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T3:C10 - Vagão D

No comando do volante estava Nelson, seu veículo liderava o pequeno comboio. A presença de Léo no banco do lado era quase imperceptível, pois seguiu a viagem toda calado encostado no vidro.

- Sinto pelo que aconteceu. Garanto que ele ainda esteja por aí.

O rapaz desencosta do vidro e da uma olhada no piloto.

- Valeu. Posso continuar com isso.

- Pode sim. - volta a estrada, o que vê o faz reduzir. - Merda. - pega o walkie-talkie. - Temos um problema. A ponte já era.

A maioria já havia saído dos veículos indo de encontro aos dois na beira dos destroços da ponte de madeira. Requisitos dela ainda presos no mar, se esvaindo em pequenos restos pela correnteza.

- Tem outro caminho? - Léo pergunta.

Com o mapa sobre o capô, o círculo fechou quando Jack entrou. Axel optava por voltarem e contornarem a ponte, mas Duane logo retrucou com a escassez de gasolina.

- Podemos ir pela linha do trem. - Thomas aponta no mapa. - Vamos com os carros até onde der, e continuamos a pé.

- É uma chance. - Vanessa concorda. - Vamos fazer isso.

(...)

Aconteceu o previsto, a gasolina não foi o bastante para concluírem o trajeto. Juntaram tudo de valioso como comida e principalmente água, e seguiram os trilhos cercados pela natureza.

Liderando o caminho, Thomas guiava-se pelo mapa a cada passo dado, sempre checando-o quando passavam por uma curva dos trilhos. Han e Vanessa iam lado a lado jogando conversa fora. Axel e Neiva tiveram enfim um momento para conversarem sobre eles, mesmo que o militar desviasse da conversa por cada andarilho que surgia, dava para passar o tempo.

- Como está o olho? - Yuki anda ao lado do garoto.

- A bandagem coça às vezes. Vai ficar tudo bem né?

- Vamos trocar em breve.

- Quer? - oferece um pouco d'água. Ela aceita e depois de uma goleada, lhe devolve.

- Pessoal, - Thomas os atenta. - olhem!

Havia um vagão nos trilhos. O grupo se armou.

Neiva deu ordens para atentarem-se as direções enquanto ela e o marido aproximavam-se do vagão solitário. O passo foi diminuído conforme próximos, Axel segurou no suporte e assentiu a esposa, puxou o portão. A senhora engatilhou a arma assim que aberto.

- Jesus. - Neiva brilha os olhos.

Axel espia o interior após sua fala, esboçando a mesma surpresa que ela.

O vagão estava repleto de caixas e enlatados. Axel arriscou a entrada, não havia nenhuma armadilha ou algo assim, apenas o vagão composto por pilhas e mais pilhas. Ligou a lamparina elétrica de luz azulada, viajou a luz por todas as caixas, checando-as.

- É nessas horas que eu deixo de ser ateu. - sorri para a esposa, que retribuiu.

- Vão gostar de ver isso! - Neiva avisa aos demais afastados.

Quando todos aproximaram-se, Axel saiu dali com uma barra de proteína, o mesmo parecia relutante.

- Tem garrafas de água também. Mas e se estiverem envenenadas ou com outra coisa?

- Tem um jeito de saber. - Rulek passa por eles e sai com uma garrafa d'água em mãos.

Eles observam os passos do anão que dirige-se até o gramado onde haviam lavandas azuis, Rulek despeja metade da água na planta, se agacha e espera algo acontecer.

- O que ele...

- Espere. - Cristina interrompe Axel.

O anão fitou a flor por cerca de dois minutos. A lavanda, por sua vez, não desabrochou. Rulek bebe um gole da garrafa e volta-se ao espectadores. Pingos da água ficaram em sua barba escura.

- Tá boa. - levanta. - Podemos arriscar. - joga a garrafa à Cristina.

- Certo. Vamos aproveitar.

- Mas mantenham os olhos abertos. - Neiva diz. - Quem deixou isto vai voltar hora ou outra.

- Talvez não. - Newt comenta.

- Iremos nos precaver.

***

Marian e Duane ficaram sobre o vagão vigiando, durante a noite. Duane desfrutava da comida e água fresca, a jovem apreciava as jujubas que já estavam pela metade.

- Parece bem. - ela nota.

- Você também. O que houve?

- Uma libertação. - mastiga.

- Se batizou?

