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T3:C15 - Homem justo

O mapa rolou sobre a mesa cercada por Axel, Tyrone, Han e Cristina. O militar apoiou a mão na madeira, fitando o folheto.

- Precisamos conhecer mais do nosso território. Tyrone, com o que mais devemos nos preocupar?

- Tem uma fábrica abandonada à 40km daqui. - aponta no mapa. - Ela pode estar distante, mas fica bem no alto da colina, ou seja, dá pra ver de tudo um pouco de lá. Mesmo sendo difícil deles terem um atirador profissional, é melhor previnir do que remediar.

- Faz sentido. Vamos dominar aquela área. Han e Cristina, vão até lá e verifiquem se tá tudo limpo. Levem o Duane com vocês.

- Tudo bem. - Cristina concorda.

- Conhece os riscos, não é? - Han pergunta.

- Eu tenho uma noção. - Axel esfrega o nariz.

Léo desce o porão, já ganhando atenção dos presentes. O rapaz abre caminho para mais dois desconhecidos até então.

- Pitt. - Tyorne vai até o homem alto. - Que bom que vieram. - Stewart. - assentiu para o outro sujeito. Ele vira para o militar. - Chamei eles dois pra nos ajudarem. São responsáveis pela coleta de suprimentos. Se tem alguém que manja mais do que eu sobre as redondezas, são eles.

- Ótimo. É um prazer, sou Axel.

- Pitt.

O altão se apresenta. E chamá-lo assim não era exagero. Pitt parecia ter em torno de 1,98 ou até 2 metros de altura. Não era atoa que o chamam de Grande Pitt. Sua cabeça careca quase batia na lâmpada do porão, pele negra, barba feita, olhos castanhos e aparentando uns 28 a 30 anos de idade. Seu traje se compunha por um social cinza amarronzado e um calça folgada.

- Stewart. - o outro se apresenta.

Stewart não era tão alto quanto Pitt, mas estava na média da estatura estadunidense. Cabelos negros com gel, pequenos olhos castanhos, caucasiano e um com um cavanhaque crescendo. Sua aparência entregava uma faixa etária de 25 anos.

- Eles irão com a gente até a fábrica. Tudo bem?

- Tá, sim. - Han disse. - Quanto mais melhor.

- É. Assim a gente não se perde. - Cristina solta essa, deixando o porão.

Uma pedrinha atingiu a laje onde Harry e Cassie usavam como centro de leitura. A jovem dirigiu-se a beira do terraço e viu seu pai pronto para arremessar outra.

- Oi. - sorri para filha. - Achei que estivesse aí, não te vi em casa.

- É, eu tô aqui. - leva as mãos a cintura. - O que foi?

- Eu tô indo, saindo agora com o Han e a Cristina. Vamos fazer uma vistoria rápida num lugar. Me promete que vai ficar por aqui?

- Claro, eu vou. Quando você sai?

- Daqui a pouco.

- Espera aí. - ela desce a escada de emergência e salta o gramado. Corre até o pai e o abraça. - Cuidado.

- Vou ter. - ele olha para cima e vê Harry na beira da laje com um quadrinho em mãos. - Novo amigo?

- É. - olha na direção, bloqueando o sol com a palma da mão. - Ele é legal.

- Ok. Eu te amo, princesa.

- Qualé, pai. - revirou os olhos. - Eu também.

- Você é e vai continuar sendo até quando eu envelhecer. - sorriu.

Harry observava com um sorriso crescendo. A emoção tomou conta do garoto que logo remetera-se aos momentos com seus pais. Uma lágrima escorreu de seu olho e ele logo a enxugou. Sentiu umidade na bandagem, uma lágrima também escapava do buraco em sua face. O menino passou o dedo e fitou a lágrima no mesmo com a testa franzida.

Cassie sobe o local de volta e chama atenção dele.

- Tudo bem?

- Sim. Quer continuar lendo?

- Na verdade, tenho uma coisa a fazer. - diz, reunindo os gibis na mochila.

- O quê?

- É complicado. - passa por ele e desce as escadas.

Harry acompanha os passos da menina e a vê se distanciar na calçada. Desvia-se para Neiva que é auxiliada por Kátia, a mesma aponta para uma direção e Neiva segue.

