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Começando

De longe, Vanessa viu a aproximação de um veículo, um Jeep grande e cinza tomado por marcas de mãos no capô e nos vidros. Ela mirou com o rifle para o veículo que parou logo a frente do portão.

- Somos nós - Sandra colocou o rosto para fora.

Vanessa assentiu e desceu da plataforma.

Ao abrir o portão o Jeep entrou. Fechou e se dirigiu ao pessoal que saía do carro.

- Estão bem? - viu o estado de Han.

- Tivemos um imprevisto. - contou Sandra.

- Quem são? - apontou para os dois desconhecidos amarrados no porta-malas.

- O nosso imprevisto.

- Vão para a enfermaria. Eu cuido do carro.

- Valeu.

Léo ajudou Tony a levar sua irmã. Vanessa pegou Han e colocou o braço sobre seu ombro, Sandra do outro lado.

- Deixa comigo - Jack ficou a frente de Vanessa.

- Tem certeza?

- Eu consigo. Vou chamar os outros no caminho para te ajudar com os convidados.

- Tá bom. Valeu - se virou. Puxou sua pistola e ficou de olhou nos dois dentro do veículo.


Yuki caminhava até o quarto de Rafa, levando seu café da manhã. Destrancou a porta e abriu, lá estava ele de olhos fechados e quieto. Ela puxou a mesa, com rodinhas, deixou a bandeja sobre a mesa.

- Trouxe o café - organizava as pílulas caídas na escrivaninha ao lado - Rafa? - olhou. Ele não esboçou reação alguma, continuou imóvel - Rafa? - se aproximou - Rafa? - colocou os dedos em seu pulso. Ela o olhou séria. Respirou fundo - Deus. - colocou as mãos em seu peito, tentando ressuscitá-lo. Sem sucesso.

Levou as mãos a cabeça, saiu do quarto. Rodeou a sala, ainda pensativa. Ela parou e olhou para o corpo na cama.

A porta da enfermaria abriu. Léo e Tony foram entrando com Marian, atrás vinham Sandra e Jack, carregando Han.

- Onde deixamos ela? - perguntou Léo.

- Aqui - Yuki apontou.

Os dois a deitaram com cuidado.

- Uma bancada na cabeça - disse Tony - Pode ajudá-la?

- Vou ver o que posso fazer. Mas e você? - viu seu estado.

- Comigo foi mesmo, mas estou bem. Se preocupe com ela e com o resto deles.

- Tiveram grandes problemas, pelo visto.

- É, mas valeu a pena - disse Sandra - Pegamos muitas coisas. Vamos dar espaço a ela. Léo vem comigo?

- Tá - ele e Sandra se retiraram.

- Não se incomoda se eu ficar? - indagou Tony.

- Nenhum pouco.

***

Uma batida na porta tirou a atenção de Neiva, que estara pensativa em sua poltrona. Ela foi até a porta.

- Yuki, tudo bem?

- Sim. Sandra e os outros voltaram.

- Isso é bom. Enquanto a Sally e Price, eles já voltaram?

- Nada deles. Mas não foi só por isso que vim até aqui. É o Rafa, ele está morto.

- Deus...

- Pelo que parece ele morreu no mesmo dia em que o levaram para lá. Uma boa bancada na cabeça resolveu tudo - ficou cabisbaixa - O que Carter vai pensar quando voltar?

- O que quer dizer?

- Ele vai querer saber como o irmão morreu. E então, inventamos uma história?

- Se for para nos manter seguros, sim, nós vamos.

- Tenho que voltar a enfermaria, tem muita gente precisando de mim.

- Claro. Vá.

***

Carregando a madeira até a área de construção, Brian e Newt perceberam a movimentação no portão. Decidiram ir até lá, por curiosidade. Deixaram as toras no meio fio e seguiram reto.

Vanessa e Lydia retiravam dois desconhecidos de dentro do carro. Se aproximando, Brian pôde ver a feição de um, mesmo com os olhos vendados.

- Fica quieto - Vanessa segurava Erich com força - Não vamos te machucar. Pode ajudar? - percebeu Brian se aproximando.

- Quem são esses? - Newt veio pelo outro lado fitando Daniel, que estara desacordado.

- Sandra e os outros encontraram eles.

- Me ajuda aqui, Newt - Lydia puxou Daniel.

- Ei - Brian se aproximou de Erich - Tudo bem. Pare de se mexer. Tá parecendo o boneco do posto - tirou a venda.

Erich espremeu os olhos devido a claridade. Quando adaptados, estreitou os arredores.

