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T3:C7 - Famintos

Nos fundos do celeiro em meio a pilha de caixas, Jack montava a M9 com dificuldade. As peças estavam em sua perna e outras sobre as caixas úmidas. De canto, Axel entrou no campo de visão de Jack. O mesmo ignorou, permaneceu focado.

- Ovos diretos do cu da galinha. - deixou o prato sobre as caixas. - O Nelson que preparou.

- Não tô com fome. - deu uma olhada no omelete.

- Qual é. É a mesma coisa de ouvir isso de um africano. Agora não tem muita graça, já que tá todo mundo na merda. - escorou o braço. - Quer ajuda?

- Não. - puxou a trava. A bala saltou para fora, ele agarrou de imediato. - O que foi?

- Nada. Cê só parece tá mais escroto que qualquer um.

Jack encaixou o pente com força e virou-se para o ex militar, encarando-o.

- Perdemos tudo. Você, sua filha. Eu, meus amigos. E adivinha, os arrombados ainda estão lá fora.

- Não foi só você que perdeu algo.

- Então por que sou o único que vê o quão ferrados estamos? Qualquer lugar que vamos há um problema, há malucos com peles, há mortos. Por todos os lados, quer dizer. - riu debochado. - Vocês cagaram pro Brian.

- Então por que não volta lá e descobre se seu amiguinho ainda está vivo? Ninguém está te impedindo.

- E você acha que não quis fazer isso? Pensei várias e várias vezes, mas me vejo como um escudo pro Harry e agora para o bebê.

- Isso não é descul... "Bebê"?

- O quê? - Jack piscou como se despertasse de sua fúria.

- Bebê. Você disse bebê.

- Não, não disse.

- O que sabe?

Jack bufou, abaixando a cabeça, fungou e olhou diretamente para Axel.

- A Sally tá grávida.

- Droga. - murmurou.

- Agora entende? Estamos na merda, seja lá o lugar que fiquemos. Estamos em maior número, sim. Mas isso não impediu que matassem o Don. O que impede que o mesmo ocorra com ela?

Um rosnado tirou atenção deles. O zumbi surgiu espalhando as folhas das árvores. Trajado com um social cinzento, calça bege rasgada nas barras e um pé só com calçado. Poucos cabelos longos e grisalhos, que acabavam realçando a careca pálida da coisa. Em seu pescoço, parecia que um fio de poste havia se enterrado na pele podre.

- A vontade. - Jack disse.

(...)

Sentado na varanda, Harry tinha a companhia de Vanessa e Angela. À três metros deles, um círculo se formava para a ronda que seria feita.

Jack e Axel vieram lado a lado. Axel logo fixou-se em Sally quando a viu na roda.

- Arrumei sua arma. - Jack entregou à Harry.

- Valeu.

- O que tá rolando? - Axel indagou.

- Vão sair. - Vanessa respondeu, levantando.

- Sally!

A moça olhou para o militar. Seu tom chamou atenção dos outros na roda.

- O quê?

- Axel. - Jack lhe deu uma ombrada.

- Fica tranquilo, cara. - Jason disse, foi até o mesmo. - Seus amigos forneceram ajuda para ir buscar uns mantimentos.

- É, mas...

- Precisa de alguma coisa? - Sally parou em sua frente.

Axel mordeu os lábios, olhando alternadamente para eles. Negou com cabeça.

- Só queria dizer pra você ter cuidado. Principalmente quando está responsável por mais de um ser sob si. - indicou com os olhos até a barriga da moça.

Sally levantou uma sobrancelha.

- Não vamos demorar. - Nelson se posicionou. - Daqui umas duas horas, estaremos de volta.

- Tá.

- Tudo bem, soldado? - Jason se preocupou.

- Uhum.

- Axel! - Joe saiu da casa junto com Neiva. - Sua mulher disse que está apto a pequeno um tour.

- Estou?

Neiva confirmou com a cabeça, disfarçando.

- É, estou. - olhou rapidamente para Sally.

- Então venha, não se acanhe. - desceu da varanda, passando por ele.

Axel seguiu os dois, voltando outrora seu olhar para Sally.

Jack pôs as mãos na cintura, com uma olhada rápida ele percebeu que Vanessa o encarava. Jack assentiu, seguido de uma coçada na bochecha. Ambos entenderam que sabiam do mesmo assunto.