Neiva desce a escada, bate na porta da casa térrea e entra quando tem a permissão. Na precária visão que tinha pela luz solar, viu Phillip sentado no banco de madeira encarando uma cela a sua frente. Fecha a porta sem barulho e aproxima-se, apoiando a mão na parede.

- Yuki me contou o que aconteceu.

- Ótimo. - mantém fixado. - Eu tive uma aliança duradoura com o Gale, sabe? Fizemos tudo isso. Portões, os muros. Mas esta cela? Só fui eu.

- E por que dela?

- Quando decidimos nos rebelar, eu lembrei de cada coisa que o Gormax fez conosco. Com essas pessoas. Estávamos prosperando até eles chegarem. Tentamos lutar e no fim, Gormax matou a esposa do Tyrone, o pai do Ben e meu irmão. - baixou a cabeça.

- Sinto muito.

- Obrigado. - agradeceu, inaudível. Ergueu a cabeça. - Então eu fiz a cela só pra ele. Pra que quando chegasse o momento que ele menos esperava, eu estaria lá. Eu prenderia ele e viria aqui todos os dias só pra torturar aquele desgraçado até que implorasse pela morte.

- E você tentou.

- E falhei. Agora carrego o peso nas costas, não só de ter falho mas também de não agir para o bem das pessoas que só estão aqui para fugir do caos. Seja o que for, Neiva, eu não vou tentar de novo. Prefiro ser odiado do que perder todos.

Neiva permanece quieta, cruza os braços e demonstra-se receosa.

- Eu sei que estão planejando algo. - enfim, a olha. - Mas eu imploro, que deixem como está. Pelo bem de todos.

- Vai viver com mágoa e a sede de vingança que tem dele? Com toda a humilhação? Você irá olhar para esta cela e sempre se lembrará do que ele fez.

- Lembrarei, sim. Mas ainda estarei com todos os outros.


***

Han lidera o pequeno grupo composto por Cristina, Duane, Pitt, Stewart e Tyrone. Haviam deixado o carro a uns quilômetros distantes e seguiram a pé pela mata. Já podiam avistar a chaminé da fábrica em meio as árvores.

- Então, o que ele fez a você? - Han pergunta a Tyrone que andava ao lado.

- Prefiro não dizer.

- Tudo bem. É válido. Também tivemos problemas demais para processar.

- Só sei que quero acabar logo com isso. O que fizeram, não tem preço.

Duane dá cabo de um zumbi que surge da mata. O pessoal volta a caminhar.

- Espero que o lugar não esteja cheio deles. - Duane comenta.

- Não vai. - Pitt garante.

Longe da trupe, uma bicicleta rodava o pneu ao ser largada as pressas. Atrás do tronco estava Cassie ofegante e com a faca em punho, observando os movimentos deles. Um galho foi esmagado e a menina virou rapidamente para contra atacar, ela trava o braço ao ver Harry com a mão erguida afim de contê-la. Ele parecia cansado, coisa que ela entendia pelo fato de terem pedalado muito para chegarem ali.

Cassie vê outra bicicleta jogada à cinco metros do menino, respira aliviada e baixa o braço.

- Tá me seguindo?

- O que você faz aqui fora? - joga a pergunta a ela.

- Você não devia estar aqui.

- Nenhum de nós. Vai me responder?

Cassie olha para a estrada e percebe que o quarteto sumira. Ela reclama em baixo tom e corre para a estrada. Harry a segue sem muita opção.

O portão arrasta no chão, causando um barulho alto na fábrica abandonada. Duane espera pela vinda de algum andarilho. Dois surgem, espremendo-se entre tonéis, passam e vão até ele. Um chute no abdômen derruba o primeiro, Duane curva-se e enterra o facão na coisa. Cristina entra e finca a faca na testa do zumbi, a vítima bate as costas no tonel pelo impulso da moça.

Tyrone assobia ao entrar, o som ecoa.

- Parece limpo.

- Vamos para o topo. - Han fala, olhando para cima.

- Vou dar uma olhada. - Duane diz.

- Cuidado, as escadas podem estar desgastadas. - Stewart alerta.

O ex-militar sobe junto a loira. Quando certifica que o corredor está limpo, ambos continuam a subida. Havia uma cabeça de zumbi no meio do caminho. Os olhos leitosos voltarem-se a dupla, o decapitado rangeu. Logo acima deles, o resto do corpo estava com a pélvis sustentada pelo parapeito do andar, os braços pendurados pincavam sangue. Cristina subiu e derrubou corpo.

