|11|♛|Enfim, Marcados|
BOA NOITE, LUPINOS💜
Voltei mais cedo do que o normal porque eu estava muito ansiosa para postar este capítulo! Ele não é tão grande quanto os anteriores, mas há muito amor e sentimentos nele, além de aparições de alguns personagens importantes...
Não se esqueça de deixar o ⭐VOTO⭐, ele ajuda a história crescer e a alcançar novos leitores. Obrigada!
⚠️PARE AQUI e coloque a música "The Wedding" da playlist. Colocou? Então BOA LEITURAAAAA💜
♛|Enfim, Marcados|♛
Jungkook, onde você está?
Park Jimin se encolhia sobre a cama, em meio aos pertences pessoais de Sua Majestade, num ninho de ômega que havia criado inconscientemente.
Seus dedos puxavam as vestes reais e tateavam a textura elegante, cheia de bordados e desenhos pintados à mão. Cada minúscula fibra daquelas roupas parecia carregar o cheiro do alfa e resquícios de sua tão desejada presença.
Deitado em posição fetal, o garoto abraçou as pernas enquanto recebia outra avalanche de calor, a qual corroía as suas veias e provocava dolorosos apertos em sua virilha.
As calças folgadas que ele vestia grudaram-se com o suor e com o líquido transparente que passou a inundar o vale entre suas nádegas. A respiração de seus pulmões estava quente e pesada, e o ar ao seu redor se via denso, cheio dos feromônios liberados pelo próprio garoto; então o simples ato de inspirar parecia difícil.
Com a mente coberta por uma nebulosa, Jimin murmurou e murmurou o nome daquele que aparentemente tinha a resposta para todas as suas incertezas, o remédio para todas as suas mazelas.
E quando o grito dos soldados anunciou o retorno do rei ao castelo, ele sentiu que poderia respirar fundo novamente.
O Jungkook não foi embora de verdade, pensou o ômega, com diferentes sentimentos vibrando no peito.
Jimin se apoiou nos braços trêmulos e se esticou para cima, encarando a porta e engolindo em seco.
Quando as suas narinas sensíveis captaram os primeiros filetes do aroma de Jeon Jungkook, o garoto foi arrebatado por uma leveza inebriante. Suas bochechas e outras áreas do corpo se encheram de cor, com o sangue fervendo por baixo da pele clara.
Jimin escutou os passos do lobo, que logo em seguida se transformaram em passos humanos. E então a maçaneta girou devagar, abrindo as grandes portas com um ruído metálico.
E lá estava o monarca daquelas terras, rei e soberano de Adaman, em sua plenitude tão atraente e atordoante que quase levou o peito de Park Jimin ao chão.
Os olhos de Sua Majestade queimavam num vermelho vivo.
— Jimin... — disse ele, ainda hesitante, ainda frustrantemente contido.
Jungkook ainda vestia as roupas que havia usado na festa daquela noite. Calças escuras, sobretudo branco com bordados em vermelho, anéis de prata e botas pretas. Mas toda a polidez de antes parecia ter sido maculada de alguma forma. Fios de cabelo escapavam do penteado e as bolsas debaixo dos olhos redondos estavam um pouco fundas.
Claro que nenhum desses detalhes conseguiria roubar a beleza marcante do rei, mas dava a ele um certo toque de selvageria que Jimin não estava acostumado a ver.
— Jimin, você está... — Jungkook trancou as narinas e piscou os olhos várias vezes. Seus punhos se fecharam nas laterais do corpo.
O cheiro do ômega estava muito forte e impossível de ser ignorado.
— Po-por que fugiu de mi-mim...? — balbuciou Jimin. Sua mente estava instável, por isso ele chorava de dor, de raiva e de outra coisa que não compreendia.
— Pra o-onde você fo-foi!?... Argh!! — O garoto se retesou para frente quando sentiu o peito se apertar e o membro íntimo pulsar. Ele não sabia por que estava tão triste, e nem por que o calor que vibrava em seu corpo havia se intensificado com a presença de Jeon.
Talvez estivesse entristecido porque o alfa havia se comportado de maneira estranha diversas vezes, como se quisesse rejeitá-lo, evitando-o a todo custo.
