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T2:C1 - Só mais um pouco

A porta foi aberta, revelando a quente luz do sol da manhã. Desceu da varanda e caminhou pela calçada. Desviou dos que ali passavam, cumprimentando brevemente alguns deles.

- Bom dia, Jack. - passou a mulher

- Bom dia. - acenou.

Plantações grandes, mais plataformas de vigia, casas em construções. Tudo havia mudado.

Chegando até a pequena praça da comunidade, no centro da mesma havia uma fonte vazia. Ele se sentou no banco de madeira, que ficava de frente ao que estava pendurado na fonte.

Ele esboçou um sorriso. Puxou uma caderneta do bolso da calça. Começou a notar tudo que viu a caminho dali. Em cima da fonte estava o quadro da comunidade, agora modificado com adições feitas no local. Do banco ele pôde ver os nomes Jack & Lydia.

***

- Ei, garotão. - Jack se aproximou do portão, onde está Harry, Marian e Vanessa. Apesar do tempo Harry mudara muito ao completar doze anos. O menininho que ficava na ponta do pé para alcançar o gibi na primeira prateleira da estante, agora, quase passava do ombro de Vanessa. O cabelo cresceu, chegando a tampar os olhos, as bochechas redondas e fofas, se foram. Crescera bastante para sua idade. - Pronto pra hoje?

- Mais do que pronto. - apertou o coldre que escorregava do seu quadril. - Você vem?

- Acho que vou tomar conta de algumas coisas aqui. Estou acordado, mas não recomendo. - esfregou os olhos.

- Qual é. - Marian se aproximou. Usava o boné de seu irmão e uma blusa xadrez. - Não vai fazer mal sair um pouquinho.

- Talvez outra hora. Melhor irem, a noite cai rápido.

- Não vamos demorar.

O som dos veículos chamaram atenção deles, olharam para os que vinham.

- Tá acordado? - Erich se aproximou com sua moto.

- Despertando.

- Da pra ver. - olhou para Harry. - Pronto pra hoje, garotão?

- Com certeza.

- A gente já vai. - disse Marian.

- Cuidado lá fora. - Vanessa beijou a testa de Harry, ele assentiu. Harry e Marian sairam em direção a floresta próxima.

- O Han achou um bairro próximo ontem, intacto. Vou lá com o pessoal, ver o que dá pra pegar.

- Boa sorte, então. - Jack desejou.

- Da pra acelerar? - Zack colocou a cabeça para fora da janela do passageiro. Seu cabelo estava longo e a barba crescendo, não parecia tão jovem como antes.

- Já vai, vovó. - olhou para Erich, o mesmo estava risonho. - Cuidado lá fora.

- Vamos ter. Vanessa. - ela acenou. A moto e a picape saíram.

Jack e Vanessa ficaram ali vendo os veículos se distanciarem.

- Ele tá com Marian. - percebeu a feição da amiga. - Vai ficar bem.

- Eu sei. - sorriu. - Temos muito o que fazer. Vamos. - deu um tapinha em suas costas.

***

- A gente vai deixar a área leste vazia por um tempo. - disse Axel - Amanhã vamos preencher toda esta área aqui - apontou para a planta nas mãos de Newt.

- E quanto tempo acha que vai durar? - perguntou Newt.

- Talvez três semanas.

- Só esta área?

- Nem todo mundo aqui sabe construir.

- Droga. - fechou a planta, revelando uma casa, ainda em madeira. - Tá legal pessoal, vamos nos apressar! O dia vai ser longo.

- Newt! - uma das construtoras o chamou. Ele se dirigiu até ela, a mesma estava na ponta de um buraco. - Olhe.

O buraco era fundo, estava cheio de água e não só isso, vários mortos.

- Esta parte do solo tá podre. - disse ela. - Vai ver caíram durante a chuva.

- Ótimo, mais um lugar pra gente manter distância. Vamos cercar isso aqui.

***

Harry seguia Marian. Caminhavam sobre uma estrada de terra. Ela adentrou a floresta. O menino estava atento a qualquer barulho.

- Tudo bem?

- Tô legal. - ele respondeu de imediato.

- Podemos fazer isso amanhã. - ele negou. - Certo. Fique perto. - continuou seu caminho. De longe, avistou uma corda pendurada em um galho firme da árvore, na corda estavam amarradas as pernas de um veado. - Merda.

