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|27|♛|Uivo Solitário do Lobo|

Bem-vindo ao 2° capítulo da att dupla💜 Não se esqueça de ⭐VOTAR⭐ e de comentar sempre que puder.

Prontos para um dos encontros mais aguardados da história? Hahaha...

#LoboDePrata

♛|Uivo Solitário do Lobo|

Eles avistaram os Templos de Areia muito antes de chegarem perto da cidade, pois se tratavam de imensas construções que, no passado, serviram como guia para os viajantes do deserto; então suas colunas cilíndricas, estátuas de deuses lupinos e tetos abobadados poderiam ser vistos de longas distâncias.

Faltava apenas um dia de caminhada para que o mar de peregrinos pudesse se estabelecer no lar do clã Wang. Antes disso, eles tiraram uma noite de descanso ali mesmo, em meio às dunas úmidas pela neve derretida, próximo a um oásis com uma lagoa recém-feita pela chuva que havia caído recentemente. A ansiedade pela chegada podia ser escutada nas cantorias e nas conversas ao redor das tendas e das fogueiras. Todos pareciam em paz, com esperanças renovadas e com motivos para sorrir outra vez.

Então Jungkook sorriu com eles.

Sorriu enquanto caminhava pelas tendas, verificando se a comida fora distribuída corretamente, se não havia enfermos ou pessoas esgotadas pela viagem que precisariam de um curandeiro, e se as carroças e os cavalos estavam amarrados em segurança.

Ele buscou distrações para passar aquela noite. Não iria conseguir dormir sabendo que faltava tão pouco para chegar ao local onde Jimin dera seu último suspiro. Era completamente aterrorizante...

Por isso, quando fez tudo que poderia até não sobrar nenhuma tarefa ㅡ e até ser respeitosamente despachado pelos seus seguidores, os quais não queriam lhe dar trabalho algum ㅡ, Jungkook se dirigiu a um alto monte de areia e se sentou na direção da cidade em que sua mãe alfa nasceu.

Wang Nara lhe trouxe ali ainda na infância. Foi naquela região que sua vida passou a mudar radicalmente, após a rainha ter capturado bárbaros saqueadores e possibilitado o encontro dele com uma velha xamã que lhe prometeu um futuro glorioso. Tinha comentado sobre essa previsão profética a Jimin e, por algum tempo, por causa dos instantes de felicidade que teve com o ômega, realmente acreditou nela. Mas agora estava completamente certo de que não passava de palavras enganadoras.

ㅡ Oi ㅡ disse Taehyung, logo abaixo do monte de areia onde Jungkook havia se sentado.

Os olhos tensos do rapaz pediam permissão para se aproximar. Foi ignorado em resposta.

ㅡ Eu só queria pedir desculpas por aquilo que falei pra o Jimin naquele tempo. E por todo o resto...

ㅡ Por ter se aliado ao feiticeiro e matado o meu irmão? ㅡ Jungkook não tirou os olhos dos Templos de Areia. Sob a escuridão do deserto, eles ficavam belíssimos com a iluminação das imensas tochas espalhadas de um canto a outro. Um verdadeiro farol no meio do deserto.

Taehyung se encolheu diante do tom de voz frio do antigo rei. Logo depois, o escutou sussurrar:

ㅡ Estou ciente das suas circunstâncias na época em que errou, sendo assim, se veio se explicar outra vez, é melhor não perder o seu tempo. Escolha uma tenda e durma, pois partiremos cedo.

Taehyung comprimiu os lábios, e depois os abriu enquanto calculava as palavras que queria dizer.

ㅡ Na verdade, eu tenho uma pergunta. Uma pergunta importante.

ㅡ Diga.

O garoto olhou para as próprias mãos. Parecia nervoso e inseguro e prestes a vomitar.

ㅡ O Jimin... ele realmente...? ㅡ Engoliu em seco.

ㅡ Sim. ㅡ De repente, Jungkook assemelhava-se a uma estátua empalidecida sobre a duna. Um fantasma perdido, sem rumo...