- Cuidado! - ecoou o alerta.

O corpo bateu contra os tonéis e espatifou no chão.

Duane enterrou o facão na cabeça solitária e seguiu em frente. Próximo a janela, posicionou-se no último andar, apoiando a M16 com o olho no visor.

- É, dá pra ver tudo mesmo.

- Sério?

- Aham. - libera espaço.

Cristina espia pelo binóculos e vê School City distante. A altitude permitia visualização de dentro do lugar, dava para ver as minúsculas pessoas locomovendo-se.

- Eis um ponto para dominarmos.

- E vamos. - Duane afirma. Volta a olhar no visor, nota uma dúzia de desfalecidos na estrada próxima a fábrica. - Tudo bem. É nossa hora! - disse alto.

- Certo. - Stewart ouve lá de baixo. - Eu e Pitt ficaremos aqui durante o dia.

- Walkie-talkies funcionando? - Han pergunta.

- Sim, senhor.

- Ótimo.

Lá fora, Cassie parou de correr assim que viu os mortos surgindo. Ela leva um puxão de Harry para trás da árvore, ele a deixa ao seu lado e espia a estrada.

- São doze. - ele diz.

- Damos conta.

- E o que seu pai vai dizer se te ver?

- Eu ex...

Uma morta-viva surpreende a ruiva, o susto faz a menina cair e, assim, acabam rolando para baixo. Harry desce numa carreira só, salta raízes camufladas e chega a morta-viva sobre Cassie. O menino delibera um golpe com o tronco na cabeça da coisa, ela cai ao lado da ruiva que rola para longe no mesmo instante. Ele bate mais uma vez na cabeça do zumbi, abrindo um buraco em sua nuca. A desfalecida para de reagir.

- Cê tá bem?

- Aham. - responde, ofegante. - Obrigada.

A dúzia de zumbis descem para a floresta. Harry a levanta e ambos correm dali.

A trupe sai da fábrica e estranham os zumbis se dispersarem.

- Deve ter sido algum animal. - Duane supõe. - Vamos logo. Depois voltamos com mais gente e limpamos tudo.

- Fechô. - Cristina corre junto a eles.

A dupla de jovens fugiam lado a lado. Eles param atrás de um tronco para retomar o fôlego.

- Atira neles. - vê a M9 no coldre dele.

- Vai atrair mais.

- Dane-se. Não estaremos mais aqui.

- É, e voltamos para estrada com mais deles nos esperando.

- Porra. - tira a mochila e dela pega uma caixinha de música, roda a alavanca e arremessa.

O sonoro atrai a dúzia na direção. A dupla se mantém escondida. Os mortos passam por cima da caixinha e continuam a caminhar na direção sem destino.

Cassie corre curvada para evitar barulho e apanha a caixinha quebrada.

- Droga. - fala, com pesar na voz.

- Podia ter jogado uma pedra.

Ela o fuzila com o olhar e o deixa em passos pesados.

- Espera. - a segue.

- Não era pra você ter vindo!

- E quem ia tirar o seu da reta? - ela parou de costas para ele. - Sei o que quer fazer, eu também já quis. Mas causou problemas para os meus amigos e para mim mesmo, acredite. É só olhar no meu rosto.

Ela vira-se com os olhos vermelhos.

- Desculpa.

- Tudo bem. - vai até ela.

- Era da minha mãe. Não consegui pensar, só agi.

- Acontece. Também fico agitado. - encosta sua mão na dela. - Posso tentar consertar. - ela ergue o olhar para encará-lo.

- Temos que ir. - murmura.

- Claro. - recua um passo. - Vamos.


***

Neiva interrompeu os planos do marido ao chamá-lo da escada. Com uma coçada na cabeça, Axel foi até ela. A moça não disse nada, apenas indicou com o dedo para que o mesmo a seguisse.

Axel deixa o porão, sai do corredor já com a visão do grupo reunido na sala. Erich estava escorado no começo do cômodo com os braços cruzados.

- Quem morreu?

- Muitos. - Neiva fala. - Sente-se.

Axel senta no braço do sofá ao lado de Yuki.