O pescoço do animal estava mutilado e com o sangue seco.

- Chegamos tarde. - disse Harry.

- Se aqueles vermes pegaram este aqui, é bem capaz que os outros também. Vamos nos apressar.

- E se a gente cortar a parte devorada.

- Eu não arriscaria. - Harry bufou. - Relaxa, a gente acha mais. - seguiu caminho.

Caminharam por mais trinta minutos. Parando por alguns instantes para checar armadilhas, que dificilmente haviam pegado algo grande.

Marian escutou o grunhir longevo na floresta, antes silenciosa. Chegando no local, estava lá, um morto-vivo com o pé esquerdo pendurado na corda, tendo seu corpo podre jogado no resto das folhas.

- A gente aqui cagado de fome, e o que ganhamos? Um pobre fazendeiro. - acertou a faca na testa do mordedor.

- Coelhos não são o suficiente.

- É, eu sei. Tem mais duas armadilhas pra checar, é melhor rezar pra que tenha pego algo bom. - guardou a faca. Ela continuou seu caminho, até parar ao ser chamada atenção.

- Talvez aquilo justifique. - apontou para frente, com a arma.

Haviam duas barracas - uma azul e outra vermelha - desmontadas sobre o pântano. Ao lado da barraca vermelha estava um corpo preso pelos troncos de musgo. O morto-vivo abrira os olhos ao perceber movimentação, o mesmo era magro, parecia fraco, sem energia. Em seu peito estava cravado um dos ferros usados para sustentar a barraca. No ferro, havia um papel pendurado.

- "Traidor" - ele leu. As letras estavam manchadas devido a umidez do papel.

- "Estuprador" - Marian leu o papel no chão, logo abaixo da cabeça do corpo que estava pendurado. - Tem gente por perto. - olhou ao redor.

- Estão longe da Central, eu espero.

- Vamos.

- Não acha melhor vasculhar?

- Não, quem esteve aqui já levou tudo. Não vamos perder tempo. - seguiu.

***

- Então... - Sally olhou pelo retrovisor, especificamente para o homem no banco de trás. - Quando vão me apresentá-lo? - o homem olhou na hora. - Não tive a chance de conhecê-lo. - sorriu.

- É, não devia ter comido aquele pote de pudim sozinha. - Zack zombou.

- Calado.

- Steve. Prazer. - respondeu. Negro, cabelos escuros - com algumas exceções devido ao grisalho - e com um cavanhaque. - Não sabia que era do grupo das rondas.

- Como o Zack disse, eu tive uns probleminhas, por isso não tava presente quando te encontraram. Mas é um prazer. Sou Sally.

- Eu sei.

- Por quanto tempo ficou por aí? - permaneceu com os olhos na estrada.

- Desde o começo. Sozinho. - virou para janela.

- Que chato. Por que se habilitou no grupo da ronda?

- Pra não dizer outra coisa... Eu não consigo ficar quieto.

- Ah. - a moto parou, logo a picape também.

Saíram dos veículos.

A rua era larga, tendo duas mãos de rua. As calçadas eram pequenas e estavam repletas de jornais, vidros e sangue. O asfalto não era diferente.

Haviam várias locações, cafeteria, bazar, mercadinhos e de tudo um pouco para vasculharem.

- O china tava certo. - colocou uma flecha na besta. - Vamos pegar o necessário e depois voltamos com mais gente. - todos assentiram.

Sally foi com Zack. Katrina foi junto de Steve.

(...)

Zack bateu no vão da porta de ferragens. Esperaram ali mesmo por algum barulho ou aparição.

Adentraram o local. As prateleiras foram derrubadas, tendo ferramentas espalhadas pelo chão. O balcão estava empoeirado, o dedo ficaria imundo se passado por cima do pó.

A lanterna iluminou as teias nos cantos das paredes.

- Pilhas. - disse Zack. - Isto é bom. - guardou.

- Vou ver lá atrás. - pulou o balcão.

- Cuidado.

Sally andou pelo corredor. Sentiu seu braço passar por uma teia, ela tirou um pedaço de cima do ombro. A pequena aranha girava pendurada na teia. Ela jogou a mesma para longe.

- Que agonia - passou a mão sobre a calça.

Abriu a porta a direita, a mesma rangeu assim que tocada. Abriu lentamente, revelando um espaço cheio de caixas de papelão. Algumas em cima de carrinhos de peso, outras, derrubadas.