ㅡ Ainda não acredito nisso. Este lugar está me deixando maluco. ㅡ Taehyung bagunçou os cabelos num gesto ansioso. ㅡ Ele morreu? Como isso aconteceu? Da última vez que vi o Jimin, ele aparentemente estava bem, e estava com pessoas que pareciam ser de confiança, então fiquei me perguntando se tinha se machucado gravemente... Ninguém me diz nada...

Saia daqui.

Taehyung piscou e deu um passo para trás. A presença do outro lhe deu arrepios.

ㅡ Desculpa. ㅡ Passou a mão pelo rosto. Era difícil falar daquilo, mas ainda precisava saber... ㅡ Jimin me contou que vocês têm um negócio chamado "vínculo". Foi por isso, então? Quando você morreu, ele também...?

O perfil de Jungkook se ergueu para o alto do céu e sua respiração profunda se tornou névoa branca, como fumaça.

ㅡ Sim, eu o matei. Fui o responsável pela morte dele. Saia daqui.

Taehyung sentia que poderia rir de incredulidade e desespero, que iria se agachar e chorar, porque aquilo tudo parecia surreal demais e ao mesmo tempo extremamente realista, como um pesadelo sem fim. Como ele e o amigo tinham acabado numa situação daquelas? Não queria acreditar... No entanto, se ia questionar mais um pouco sobre as estranhas circunstâncias que levavam à morte de alguém naquele mundo, Taehyung excluiu essa pretensão assim que notou uma lágrima descendo pela lateral do rosto do outro alfa.

Nessa hora, ele viu que continuar perguntando seria muito, mas muito cruel. Muito mais do que poderia imaginar.

Então, calado e mantendo uma boa distância, subiu na duna e se sentou. E depois murmurou:

ㅡ Sabe... uma vez alguém me falou que, quando uma pessoa do meu mundo morre aqui, existe a chance de ela voltar pra onde veio. De ela voltar bem. ㅡ Seokjin dissera muitas mentiras para Taehyung, mas as misturara com palavras sinceras. O garoto queria acreditar naquela hipótese exposta pelo feiticeiro, ainda que não houvesse comprovação para ela. Ele só desejava muito que Jimin estivesse bem, e esperava que a informação pudesse, de alguma maneira, melhorar o semblante daquele homem sentando ao seu lado.

Imerso numa serenidade perturbadora, feito a calmaria que previa a explosão das nuvens de uma tempestade, Jungkook perguntou:

ㅡ Para onde vão os mortos do seu mundo?

Taehyung poderia ter lhe falado sobre os paraísos cristão, islâmico, hinduísta e judeu, ou comentado sobre as reencarnações do budismo, assuntos que conhecia por alto, mas nada parecia ser a melhor resposta para aquela pergunta. Sendo assim, no final, apenas sussurrou:

ㅡ Eu não sei.

Aquela noite terminou assim, sob uma enorme incógnita.

Em determinado momento, Jungkook foi deixado sozinho com a areia e com o horizonte iluminado pelos templos do clã Wang. Ele se manteve acordado até o sumiço da escuridão noturna atrás dos longínquos paredões de dunas, e o imediato surgimento do Sol no lado oposto.

Era hora de avançar. Teria que enfrentar o que encontraria, de qualquer maneira.

Os viajantes logo despertaram e recolheram suas tendas e pertences, colocando-os nas numerosas carroças. Na metade da manhã, partiram num ritmo ansioso.

Ao meio-dia, quando já conseguiam ver os moldes das casas que rodeavam os Templos de Areia, interromperam a caminhada para se alimentarem. Voltaram a avançar pelas dunas pouco tempo depois.

No final da tarde, avistaram o rio que banhava as margens da cidade e tiveram o primeiro contato com os cidadãos do lugar, alguns pescadores e comerciantes em seus pequenos barcos. A notícia da chegada dos viajantes rapidamente se espalhou depois disso, e uma multidão se formou para recebê-los.