- Esses dias têm sido conturbados para todos nós. E agora o que descobrimos pode ser o estopim para algo maior.

- Onde quer chegar? - Marian adianta.

- Conversei com o Phillip...

- Contou a ele sobre o plano? - Nelson interrompe.

- Não, ele já sabia. Fizemos um alvoroço com isso, era óbvio nossa trama. - respira fundo antes de começar. - Por que ainda estamos aqui?

A sala inteira troca olhares, esperando alguém responder.

- Fugimos deles todo esse tempo. - Neiva continua. - Por que não fazemos o mesmo agora?

- Porque agora temos uma razão maior para lutar. - Vanessa responde.

- Nem conhecemos essa gente, chegamos ontem. Por favor, não digam que o que estamos fazendo é por eles. - percorre o olhar por todos. - Me digam logo que só querem fazer por fazer. Que por todo esse tempo nos escondemos para que no fim, encontrássemos algum meio de revidar pois sabíamos que fomos os errados.

- O que isso, Ney? - Axel questiona.

- Eu também quero acabar com o desgraçado. Mas se for pra que isso aconteça, que não seja sujando as mãos com o sangue de inocentes. Phillip quer que seja assim, estamos na casa dele e vamos respeitar. Não viemos aqui para instaurar o caos. É por isso que não saímos.

- É. - Newt concorda, passando a mão no queixo. Todos o olham. - Realmente, não vejo motivo de arruinar algo que prezamos tanto desde o início dessa merda.

- Você quer os motivos? - Marian soa frustrada, fuzilando o ruivo.

- Sabemos bem o que fizeram. Mas não podemos destruir isso aqui. Eu tô com a Neiva.

Neiva assentiu para ele, que fez o mesmo.

- Os que acharem necessário uma luta, que levantem as mãos.

- Agora isso é uma democracia? - Marian indaga, incrédula.

- É, sim. Sempre foi. Levantem as mãos quem achar necessário uma luta. - repete.

Marian é a primeira a erguer o braço, ela olha em volta para garantir sua persistência. Nelson, Léo, Thomas, Carly, Rulek e Vanessa votam. Neiva percebe de canto seu marido erguer vagarosamente o braço.

- Tiraram nossa casa, querida. E por causa disso o Don e todos os outros se foram.

- Não está justo. - Marian levanta. - Nem todos estão aqui, vamos esperar que voltem e vemos o que concluímos.

- Enquanto vocês elaboram um plano? - Neiva retruca.

- É o que faremos, sim.

- Vai destruir tudo isso. E é aí que nos tornamos os vilões.

- Se ele tivesse matado o Axel, você não estaria propondo isso agora! - exalta. - Foi o meu irmão! - embarga a voz.

- Marian...

Um único disparo prende a atenção do grupo. Marian sai às pressas. Os outros vão correndo atrás da moça.
Na frente do portão, a van da qual estavam Han, Cristina, Tyrone e Duane acabava de chegar. O guarda na plataforma estava com a mira em alguém do outro lado do portão.

- O que houve? - Phillip vem correndo, já perguntando aos recém chegados.

- Não sabemos. - Tyrone responde rápido.

- Domingo? - Phillip indaga ao guarda.

- Aposto que se borraram com esse tiro. - Gormax ecoa no interfone. - Que tal serem receptivos e abrirem a porra do portão?

- Escondam-se. - Phillip diz a Cristina.

O grupo na reunião vem correndo. Tyrone adverte eles e pede para que voltem.

- Eu sei que o você tá aí, Axel! - todos olham para o portão. - Você e sua trupe! Conheço bem a alma de bom samaritano do Phillip. Então, por favor, abram a porra do portão! Ou eu vou ter que contar!

Phillip encara o amigo com certo pavor, se estabiliza e assente para ele. Tyrone abre o portão. Aos poucos todos têm a visão de Gormax de braços abertos com seu caminhão logo atrás.

- Boa tarde! - sorri amarelo, joga o interfone a uma moça e entra com mais três caras. - Axel! - o vê de longe. - Eu não creio, vocês tão vivos!

Duane contém sua raiva ao vê-lo, apenas firma o punho no facão que é escondido atrás das costas.

- O que você quer? - Tyrone se adianta.