Havia um corpo sentado na frente da mesa, uniformizado com as roupas da loja.

Pegou tudo que parecera útil. Abriu as caixas lacradas de fitas, encontrando pacotes diversos. Pregos, grampos e parafusos. Úteis, principalmente para as construções recentes.

Se virou para checar as outras caixas, contudo ela travou assim que iluminara a cadeira, agora vazia. Levou a luz para todos os lados, a procura do caminhante. A pilha de caixas desmoronou em suas costas, o morto-vivo se jogou por cima dela numa tentativa de pegá-la de surpresa.

- Zack! - a lanterna rolou. Ouviu os passos fortes de Zack até o quarto.

Ela se virou rapidamente, o zumbi já estava sobre ela. Fez força para afastá-lo. Zack o chutou com a ponta do pé, caindo para o lado. Disparou, abrindo um buraco nos dois lados da cabeça.

- Cê tá legal?

- Si... Sim. - respirou ofegante.

- Calma. Eu tô aqui. - ajudou ela a se levantar. Eles encostaram seus lábios. Um beijo duradouro. - Cê tá segura agora. - sentiu sua respiração quente.

- Eu sei. - se abraçaram.

***

De longe Marian e Harry escutaram disparos. Se entreolharam. Seguiram o som pelo matagal, chegando na área plana. Uma linha suportava as latas penduradas, um alarme.

- São eles. - disse ela ao ver Tony lá de longe. Pularam a linha e se aproximaram dele.

- Mãos pra cima. - Tony brincou.

- Eu tô limpa.

- Você eu tenho certeza, só não confio no garoto. - Harry riu.

- O que fazem aqui? - perguntou Harry.

- É o dia de treinamento, esqueceu? - olhou para trás. Neiva e Brian auxiliavam as pessoas no tiro ao alvo. Umas garrafas vazias em cima das cercas eram acertadas.

- Estão muito bem. - disse Neiva, passando atrás de cada um. - Relaxe, Angela. - se aproximou de uma jovem.

A mesma aparentava ter uns 16, 17 anos. Estatura média, cabelos vermelhos e olhos verdes como sapinhos cozidos.

- Não consigo - tremia a mão.

- Assim - pegou em seu braço. - Firme. Respire, e só coloque o dedo no gatilho quando estiver pronta.

Angela fez o que pedido, colocou o dedo no gatilho, respirou fundo e, enfim, disparou. A bala passou longe da garrafa de cerveja. Bufou.

- Merda.

- Só mais um pouco. Vai conseguir.

Brian estava do lado de um garoto, aparentando uns quinze anos. Usando só uma mão, deixando a arma na horizontal, ele atirava, passando longe dos alvos.

- Oh, moleque, você não é o James Bond não. Mira essa merda direito. - o garoto revirou os olhos, mas obedeceu.

- Tão mandando bem como professores. - Marian se aproximou. Brian e Neiva foram até ela.

- O que faz aqui? - Neiva perguntou, risonha.

- A gente tava de passagem. - apontou para Harry.

- Como tá se saindo, garotão? - perguntou Brian.

- Melhor do que você. - todos riram.

- As armadilhas não pegaram muita coisa. - mostrou os dois coelhos. - Mas tem um porém.

- Qual seria? - Marian levou ambos mais para frente, se afastando de Harry.

- Achamos um acampamento destruído, havia escritas nos mortos. - sussurou - Seja o que for, estão perto.

- Posso dar uma olhada mais tarde. - disse Brian.

- Se for fazer isso, tenha cuidado. - Neiva aconselhou.

- Terei.

- Pode voltar conosco, já acabamos por hoje.

- Tá bom. - concordou Marian.

- Tá legal, pessoal! - Brian bateu palmas - Hora de ir!

***

- Katrina faz falta nessas horas - disse Axel, com dificuldade ao colocar o saco de cimento no caminhão.

- Pois é. - Newt concordou.

- Pelo menos tá funcionando - escorou na janela da caminhonete. Pegou uma garrafa d'água e abriu.

- A gente tem que se apressar. - olhou o relógio. - 15h34

- Mas já? Que merda. - engoliu a água. - Vamos logo com essa porra, já tem duas semanas que a gente tá nessa catação de placas e pregação de madeira. E olha que a gente é uma equipe maior que meu pau.