O trio que partiria já caminhava até a picape onde Ivan e Katrina esperavam. Nelson jogou a mochila dentro do veículo.

- É bom termos mais gente. - Ivan comentou. - Iremos até o local do acidente. Acabamos deixando uns bons suprimentos pra trás.

- E se os mortos ainda estiverem por lá? - Katrina lembrou.

- Não vão. Pelo menos, eu espero.

Vanessa fora se despedir dos amigos, desejando cuidado a todos, principalmente para Sally. No caminho de volta até a casa, Han a observava escorado no suporte do teto.

- Bonita blusa. - parou no pé da escada, admirando o xadrez azul e preto que o mesmo vestia.

- O Joe deu. Era do filho dele. - tocou o tecido. - Ao menos coube.

- Vanessa. - Harry foi até a mesma correndo.

- Cuidado, vai cair. O que foi?

- Elizabeth convidou a gente pra pescar, quer vir?

- Parece bom. Você vem? - perguntou a Han.

- Eu tô bem aqui. Valeu.

- Então até. - caminhou junto com Harry.

***

Já pronto, Léo endireitou a bandoleira do machado no ombro, verificou o slot da Glock 18, a guardou e iniciou a caminhada até o matagal.

Os arbustos se mexeram, já deixando-o alerta. Com a arma mirada, a tensão baixou quando Erich saiu tropeçando com um monte de toras em mãos.

- Vejo que ainda não se contentou com um banho. - baixou a arma.

- Pra quê? Vou dormir num monte de feno mesmo. - passou por ele. - Viu a Marian? Ela ficou de pegar algumas pedras.

- Não, não vi.

- Tá indo pra onde?

Sua pergunta fez Léo parar no caminho, o rapaz virou para ele agarrado a bandoleira.

- Tá indo embora? - se aproximou.

Léo confirmou com a cabeça.

- Por quê?

- Todo esse tempo, atrás dos muros, com toda essa gente, eu nem se quer tive a coragem de ir atrás dele.

- Seu pai.

- Isso. Olha, eu não sei se ele ainda tá vivo. Não sei. Mas de qualquer forma, vou fazer por acreditar.

- Não vai conseguir sozinho. Qual é. Você é esperto o bastante pra saber que não pode. Nem com todo mundo junto, a gente se deu bem.

- E meu pai, Erich? - deu um passo. - Eu não sabia o quão o mundo tava louco, nenhum de nós. Ele tá por aí sozinho. Ele tá enfrentando tudo sozinho, enquanto eu fico aqui cagando pra ele.

- Você tá sobrevivendo, só isso.

- Eu não pertenço a esse grupo, Erich. Eu não me encaixo. Axel e a Neiva lideram, eles têm o Jack pra contar, a Katrina como braço direito e o Duane também. Você é o rastreador, por isso achamos o Don e nem pudemos fazer um enterro pra ele. Por Deus, tem duas crianças que sabem manusear uma arma melhor do que eu aqui.

Erich suspirou pesado.

- Eu também não, cara. Se tá fazendo isso pra provar a si mesmo...

- Não, não estou. Quando a Central foi invadida, o Brian queria ajudar a afastar os mortos da lá e eu fiquei tremendo. Mas ajudei porque lembrei que fui covarde o suficiente pra não ir atrás do meu pai. - deu um sorriso lateral - E conseguimos. Eu consegui. E depois do Carter, pensei que não houvesse mais o que perder. - olhou para baixo, fungou. - Se não fosse o Daniel, não estaria aqui. Se não fosse o Brian, eu não estaria aqui. Eles se foram, isso é fato. E eu nem se quer, pude agradecer.

- Eu vou com você.

Léo negou, recuando dois passos.

- Cuida deles, cara.

- Nem sabe por onde começar.

- Nem ele. - sorriu fechado. - Adeus, parceiro. - adentrou a mata.

Erich ergueu a mão num sinal de despedida. Voltou-se para a casa à uns metros e iniciou a caminhada com uma última olhada por cima do ombro.

***

- Peguei! Acho que eu peguei! - Harry se emocionou quando a isca fora pega.

- Puxa. - Elizabeth disse ao seu lado.

Harry fez o que dito. Um enorme peixe gordo saiu da água. O menino abriu um largo sorriso para Elizabeth, depois para Steve que estava a direita com pouca sorte na pesca.