- Não. - ri. - Acho que consegui me expressar ao máximo. - por cima do ombro, ela espia Carly com os demais deitados no trilho, dormindo.

- Ótimo. Isso é bom.

- O que te fez mudar?

- Nada. Só... Eu só pensei. - põe a mão no walkie-talkie em sua cintura.

Harry era exceção do restante ali, não conseguia pregar os olhos de forma alguma. Estava sentado na entrada do vagão, tirando e recolocando o pente da M9 - um dia pertencente a Jack. O menino entra no vagão, espiando coisas a mais nas caixas, tira um lençol dobrado dali de dentro revelando um livro: O Pequeno Príncipe.

Em meio aos arbustos, sai um indivíduo que fita os guardas por trás, ele caminha vagarosamente entre os dorminhocos no trilho. Quando Duane vira-se para averiguar o lado, o homem deita-se próximo a Rulek que roncava alto, o anão usava a mochila como travesseiro. Era quase imperceptível a presença do desconhecido em meio as figuras deitadas no chão.

- Pega aí. - Marian oferece uma jujuba.

Duane volta a posição para pegar. O rapaz levanta sem fazer barulho, aperta o passo até o vagão, sobe o mesmo e tira a mochila das costas.

Um tiro atinge sua traquéia, derrubando-o do vagão. O barulho acorda todos e atenta os guardas a cima. Harry sai da escuridão do vagão com a M9 engatilhada, ainda mirando no homem que engasgava-se com o sangue.

- Harry? - Vanessa o olha confusa.

- Jasper! - outro homem sai da floresta mirando a espingarda para Harry.

- Abaixa isto! - Duane mira dali mesmo.

- Vão se fu...

Jack chega por trás do indivíduo e lhe dá uma coronhada, o mesmo cai de cara nas minúsculas pedras do chão. Quando feito, a atenção do grupo foi para a frente do vagão. Yuki socorria Jasper, a vítima do disparo, que agonizava tentando recolher o ar que pudera. Erich segurou o mesmo enquanto a enfermeira pressionava a região.

- Harry, tudo bem? - Vanessa foi até o garoto paralisado.

O menino não a respondeu, apenas fitava o homem ser acudido na sua frente. Harry sentiu um aperto no coração quando Jasper fixou-se nele. O homem deixou escapar a saliva ensanguentada da boca e com um último suspiro, os olhos paralisaram em seu assassino.

- Não. Não. Não. - Yuki nega, sacudindo Jasper.

- Yuki, já era. - Erich afirma. - Você tentou.

O besteiro desviou a atenção no corpo para Harry, levantou e se afastou do falecido. Yuki faz o mesmo, recolhendo o pano que usara para conter o sangramento.

(...)

A luz do sol invadiu o campo de visão do preso assim que aberto os olhos. Suas mãos estavam amarradas e o número de pessoas ao seu redor era grande.

Havia sangue no local onde o amigo dele caiu, mas o corpo não estava. Entre as pernas de Nelson, o desconhecido pôde ver a cova do amigo já feita.

- Jesus. - nega.

- Podia ter sido diferente. - Jack diz. Ele estava ajoelhado com a mochila do homem ao lado, em suas mãos, um rádio.

- Vocês... Vocês vão pagar.

- Não foi intenção. - Cristina se pronuncia.

- Foda-se. Eu vi muito bem o que ele fez. - olha para Harry.

- Ele apareceu do nada. Eu tava me protegendo. - o menino argumenta.

- E a sua vinda surpresa não foi lá muito agradável. - Marian fala. - Quer dizer, hoje em dia não é mais.

- Só viemos buscar o que é nosso.

- É de vocês o vagão? - Neiva pergunta, próxima. Ele a encara. - Seu nome?

- Não vou responder.

- Então dane-se. - Erich toma a frente. - Fica com seu vagão. Já pegamos o que precisávamos. Vambora.

- Erich.

- Não tem nada pra gente aqui, Neiva. Se o cara não vai falar, não vamos perder tempo aqui.

- É a primeira vez que concordo com este cara. - Axel fala. - Não é nosso problema.

- Mataram meu amigo! - ele exalta.

- Não estaremos aqui quando os seus outros chegarem. Se é que tem. - o militar põe a mochila. - E foi um acidente.

- Axel...

- Parker! Meu nome é Parker.

Yuki cruza os braços e dirige-se até ele, passando pelos amigos.

- Sinto pelo seu amigo. Se este vagão realmente lhe pertence, nós agradecemos pois foi de muito ajuda quanto precisamos. Podemos te ajudar agora.

