Inevitável
A morte não tem nada de glorioso.
Qualquer um pode morrer.
– Johnny Rotten
- Parceiro? - Axel olhou para baixo.
- Carter? - Katrina desviou para a manada - Estão voltando.
- Temos que achá-lo primeiro. - desceu. Ligou a lanterna ao ver o buraco. Iluminou a escuridão da pequena caverna, Carter olhou para cima. Estava com metade do tronco em baixo da água. - Vamos te tirar daí. - ele forçou os olhos e assentiu.
- Como vamos tirá-lo daí? Tem uns cinco metros de profundidade.
- A gente dá um jeito. - olhou ao redor. Pegou em um galho de uma árvore enorme, puxou com toda a força. - É firme. Me cobre?
- Tá. - tirou a arma do coldre. Mirou para os primeiros três que vinham correndo. Um desviou do primeiro tiro ao cambalear para o lado, ela o acertou em seguida. Os outros dois se alinharam, sendo derrubados por uma bala.
Axel puxou um galho comprido, ele pegou pela ponta e pendurou.
- Pega aí! - Carter escalou por alguns buracos na parede. Seu pé escorregou devido a sola molhada. - Calma, você consegue. - ignorou os tiros de fundo. Ele fez força para chegar mais a cima. Ergueu o braço para pegar no grande galho. O galho balançava, a mão de Carter rodeava o objeto.
- Tá com parkinson, desgraçado? - forçou os olhos ao ver a luz do sol.
- Pega logo, seu cuzão. - disse fazendo força.
- Andem com isso - gritou ela. Atirou.
Pegou o galho e começou a subir sobre ele, Axel forçou os pés e os músculos para aguentar o peso. Carter elevou o braço e pegou no pulso de Axel, com firmeza. Axel soltou o galho da árvore e o puxou com as duas mãos. Ambos caíram para trás, lado a lado.
- Cacete - respirou ofegante. - Você engordou.
- Você que tá fraco. - ambos riram.
- Aí. Esqueceram daquele caminhão?
- É - Axel levantou, Carter em seguida. Os três foram para o meio da estrada, tiraram a bandoleira e miraram com as M4's. - Hora de comer o cu desses defuntos - dispararam conforme se aproximavam dos poucos que ainda restaram.
***
Zumbis entraram cambaleando, outros foram correndo até Brian e Marian, jogados no meio fio.
Marian subiu as pressas na plataforma de vigia, Brian foi subindo até um agarrar seu pé. Mordeu a sola de seu tênis, ele sacudiu tentando tirá-lo dali. A escada balançava a cada sacudida. Marian mirou com cuidado e disparou, arrancando um pedaço da orelha do morto. A escada se virou, Brian caiu e a escada logo em cima dele. Marian o cobriu, atirando nos que estavam próximos. Levantou as pressas e correu pela rua, os mortos o seguiram.
Avistou Léo fechando a garagem de sua casa. Ele correu até a entrada, deu um grito e sacudiu os braços para que ele o visse chegando. Brian se jogou no chão da garagem, ele se virou e a última coisa que vira, antes que o portão se fechasse, foi uma mulher pálida com o rosto coberto pelo cabelo escuro e sangue jorrando da boca.
Eles se entreolharam, assustados. As mãos cobertas de sangue fresco batiam no vidro de cima.
- Relaxa - disse Léo com os olhos arregalados -, as portas estão trancadas.
O caminhão parou no meio da comunidade. Um homem de coque e barba longa saiu carregado de uma Shotgun. No passageiro saiu uma mulher encapuzada e com metade do rosto coberto, em suas mãos carregava um machado. Ela abriu a traseira do caminhão, saindo mais cinco encapuzados. Todos com armas brancas.
Um tiro no chão parou o desconhecido, ele olhou para a direção de onde viera. Tony descia da varanda com rifle em punho, ficou atrás das escadas da varanda, mirando exatamente para o ele.
- Saiam daqui! Ninguém tem que se machucar!
- Você tem! - disparou, acertando o pedaço da madeira. Tony se agachou no mesmo instante.
- Pegue o que quiser! E vá embora!
- Não viemos pra roubar, mas sim pra ficar! - se aproximou.
- E acha que com os mortos entrando vai poder tomar este lugar?!
- Cuidamos deles depois. - olhou para o lado, sorriu em seguida. Ele caminhou para outra direção.
- Se é assim que vai ser... - respirou, o coração estava acelerado - Senhor, por favor, me proteja - sussurou. Se jogou para o lado e puxou o gatilho. Não havia ninguém ali. - Mas... - franziu a testa.
