma que puder. E é bom que você guarde nossa arma secreta pro momento certo. - olha para Avati.

– Não tão secreta, mas eu concordo. - sorriu. – Pelo estado das pessoas que chegaram, eles não estão de brincadeira.

– Eu percebi.

– Bom, só quero que me prometa uma coisa. Caso eu não sobreviva...

– Suleiman.

– Caso! - enfatiza. – Pode cuidar da Maia por mim?

– Capaz dele cuidar melhor de nós do que eu.

Eles sorriem.

– Prometo, sim.

– Valeu. - bate em seu ombro.

Ron assentiu e tomou seu rumo para o Suburban onde Axel também adentra pelo carona.

Suleiman olha para seu leão bocejando; os enormes dentes pontudos e amarelos, junto a enorme úvula escuro no fundo da boca úmida bafora o hálito horroroso do felino.

– Eu também estou cansado, amigão.

O árabe deposita a mochila na capota da picape, não deixando de ouvir a conversa de Duane e Marian na traseira.

Duane tentava convence-la a ficar, justificando o grave perigo muito bem exemplificado com a falta dos dedos que ela perdera no confronto contra Angela.

Em uma bufada, Marian compreendeu acenando, saindo posteriormente de cena.

Suleiman desviou o olhar assim que Duane se virou e repousou as mãos na capota. O árabe ficou quieto, amontoando seus pertences na mochila.

– Por que ainda está aqui? - Duane jogou a pergunta.

– Como?

– Por que ainda tá nessa? Você nem nos conhece. Até onde eu sei, eles não fizeram nada pra você.

– Nós temos um acordo, e eu vou cumpri-lo. Não querendo parecer oportunista, mas nada funciona se não estiverem vivos, não? Tenho que garantir isso. - fecha o zíper da mochila. – Além do mais, meu povo está nessa também. Não vou deixá-los lutando enquanto eu fico coçando o saco.

Duane acenou em compreensão.

– Sua filha? - Suleiman indica com a cabeça.

– Sim. Você tem?

– Não. Mas te entendo. Não precisei forçar minha irmã a ficar, ela não confia em vocês de qualquer jeito. - o comentário tira uma risada de Duane. Suleiman continua. – Mas mesmo que ela quisesse, eu não deixaria.

– Pode soar estranho mas, é melhor um filho enterrar o pai do que o contrário. Não vou passar por isso de novo.

Duane se retira.

Suleiman fica com aquela frase na cabeça, seguindo o homenzarrão com os olhos e o cenho franzido.

– TODO MUNDO PRA DENTRO! - Axel anuncia a caminho do Mustang. – Hora de irmos, árabe. - bate em seu ombro ao passar.

*   *   *

Derick despertou aos poucos. As pálpebras trêmulas lhe davam uma breve perspectiva das duas cabeças que o fitavam. Foram necessárias cinco piscadas para estabilizar a visão e reconhecer os rostos de Marian e Han. Ele tentou se levantar, mas acabou voltando de supetão devido a prisão do pulso na algema atrelada a cama.

– Não tão rápido, loirinho. - Marian envergou o pescoço, cruzando os braços. – Lembra de mim?

Derick olhou para ambos, se ajeitando junto a uma respirada funda.

– Eu devo responder? - soa receoso.

– Janet disse o que você tentou fazer. - Han adianta. – É por isso que o Gormax te rendeu também?

– É. - balança a cabeça.

Han e Marian se entreolham.

– Por quê? - pergunta Marian.

– Eu também quero o Gormax morto.

– O que ele te fez?

Derick molha os lábios, tomando foco na cabeceira momentaneamente.

– Eu era o líder até o ele chegar e tomar tudo. Ele me deixou vivo. Não sei o motivo, mas deixou. Eu não sou o Gormax. As coisas que ele fez com todos não tem perdão. O sistema dele não funciona. Então eu tô aqui agora pra pegar o que é meu de volta.

A dupla volta a se olhar, satisfeitos em confirmar que o conto não era balela de Gormax quando prisioneiro.

– Onde está a Hope?

Sua pergunta faz eles o olharem.

– Quem? - Han questiona.

– Hope. Uma morena alta. Ela veio junto comigo.

– Sua mulher?

– Minha amiga.

– Te levo até ela.

– Han. - Marian toca em seu braço.

– Estamos em maior número. - Han vai até o lado da cama e tira a pequena chave do bolso. – Mas você sabe que se tentar alguma coisa já era, não sabe?

Derick afirma.

– Ótimo.

Marian revira os olhos.