- Isso não cola, coroa. Palavras não funcionam comigo.

- Talvez pólvora sim. - Erich carrega a shotgun e mira.

- Não vamos nos precipitar. - Neiva toma a frente. - Não vamos, Erich. Disse há um minuto que deixaríamos ele aqui.

- Ela tá certa. - Jack volta a falar. - Somos gratos por isto. Iremos embora e você tem que nos prometer que não vai dizer nada sobre nós para seus amigos.

- Eu tô sozinho, imbecis. Agora estou.

- Não, não tá. - balança o comunicador. - Por qual outra razão você carregaria um walkie-talkie? Promete que quando te soltarmos, não vai fazer nenhuma besteira?

- Tenho outra escolha?

- Podemos te deixar aqui e você se vira. Mas o tiro atraiu alguns mortos, tivemos problemas durante a noite. Talvez continuem vindo. Então não, você não tem escolha.

- Tá bom.

Axel levanta ele. O cara revida com uma cabeçada bem no nariz do militar, em seguida corre disparado pelos trilhos. Erich ergueu a shotgun e atira no chão, pois Vanessa intervém baixando o braço do mesmo.

Jack passa esbarrando em Erich, correndo na mesma velocidade do fugitivo.

- Jack! - Vanessa grita.

Jack mantém a corrida até o amarrado que olha para trás conforme se distancia. O coração palpita, o sangue arde como bateria a cada vez que acelera, o suor frio domina os braços e tronco, e a respiração ofegante vem. O sol não existe mais. A concentração na perseguição se esvai quando percebe estar num túnel onde ecoam os lamentos dos mortos mais à frente, desacelerando aos poucos. Volta a si e a corrida também. O arder toma conta dos olhos assim que sai do túnel, abafando os grunhidos e emitindo o esmagar das folhas no chão.

Um passo a mais é escuta e num piscar de olhos, Jack é preso por braços fortes que o tiram da trilha. Ele e o agressor rolam para as folhas secas.

Jack livra-se da prisão na queda, pousando na frente do indivíduo. Ambos de barriga no chão, se encaram.

Os olhos pequenos e azuis escuros fixam-se em Jack, o cenho franzido ressaltava as sobrancelhas claras, cabelo curto e loiro; cavanhaque crescendo e uma cara de poucos amigos. O homem levanta-se ligeiro, e antes que Jack possa se equilibrar, ele o agarra pelas axilas e bate suas costas contra o carvalho úmido.

Jack cai sentado, raciocina o ocorrido e rola para o lado, esquivando-se de um chute. Sua pressão baixa pela rapidez das coisas, a visão embaça e a audição diminui. Recebe um soco na cara que o leva ao chão de novo. Sente a bota contra sua garganta. A visão volta a si, já clareceando a ponta do revólver entre seus olhos.

- Gale! - uma mulher impede o disparo.

Jack ergue o olhar, tendo a visão de uma loira de cabelos longos, de cabeça para baixo. Junto a ela mais cinco pessoas, contando com Parker que voltava ofegante para ver a cena.

O assobio de Erich chama atenção de todos. O grupo sai armado do túnel mirando na direção do septeto.

- Maior número, maior chance de fogo. - ele diz. - O que vai ser?

- Isto. - Gale encosta o cano na cabeça de Jack.

- Que tal liberar o nosso cara? Já tem o de vocês.

- E, por favor, não perguntem "senão?". - Marian adianta.

- Falta um. - Gale nota. - Onde ele está?

- Morto. - Parker responde. - Atiraram nele.

- Isso nos deixa quites. - destrava o revólver.

- A menos que queira sair todo esburacado, melhor não fazer isso. - Vanessa dá um passo. - Porque é seu grupo que vai pagar o pato.

- Abaixem as armas. - a loira ordena. - Agora! - o quarteto armado ao redor dela obedece. - Gale.

Gale tira a bota da garganta de Jack, liberando a respiração dele.

- Tudo bem? - Léo indaga.

- Aham. - Jack tosse.

- Reconheço nossa desvantagem. - a loira diz. - Mas não aceitaremos o que fizeram.

- Foi um mal entendido. - Neiva explica.

- É. Estavam no nosso vagão.

- Cala a boca. - Erich mira em Parker.

- Parker, quieto. - a loira reclama - Entendo. Estavam sobrevivendo.