- Onde eu tô? - perguntou ele.

- Em um lugar seguro - responde Vanessa.

- Irmão? - Erich viu Lydia e Newt descerem Daniel do carro.

- Ele está bem. - garantiu Lydia.

- Aí, cara - Brian colocou a mão em seu ombro -, relaxa.

- E quem é você careca?

- Brian. Essa é a Vanessa. - aponta para a moça ao lado.

- O que vão fazer?

- Sinceramente? Não sei - Brian olhou para Vanessa - O que vamos fazer com eles?

- Levá-los até a Neiva. Mas antes, tem algum ferimento? Mordida?

- Não até onde eu sei.

- Vamos.

As pessoas nas casas observavam eles levando os dois no meio da rua. Alguns discutiam entre si. Outros sussurravam quando passavam.

- Somos famosos - Lydia brincou.

- Eu também fiquei curioso - Newt fez força para o braço de Daniel não escorregar sobre seu ombro.

Um garoto saindo da garagem de casa, veio correndo até eles.

- Quem são esses? - acompanhou.

- Fica fora disso, Harry - ordenou Lydia.

Ele parou, assistindo eles se distanciarem.

- Depois eu te conto tudo - Vanessa sorriu ao passar. Harry retribuiu com outro. 

***

Nos fundos da Central 69 estava Léo cavando um retângulo no solo. Ao seu lado havia uma montanha de terra. Ele parou e respirou, deu uma olhada ao redor vendo todas covas já feitas com lápides, exceto duas e agora, mais uma.
Os pedaços de madeira, formando uma cruz, tinham objetos pendurados: um anel em cada um deles.

Ouviu passos, era Harry se aproximando das duas covas. Ele carregava um copo-de-leite, se ajoelhou e colocou a flor em um dos túmulos com as cruzes.

- Era a favorita dela. - comentou o menino.

- É bem bonita. - Léo disse.

- Para que essa cova? - Harry franze o cenho.

- É... O cachorro da moça do 44 se foi.

- Ela não foi embora junto com o cachorro? Pode ser sincero, não minta só porque sou uma criança - Léo ficou quieto - Eu também vi a Sally saindo a noite com o Price, levando aquele estranho.

- Disso eu não sabia.

- Talvez esteja mais desinformado do que eu - se levantou e limpou os joelhos sujos de terra.

Harry se retirou em passos curtos sob o olhar duvidoso do coveiro.

***

Zack estava com os pés em cima da mesa, comendo salgado e jogando o jogo da velha. Se assustou quando a porta se abrira, Jack entrou com as mãos na costela, andando com dificuldade.

- Brian tá dormindo?

- Ele tá na construção com o Newt. O que houve com você?

- Encontramos uns caras no caminho - se sentou do lado dele - O que aconteceu com sua perna? - notou o curativo, pois Zack estava de short.

- Não foi só você que teve problemas. Aquele tal de Rafa veio aqui com mais um cara e atacou o Brian e eu.

- Onde eles estão? - olhou indignado.

- Na enfermaria - tirou os pés da mesa - Porra - sentiu a dor.

- Precisa de ajuda?

- Não, tudo bem. Eu só preciso fazer pouco esforço - subiu as escadas lentamente.

Jack se levantou e foi até janela. A casa a frente estava com a garagem aberta. Harry estava entrando lá, pegando sua bicicleta.

Jack saiu de casa. Calmamente, atravessou a rua, se dirigindo até o garoto.

- Ei. Harry, certo? - chegou a calçada.

- Sou eu.

- Jack. - entrou na garagem.

- Você é o cara novo. Você e aqueles dois.

- É, sou eu. Eu vim aqui te dar uma coisa - colocou a mão no bolso - Aqui - lhe entregou um policial de brinquedo - Achei que gostaria.

- Valeu - analisou o boneco - Cê tá bem?

- Já estive pior.

- Hmm. Obrigado. - guardou o brinquedo no bolso da blusa cor vinho.

- Por nada - olhou ao redor em busca de algo para comentar - Onde conseguiu? - apontou para uma caixa cheia de buzinas a gás.

- O resto da festa de aniversário da Carol.

- Carol? - franziu a testa.

- Era uma menina que morava no 32. Ela e os pais foram embora, pro centro de refugiados.

- Era sua amiga? - Harry ficou quieto. Jack compreendeu. - Bem, eu vou indo então.

O menino assentiu.

Jack seguiu para fora da garagem.

- Alguém morreu na ronda?

O sujeito brecou e olhou sobre o ombro.

- Como é? - se virou.