Talvez estivesse quente porque seu corpo desejava o corpo de Jungkook como jamais havia desejado qualquer outro.
Mas essas sensações pareciam tão fortes que poderiam ganhar vida própria e sair andando por aí.
— Po-por que você está tão di-distante? — Jimin encarava o alfa que parecia uma estátua diante da porta do quarto. — Você nã-não gosta mais de m-mim?
Foi aí que o alfa decidiu dar os primeiros passos para se aproximar do ômega. As botas pisando no tapete de pelos, criando um som abafado que se misturava aos grunhidos agoniados do garoto sobre a cama.
Quando chegou perto de Jimin, Jungkook pôs as duas mãos no rosto dele e comprimiu os lábios.
— "Gostar" é uma palavra com um significado tão simples que não cabe mais... Na verdade, eu estou absolutamente apaixonado por você, Park Jimin. — As pulsações dentro do peito do rei se intensificaram.
De repente um alívio extraordinário atravessou a alma de Jimin. O lobo atormentado em seu cerne parou de uivar solitário, enviando lágrimas aos olhos do garoto. Agora restava apenas aquele mar de fogo em seu corpo, as pulsações quentes, o desejo insaciável e cheio de luxúria.
A presença do rei fervia os pulmões do ômega, mas de um jeito bom. Muito bom. Então ele o abraçou, colocando os braços ao redor do pescoço forte do alfa, encarando as profundezas dos olhos vermelhos.
— Faça isso parar, Po-por favor — pediu, instintivamente sabendo que Jungkook poderia satisfazê-lo.
Pela primeira vez Jeon respirou fundo, cerrando as pálpebras, permitindo-se apreciar plenamente os aromas doces que pairavam ao redor de Park, deixando o próprio corpo reagir a todos eles, sem mais restrições.
Quando reabriu os olhos, as flâmulas vermelhas em suas órbitas pareciam querer consumir tudo.
— Eu farei — murmurou em resposta.
Jungkook exalou seus feromônios com liberdade, lançando uma enxurrada cálida sobre Jimin, inebriando o menino ao núcleo, domesticando o lobo em seu coração como se estivesse lhe acariciando.
Assim, o ômega intensificou o aperto do abraço e puxou o parceiro para a cama enquanto cheirava e beijava o pescoço dele.
Jungkook se deixou ser guiado somente até o momento em que ficou por cima do corpo alheio, com os braços ao redor de Jimin, e com o quadril no meio das coxas dele. Depois disso, ele se tornou deliciosamente proativo.
Suas mãos grandes e firmes seguraram a cintura e as costas do garoto. Ele começou a beijá-lo nos lábios, sentindo a suavidade única dos beiços carnudos de Jimin, lançando a língua para dentro, unindo-a com a do outro numa dança.
Park estava um pouco ansioso, o desejo de sentir o corpo do rei no dele era imenso, então os seus dedos correram para tatear a pele quente de Jungkook por baixo do sobretudo, arrancando as fivelas e os botões que fechavam a roupa, traçando linhas imaginárias nas dobras dos músculos, na clavícula forte, nos ombros definidos.
O quadril do ômega também se movimentava instintivamente, pressionando a própria virilha na do alfa, esfregando-se num convite urgente, agindo como gasolina num incêndio.
A ereção de ambos era óbvia e provocava-os. Em dois tempos, eles começaram a se desfazer de todas as vestes. As mãos trêmulas de Jimin arrastaram as mangas do sobretudo aberto do rei até que o peitoral e o abdômen perfeitamente esculpidos dele fossem revelados. Depois, elas seguiram para o cinto da calça e libertaram um pouco mais a protuberância latejante que havia naquela região.
Enquanto isso, Jungkook arrancava fora os botões da camisa do ômega, sem qualquer paciência e calma, e rasgava as calças úmidas que o separava de seu grande desejo.
Ele estava fervendo como lava, seus olhos gritavam pela visão do corpo nu de Jimin. Então, quando a obteve, o lobo em seu cerne rugiu feroz.