(...)
- O que está acontecendo? - Kim perguntou desesperada.
- Tem pessoas aqui. Invasores. - Yuki fitava pela janela.
- O que faremos? - Yuki foi até sua gaveta e pegou o mesmo revólver. - Sabe usar isso?
- Só de perto, e olha lá.
- Certo. Vamos... - o mesmo homem que saira do caminhão, quebrou o vidro da porta com a arma. Ele passou pelo nova entrada.
- Relaxem - se aproximou. Yuki puxou o revólver, o que fez ele rir. -, vai ser rápido.
- Vai pro inferno, desgraçado - puxou o gatilho, acertando o ombro direito dele.
- Vagabunda! - pressionou.
Quando forá puxar o gatilho novamente, Price se jogou contra o homem, caindo para fora da enfermaria. Rolaram pelo jardim até pararem no meio fio. A arma caiu sobre o gramado. O homem se levantou de imediato, Price tentou fazer o mesmo, mas um chute certeiro em seu joelho e impediu. O homem puxou a faca afiada e cravou entre as pernas de Price. Um grito ensurdecedor foi o que ele emitiu.
- Filho da puta - pegou a Shotgun e disparou, explodindo o rosto de Price. Seu tronco caiu sobre o solo, pedaços de seu cérebro se espalharam sobre o gramado, o sangue pintou o verde claro do jardim.
- Não!! - Yuki disparou, mas errou. Ela estava trêmula e chorosa.
Ele mirou precisamente nela, ao colocar o dedo no gatilho, um buraco foi feito em sua orelha, saindo a bala do outro lado. Yuki olhou para a direita, Tony encarava o corpo com o cano da arma esfumaçante. Fez o sinal da cruz.
- Se tranquem em um quarto, eu vou em breve. - mandou ele. Parou ao ver o corpo de Price. Virou para elas - Façam isso. - viu Newt estático a frente da calçada - Fique com elas, filho. Não saia de lá. - Newt assentiu.
***
- Mas que porra é essa? - Zack viu os mortos na rua através da janela do quarto. - Jack, tá aí?
- Estou! - disse subindo um degrau. - Fique esperto, qualquer... - ouviu a madeira ranger. Puxou a M9 e se esgueirou pelo corredor, a porta dos fundos estava aberta, indo em colisão com a parede. Fora aberta agora.
- Jack?
Ficou quieto. Jack puxou a trava e foi correndo. Deslizou no chão, um espeto golpeou a parede a cima da sua cabeça, ao passar viu uma figura encapuzada pronta para atacá-lo. Jack disparou em seu ombro, depois no peito.
- É nosso. - falou com dificuldade. - Vamos... - o homem foi interrompido quando um buraco se abriu em sua cabeça. Zack estava ao lado, com a arma em punho.
- As pessoas precisam de ajuda - olhou para porta. - Jack? - viu seu olhar assustado. - Era ele ou a gente. E você já tinha feito metade. - saiu. - Vem, precisamos eliminar esses bichos!
Saiu dos fundos da casa e de cara disparou em um morto, os outros o perseguiram depois do primeiro tiro. Foi mancando, virando a rua. Caiu devido a pontada na perna. Os mortos se aproximaram, suas cabeças foram furadas por diversas balas vindo da sua esquerda. Han e Don atiravam sem parar com as pistolas, errando alguns tiros, mas sendo o suficiente para Zack se levantar.
- Vem! - gritou Han. Zack correu até eles.
- Eu cubro vocês - disse Don - Vão embora. - disparou no peito de um, depois na cabeça.
Zack se apoiou em Han e foram.
- Por que cê saiu de casa?
- Eu tinha que ajudar. - entraram na casa de Vanessa. A mesma os esperava na porta. Harry fitava pela janela, assustado.
- Para o quarto, Harry. Agora!... Don! - viu ele ainda atirando contra os bichos. - Don! - ele ignorou. Vanessa fechou a porta.
Os mortos impediram a passagem de Don, ele contornou a casa para chegar aos fundos. Dali ele viu um dos estranhos partindo o corpo de um morador do local, com o machado.
Atirou para cima, atraindo os mortos até o assassino a frente. O mesmo percebeu e foi até Don, que estava de costas, na mesma hora ele se virou e esquivou do ataque. Foi ao chão. Atirou na perna do encapuzado, que caiu de joelhos. Um zumbi caiu por cima dele, abocanhando a parte a mostra do rosto. Don viu o zumbi cravar seus dentes no olho do assassino, puxando com toda a força.
- NÃO! - era uma mulher. Os outros vieram e aproveitaram a refeição.