*    *    *

O painel do carro fortificado balançava devido aos buracos na estrada arborizada. Nelson diminuiu a velocidade do sedan líder da fileira, esticando assim o pescoço por cima do volante para ver o enorme tronco de árvore bloqueando o caminho.

Havia um zumbi pendurado pelo galho atravessado em seu tronco; a criatura rosna para o veículo tremendo o motor. O mesmo galho segurava o papel atrelado ao corpo:

VOLTE.

Era o que dizia o recado feito a lama.

Nelson e Carly se olharam.

Nelson, o que tá pegando? - Axel pergunta no rádio.

Carly pega o aparelho.

– Um bloqueio. Parece que sabem onde estamos.

Eles encaram o moribundo de braços agitados e dentes estalando, em uma fúria movida pela fome insaciável. 

– Estão nos observando. - afirma Nelson, espreitando a margem da floresta.

– Vamos voltar. - ela avisa no rádio. – Todo mundo, dêem ré agora!

Sendo a última da fila, a picape pilotada por Ron cantou pneu para trás. No mesmo instante, o jipe preto veio desgovernado de encontro a traseira da lataria. A picape rodou em 360° marcando o asfalto; o jipe derrapou, ficando rente ao veículo.

Duane e Suleiman levantaram da caçamba e viram mais três carros vindo da mesma direção.

– SAIAM! - o árabe berrou, saltando do veículo.

Mal deu tempo para Ron e Axel processarem. O segundo Suburban atropelou a picape velha como um trem e foi arrastada junto. Ron pôde ver Sharon no volante com os dentes trincados como se ela mesmo empurrasse a carroceria. O jipe freou e a picape capotou duas vezes, parando em pé.

Os carros na fileira fecharam a rua em uma espécie de cerco de proteção, do qual Duane e Suleiman não tardaram deslizar sobre os capôs para se esconderem junto aos demais.

Dois utilitários pararam no meio da encruzilhada; os passageiros saíram distribuindo tiros as cegas, abrigando-se posteriormente atrás dos veículos.

Axel saiu da picape pressionando o ombro direito. Assistiu ao caos instaurado 20 metros à frente, prontificou a pistola e a destravou entre os joelhos.

– Ron, temos que ir!

O garoto de testa sangrando viu Trevor sair do Suburban que os atropelara e começar a rajada de tiros com a P90. Ron se deitou nos bancos e Axel se agachou no para-lama.

Axel arrancou o pino da granada com a boca e arremessou sobre o capô.

Trevor recuou assim que viu o cilindro, fugindo para a margem da floresta em um salto. O mesmo voou longe com a pressão da explosão.

Isso deu tempo para Axel tirar Ron do carro e correr junto a ele floresta adentro.

Mais Golders surgiam no barranco, para surpreender aqueles atrás do cerco.

Duane os percebeu na hora e se afastou do do carro para então espantá-los com uma rajada desgovernado de tiros. Suleiman, Carly e Nelson fizeram o mesmo em lados opostos.

Sharon, do outro lado do cerco, efetua um tiro certeiro no ombro de Nelson. O alvo caiu.

– Nelson! - Carly se agachou para acudir.

Suleiman jogou seu foco para o outro lado do barranco, devido as circunstâncias da dupla, mas nenhuma bala saiu da arma: clic. clic. clic.

– Merda. - retira o pente.

– SULEIMAN! - Duane se joga contra o árabe.

O projétil estilhaça a janela do sedan.

Wegner levantou do cerco dando um tiro no centro do Golder acima. Essa foi a brecha para que Sharon agisse novamente, estourando a cabeça de Wegner num estrondo da shotgun.

Saraivadas de tiros iniciaram contra todos atrás do cerco, vindos tanto de cima quanto de frente. Filetes de sangue e choques molhados dos corpos de membros do Terminal e Zoo caem contra os capôs, um atrás do outro.

Já no asfalto, bastou Nelson e Carly rolarem para debaixo do Mustang, espremendo os olhos e tampando os ouvidos por fim.

Duane e Suleiman fizeram o mesmo no sedan mais a frente.

Pouco a pouco, as rajadas vão perdendo ritmo até que se exauriram de vez. Projéteis rolam no chão. Botas se arrastam na descida do barranco e entram no campo de visão dos escondidos.

Carly grudou em Nelson quando o par de pés se aproximou do carro e abriu a porta. Cacos de vidro caíram por consequência.

– Jesus. - a voz exalta. – Que bagunça.

– Caíram feito imbecis. - Sharon comemora do outro lado do cerco.