- Principiante. - falou.

- Eu disse que ia comer poeira. - ergueu o braço para mostrar o peixe a Vanessa e Angela que estavam mais distantes. - Ele é feio assim mesmo?

- São os olhos esbugalhados. Damos um jeito. - Elizabeth acariciou o cabelo do menino.

Sobre a elevação do rio, Joe e Neiva foram avistados ali em cima. Acenaram para os pescadores.

- Então viveram aqui todo esse tempo. - Neiva concluiu.

- Sim, na minha família há 80 anos.

- É um lindo lugar.

- É, sim. Axel? - notou ele ajoelhado próximo ao mapa no gramado.

- Oi? - deu atenção para eles, com o dedo no queixo.

- Está pensativo hoje. - Neiva diz com um sorriso.

- É a mudança do clima, saca? - sacode a camisa cinzenta.

- Sei bem como é. Viver nas metrópoles é muito diferente do campo. - Joe passa por ele. - Há mais o que ver.

Axel levantou enrolando o mapa. Neiva caminhou ao seu lado.

- Tô me sentindo num tour pela fábrica de chocolate. - ela zomba.

- É melhor do que ver crianças inchando.

Joe para no caminho quando Duane dá as caras derrubando um faminto, ambos surgiram do matagal. Duane enterrou a faca no olho da coisa, ficou de pé e limpou a lâmina na calça.

- Esse lugar tá cheio dessas coisinhas, não é?

- Estão sem comida na cidade, o que esperava? Como se chama mesmo? - caminha até ele.

- Duane.

Joe lhe recebe com um aperto de mão. Duane olha para o casal, com a testa franzida.

- O que acha de nos mostrar o restante? - Neiva põe a mão nas costas de Joe.

- Certo. - caminha - Enquanto isso, por que não me diz um pouco da sua
história, filho?

- Não tenho o que contar. - olha para Neiva no lado direito do velho.

Axel arrastava o corpo do falecido pelo gramado. Estava relutante com tudo e parecia bem atento a grande área do campo.

- Todos temos algo à contar, Matador.

- Ele perdeu muito, recentemente. - Neiva diz. - Grande parte de nós, também.

- Sinto muito. Quem? - virou para o homem.

Na mesma velocidade que eles, Duane levou uns segundos para responder pois fixava-se no gramado.

- Meu filho. - fitou o horizonte.

- Sei bem como é, perdi meus dois filhos para esse mundo.

- Sinto por você. - Neiva lamentou.

- Como conseguiu conviver com isso?

- Não consegui. Acreditei que o quê importava, era o agora. - Joe sorriu. - Ainda estou aqui.

Duane e Neiva se entreolharam durante a caminhada. Ela retribuiu com um sorriso fechado, depois estapeou as costas de Joe.

- Ainda tenho o Jason para me contentar. Ainda tenho.

- Isso é bom. Eu tenho a Marian.

- Por isso ainda está aqui. Sabe, Matador, acho que vamos nos dar bem.

- Também acho.

***

Jack ajeitou a gola da camisa, bateu na porta da casa esperando a recepção, circundou os arredores do campo antes de bater novamente.

- Joe? Elizabeth? Frederick? - espiou as janelas. Abriu a porta devagar, não escapando do ranger agoniante, colocou a cabeça para dentro. - Joe? Tô entrando.

Fechou a porta com cuidado, viajou o olhar pelos cômodos com um suspiro leve.

Talvez não tenham voltado ainda. Pensou.

Com as mãos nos bolsos, caminhou pelos corredores seguindo de um assobio. Parou quando lembrou que Frederick ainda repousava, então seguiu em silêncio.

O corredor repleto de quadros imperceptíveis, mas ele observava cada um deles conforme andava. Uma foto de Joe e Jason pescando. O próximo era um retrato de uma moça loira, provavelmente a esposa falecida do velho. Abaixou a cabeça para ver o quadro na escrivaninha, apanhou-o e aproximou do rosto.

Um sorriso largo se formou em Jack ao ver a família reunida em uma única foto na varanda da casa. A alegria diminuiu quando pairou em um rosto aparentemente conhecido, fixando-se no homem. Ficou claro para ele quando mais próximo da foto. Era Jordan. Seus olhos percorreram lentamente para o homem do lado, já se remetendo ao rosto de Norman.