- E mataram o Jasper. - Gale se posiciona com a coluna reta, demostrando-se empoderado. - Não tem volta. Querem resolver isso numa boa, então tá. Quem foi?

- Até parece que vamos dizer. - Vanessa destrava a pistola.

- Matamos todos então.

- Gale. - a loira murmura.

- Calada, Samora. Vamos fazer isso.

- Fui eu. - Harry sai de trás de Duane com a mão no coldre. - Vai fazer?

Gale encara o menino com uma surpresa quase notória, mas a rispidez máscara a reação.

- Onde ele tá?

- Nós o enterramos. - Axel responde. - Na frente do vagão. Não é, Parker?

- É. Eu vi.

Gale ri debochado.

- E simplesmente deixaremos vocês irem?

- É o que recomendo. - Marian responde.

- São duas linhas de tiro, parceiro. - Jack diz atrás deles, engatilhando a 9mm de Parker.

O líder parecia convencido de sua decisão. Samora intervém antes que ele pudesse retrucar, agarrando a camisa bege dele e sussurrando:

- Não vamos passar daqui. Estamos, literalmente, entre fogo cruzado. Vão pagar, vão sim. Mas deixe que a natureza faça.

Gale ouve tudo com o olhar fixo no grupo, respira fundo e assenti para ela.

- Espero que ainda tenha sobrado algo lá. - ele fala. - Mexam-se!

Gale passa encarando o grupo que os acompanhado sob a mira das armas. O septeto entre no túnel escuro.

- Ele não ia atirar mesmo. - Rulek comenta. - Pois aposto que ele achou que eu era uma criança.


***

Após o ocorrido, o grupo instalou-se num bar à quilômetros de distância do tal de Gale. Algumas sobras do vagão estavam na bolsa de Cristina e serviu para dividir entre eles. No estacionamento ao lado do bar, haviam três veículos com o tanque pela metade. Léo e Thomas garantiram a posse dos mesmos fazendo conexão direta, prontos para partir quando necessário.

Dentro do bar puderam se contentar com algumas cobertas. O inverno estava passando, mas não deixava de ser frio como sempre.

Erich chega no balcão com três coelhos amarrados pelo rabo, joga-os na mesa e solta um "Tem que dar".

- Tem um mercado a uns cinco quarteirões. - Newt fala, sentado a mesa. - Podíamos ir lá tentar a sorte.

- Se forem, levem o mínimo de pessoas. - Duane comenta. - Precisamos descansar um pouco.

- Claro. Eu organizo um grupo pequeno. - fala, olhando em volta em seguida. - Será que tem algum copo limpo por aqui? - levanta, indo a procura do desejado.

 
Na janela dos fundos, Carly vigiava com a M4 apoiada no vidro, esfregava o indicador na ponta da arma enquanto encarava o exterior de neve. Marian chega ali silenciosamente, sorri fechado para a moça.

- Tudo bem?

- Tudo. - Carly dá um sorriso amigável. - E com você?

- Só foi um dia estranho.

- Foi mesmo. Espero que estejam longe.

- Não sei. Aquele vagão pertencia a eles e também todos estavam em bom estado. - Marian conta. - Com uma aparência boa.

- Acham que eles tem um abrigo?

- Você não? Digo, aquela comida era muita só pra sete pessoas. Bem, é melhor sobrar do que faltar, mas valeu a pena notar.

- É, eu também percebi. Mas seja o que for, já era. Não estão no nosso pé.

Marian assentiu, atentando-se ao lado de fora. O silêncio constrangedor domina o ambiente com a dupla que troca olhares rápidos, pois quando percebem, desviam-os.

- Sobre aquilo...

- Calor do momento, não foi? - Carly deduz. - Acontece. Amigas?

- É. - Marian sorri, satisfeita. - Amigas.

— 3.10 —
"Vagão D"

Capítulo curtinho. Talvez o mais curto até agora da temporada.

O grupo segue tentando sobreviver ao máximo dos mortos e das forças da natureza. E ainda tivemos os sete anões na situação, contando com o zangado que quase matou a própria trupe. A dedução de Marian sobre o tal pessoal pode estar certa, mas nunca se sabe, sempre há uns lenços umedecidos para transparecer limpeza profunda, principalmente no frio.

O importante é que o grupo encheu o bucho e agora podem seguir viagem tranquilos.

Aliás, Marian parece ter se aliviado com a friendzone. Se esperavam um futuro casal, sinto muito.

Abraços, Dalaxiz.


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