Quando reconheceram Jeon Jungkook, a cidade explodiu numa frenesia ascendente. Todos se empurraram para vê-lo, para testemunhar o seu retorno ao lar do clã Wang e o fato de que estava vivo. Houve festa, gritos, reverências profundas e, por todos os lados, ouviu-se coros de pessoas entoando as profecias antigas.

O filho da Grande Rainha atravessou a cidade com sua nova corte ㅡ Kim Namjoon, Kim Nabi, Jeon Sirah, Lu Keran, Min Miho e o deslocado Taehyung ㅡ, e chegou ao primeiro templo. Os sons altos dos cidadãos da cidade continuaram perpetuando pelo lado de fora, abafados pelas paredes grossas e pálidas daquele gigantesco santuário. Jungkook estremeceu com a mudança de ares e com a visão das estátuas dos deuses espalhadas por aquele lugar. Temia encontrar a de um deus específico...

ㅡ Papai! Papai! ㅡ O grito de Kim Jina irrompeu dos fundos do templo, junto com as batidas de seus sapatos pequenos no piso envernizado.

Kim Namjoon passou por Jungkook tão rápido quanto o vento, e deslizou ajoelhado pelo chão até agarrar a filha e envolvê-la num abraço apertado, cheio de saudade. Ela soluçou nos braços dele, segurando-o firme com suas mãos miúdas. Lágrimas também apareceram nos olhos do ex-general enquanto murmurava "Minha querida", "Minha pequena loba valente".

Logo em seguida, outras pessoas saíram dos fundos do santuário, e entre elas estava Soobin. O pequeno garotinho agarrava-se à mão de uma sacerdotisa e parecia mais tímido do que nunca, estranhando os sons do lado de fora sem entender o que estava acontecendo.

Jungkook engoliu em seco quando o viu, e, antes de perceber, estava andando na direção dele numa velocidade crescente.

ㅡ Papa? ㅡ Soobin reconheceu o antigo rei um segundo antes de ser erguido e envolvido pelos braços trêmulos dele. ㅡ Papa!

Jungkook afundou o rosto na cabeleira negra do garoto e soluçou, abraçando-o com força, com afeto e com cuidado. Estava absurdamente aliviado por vê-lo bem e em segurança, chegou a sorrir abobalhado ao notar as bochechas e os braços rechonchudos da criança, sinal de que tinha sido muito bem tratado e alimentado.

Soobin ficara a salvo. Manter-se vivo tinha valido a pena, no fim das contas.

ㅡ Senti sua falta, pequeno. Perdão pela demora em voltar. ㅡ sussurrou, beijando a testa da criança e acariciando suas costas. ㅡ Não ficará sozinho outra vez, eu prometo.

Soobin abraçou o pescoço de Jungkook, deitou a cabeça no peito dele e sorriu alegremente.

ㅡ Majestade ㅡ chamou alguém que estava atrás da meia dúzia de pessoas que tinham aparecido com Soobin.

O alfa reconheceu a voz de Choi Yoojung de imediato, mas não foi isso o que atraiu sua atenção e fez o lobo no fundo de seu cerne grunhir dolorosamente. Foi um cheiro. Um perfume infantil peculiar que naturalmente mesclava o dele com o de... Jimin.

A antiga matriarca do clã Choi surgiu em sua visão, vestida com as roupas do clã Wang e carregando um embrulho nos braços. O que havia no embrulho se agitou e balbuciou.

O perfume gritou nas narinas dele e quase fez sua alma sair do corpo.

ㅡ Meu bem, poderia me dar um segundo? ㅡ Jungkook se abaixou para colocar Soobin no chão, com cuidado, e depois se levantou.

Andou na direção do embrulho sem sentir as próprias pernas. Elas pareciam dormentes como o resto de seu corpo. Parou um metro antes de chegar perto, com as mãos pendendo sem rumo, incertas e empalidecidas.

Ele tinha medo de aquilo ser um engano, um equívoco, uma miragem ou mais um de seus sonhos delirantes com desfechos rápidos e infelizes.

Com um sorriso fraco e solidário, Yoojung deu um passo e estendeu o embrulho na frente do corpo para que ele pudesse ver e ter a confirmação que precisava.