Com a canhota, Carly tampa a boca e usa a mão livre para pressionar o botão vermelho do walkie-talkie quatro vezes. Ela sente o peito de Nelson arfando sob seu braço e ao olhá-lo, vê temor e agonia em seu semblante brilhoso de suor.

– Ainda não terminamos, bichinhas! - Trevor aparece mancando. Ele tira um miolo de cérebro grudado em seus fios laterias. – Dois fugiram pra floresta. Gormax não quer nenhum vivo, capiche?

– Sim, senhor. - todos disseram.

Trevor apoiou a P90 no ombro, encarando cada um deles.

– O que estão esperando? PRA ONTEM!!

Todos se separam rapidamente.


*    *    *

Entre os arbustos que contornam o rio corrente, Jack e Cristina observam a ponte Yellow Road.

Jack repara a ansiedade da loira, que dá pulinhos com os calcanhares ao mesmo tempo que cerra os punhos, compulsivamente.

– Está apertada ou quê?

Cristina vira-se para ele, soltando um sorriso breve que transparece a vergonha.

– Eu só... Só espero que funcione.

– E vai.

– Pombinhos. - Erich se manifesta nos arbustos, saindo mancando pela perna esfaqueada. – Estão com problemas. - sacode o rádio. – Quatro estáticas. Isso quer dizer algo, né?

– Merda. - Jack resmunga. – Reúna o resto. - passa a bandoleira da MP5 sobre a cabeça, inciando a corrida para o utilitário.

*    *    *

Usando a corrente das algemas, Justin vai retirando o pedaço de madeira no interior do vagão, em movimentos que vão para cima e baixo. Somente o som das correntes cerrando reverbera no ambiente precariamente iluminado por um facho estreito no centro.

Justin olha para os doze compadres atrás dele que fazem de seus pertences armas improvisadas. Skinny-Bo, um raquítico de toca e tatuagem no peito, afia o crucifixo em pingente no chão. Regina alinha os anéis em cada dedo numa espécie de soco inglês improvisado. Bruce tenta abrir as algemas com a ponta de seu único brinco.

– Por que você não senta aí e fica quieto? - Naomi dirige-se a Justin do outro lado, escondida nas sombras.

– Que foi? Já está desistindo? - volta a cerrar.

– Melhor pararem. Vão causar problemas pra todo mundo.

– Você pode ficar aí igual condenada, mas eu não. - sopra os resíduos de poeira. – Vou sair dessa. Esse caras são animais. Eles castraram o Bruce. - aponta para o eunuco atrás. – Vamos dar o troco.

– Naomi está certa. - diz Hope, encostada na parede com as mãos nos joelhos. – Melhor ficar quieto.

Justin para de cerrar, dá uma risada debochada e puxa as correntes com força, arrancando o pedaço pontudo de madeira.

– Pra você é fácil falar. - apanha a arma branca. – Já desistiu mesmo.

– Eu queria ter sua confiança, Justin. De todos vocês. Até parece que vai conseguir encarar uma dúzia de caras com um pedaço de madeira.

– Davi derrubou Golias com uma pedra.

– Golias não tinha AK-47. - ela refuta.

– Você é uma piada, moça. - ele para no meio do vagão, bem debaixo do facho de luz que age como holofote nele. – Eu lembro de você antes disso.

Hope franze a testa em estranheza.

– Você e o Derick eram coladinhos. - continua ele. – Unha e carne. O loirinho faria de tudo pra ver o Gormax morto e você não é diferente.

– É verdade. - Regina levanta. – Essa aí já pulou do barco há muito tempo.

– Legal. E o que vai ser agora? Vão me atacar com suas armas de brinquedo? - Hope zomba.

Regina dá um passo, mas é advertida por Justin no levantar de seu braço.

– Deixa que eu faço as honras. - caminha até ela.

Hope levanta e vai para o canto do vagão. Naomi entra na frente estendendo as mãos presas.

– Não precisamos chamar atenção.

– Sai de frente, Naomi. - rosna, encarando a moça atrás dela.

Os doze que se preparavam para o combate levantam e se juntam atrás de Justin, como uma gangue de prisão.

– É melhor todos se afastarem! Ou eu vou gritar! - Naomi ameaça.

– Acha que estão ligando pra nós?

– É isso que querem. Querem que briguemos entre nós, isso nos enfraquece. - ela argumenta, tentando evitar a confusão.

– O que nos enfraquece é ter duas caguetas no time. Então é melhor você sair da frente, talvez a gente te abra uma exceção.