- Vi o Léo fazendo uma cova. Ele me deu uma desculpa, mas eu não acreditei. Era óbvio.

- Não... Ninguém - eles se olharam por alguns segundos - Eu tenho que ir.

- Tá bom - voltou a focar na bicicleta.

***

- O que vamos dizer a ele? - Lydia começou.

Todos estavam reunidos na sala.

- Uma ronda - Neiva respondeu - Tiveram problemas em uma ronda e ele acabou com uma concussão cerebral.

- Ele vai acreditar? - perguntou Vanessa.

- Marian, Han e Jack são as vítimas do tal acontecimento. Sim, ele vai acreditar.

- Então, teremos que manter os forasteiros alerta.

- Simples, não falamos que eles foram os responsáveis - Lydia sugeriu

- Mas a Vanessa está certa. - disse Tony - Temos que mantê-los alerta, por precaução.

- Eu não acho que eles iriam cooperar - Neiva se levantou - Você esteve com eles, Tony. Sabe mais sobre as atitudes deles do que todas nós. Acha que vão cooperar?

- Talvez, se eles se adaptarem, podemos chegar a um acordo. Aliás, não sabemos quando Axel e os outros vão voltar.

- Por mim... - Vanessa foi interrompida com o bater da porta.

Lydia, que estava próxima, atendeu. Jack foi entrando e avistou todos na sala. Desceu o degrau para o cômodo.

- Quem morreu? - todos o olharam - Zack me disse que ele e Brian foram atacados pelo Rafa. Tem a ver com ele?

- Sim, Jack - Neiva respondeu. - Estávamos pensando no que dizer ao irmão dele. Tentando desviar da verdade para manter você e seus amigos seguros.

- Seguros?

- Mal conhecemos Carter. Ele e Rafa chegaram aqui no meio da confusão e nem ao menos conseguimos conhecê-los melhor. Não sabemos do que ele é capaz.

- Se o Rafa foi capaz de fazer aquela coisa imagina o irmão dele. Não passa pela sua cabeça que o real motivo para o seu marido não ter voltado ainda é que talvez Carter tenha feito alguma coisa?

- Não, não passa.

- É claro. Você permite que seu marido saía com um desconhecido que tem um irmão psicótico.

- Jack, abaixa a bola. - Lydia entrou na sua frente.

- Estamos tentando te ajudar - Neiva passou a frente da filha - Não estamos falando do meu marido, Jack. Agora eu quero que você abaixe o tom e saía da minha casa - apontou para a porta.

- Jack... - Lydia o olhou nos olhos - Vai.

Ele olhou para todos os presentes.

- Me desculpem - lamentou. Olhou para Neiva.  - Desculpa - saiu.


***

O vento estava fresco. Zack andava, mancando pelas ruas da comunidade. Cumprimentou a todos, e pode reparar que grande parte do pessoal ali eram idosos.

Analisou os muros de quase quatro metros, passou pela área de construção onde viu Brian ajudando Newt e os outros a construir outra plataforma de vigia. Passou pela despensa, vendo Kim organizando as latas que retirava de uma pilha de caixas.

- Precisa de ajuda? - se aproximou.

- Já estou acabando, obrigada - sorriu.

- Eu insisto - pegou um monte e colocou.

- Verde com verde - apontou para a outra prateleira - Desculpa, eu sou perfeccionista.

- Tudo bem. Minha mãe tinha obsessão por limpeza - ambos riram - Zack - estendeu a mão depois de colocar as latas na prateleira certa.

- Kimberly. Mas me chame de Kim.

- Bonito nome.

- Você é amigo daquele homem careca?

- O Brian?

- É - revirou os olhos - Ele.

- Vejo que já o conheceu.

- Ele não parece muito amigável.

- É um coroa tarado. - se agachou para pegar outro monte.

- Bom, isso eu tenho que concordar.

- Com certeza - colocou as latas amarelas em seu devido lugar.

- Obrigada - colocou as mãos no quadril.

- Por nada. Eu fecho o portão.

Zack foi até o claviculário e pegou a chave automática, indentificada pela etiqueta. Ele apertou uma vez e nada. Mais uma, sem sucesso.

- Tem que apertar três vezes seguidas pra fechar.

- Ah, sim. - ele apertou mais que o limite, o portão se fechou da mesma forma.

- Pra abrir é o mesmo processo.

- Legal. Bem, acho que já vou indo. A gente se vê?

- Claro - sorriu.

Zack seguiu em frente, chegando até o portão. Na plataforma de vigia estava Sandra sentada na cadeira de praia e com um rifle no ombro, usando de um boné.