Don se levantou e pegou a pistola.
- Me desculpa. - correu.
***
Jack saiu em busca de Zack, logo na varanda topou com dois mortos, ele fechou a porta. Saiu pelos fundos, e cortornou a casa. Se afastou dos mortos que batiam na porta da casa e foi correndo no meio da rua. Virando a esquina ele viu uma dúzia se batendo contra o portão de uma garagem.
Um grunhido veio atrás dele, que se virou de imediato. Vestes curtas e atraentes, era uma ex-prostituta avançado nele naquele momento. Ele a segurou pelos ombros, a mesma arranhou o ombro de sua camisa. Outro veio correndo atrás dela, avançando diretamente em seu rosto. Jack se virou, impedindo que fosse atacado, com a força do impulso ele foi ao chão. Ainda impedindo a morta de abocanhá-lo, o outro se jogou nas costas dela, aumentando o peso.
- Deus... - fez toda força possível.
A flecha cravou na orelha do zumbi que estava a cima da outra, o que pesou mais ainda. Ao seu lado, Erich e Daniel vinham correndo. Erich chutou a morta para o lado e atirou em sua cabeça.
- Deve a gente agora. - Daniel o levantou com um sorriso no rosto.
- Maluco.
- A gente só tá retribuindo - disse Erich. - Vamos sair daqui, é muito perigoso.
- Sem chance.
- Sem chance? - Daniel atirou em um do outro lado da rua. - Realmente quer morrer, filho.
- Podem ir, se quiserem, eu continuo. - deixou eles.
***
Neiva e Lydia trancaram tudo assim que ouviram o caminhão arrombar o portão. Sua filha permaneceu no andar de baixo, garantindo a sua segurança. Enquanto Neiva permaneceu no quarto. Ao lado da cama estava sua pistola. Algo quebrou nos fundos.
- Lydia!
- Tudo bem, mãe! - andou pelo corredor, apontando a arma. Se virou para a lavanderia, uma pedra estava sobre a toalha que havia caído ao ser atingida pelo objeto. Olhou de canto para a porta da frente, viu uma sombra subir a varanda. Ela deslizou para trás do balcão da cozinha. Apontou para a entrada, mesmo não tendo habilidade, qualquer coisa que passasse por ali, ela acertaria.
Focada na porta, nem percebera os passos que subiam a escada lentamente.
- Filha? - pegou a pistola ao lado. Se levantou com dificuldade. Foi com um pé só até a porta que se escancarou em seu rosto, ela caiu na cama. A pessoa avançou, Neiva chutou sua barriga com o pé esquerdo. Levantou e mirou, o desconhecido foi mais rápido e a pegou pelo tronco, correndo até a janela. O vidro se partiu e ambos caíram da sacada. - Ahhh. - o impacto no chão estalou suas costas.
O desconhecido ficou por cima de Neiva e pegou a faca, ele segurou seu braço, impedindo que pegasse a arma. Se preparou para o golpe. Um tiro explodiu a mandíbula, o sangue jorrou pelo rosto Neiva. Ficou com a visão estática e caiu por cima dela.
- Neiva - Jack tirou o corpo de cima.
- Ela ainda está lá dentro. - Jack levantou Neiva.
- Esperem aqui - disse Jack para ela e os dois irmãos. - Eu pego... - ouviu os disparos dentro da casa.
(...)
- Mãe? - olhou para cima. A porta se abriu. Voltou para frente e nem teve tempo de pensar. O homem já havia avançado.
Ele chutou sua barriga e ela foi ao chão. Em sua mão estava um pé de cabra. Ela se arrastou até a cozinha. Ela chutou sua pélvis, o mesmo pressionou a ferida, mas avançou.
- Você já era, vadia. - socou seu rosto. Colocou as mãos ensanguentadas em seu pescoço.
Com o joelho ela chutou entre as pernas dele, que reagiu na hora. Caiu para o lado em que sua arma estava. Ignorou a dor e pegou a pistola dela. De imediato ela puxou a gaveta da cozinha e jogou nele, derrubando os talheres no chão. Pegou uma faca que se espalhou junto com os outros talheres e subiu em cima dele. Esfaqueou seu peito diversas vezes e por reflexo ele disparou para os lados.
Em um dos disparos, o tiro acertou o botijão de gás que explodiu instantemente. A casa foi para os ares, levando os quatro lá fora para o outro lado da rua.
***
Negócio tá bruto, tô até com medo.
É zumbi para tudo quanto é lado. É gente morrendo, é gente revivendo...
Não se preocupem, a Lydia é imune ao fogo.
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