- Jack.

A voz de Elizabeth fez ele dar um pulinho e virar a cabeça rapidamente na direção. A velha estava escorada na entrada do corredor com uma xícara em mãos.

- Eu preparei café, você quer?

- É... - umedeceu os lábios, baixando o braço devagar, devolvendo o retrato.

- Tudo bem?

- Tudo. - respondeu de imediato. - Tudo. Eu já tô indo.

- Ouvi você chamar. Estava ocupada no porão, talvez não tenha me ouvido. Tem certeza que não quer um pouco? - deu um passo em sua direção. - Há quanto tempo não prova o mais puro café?

- Estou bem. - engoliu em seco. - Mesmo.

- Tá. O que queria?

- A Vanessa já voltou da pescaria?

- Sim, ela seguiu com o Harry para sei lá onde.

- Certo. Obrigado.

Com o suor frio espalhando-se, o coração disparado, Jack deixou a residência com passos firmes. Jason entrou no seu campo de visão quando saira, o mesmo se aproximava da casa.

- Cadê o resto?

- O quê? - franziu a testa suada.

- Não brinca comigo, Jason. - parou no degrau.

- O que aconteceu, cara?

- Ele parece estar mau humorado hoje. - Elizabeth saiu da casa, já dizendo.

De longe pode-se ver as toras de madeira espalhadas no gramado. Jack mordeu o lateral do lábio e olhou na direção de Jason, sem mover a cabeça. Desceu a varanda e se aproximou do rapaz.

- Onde eles estão?

- Te esperando no celeiro. - Joe surgiu com sua bengala em mãos, a direta dele. - Axel propôs uma reunião, só para membros. Acho que você devia ir, Ryan.

- É Jack. - corrigiu.

- Certo.

- Você vai? - Ivan indagou, surgindo a esquerda dele.

Jack girou em trezentos e sessenta graus, notando o círculo que estara em volta. Parou em frente a Jason.

- O que...

Uma boa coronhada levou Jack ao chão. Sua visão embaçou, as vozes ficaram abafadas. Ele erguia a cabeça do solo, afim de escutar o que diziam.

Frederick entrou em seu campo de visão. Seu pé não estava enfaixado nem algo do tipo, o mesmo andava muito bem. Em suas mãos havia um taco de beisebol.

Jack apagou.

(...)

Os pulsos mantinham uma pressão dolorosa, sentiu os braços esticados e as pernas molengas no feno. A visão voltou ao normal, podendo Jack perceber que seus amigos se encontravam na mesma situação. Braços amarrados, mordaças na boca.

Uma fileira composta por ele, Axel, Cristina, Carly, Rulek, Vanessa e Neiva. A fileira de trás contava com Yuki, Harry, Han, Duane, Marian, Erich e Newt. Todos já acordados.

Frederick entrou no celeiro com uma caderneta, depois Jason e Ivan com a M4 do grupo. O homem verificou a caderneta, começando a falar enquanto se aproximava.

- Um metro e setenta, 58kg. Olhos verdes. - apontou para Vanessa.

Jason se dirigiu a moça e cortou a corda que a sustentava. A direcionou para o canto, onde Ivan a manteve sob a mira do revólver.

- Não toca nela. - Han disse entre a mordaça.

- Um metro e setenta e oito, 70 kg. Ratoneiro. - apontou para Jack.

O mesmo processo foi feito.

- Ei. - Axel o chamou.

- Um metro e oiten...

- Ei! - Axel esbravejou. - Eu quero falar com você!

Frederick revirou os olhos, foi até o mesmo e retirou a mordaça. Axel moveu o maxilar após liberto e focou no homem.

- Que porra cês tão fazendo?

- Sobrevivendo, Axel.

- Nós te ajudamos. Ajudamos todos vocês!

- Tá. - se aproximou.

- Se machucar qualquer um deles...

- Sei, sei, sei. Agora cala a boca. - pôs a mordaça no lugar. - Um metro e oitenta e cinco, 71,5 kg. Asiático. - folheou o caderno, girando a caneta nos dedos. - E por último. Um metro e sessenta e nove, 54 kg, e talvez uns 11 anos. Tem que comer mais, Garoto.

- Ei! - Vanessa enraiveceu quando o menino fora tocado.

- Quieta. Vamos logo com isso.