- Parece um trabalho confortável - colocou a mão acima dos olhos, bloqueando a luz do sol.

- Tenho que ficar de olho - levantou - Depois que aquele cretino entrou, a segurança tem de ser mais rígida. Zack, não é?

- Isso aí.

- Não devia estar descansando?

- Eu devia estar é aqui fora. Desde que cheguei não pude conhecer o lugar, apenas o teto branco e a cama do quarto.

- Entendo sua revolta - ela virou o rosto para o lado de fora dos muros. Mirou com o rifle - Pode abrir o portão?

- Tá - puxou a alavanca para cima e arrastou o portão para esquerda. O veículo entrou. Em seguida ele fechou.

- Está feito - Price disse ao sair.

Sally deixou o veículo em seguida.

- Bem longe? - Sandra indaga lá de cima.

- Bem longe. - afirmou Price.

- Ainda acho que foi um erro - Sally comentou. - Devíamos ter matado ele.

- Isso é fácil para você? - Zack arqueia a sobrancelha.

- Claro que não, mas se é para o bem de todos.

- Eu vou comer alguma coisa, tô cagado de fome - Price foi indo.

- Acha que ele volta? - Zack acompanhou Sally.

- Não. Deixamos ele a quilômetros de distância, também ele estava vendado, não vai saber o caminho.

***

Já era noite. Price se encarregou de enterrar o corpo de Rafa. Através da janela de sua casa, Harry observou ele enterrar o sujeito.

Os construtores já estavam se retirando, voltando para suas casas. Newt sempre ia para um caminho diferente dos outros, fazia questão de esconder metade das ferramentas perto da última casa do local. Começou a fazer isso com a vinda de desconhecidos a comunidade, prevenindo que pegassem para fazer saiba lá Deus o quê.

Neiva já providenciara uma casa para Daniel e Erich. Ela ficou com a chave da casa, querendo evitar que saíssem. Para maior garantia, ela deixou Tony sob vigia da casa, pois o mesmo era vizinho deles.

Na enfermaria, Han e Marian se recuperavam. Yuki fazia questão de ficar acordada para garantir que seus pacientes ficassem bem, e sendo a única entendente de medicina para um lugar tão grande, era complicado.

Kim subiu os degraus da varanda e bateu na porta de Tony. Ele atendeu e logo abriu. um sorriso largo.

- Tava demorando - disse ele.

- Você também não foi tão rápido assim para voltar.

- Entra. Minha irmã está na enfermaria, temos a casa só para nós - ele a agarrou, juntando seus lábios.

Kim percorreu as mãos pelo rosto barbudo dele, sentindo as deles viajarem pelo seu corpo. Ela teve de recuar a cabeça.

- Deixa eu entrar primeiro - sorriu.

- Certo. Vem. - a puxa para dentro.

A porta é fechada e o silêncio volta a tomar conta da varanda.

Da janela, Daniel observara tudo e assim que entraram, esboçou um sorriso malicioso.

- Os vizinhos estão fazendo um amor bem gostoso - gesticulou com o quadril.

- Da para parar de ver os outros transando - Erich fechou a cortina.

- Qual é, maninho? Eu tô tentando ter um meio de entretenimento neste lugar - se jogou na poltrona - Nós dois presos aqui dentro, não merecemos isso.

- Falou o cara que já foi preso mais de três vezes - pegou uma água da geladeira - Não suporta prisão domiciliar? Prefere as grades?

- Só eu que tô vendo merda que nós estamos? - se levantou - Os desgraçados tiraram nossas armas e nos deixaram presos aqui. Estávamos muito melhor lá fora.

- Aí, você que entrou no carro, falou? O cara nos deu uma escolha e você fez a sua. - foi até a escada.

- Aí que você se engana, maninho - Erich parou - Eu e você contra o mundo, esqueceu? Eu subi, porque você subiu... Alguém tem que ficar de olho em você.

- Eu me viro sozinho - terminou de subir as escadas.

***

Na sala, Zack lia uma história em quadrinhos. O abajur ao lado iluminava as páginas. Brian estava na geladeira pegando mais uma cerveja. Jack desceu vestido com um roupão, acabara de sair de um banho quente.

- Dei uma volta no lugar hoje - contou Zack, ainda com os olhos na página.

- Bom para você - Brian fechou a geladeira e abriu a garrafa com a ponta da mesa.

- A cuidadora da despensa é uma gata.

- Que cuidadora? Qual o nome dela? - Brian chegou perto.