– Foda-se. Vão ter que passar por mim. - Naomi ergue os punhos algemados.

– Como queira.

Um rugido dele anuncia a briga.

Naomi intercepta um golpe de Skinny-Bo prendendo suas mãos nas correntes das algemas. Hope para a ponta da madeira com as duas mãos, vendo Regina forçar atrás da arma branca. O escudo dela é desfeito quando Naomi é puxada para entre eles. Um soco deferido na barriga faz Hope se encolher, dando chance para que Regina a jogue no chão e comece a sessão de chutes com mais cinco Golders.

O retângulo metálico não tem espaço em meio ao tumulto que reverbera por todos os cantos.

Hope vê um clarão sobre as seis cabeças, que então olham para cima e se encolhem quando Thomas atira no céu com a barulhenta AK-47. Eles se afastam dos espancados, permitindo que o mexicano veja o estado de cada uma.

Perros.

O vagão é aberto. A claridade é forte o bastante para fazer os prisioneiros recuarem.

Marian, Han e Samora se manifestam em posse de enormes fuzis.

– Você tá bem? - Samora pergunta ao ver Hope caída.

Ela faz que sim.

– Hope. - Derick passa entre a dupla.

Os prisioneiros incrédulos assistem o loiro levantar Hope e levá-la dali com ajuda de Han. Marian é quem auxilia Naomi até a saída.

– Traíra. - Justin resmunga entredentes.

Derick lhe lançou uma olhadela rápida antes de deixar o vagão.

Samora impediu Justin de avançar ao se pôr em frente a ele.

– Seus brinquedinhos vão comigo. - ela fala em um tom autoritário.

Justin olha para a arma, depois para o chicano ainda em cima do vagão e volta o foco a loira novamente. Resmunga algo baixinho que ninguém escuta, largando o pedaço de madeira.

Samora e Han recolhem tudo e deixam o vagão em marcha ré. Bastou Spencer arrastar o portão para que as várias faces furiosas sumissem de vista.

*    *    *

Axel e Ron ainda fugiam de seus perseguidores fortemente armados. O militar desceu o garoto no barranco alto e posteriormente fez o mesmo, deslizando a bunda na lama. Ambos se banharam com a terra molhado, criando uma camuflagem que só um olhar muito precioso conseguiria distingui-los.

– Shhhh. - Axel fez.

Três Golders passaram sobre eles espremendo galhos e falando coisas aleatórias.

Beneke apareceu na beira do barranco repentinamente; Axel e Ron se encolheram, vidrados no sujeito que esquadrinha o riacho a frente. Seu tempo ali fazia a dupla dividir a tensão em breves olhadas.

Em Axel, a adrenalina vinha num calafrio que gelava o sangue, do qual conseguia sentir corrente em suas veias. Ele apertou o fuzil tático, subindo-o discretamente com o dedo nervoso no gatilho.

Beneke percorreu o olhar por todo o cenário até baixar a cabeça, dando uma olhadela rápida na dupla. Ron prendeu a respiração. Beneke fitou a árvore adjacente. Rapidamente, ele ergueu o fuzil na direção deles...

BAAAM.

Axel atirou primeiro.

Beneke despenca com um buraco no queixo e na cabeça.

– CORRE! - Axel berrou.

Eles saltam para riacho e não tardam a ser os alvos dos atiradores próximos.

Os tiros errôneos levantam a água já espalhada freneticamente pelos fujões. Ao chegarem na beira margem, um tiro vai certeiro na perna de Axel.

O soldado caiu, mas levantou ligeiramente, saltitando com os braços agitados. Axel recebeu um puxão de Ron e ambos mergulharam no chão repleto de galhos pontudos. Eles se arrastam até um comprido tronco caído.

– Vaza daqui, moleque. Eu cuido deles. - Axel carrega o fuzil.

– Nada disso. - Ron efetua um disparo com a pistola.

Axel destrava a arma, passando a metralhar cada inimigo que se manifestava a frente. Ron dava tiros seguidos, mudando a mira para a direita e esquerda. Os inimigos pareciam baratas, se multiplicando cada vez que um era morto.

O pente do fuzil acaba.

– Buceta.

BOOOM!

Sobe uma extensa poeira escura que desintegra o inimigo a diagonal. Atrás, eles vêem Cristina em posse do lança-granadas de cano subindo fumaça.

Atrás dela se manifestam Erich, Jack e Phillip.

Jack agacha-se entre a dupla no tronco para melhor estabilidade na mira, distribuindo rajadas com a MP5.

– SAIAM DAQUI!