- Vocês tão fudidos! - Axel disse antes que a porta fosse fechada.

O quarteto foi direcionado até a casa, onde foram recebidos por Elizabeth e Sarah na sala de jantar. Os prisioneiros foram amarrados nas cadeiras, com exceção de Harry que apenas ficou sentado sem amarras.

- Hoje. - Elizabeth afiou as facas uma na outra. - teremos um banquete. Pelo amor, Jason, tire a mordaça dele. - apontou para Jack. - Oi. - sorriu amarelo. - Aceita aquela xícara, agora?

- Vai se fuder.

Jack recebeu um tapa de Jason.

- Modos na hora do jantar. - Elizabeth disse, enfiando a faca na madeira da mesa. Voltou a sorrir. - Jason.

O rapaz levantou a bandeja, revelando uma carne recém frita.

- Coma, Garoto. Você mesmo pegou o peixe.

Sarah espetou um pedaço e estendeu na direção de Harry. O menino negou com a cabeça, Sarah sacudiu o braço, persistindo. Harry bateu na mão da loira, jogando o garfo longe.

- Não desperdiçamos comida aqui, Garoto! O mundo precisa disso!

- Cala a boca, velha maluca! - Harry gritou.

Ivan deliberou um soco no rosto de Harry. A atitude fez os três amarrados se contorcerem na cadeira. Harry levantou a cabeça, havia sangue na lateral do lábio, encarou Ivan com fervor.

- O Garoto é durão. - Frederick disse.

- Vamos ver, então. - Elizabeth foi até Han. - Sarah.

A jovem assentiu, lhe entregando uma tesoura de jardim enferrujada.

- Vamos ver se aguenta ver isso.

Ivan arregalou os olhos de Harry com os dedos. Han já começava a se contorcer com a aproximação da velha.

- Hum... Não. Não!

Elizabeth agarrou a mão dele, alinhou a tesoura no dedo mínimo e anelar, fechou a tesoura com força que cortou uma parte da pele.

- AHHHHHHH! - gritou abafado.

- Han! - Vanessa tentou se soltar. 

- Calado, Asiático! - fez força para partir o osso.

Harry tentou desviar o olhar, mas Ivan forçou a cabeça dele para a direção da cena.

Os dedos de Han partiram-se seguido dos gritos altos dele. Elizabeth agarrou-os antes que caíssem e os despejou na mesa.

- Aguenta isso, Garoto?

- Harry! - Vanessa afirmou. - O nome dele é Harry.

A velha desviou para Vanessa.

- Não se dá nome a comida, Olhos verdes.

- E nem se brinca com ela! - Joe saiu da cozinha.

Desviaram o olhar para o velho imponente parado. O cômodo se predominou com as respiros ofegantes de Han.

- Vamos acabar logo com isso. - apanhou uma faca no caminho até Jack. - Oi. Eu só preciso que colabore.

Jack lhe deu uma cabeçada que o fez recuar, pressionando o nariz. Joe recusou ajuda, ficou ereto e sorriu ao ver o sangue nos dedos.

- Não. - gargalhou. - Não, Ratoneiro!

Largou a faca e apanhou a colher na mesa.

- Eu disse que só precisava colaborar.

Joe virou-se num piscar de olhos, derrubando Harry juntamente com a cadeira em que estava. Ivan deu espaço ao velho que estava sobre o menino. Joe ergueu o braço e enterrou o talher no olho direito de Harry. Os gritos do menino percorreram por toda casa.

- Para! - Vanessa se sacudiu.

O globo ocular já saltava da região. Harry gritava e esperneava nos braços do velho.

- Você tem que aprender, homem! Nada é como planejado!

- Solta ele! - Jack esbravejou.

Joe agarrou o globo e puxou. O olho do menino saiu rolando quando arrancado, passando pela cadeira de Jack e parando no pé da estante.

Harry permanecia estérico, pressionando a área sangrenta. Joe ficou de pé, passou por Jack, apanhou o olho do chão, agarrou os cabelos do prisioneiro e forçou-o a ver o olho em suas mãos, deslizando no indicador e no polegar devido ao muco da esclera.

- O que acha?

Com a proximidade do velho, Jack abocanhou sua orelha. Aos arredores, todos foram até Joe que gritava com a forte mordida.