E lá estava um bebê de poucos meses, frágil em todos os seus minúsculos ângulos, com mãos apertadas e cheias de espasmos infantis, olhos curiosos e vermelhos feito a cor da aurora de primavera, e cabelos que mesclavam a negritude da noite com a platina da Lua Cheia. Ele era rosado e macio, uma miniatura delicada e perfeita de Park Jimin e Jeon Jungkook.

ㅡ Yeonjun... ㅡ Jungkook arfou, e foi seu fim e seu recomeço. As lágrimas caíram antes que pudesse controlar qualquer uma delas.

Yeonjun pôde nascer.

Houve tempo. Por um milagre, houve tempo. Então Jimin ainda ofereceu aquele último presente antes de partir... A alma de Jungkook estava em pedaços.

ㅡ Segure-o, Majestade. Segure seu filho. ㅡ Yoojung colocou o bebê nos braços dele cuidadosamente, pois estava ciente de sua perplexidade e insegurança.

Jungkook observou a criança em seu colo e analisou cada detalhe dela. Inspirou fundo, sentindo o cheiro de Jimin, e beijou o rosto pequeno com ternura. Em seguida, quando Yeonjun começou a estranhar aquele contato, encostou sua testa na do bebê, fechou os olhos e o cobriu com seus feromônios. Era sua forma instintiva de mostrar a ligação que tinham, e de dizer que estaria protegido para sempre.

Yeonjun rapidamente se acalmou, e ficou tão sereno e confortável que seus olhos começaram a se fechar, sonolentos.

Um instante depois, o bebê dormiu nos braços do pai alfa.

Jungkook o observou por mais algum tempo, admirado e absorto em pensamentos, com algumas lágrimas rolando silenciosamente pelo seu rosto e o fantasma de um sorriso curvando seus lábios. Agora tinha mais uma razão para viver, mais uma para continuar forte e lutar. Ele não poderia fracassar outra vez.

Nunca mais. Nunca mais.

Era sua promessa, a maior de todas que já fizera. Mas iria realizá-la corretamente, diante daquela pessoa.

ㅡ Onde o Ômega de Prata foi enterrado? ㅡ Sua voz profunda reverberou, solene, pelo santuário.

Um homem alfa alto e esguio deu um passo na direção dele. Era um de seus tios do clã Wang. Exalando benevolência, ele respondeu sua questão:

ㅡ Não o enterramos, Majestade. Ele... ㅡ Abriu e fechou a boca. ㅡ Explicar é complicado. Seria melhor lhe mostrar.

Então, com Yeonjun num braço e Soobin ao seu lado, Jungkook andou até o outro lado do templo. Assim que saiu pela porta, visualizou a enorme árvore sobre o alto de uma duna, com suas raízes se agarrando à areia e transbordando metros abaixo. Era toda de marfim e tinha uma densa copa de folhas escarlates.

Nessa hora, ele entendeu.

Arrastou-se até lá, abrindo caminho pela areia. Quanto mais próximo ficava, mais Jungkook tinha a sensação de que estava sendo engolido pelo chão, mas era apenas a alma dele atravessando uma maresia cheia de "Vazio". Precisou segurar forte a mão de Soobin para estabilizar a consciência e continuar andando.

Rodeou a árvore ㅡ tão linda quanto ele. Uma lápide perfeita, é claro, tinha que ser... ㅡ, e caiu de joelhos quando viu o molde humano no tronco dela, como uma estátua que fora esculpida naquela madeira fresca e viva.

O rosto de Jimin parecia estar adormecido, com olhos fechados e lábios carnudos dobrados numa curvatura relaxada. Uma estátua maravilhosa.

Jungkook precisou respirar e expirar. O buraco em seu peito doía.

ㅡ Assim é como se estivesse apenas descansando, meu amor ㅡ murmurou, reprimindo o nó na garganta. ㅡ Seu rosto fica dessa forma enquanto você dorme, sabia? Eu costumava... co-costumava observá-lo depois de retornar das reuniões cansativas.