— Desde o instante em que você abriu as portas de meu quarto, nesta manhã, eu desejei tocá-lo assim. Eu clamei pela visão de teu corpo, pelo teu perfume... Jamais ansiei tanto por alguém — murmurou ele contra o pescoço do ômega, provocando arrepios naquela região com o seu hálito quente.
Jimin estremeceu com aquelas palavras, pois sentia que conseguia compreendê-las inteiramente.
— ... Por que não me tocou? — perguntou o garoto, ronronando. — Por que me afastou o tempo inteiro...?
O olhar do alfa parecia brasa sobre ele, despindo-o até a alma.
— Eu não tinha certeza se você iria querer a mim, como sou, e neste estado... — Os feromônios de Jungkook ficavam cada vez mais fortes, adentrando as células dos pulmões de Jimin e invadindo sua corrente sanguínea; enviando adrenalina, ocitocina e outros hormônios que provocavam tesão puro.
O ômega inspirou profundamente, absorvendo aquela droga lupina, e voltou a beijar o parceiro.
— Eu quero... — balbuciou contra os lábios molhados do outro.
Suas mãos delgadas buscaram o membro que ainda estava guardado pela calça escura de Jungkook. O toque morno da palma de Jimin naquela área febril fez o rei tensionar e relaxar a musculatura. Ele fechou os olhos para sentir, pela primeira vez, o toque de dedos em seu prepúcio, puxando-o para baixo e revelando um endurecimento completo.
Sua respiração pegou fogo quando o ômega começou a masturbá-lo devagar, cheio de habilidade, e uniu o membro ao dele próprio, esfregando-os em conjunto. A pulsação era sentida por ambos, o pré-gozo misturando-se e acumulando-se na mão do rapaz, facilitando, assim, a aceleração do toque.
Jungkook nunca tinha chegado àquele ponto com alguém, então ele se sentia flutuar num vulcão. Sem dor, apenas uma energia infinita.
Ele mordeu os próprios lábios, abraçou Jimin com força, e então passou a cobri-lo com beijos sedentos.
Dos lábios carnudos, Jungkook desceu para o pescoço do ômega, e então lambeu os mamilos endurecidos do peitoral rosa. Quando escutou pequenos gemidos, ele decidiu que queria oferecer mais prazer ao outro, prazer maior do que aquele que ganhava com a masturbação.
Suas mãos viajaram até as nádegas molhadas do garoto em seus braços e procuraram pela fonte. Quando encontraram, o alfa sentiu-se crescer um pouco mais, endurecendo como rocha.
Primeiro, ele introduziu o indicador. Isso fez Jimin tremer e hesitar durante a masturbação.
Jungkook enfiou o dedo mais fundo, alisando a parede interna com movimentos vagarosos, roubando gemidos mais altos do outro rapaz.
Depois, ele introduziu mais um dedo grosso e se aventurou naquela passagem estreita e úmida, tão convidativa. Isso foi o início da queda de Jimin.
— Ju-Jungkook... Argh! — O garoto arfou, inclinando a cabeça para trás quando o alfa acelerou o movimento dos dedos, enfiando-os até o limite.
Park Jimin largou os dois pênis eretos e apertou o travesseiro embaixo de sua cabeça. Ele voltou a balançar os quadris e abriu um pouco mais as pernas, praticamente suplicando para que Jeon Jungkook o devorasse imediatamente.
Reparando nisso, o jovem rei salivou e piscou atônito. Ele tirou os dedos da entrada do ômega e aproximou a boca de sua orelha direita para mordiscar o lóbulo.
Sentindo a ausência da mão de Jungkook, Jimin grunhiu em agonia:
— Fa-faça... Não para. Não, não...
Os lábios do alfa se curvaram num sutil e apaixonado sorriso.
— Este rei irá servi-lo.
Jungkook então despiu-se completamente, arriando as calças e jogando as botas para longe. Depois, ele agarrou uma coxa e uma nádega de Jimin, para abrí-lo um pouco mais, e pôs o topo do próprio falo duro no vale molhado do ômega, preparando-o para a sua entrada.
O alfa o penetrou numa lentidão quase dolorosa.