- Você mesmo disse, nem todo mundo aqui sabe construir.

- Caminhantes! - Manny gritou de cima da escavadeira.

Os mortos saíram da mata, indo lentamente até eles, tendo poucos com o passo apertado.

- Estão lentos? - Newt franziu a testa.

- Que se foda. - Axel correu até eles.

- Preparem as armas! - gritou para os outros.

Mais deles saíram do lado norte, nos fundos da área. Manny disparou com o rifle contra eles, acertando poucos.

Um se aproximava de Newt. Ele colocou a mão no coldre, a mesma estava vazia

- Merda. - se afastou. Pegou um tijolo do chão. Bateu forte na cabeça do andarilho, que caiu na hora. Deu um pisão forte na cabeça, quebrando o crânio. Outro se aproximou, era um dos rápidos, o mesmo se jogou contra Newt. Ele o bloqueou com o antebraço. Um tiro longevo derrubou o zumbi.

- Eu te cubro. - disse umas das construtoras com uma M4 em mãos. Newt assentiu.

Axel apanhou a corrente sobre uma pilha de pedras.

Chutou um contra o tronco da árvore. Deixou a corrente no pescoço do morto-vivo e se dirigiu para trás do tronco. Impulsionou com o pé, apertando a garganta do zumbi. Mais outros dois vieram de trás. Ele se esquivou assim que tentaram agarrá-lo. Começou a rodear a árvore, prendendo os três mortos contra o tronco. Pressionou novamente, decapitado apenas um.

Don disparou contra os outros dois que sobreviveram ao enforcamento.

- Valeu.

Um dos moradores fugia dos mortos, indo em direção ao caminhão de caçamba - que estara cheio de cimento. Abriu a porta e subiu para pegar a arma que estava no banco piloto. Um zumbi o agarrou e abocanhou sua perna.

- Ahhh! Deus! - esbarrou o braço na trava do veículo.

O caminhão foi de ré até o buraco cercado por fita.

- Newt! - Manny gritou. - O caminhão!

Newt correu até o veículo. As pernas do zumbi estavam para fora. Ao se aproximar, ele ouviu os gritos do amigo de dentro do caminhão. Ele agarrou as pernas do morto e o puxou para fora. O corpo pesado caiu sobre a terra. Newt subiu no veículo em movimento.

- David! - viu sua perna com um pedaço da pele pendurada, jorrando sangue. - Relaxa, eu vou te ajudar.

- Não pode. - encheu os olhos - Eu já morri. - sentiram a traseira do caminhão afundar. O veículo passou facilmente pelas fitas, ficando na beira do buraco.

- Vem! - Newt puxou David e ambos rolaram para fora. O caminhão foi buraco a baixo. Ouviram o veículo colidir na água. Os grunhidos aumentaram.

- Newt! David! - Axel deu cabo do desfalecido que Newt tirou do caminhão e foi até eles em seguida. - Cês tão bem?

- Não. - o olhou cabisbaixo.

- Que merda. - a mulher olhou para o buraco, agora maior. Newt e Axel se aproximaram.

Viram o caminhão de pé, havia esmagado uma dúzia dos mortos. O cimento se espalhou pela água.

- Lá se vai quinze pacotes.

- Me matem. - disse David. Don já estava do lado dele, pressionando a ferida que não parava de sangrar. - É o único jeito.

- Não! - Axel se aproximou. Os outros construtores também. - Tem que ter outro jeito.

- Não tem. - ficou com o queixo trêmulo. - Por favor, eu não quero me tornar um deles.

- Não. - Axel abaixou a cabeça.

- Certo. - Newt pegou a faca de Axel. Se ajoelhou. - Desculpe. - virou o rosto dele e de imediato cravou o faca na cabeça. O objeto ficou preso e com um puxão ele foi retirado. David não reagia mais. Newt encarou a faca ensanguentada por longos segundos.

- Acabamos por hoje. - disse Axel, com a voz embargada.

***

- Mais alguns dias e teremos vegetais sem serem em conserva. - disse Jack, enquanto retirava a fruta do pé de tomate.

- Finalmente. - Vanessa pegou amoras da árvore.

- A gente tá dando sorte. - Han se aproximou com um balde em mãos. Vanessa colocou uma amora em sua boca. - Valeu. - mastigou.