Harry agarrou a perna de Ivan quando passou, fazendo-o cair e bater na quina da mesa. Elizabeth agarrou o menino, bateu sua cabeça no piso e o levantou, deixando a faca em seu pescoço. Frederick acudiu o amigo desacordado. Uma poça de sangue se formava sob a cabeça dele.

Com um puxão, Sarah livrou o velho do ataque. Jack cuspiu um pedaço da orelha. Jason veio com a pistola em mãos e afundou o cano na bochecha do prisioneiro.

- Você já era, filho da puta!

- Jason! - Elizabeth advertiu. - Saía! É o Garoto que vai pagar o pato. - agarrou os cabelos de Harry, erguendo sua cabeça.

Vanessa chutou a mesa com força, que foi de encontro a Elizabeth e o refém. Jason mirou para a moça. Numa fração de segundos, Han correu disparado até Jason e se jogou sobre ele. Entre os dentes do asiático havia sangue, pois o mesmo havia mordido as cordas até que se partissem durante toda a confusão. Esperou apenas pelo momento certo. Jason e Han pararam na sala de estar.

Ligeiramente, Harry foi para cima de Elizabeth e agarrou a faca que havia caído próximo. Forçou para enterrá-la no peito da velha, mas sua força não era comparável e de uma senhora de cinquenta e poucos anos - bem nutrida para o fim do mundo, vale ressaltar. Só precisou de um empurrão para tirar o garoto sobre si.

Em meio a confusão, Frederick se afastou do corpo de Ivan e foi correndo até onde Elizabeth estava. Contudo, a enorme figura de Duane surgiu do corredor levantando o rapaz, correndo até entrarem na cozinha e debruçá-lo no balcão, que quebrou-se com a força aplicada sobre. Duane foi até o rapaz debruçado na madeira, deu uma sequência de pisões em sua cabeça até que se ouvisse o crânio partir.

Sarah reagiu amedrontada, se afastando de Joe e correndo para os fundos. A porta foi aberta por Léo que a recebeu com a Glock 18 engatilhada.

- Por favor. - Sarah marejou os olhos.

Léo atirou. Miolos voaram pelo buraco feito na nuca da jovem. O corpo caiu brusco no piso encerado. Léo entrou correndo até a sala de jantar.

Elizabeth forçou a faca para enterrá-la no outro olho do menino. Um golpe dado com um vaso fez a velha rolar para o lado. A nuca começou a sangrar. Elizabeth se arrastou quando Marian se aproximava com o vaso manchado em mãos.

- Espere.

Marian arremessou o objeto que quebrou-se no rosto da senhora. Elizabeth cobriu o rosto com o arder dos cortes. Logo as mãos foram retiradas do rosto, por Marian. A agressora agarrou a vítima, afundando os polegares nos olhos da velha. Elizabeth arranhava o rosto de Marian, em meio as tentativas perdeu o indicador quando a mulher arrancou com a boca e o cuspiu. Os gritos aumentaram por consequência. O afundar dos olhos foi o bastante para encharcar os dedos de Marian que sentia um ar satisfatório com toda a situação. O sofrimento da senhora acabou quando Neiva enterrou a faca em sua testa. Marian encarou Neiva, retirando os polegares dos olhos espremidos.

Por toda a confusão, Joe se arrastava para a porta que Léo deixara aberta. A força sobre sua perna impediu que continuasse. Vanessa sentou sobre o tronco do velho, ligeiramente enfiou o tesourão na garganta dele, abriu-se a ferramenta pausadamente pela força do tecido. Joe arregalou os olhos, abriu a boca que jorrava sangue constante e ainda espirrava em seu rosto e no de Vanessa. A mulher retirou a tesoura dali e a ergueu. Com um grito frustante, ela enterrou a lâmina nos olhos do velho, cessando sua vida.

Han ficou por cima de Jason, espancando o indivíduo com as duas mãos. O rapaz ao menos reagiu pois os socos atingiam áreas vitais do rosto, que já se cobria com sangue. Jason parou de ouvir o lado esquerdo após um soco forte. Han parou o punho no ar, ficou encarando a vítima agonizando com o próprio sangue, ficou de pé e arrastou Jason para fora da casa.

O grupo que havia escapado do celeiro, agora voltavam-se para Han que arremessou Jason no gramado. O rapaz se recompôs, vomitando uma leva de seu próprio sangue, ficou de joelhos e observou a aproximação de Axel.