Piscando para afastar as lágrimas ㅡ o que foi difícil de se fazer principalmente depois que Soobin decidiu abraçá-lo após notar sua infelicidade ㅡ, ele olhou para as duas crianças que havia trazido consigo até ali e depois tocou a superfície da árvore, exatamente onde estava o rosto esculpido do ômega.

ㅡ As crianças estão bem, estão muito bem. E Yeonjun é tão bonito. Você o viu, certo? Realmente espero que sim. E espero que não tenha tido..., como é mesmo a palavra que usava? Ah, sim... Espero que não tenha tido um "surto". ㅡ Jungkook fingiu um sorriso, que rapidamente sumiu de seu rosto. ㅡ Perdoe-me por não tê-lo seguido até os balões naquele dia. Eu sei que ficou decepcionado comigo... Nunca me esqueci de seu rosto triste e angustiado quando ordenei aos guardas que o levassem para longe de mim.

Jungkook abaixou a cabeça e cerrou os dentes. Mais lágrimas caíram.

Depois, se aproximou do rosto esculpido na árvore e encostou a boca nos lábios de madeira. Seria seu último beijo.

ㅡ Eu prometo que vou protegê-los com tudo o que resta de mim ㅡ murmurou com a voz embargada. ㅡ Eu prometo. Eu pro...

"Jungkook".

Ele piscou.

O que tinha sido isso? Uma alucinação?

"Jungkook".

O sussurro, que mais se parecia com um sibilo etéreo do vento, soou distante e opaco, mas rapidamente despertou o lobo interior de Jungkook de sua melancolia pungente e o fez uivar em resposta. As mãos do jovem alfa suaram e tremeram.

ㅡ Jimin. ㅡ Era a voz dele. Era a voz dele. ㅡ Jimin! ㅡ Com a mão livre, ele tateou o tronco da árvore. O mundo tinha parado ao seu redor. ㅡ Jimin, é você! Eu sei que é você! Estou sentindo. E-estou sentindo seu coração!

Jungkook tentou arrancar fora as cascas da madeira, usando as unhas que tinham virado garras sob suas ordens inconscientes. Com olhos vermelhos, vidrados e saltando das órbitas, ele buscou algum sinal visível de vida ali, e continuou a tatear e a gritar.

E gritar. E gritar. E gritar...

Incessante até ouvir uma resposta.

Então ele ouviu.

🌕🌖♛🌘🌑

"Venha descansar".

Park Jimin sentiu cheiro de grama e se remexeu sobre uma relva macia antes de abrir os olhos e ser atingido por uma forte luz solar.

Franzindo o cenho, ele se sentou ali, no meio de uma clareira rodeada por árvores bonitas cheias de folhas verdes e flores abertas, todas coloridas.

Onde estava a areia, as dunas do lar do clã Wang e o frio congelante? Jimin tinha apenas piscado e tudo fora substituído pela epítome da primavera.

ㅡ ... Onde é que eu 'tô? ㅡ Ele se levantou, um pouco tonto, e saiu andando sem destino.

Alguma coisa estava diferente nele, de alguma maneira...

ㅡ Olá ㅡ disse uma voz alegre, mas desconhecida.

Jimin se virou e avistou um rapaz não muito mais velho que ele. Era alto, bonito, tinha cabelos e olhos castanhos, exibia um sorriso gentil e vestia calças e blusa brancas. Logo reparou que também usava a mesma combinação de roupa que aquele desconhecido.

ㅡ Hm, olá...? ㅡ falou Jimin, incerto.

ㅡ Como se sente? A angústia diminuiu? ㅡ perguntou o estranho, como se soubesse de todas as dores pelas quais o garoto havia passado até aquele momento.

Surpreendentemente, nessa hora, Jimin se deu conta do que parecia diferente. A exaustão anormal de seu corpo havia sumido. Ele conseguia respirar outra vez, sem os espasmos dolorosos de seu lobo interno. Na verdade, sentia-se como um humano comum, com olfato e visão comuns. Para comprovar sua teoria, buscou os chifres sobre a cabeça e nada encontrou. Seu cabelo e a cor de sua pele também voltaram ao que eram antes: fios escuros e articulações bronzeadas.