- Espero que esta sorte permaneça. - disse Jack. Han se agachou perto dele. - Vai investir? - cochichou.

- Como é?

Jack gesticulou com a cabeça. Han olhou para Vanessa, depois retornou, parecendo tímido.

- Tá na cara?

- Pelo menos você. Qual, é. Um ano, isso já devia ter avançado a muito tempo.

- Cê acha? - Jack concordou. - É que... Sei lá, se fosse recíproco, talvez ela já teria investido. Me dado uma dica, algo do tipo.

- Deus. - sorriu - Isso ela já fez.

- Como assim?

- Quando a gente gosta de alguém, ficamos mais lerdos do que antes. - levantou e saiu andando.

- Lerdos?

***

- Pegamos bastante coisa. - Katrina deixou um saco cheio no porta malas.

- Condicionador é sempre bom. - Steve tirou um de sua bolsa.

Erich se aproximou.

- Achei uns enlatados. Dá pra semana. - deixou a mochila em cima da moto. - E os pombinhos? - viu ambos chegando.

- Ferramentas e carnes em conserva - Sally mostrou.

- E um serrote. - Zack mostrou a ferramenta pendurada no cinto.

- Pelo menos algo. - o som do cair da lata de lixo chamou atenção de todos, logo no fim da rua. Pegou sua besta. - Fiquem atentos. Zack, comigo. - correram até o latão derrubado.

Ao chegarem, eles se esgueiraram para ver o quarteirão.

- Ali. - Zack avistou uma silhueta descer a rua. Seguiram.

Logo na descida eles avistaram a pequena figura com um lençol branco, lá na frente, sentada em um pneu. Tremia incansavelmente.

- Deixa comigo. - disse Erich. Se aproximaram, assim ouviram os gemidos, uma menina. - Ei, menina - parou de tremer assim que escutou sua voz - Não tem que ter medo. - se aproximou aos poucos.

Zack foi logo atrás, preparado para qualquer coisa.

- A gente não vai te machucar. - permaneceu parada. Eles se entreolharam.

Zack acenou com a cabeça para que ele tirasse o lençol. Erich foi vagarosamente até ela, pegou um pedaço do lençol, o formato da cabeça se mexeu assim que sentiu o toque.

- Tudo bem... - disse Erich. Tirou o lençol, revelando um homem barbudo e de cabelos longos, o mesmo se virou apontando uma Glock 18 para eles. Era um anão. - Que porra é essa? - Erich se afastou, tropeçando.

Saíram da casa do lado duas mulheres. Uma de cabelo curto e moreno, olhos castanhos e fardada com um uniforme da SWAT. A outra era loira, de olhos verdes e alta. Vestida de uma camisa social e um jeans rasgado.

- Quietos. - disse a loira, apontado a pistola para Zack.

A outra assobiou para casa da frente, saindo de lá duas pessoas. Um homem alto e barbudo, com alguns fios grisalhos, saiu de trás do lixo. Seu cabelo estava embaraçado e imundo. Em suas mãos, uma espingarda.

O outro era jovem e bem magro, olhos azuis e rosto triangular. Usando uma touca e com uma MP5 na bandoleira.

- A besta. - disse o anão.

- Sem chance.

- A gente pode te furar e pegar de qualquer jeito. - Erich bufou e em seguida jogou a besta no chão. - Você também, loirinho. - Zack jogou a pistola.

- Estão com uma aparência boa. - disse o homem de cabelo imundo - Tão acampados por aqui? - todos se abaixaram com o disparo que acertou a janela da casa ao lado.

De longe Katrina mirava com a M4. Sally ao seu lado disparou também.

Os dois reféns logo reagiram. Zack pegou a pistola do chão e empurrou a garota de cabelo curto. Erich pegou sua besta, mas foi impedido de levantá-la assim que o anão depositou a força do braço em cima da arma.

- Baixinho forte.

- Cala a bo... - Zack chutou a cara do anão. Em seguida, disparou contra o garoto de touca, o mesmo se jogou no chão.

- A gente se rende! - a loira gritou. Eles pararam. - Nos rendemos.

- Cristina! - o anão falou, pressionando o nariz.

- Calado, Rulek. Eu me rendo. - se ajoelhou.

- Que merda. - o imundo fez o mesmo.

O resto do pessoal se aproximou. Cada um tomou cabo dos desconhecidos, pegando suas armas e mochilas.