- Ah. Eu só vim visitar, menino Ty. - começa a andar na direção do grupo. -  Tava de passagem na vizinhança e quis dar um oi. Porque, modéstia a parte, eu sou um amor de pessoa.

Enquanto falava, mais Golders entravam na comunidade. Eles saiam do reboque do caminhão com as armas em punho.

Domingo estava engatilhado na vigília, pronto para qualquer coisa. Phillip apenas observava o conglomerado que se formava em volta deles.

- Carly? Rulek? - vê seus ex companheiros presentes. - Que bom que estão vivos. Cadê a gostosa da Cristina? - procura e então pousa o olhar na moça próxima ao carro.

- Vai pra puta que pariu. - Rulek resmunga.

Gormax ri e passa a mão na boca.

- Tava com saudades do seu temperamento, Rulek. Aliás... - trava ao bater o olha numa figura o tanto familiar. Ele foca no indivíduo e acaba arregalando os olhos. Abre um sorriso conforme recorda-se. - Thomas?

Todos olham para o homem chamado. Gormax vai até ele.

- Cacete. E nós dando o corpo e alma pra te achar no mundão.

- Estou aqui. - foca direto nos olhos dele. 

- Seu mexicano desgraçado. Achou um teto pra morar, não é? Olha, eu sinto muito pela sua gente. E digo isso com pesar, porque aquela merda toda não fui eu.

- Cadê o Aldous e o Walter? Tá com eles?

- Tá falando do cretino que se infiltrou na minha casa e do caubói pistoleiro? Não, não vi não.

O olhar esperançoso de Léo se foi, alterando-se para um semblante raivoso e desacreditado.

- Sem gracinhas, Gormax. - Vanessa diz. - Acha que pode vir aqui nos intimidar?

- Não, ameaçar. - sorri, olha para Jack de canto ao notar que a mão dele estava na 9mm. - Dois do meu pessoal sumiram numa busca pelas redondezas. Até aí, tranquilo. Merdas acontecem. - volta-se para Phillip. - Daí, três dos meus também somem. Mas bem antes, eu tive um sinal iluminado por Deus, onde um deles me disse quem seriam os filhos da puta que tavam me enchendo essa semana! - aproxima-se de Phillip. - O que cê acha, Phil? Mera coincidência, ou só muitas filhas da putagem num dia só?

- Acho que a sua visita já passou da hora de ir.

Gormax umedece os lábios e sorri amarelo.

- Aham. Mason.

O chamado atende na hora, puxando sua Glock e atingindo de forma certeira o vigia engatilhado. Domingo cai da plataforma com um buraco na cabeça. Phillip encara o corpo do amigo com os olhos arregalados.

- Foram quantos? - Gormax murmura. - Acho que cinco, não é? Bom, já foi um.

- Por favor. - murmura.

- O quê?

- Não faça. - olha direto nos olhos do rival. - Eu imploro.

- Mas é claro, Phillip. Eu não faço.

Trevor, o mesmo homem que matara Tony, enterra o facão na barriga de Tyrone. A ação repentina faz todos se encolherem numa agonia e pavor. Trevor rasga o tecido e as tripas saltam para fora. Tyrone cai de joelhos, agarrando seus órgãos.

Phillip sobe um soco no queixo de Gormax e os Golders ao redor erguem suas armas em sincronia: clic-clac, clic-clac, clic-clac, clic-clac.

- Tudo bem. - Gormax adverte os tiros, cospe sangue da língua cortada. - Momento de emoção, eu entendo. Mas acho que isso nos deixa quites, certo?

Phillip vê o amigo agonizando no chão, mareja os olhos e pensa em avançar, mas permanece travado no lugar.

- Phillip, a regra é clara. Você trabalha pra mim, e tudo fica bem! Que parte do "tudo fica bem" você não entendeu?! - berrou.

- Vai embora. Já deu seu troco, agora vá! - súplica entre os dentes, contendo os músculos da perna para evitar outro ataque. 

- Certo. - passa a mão na boca sangrando. - A gente se vê.

Gormax vira-se e atira em Axel. A bala ultrapassa o ombro do militar, que cai brusco no chão espirrando sangue pelo asfalto. Agora, todos em volta sacam as armas. Neiva puxa a Taurus. O tiro passa longe de Gormax pois Beneke, um dos membros rival, se joga contra ela e apanha a arma.