De fato, não havia angústia causada pela quebra do vínculo que tinha com Jungkook. Não poderia haver, pois agora Jimin era uma pessoa normal, e pessoas normais não se vinculam a ninguém. Não existe isso no mundo real.

Mas ele percebeu uma coisa que o deixou e estranhamente ㅡ porém, irremediavelmente ㅡ feliz. A dor de perder Jeon Jungkook ainda latejava em seu coração. Ela estava ali, viva e pulsante, o corroendo por dentro, obliterando de uma vez por todas qualquer dúvida que ousou passar pela sua mente no passado sobre o quão real o romance deles tinha sido.

Jeon Jungkook existiu e continuaria a existir. Não foi um sonho, nem ilusão e nem o roteiro de um livro. Foi real, pois a realidade dói e arde e queima e nos faz sentir vivos.

Mas para responder à pergunta do estranho, Jimin escolheu poucas palavras:

ㅡ Sim, diminuiu um pouco... ㅡ Ele encarou o outro rapaz e estreitou os olhos. ㅡ Espera aí, sua voz... foi sua voz que falou comigo. Você me trouxe pra cá?

ㅡ Acho que sim. Não tenho certeza, não consigo controlar muitas coisas neste mundo, por mais que isso não faça sentido algum... ㅡ O estranho coçou a nuca como se dizer aquilo nada mais fosse do que constrangedor.

ㅡ Quem é você?

ㅡ Eu me chamo Kang Song. ㅡ Kang Song se aproximou e curvou levemente cabeça, num cumprimento típico de uma pessoa do leste oriental. Em seguida, voltou a sorrir. ㅡ Se não fosse por alguns imprevistos de minha vida, acho que nós teríamos nos conhecido na festa de aniversário da minha irmã mais nova deste ano.

ㅡ Irmã?

ㅡ Isso. O nome dela é Kang Somi. Sua irmãzinha já deve ter falado dela para você. Yeseo e Somi são melhores amigas, não é?

Isso pegou Jimin completamente de surpresa.

ㅡ Yeseo? Você conhece a minha irmã caçula?

ㅡ Sim, eu conheci uma vez quando ela visitou a Somi na minha casa, uns anos atrás. E depois a vi novamente quando ela pegou o meu livro para ler ㅡ explicou Song. Ele pôs a mão direita sobre o rosto e apertou as têmporas. ㅡ Aigoo, eu deveria ter escondido esse livro num lugar em que essas garotas só tivessem acesso a ele quando completassem dezoito anos.

Jimin travou a respiração por um segundo. Sua mente rapidamente ligou os pontos.

ㅡ Livro? O livro de que está falando é... Você...

ㅡ Ah, sim. Isso mesmo. Sou o autor dele. ㅡ Kang Song se balançou e enrubesceu. ㅡ Sou o criador deste mundo e também... o Ômega de Prata que veio antes de você.

~♛🌕🌖♛🌘🌑♛~

#LoboDePrata

Espero que tenha tido muitas emoções (◕ᴗ◕✿). Deixe seu ⭐VOTO⭐, por favor

E lá estava eu, às 2 da madrugada, chorando enquanto escrevia esses capítulos kkkkkk. Minha nossa, finalmente cheguei no momento que eu mais queria. Acreditem, daqui por diante todas as lágrimas e xingamentos que vocês jorraram serão recompensados (ou pelo menos trabalharei duro para que assim seja). Vocês gostaram? O que acharam do encontro do Jungkook com os filhos? E esse final... AAAAA esse final...

Gente, estarei nas minhas redes sociais, então se quiserem mandar mensagem, postar algo, pedir terapia e etc., fiquem à vontade. Estou muito ansiosa para saber a reação de vocês a esses acontecimentos. Ansiosa DEMAIS.

Por enquanto, é isso. Beijões nas bocas de vocês e até logo💜

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