- Nomes. - disse Katrina, apontando para a fardada.

- Carly. - respondeu.

- Você - apontou para o garoto.

- Richard. A loira é Cristina. O baixinho se chama Rulek. E o grandão do seu lado, é o Gormax.

- Roubam pessoas - Sally disse - É isso que fazem?

- Estamos sobrevivendo - Gormax afirmou.

- Todos estamos.

Os mortos saíram de trás das casas devido o barulho. Richard correu, assustado. Os outros permaneceram ajoelhados.

- Richie! - Carly gritou.

- Levantem! - Erich ordenou. Eles obedeceram. Carly foi correndo atrás do garoto. - Ei!

- Se afastem! - Sally gritou.

- Para as casas! - Zack apontou.

- Não vamos deixar nossos amigos! - disse Cristina.

- Levem eles para uma das casas! Eu vou atrás deles! - Zack correu na mesma direção que os fugitivos.

Empurrou um zumbi no meio do caminho. Adentrou um espaço entre as lojas, um beco sujo e pequeno. Virando a esquerda ele viu Richard tentando arrombar a porta dos fundos de uma loja. Carly tentava afastá-lo.

- Aí! - apontou a arma.

Richard escancarou a porta, logo saíram três zumbis. Ambos se afastaram, mas dois foram o suficiente para derrubar Carly. Um avançou em Richard que reagiu na hora, jogando o morto em Zack.

Zack foi ao chão. Sua pistola deslizou para baixo do container de lixo. Ele lutou para que o morto não chegasse perto.

Richard tirou o zumbi de cima de Carly, ela mesma tirou o outro em seguida.

- Vambora. - foi adentrando a loja.

- Richie! - outro zumbi o pegou de surpresa. Ele reagiu, colocando a mão, espontaneamente, na frente do rosto. O zumbi abocanhou seu pulso. Arrancou o pedaço de sua carne, jorrando litros de sangue. - Não! - chutou o zumbi para dentro e puxou Richard em seguida. Encostou a porta, o que foi o suficiente para o zumbi não passar.

Um tiro parou de agitar o caminhante que ainda estava em cima de Zack. Ele se levantou, vendo Steve com a arma em punho.

- Cê tá bem?

- Aham. Valeu.

- Ajudem! - Carly gritou. - Tenho que tirá-lo daqui.

- Ele já era. - disse Zack.

- Não, só tenho que amputar o braço. Me ajudem a carregá-lo.

- Fazer o quê?

- Andem.

Steve reagiu. Foi até ela e levantou o garoto.

- Zack, ajude.

Eles carregaram Richard até o meio da rua.

Foram chamados atenção com o aglomerado de mortos na frente de uma bicicletaria.

- Não dá tempo. - Carly entrou na casa que Gormax e Richard haviam se escondido do lado. - Deixem ele no chão.

- O que vamos fazer? - perguntou Zack. Steve arrastava o sofá para bloquear a porta.

- Tire seu cinto. - Zack obedeceu. Ela pegou e amarrou no braço de Richie. - Me dê isto. - estendeu o braço. Zack lhe entregou o serrote. - Richie, querido, fica calmo, tá? - ele balançou a cabeça. - Relaxa. - começou a serrar o braço dele, com força.

- AHHHHHH! AHHHHHH! - o sangue começou a jorrar. Espirrou o suficiente no rosto de Carly. - AHHHHHH!

- Só mais um pouco, Richard! - continuou. Indo para trás e pra frente com a ferramenta. O objeto já estava entre o músculo e o antebraço. Separou o osso assim que aplicado força o suficiente. O braço estava cortado.

- AHHHHHH! - pressionou.

- Calma! Vai ficar tudo bem. Você tá a salvo. Me dê um pano, alguma coisa!

- Aqui. - Steve tirou um pano de prato de sua mochila. Jogou para ela.

- Tudo bem. Tá tudo bem. - pressionou o pano. Richie desmaiou. - Droga...

Os zumbis começaram a bater nas janelas e na porta.

- Não garanto que estamos seguros, agora. - disse Steve.

- Vamos sair. - Zack levantou. - Eu carrego ele.

- Vou checar os fundos.

- Ele vai ficar bem?

- Com certeza. - disse ela enquanto acariciava a testa dele.