- Me larga! - ela se debate no chão.

Gormax volta-se a Jack com a 9mm engatilhada em sua direção. O homem vai até o atirador e encosta seu peito no cano da arma.

- Faça. Vai ser mais fácil pra todo mundo.

Jack destrava a arma. Uma mulher atrás dele o cutuca com a AK, mas o mesmo ignora. Jack treme o braço e olho de canto para a cena da amiga esperneando próxima ao corpo do marido, que pressionava a ferida.

- Aproveite bem sua semana. - murmura.

- Como é? - Gormax aproxima sua face, virando-a para melhor audição.

- Você tá morto.

Gormax volta a olhar para seu agressor com um sorriso crescendo, umedece os lábios e se afasta, abandonando o bloqueio do cano da 9mm.

- Entreguem suas armas! - abre os braços. - Façam logo, já sabem que não saem dessa.

As pessoas olham em volta, notando a maior quantidade de inimigos presentes. Nelson é o primeiro a baixar o braço e derrubar a arma no chão. Os demais o encaram e após alguns segundos, fazem o mesmo. Phillip, ainda estático, fixa-se em Jack.

- Baixe a arma, Jack. - o mesmo o fita. - Por favor. - implora, embargado.

Jack solta a 9mm que colide no asfalto. Gormax pede para que se afastem e quando feito, os demais apanham as armas entregues. O líder vai até Neiva imobilizada e agacha-se.

- Eu esperava algo a mais, sabe? Mas olha, você ainda tem tempo o suficiente pra me dar o troco. - Neiva ergue os olhos marejados e vermelhos. Ele sorri. - O que me deixa mais excitado é ver o poder de uma mulher frustrada. Dizem que essas são as melhores de cama. - fica de pé. - Vasculhem tudo! Peguem armas, comidas e o caralha quatro que tiverem. - vira-se para o líder. – Este é o preço, Phillip. Devia saber.

Beneke liberta Neiva e segue com os demais. Ela se arrasta até o marido e apoia a cabeça dele em seus joelhos.

- Não. Não. - balança o corpo. - Axel?

O militar estava apagado. Neiva pressionava a região.

Os moradores ao redor encaravam sem entender nada. Gormax, por sua vez, acenava para cada um que o olhava. Depois ele pousou na mulher que amparava o marido baleado. Passou a mão na barba e fez um barulho com a boca, indicando um sinal para Beneke.

- O homem tá perdendo sangue aqui. Deixa ele ir, Beneke. Se não, não vai ter graça.

Nelson toma a frente e ajuda Neiva a levantar o marido apagado. Quando ela se preparava para ir, Gormax a agarrou pelo braço.

- Só ele. - olha para Nelson. - Pode ir, moleque.

Nelson se retira com o peso de Axel para sustentar.

Neiva puxa o braço, se livrando da agarrada dele.

- Tchau. - Gormax disse, baixo. - Foi uma puta reunião. Eu adorei. Até lá, tcha tcha.

Passou por todos ali.

Os demais observam a cena deixada pelos Golders. Phillip mantinha-se parado sem reação, ao menos piscava.

O motor do caminhão roncou.

- É melhor limparem logo isso, cuzões. - Gormax fala, da janela da lataria. - O cheiro é uma merda! - bate na potranca e o caminhão vai em marcha ré.

Em meio a apito da marcha do caminhão, Tyrone soltou um grunhido que atentou a todos. Phillip vê o amigo levantar a cabeça devagar e abrir os olhos leitosos. Retira a faca do cinto e vai até a criatura. Tyrone já tinha o torso dobrado na hora de subida. Os cabelos da nuca foram agarrados e então Phillip enterrou a lâmina em sua testa, travando a feição do morto-vivo numa expressão raivosa e faminta. Somente o baque no asfalto é escuta em seguida.

O olhar trêmulo pousa na trajeto corriqueiro do sangue, se dissipando rápido no asfalto, a trilha terminou ao escorrer no bueiro próximo.

3.15
"Homem justo"

As coisas federam de vez para geral. Nosso líder semi-pacifista ficou com sangue nos zói, agora.

Geral está desarmado só na proteção do divino. Se isso vai ferrar ainda mais o bonde, só saberão no próximo sábado que contará com o fim da temporada.

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