- Kim.

- Achei que tu era racista - se afundou no sofá.

- O quê? - franze a testa.

- Nunca vi você com uma negona - bebeu.

- Isso não quer dizer que eu sou racista. Aliás, a gente nem tem tanta intimidade, só somos parceiros de trabalho.

- Tá certo - fungou - Mas é melhor abrir os olhos para outra, ela já tem dono.

- Você?

- É claro. Ela não resistiu ao papai aqui.

- Vocês estão brigando por uma mulher, dentre tantas aqui - Jack se juntou a eles - Não dúvido que neste exato momento ela deve estar transando com alguém.

- Improvável - Brian sorriu - Ela é uma santa.

- Essas são as mais soltas.

Todos riram.

- Caras, eu não me sinto bem assim há tempos. - Brian comentou.

- O que quer dizer? - Zack fechou a revista.

- Tudo isso era o que precisávamos. Sem preocupações com contas, sem dinheiro, sem roubar... - olhou de canto para Jack.

- Nem tudo são flores - Jack falou. - Pessoas morreram. Talvez meus pais, meu irmão... A primeira paixão do colégio - sorriu ao lembrar. - Só queria poder dizer uma última coisa a eles.

Brian ficou pensativo, olhando para a lareira a frente.

- Pode ser estranho de se ouvir. Mas eu agradeço pela minha mulher e filho não presenciaram isso - revelou Brian, permanecendo focado na luz trêmula da lareira. - Eles não teriam a mesma visão que a minha... Talvez, nem mesmo eu teria se eles estivessem aqui.

Jack e Zack lhe lançaram um olhar carregando pela estranheza e surpresa.

- É, nem tudo são flores - repetiu Zack.

Todos ficaram em silêncio.

***

No sofá, totalmente desconfortável, Daniel caíra no sono. Se levantou, com as costas doloridas. Ao ficar de pé sentiu sua coluna estalar bem no meio, uma onda de satisfação veio lhe confortar.

O relógio marcava 11h50, dormira muito em um móvel desconfortável. Colocou os olhos na janela, forçou um pouco devido a luz do sol, vendo as pessoas passando e conversando tranquilas entre si. Olhando mais para a esquerda viu Tony descendo da varanda e indo até o quintal, que fica atrás da casa.

- Aí! - bateu na janela. Tony olhou de imediato.

- O que foi? - demonstrou desprezo.

- O que acha de abrir a casa aqui, hein chefe?

- Para quê? Para você vir aqui para fazer besteira e me chamar de crioulo na cara dura?

- Sem ressentimento, amigo. Águas passadas.

- Tenha um bom café da manhã - Tony continuou.

- Ei! - o seguiu através das janelas, indo de uma em uma - Não vai nós deixar aqui dentro para sempre, seu cuzão! - Tony continuou a andar - Filho da puta. - resmungou baixo.

Daniel foi até a cozinha. Abriu a gaveta, esparramou todos os talheres até encontrar o que queria: um garfo.

Se dirigiu a porta dos fundos, no caminho ele dobrava as duas pontas do garfo e em seguida fazia quase um nó nas duas do meio, tudo isso com um pouco de firmeza.

Se ajoelhou em frente a porta e colocou o garfo dentro da fechadura. Abaixou o pino e rodou, a porta estalou. Ele puxou a maçaneta para baixo, a porta se afastou, se abrindo e deixando entrar uma corrente de ar fresco que fez ele sentir seus poucos fios de cabelo serem soprados.

Ao ver Tony logo a frente, indo até uma quadra de basquete improvisada, ele fechou a porta. Se levantou e ao se virar, seu coração deu um pulo que pôde sentir, subindo um frio repentino em sua espinha, ao ver a figura de Erich o encarando.

- Os meses na cadeia te fizeram bem. - comentou o casula.

- Onde você estaria sem mim, maninho? - bateu em seu ombro.

- Só não deixa as coisas tão claras, tá legal? - o seguiu.

- Você que devia se segurar. É mais solto que vagina de prostituta - guardou o garfo.

- E o que pretende? - Erich questiona. Daniel o olhou. - Agora que a gente tá solto.

- Vou pegar nossas coisas - esboçou um sorriso.

- E depois?

- Vemos o lugar, caso gostemos tomamos para nós.

- Dois contra um monte de gente?

- Sempre foi assim, mano - fechou a gaveta.

***

Jack ficou alterado com a véia. Maior vacilo com uma possível sogra.

Os irmãos caipiras pretendem fazer um baguncinha na comunidade. Interessante...

Até a próxima.

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