A tosse vinda de dentro da casa chamou atenção de todos. O corpo de Ivan se mexia em meio a escuridão interior. Jack tomou a frente. Léo jogou a Glock para ele. Jack entrou na casa, pressionou a perna contra as costas do indivíduo que tentava se levantar.

- Só estamos sobrevivendo, babaca.

Descarregou o pente em Ivan.

Jason distraído com a ação de Jack, mal se deu conta quando Axel chutou seu abdômen. O militar pisou na perna dele, quebrando-a. Jason deu um grito ensurdecedor, que se elevou quando a outra também fora quebrada.

- Vai matá-lo? - Léo parou do lado de Axel.

- Deixa ele aí.

Cristina ergueu o braço e disparou com a M4. O som ecoou.

- Vão...  Vão queimar por isso. - Jason afirmou, com a voz trêmula.

- A gente se vê lá. - disse Rulek.

Jack saiu da casa, passou reto pelo grupo. Harry estava abraçado a Vanessa com o rosto afundado no tecido da blusa dela, manchando-o com seu sangue.

- Onde esteve? - Jack indagou para Léo enquanto caminhava.

- Eu ia embora.

- Se não fosse por ele, não teríamos saído. - Carly comentou. - Cê tá bem?

- Vou ficar.

- Há uma razão pra eu ter voltado. - Léo disse. - Precisam saber.

Todos pararam de andar, encarando-o.

(...)

Na estrada cercada por pastos, Léo liderava o grupo até o portão de saída próximo a caixa de correio. O vento frio soprava os cabelos do pessoal. Jack apertou o passo ao ver figuras destacadas no monte cinzento do céu.

- Jack... - Léo correu atrás dele.

O restante fez o mesmo. Jack parou aos poucos quando a cena ficara nítida em seus olhos.

- Não... - embargou a voz.

Todos os olhares se fixaram nos corpos pendurados nos postes. Enfileirados lado a lado e com os órgãos pendurados. Uma leva de sangue já formara uma poça na estrada.

A fila se iniciava com Katrina, já zumbificada. Do seu lado, Steve com os fios dos postes em sua garganta. Em terceiro, Angela que grunhia na presença do grupo. – isso levou Harry aos prantos quando a viu. Por última na fileira, Sally rosnava e esticava os braços. A mesma começou a rodar no fio com tanta agitação.

Neiva tampou a boca. As lágrimas quentes escorreram sobre sua mão. Desviando da cena horripilante, a figura de Nelson sobre o gramado fez com que ela fosse até o mesmo em questão de segundos. Sacudiu o homem que logo acordou. O olho roxo e a facada na bochecha foram vistas quando ergueu a cabeça.

- Neiva, eles...

Neiva o silenciou com o indicador, ergueu a cabeça com os olhos marejados. Nelson fez o mesmo, silenciando-se depois de ver as pernas agitadas sobre eles.

- Tinham que saber. - Léo murmurou.

Com os olhos vermelhos, Léo olhou para Erich que encarava os corpos sem uma reação aparente. Era nítida a sua tentativa de não chorar. Erich devolveu o olhar, em seguida, o besteiro baixou a cabeça.

- Vamos enterrá-los. - Marian afirmou. - Nós vamos. - enxugou as lágrimas.

Predominou-se o silêncio dos pêsames. A natureza, como sempre, continuou agindo com seus sopros intermitentes que faziam os pastos se debateram e os fios balançarem os famintos pendurados.

— 3.07 —
"Famintos"

Capítulo gigantescamente gigante. Pensei em dividí-lo, mas creio que o impacto não seria o mesmo.

Enfim, a saga dos Sem Pele se encerra definitivamente agora. Muitas perdas que custaram o olho da cara. (Admito uma falta de desenvolvimento da minha parte à respeito das vítimas, é verdade.) Nem tudo são flores, não é?

Condolências:

† Sally – T1:C3/T3:C7
† Katrina – T1:C8/T3:C7
† Steve – T2:C1/T3:C7
† Angela – T2:C1/T3:C7

Pau no cu dos fazendeiros!

Agradeço por ler até aqui. Fazia tempo que não escrevia um dos grandes. Hehe.

Mas então, o que acharam?

Abraços, Dalaxiz.

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