Axel e Ron obedecem sem pestanejar.

Erich e Cristina tomam a frente também, agindo feito robôs que detectam aparições inusitadas nos cantos da floresta.

Um cabeça é estourada, ao norte. Outro corpo cai rolando do barranco, no lado oeste. Outro tem a barriga aberta pela explosão da espingarda.

Como um predador discreto, Phillip vai se manifestando nas beiradas cortando os pescoços de cada um. Um sujeito acima do peso foi o último a ter a garganta aberta pela lâmina ensaguentada.

– QUINN! - gritou Denver, o mais próximo do amigo, virando a caçadeira para Phillip.

O ninja usou o enorme corpo de escudo.

SPLASH!

A banha estoura com o tiro, espalhando tecidos gordurosos e escuros. Phillip joga o cadáver contra Denver, que foge de ser esmagado recuando dois passos. Brecha para que Phillip pule sobre o corpo e defira um chute no meio de sua cara.

Denver caiu.

Phillip deu uma cambalhota, parando sobre o rapaz.

– NÃO...

BAAAM!

O tiro de Phillip o calou instantâneamente.

Mais cinco Golders se manifestaram nos arbustos a frente. Phillip ergueu a arma e mais uma vez: BOOOM!

O quinteto é reduzido a poeira e sangue.

Cristina havia intervido com sua lança-granadas.

Phillip lhe agradeceu com um aceno de cabeça.

– VAMBORA! - Cristina grita, dando três últimos disparos.

Axel e Ron já estão acomodados no banco de trás do Suburban. Antes de entrar, Jack afugentou três que deram as caras a sua esquerda, em tiros aleatórios.

– Vamos! - Erich joga a FN SCAR no painel e entra pela janela.

Phillip entrou por último, espremendo Ron entre ele e Axel.

O utilitário sai cantando pneu. Seu vidro traseira estilhaça com um dos tiros que são dados contra o veículo, que então cessam com seu afastamento veloz.

Sharon baixa a M4 e rosna.

*   *   *

– É sério, Spencer, abra o portão! - Neiva insiste mais uma vez para o guarda na plataforma.

– Eu tô falando, é melhor ficar.

– Abra esse portão ou eu mesmo faço.

– Boa sorte. Ninguém vai sair.

– Eles deram o sinal! Estão com problemas.

– E não precisamos meter mais dos nossos também. Eles sabem... - Spencer leva sua atenção para fora.

– O que foi? - Neiva bloqueia o sol.

– ABRAM O PORTÃO!

Conforme é aberto, Neiva vê o Suburban esburacado entre a fresta. Ela sai do caminho e deixa que o utilitário passe veloz deixando um rastro de poeira. Logo mais o Mustang sujo de sangue e de vidros quebrados adentra o terminal, parando ao lado do Suburban.

– O que houve? - Neiva corre até o marido quando o mesmo sai.

– Sabiam que estavamos aqui! - encosta no carro.

Ela vê o curativo enrolado em sua perna de barras levantadas.

– Sabiam do terminal? - Neiva franze a testa.

Axel encolhe os ombros, sem resposta.

Marian corre até o pai que mal sai do Mustang é já recebido com um abraço.

– Você tá bem? - sussurra ela.

– Tô legal. - bate em suas costas.

Suleiman sai do Mustang e é logo questionado por Gale:

– E os outros?

A negação do árabe diz tudo.

Gale trinca os dentes.

– PESSOAL! NÃO ACABOU NÃO! - Spencer anuncia com os binóculos na cara.

Dali de baixo, todos vêem o comboio chegando no fim da estrada arborizada.

Os portões são fechados.

– TODOS SE ARMEM, AGORA! - Gale bate palmas.

O pátio do terminal se agita.

Neiva toca no ombro do marido.

– Vá pra enfermaria.

– Nem fodendo. Vou ajudar nessa porra. Eu não atiro com a perna.

– Mas vai precisar dela.

Axel encara a esposa, convencido.

– Teimoso. - Neiva se vira e checa o tambor de sua arma: seis balas. – Vamos lá. - murmura para si, fechando o tambor.


— 4.10 —
"Plano C"

Muito mais rápido esse aqui.

Hope e Naomi quase viraram janta lá no vagão. Agora Golders (nomezinho feio, fala tu) tão vindo de uma vez só. Preparam os cus.

O grupo tá tão ruim que tiveram de efetuar o terceiro plano ;(

† Wegner - 4X01 - 4X10
† Beneke - 2X05 - 4X10

Até sabadão, clã.

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