- Tá. Me deixe pegá-lo. - pegou o braço esquerdo para levantá-lo. Colocou sobre o ombro. Steve veio correndo.

- Tem um carro na garagem, tem pouca gasolina, mas dá pra se afastar.

Era um Chevrolet Onix. Zack se encarregou de ligar o carro.

Steve subiu na estante, enquanto Carly ficou em cima da escada. Giraram com força o rolador do portão, que foi se abrindo aos poucos. Ambos se assustaram quando o motor ligou.

- Tá funcionando!

- Vamos. - Steve desceu. Saíram.

Chegando onde estara os outros veículos, viram todos já preparados para sair.

- A gente tem que se apressar. - Zack disse para Erich.

- O que aconteceu com ele?

- Foi mordido. A gente se preocupa depois. Vamos! - partiram.

***

Escutou de longe os veículos se aproximando no silêncio da noite. Jack levantou da cadeira e viu Erich logo a frente.

- Ainda bem. - desceu. Puxou a corda, abrindo o portão, o que foi sincronia para Erich entrar a tempo. Logo atrás os dois carros. - O que isso? - olhou dentro dos veículos.

- Ele precisa ir pra enfermaria e rápido. - Zack saiu do carro.

- Melhor dirigir até lá. - disse Steve.

- Faça isso. - o Chevrolet foi veloz a caminho da enfermaria.

- O que aconteceu? - perguntou Jack.

- Que lugar bacana. - ouviu uma voz desconhecida. Era Gormax, fitando o local.

- Quem são esses?

- Tavam perdidos por aí. - disse Zack. - Eu te explico melhor assim que a poeira baixar.

***

Erich, Jack e Zack entraram na enfermaria. Lá estava Carly, Steve, Vanessa e Yuki. Ela examinava o corte.

- Parece que fizeram na hora certa. - Yuki analisou. - Ele vai ficar bem - olhou surpresa.

- Como sabia? - Erich perguntou para Carly.

- Meu pai tinha sido mordido. Fizemos o mesmo.

- E onde ele tá agora?

- Morto. Não, não foi por causa da mordida.

- Então, durante todo esse tempo... Podíamos ter feito algo pelo David. - disse Vanessa.

- O que aconteceu com ele? - Erich perguntou com fúria na voz.

- Ei. Calma. - Jack colocou sua mão no ombro dele.

- Ele foi mordido? - tirou a mão de Jack.

- Foi.

- Merda. - empurrou a porta e saiu com pisos fortes.

- Zack, pode cuidar dos recém chegados? Vou dar uma palavrinha com o Erich.

- Tá legal.

- Eu ajudo. - disse Vanessa para Zack.

(...)

Na plataforma de vigia do muro oeste estava Erich de pé. Sem arma, apenas fitando o outro lado do muro.

Jack subiu. Erich respirou fundo assim que o vira.

- Foi mal lá atrás. Pelo meio jeito.

- Posso perguntar?

- Meu irmão, eu poderia ter salvado ele. - olhou em seu rosto.

- Você não sabia. Nenhum de nós sabia.

- Mas já tava na hora. Um ano, Jack. Um ano e a gente não sabe de nada além de procurar comida. O pai daquela garota descobriu de alguma forma. Ou talvez, só tenha usado a lógica. Em que momento pensamos nisso? Perdemos pessoas por burrice. E hoje perdemos o David por burrice.

- Talvez esteja certo. - se curvou, apoiando as mãos na placa do muro. - A gente não sabe como lidar com este mundo, mesmo depois de tudo. Depois do seu irmão... Depois do Carter. - olhou para ele - Não sabíamos. Ninguém sabia deste próximo mundo. Não vai levar a nada a gente ficar se culpando. Aquele pessoal sabe mais do que a gente e isso é bom. É bom para os dois lados. - colocou a mão em seu ombro, novamente - Vamos deixar o passado pra trás. - Erich concordou com a cabeça. - Vamos, ficar aqui tá me dando arrepios.

- Não é só você.

— 2.01 —

Tô de pau duro só com essa sequência.

Passaram longos meses e o pessoal ainda não sabe como lidar bem com o lado de fora. Isso pode lascar para geral.

O que acharam do novo pessoal? Nem eu gostei deles.

Obs:

• Os capítulos restantes serão um pouco menores.

Uma mudança não muito significativa é que a temporada contará com 11 capítulos.

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