Ainda que os seus instintos gritassem para que o fizesse com mais força e velocidade, ele temia machucar o ômega, cujo corpo estremecia e se arrepiava, sentindo cada centímetro do membro pulsante dilatando-o.
Assim que mergulhou completamente naquele mar, Jungkook viu a razão se esvair, sendo guiado quase que unicamente pelo lobo interno.
Jimin enfraqueceu ao ser penetrado. A cada estocada dada pelo alfa, parte de suas forças era consumida. Ele estava enlouquecendo, gemendo alto, arfando sem fôlego, agarrando os cabelos de Jungkook e implorando por mais.
Mais força. Mais fundo.
Lágrimas inundaram os seus olhos, pois o prazer e todos os sentimentos que enchiam o seu peito pareciam explodir. Ele queria explodir, como uma mina terrestre, um vulcão, uma bomba.
Suas mãos seguraram os ombros flexionados do rei e afundaram-se ali, naquela carne incendiária, naquele suor libidinoso.
— Fo-forte...! Mais forte..., meu rei... — murmurou, ébrio.
As palavras "Meu rei" foram o caos para Jeon Jungkook.
Se antes ainda existia algum canto de sua mente mantendo certa sobriedade, agora essa parte se encontrava em um lugar longínquo e incomunicável.
O alfa intensificou as estocadas, aumentando a velocidade de como os seus quadris iam e voltavam, afogando-se nas profundezas do ômega até bater na parede que estabelecia o limite.
— Repita... Repita, por favor — pediu ele, num sussurro entrecortado.
— Hmm, meu re-rei...
Os corpos se colidiam ferozmente, ansiosos e desesperados, como se quisessem juntar aquilo que um dia foi um só indivíduo.
— Meu rei... Argh! — O membro de Jimin contraiu e começou a se derramar em pequenos jatos. O orgasmo veio em profusões, ondas de frio e calor, e de sentimentos mesclados.
Ele estava cego pelas sensações, então não notou quando os brotos em seus chifres de marfim desabrocharam em flores escarlates, e nem quando as paredes e o chão de seus aposentos foram cobertos por um jardim cheio de cores, flores e outras plantas nascidas do prazer do Ômega de Prata.
Mas Jeon Jungkook assistiu a tudo e ficou encantado, emudecido como um devoto que tinha visto um milagre divino, maravilhado com o peito batendo a mil por hora. Ele precisou beijar Jimin mais uma vez, envolvendo as bochechas rubras do garoto com suas mãos grandes.
O ômega apreciou aquele carinho e suspirou um pouco cansado. Porém, esse ato não era uma indicação de que ele se sentia completamente satisfeito.
Não. Bem longe disso. Park Jimin acreditava que poderia ficar vários dias naquela cama com Jeon Jungkook, e mesmo assim ainda seria insuficiente para abrandar todo o fervor que percorria a sua alma.
O ômega continuou recebendo as estocadas profundas e ritmadas de seu alfa, gemendo cada vez que o membro bem dotado o atravessava e tocava o limite de sua passagem interna. Ele também ardia sob os dedos do rei, que às vezes massageavam as suas nádegas, beliscavam os seus mamilos intumescidos, acariciavam o seu rosto e brincavam com a sua boca.
Do outro lado, Jungkook grunhia baixinho cada vez que penetrava Jimin. Aquela passagem apertada e úmida era um manjar divino e o levava aos ares. O pênis do parceiro vibrando e encostando em seu abdômen a cada balançar, e a visão de seu rosto enrubescido de prazer enviavam ondas de calamidade ao peito de Sua Majestade.
— És tão lindo... Tão bonito... Meu ômega — murmurou contra o ouvido dele, acariciando as mechas do cabelo prateado e a base dos chifres que, naquele momento, assemelhavam-se a uma belíssima coroa de flores.
De repente um maremoto eclodiu em seu interior, enviando sinais selvagens para o corpo. Assim, o alfa se enfiou mais uma vez, tão fundo que fez o ômega arfar alto e apertar a carne dos músculos dele, deixando marcas de unha.
Em seguida, o topo de seu falo inchou e se prendeu ali, naquelas profundezas.
— Ah!? — Jimin arregalou os olhos e piscou, desnorteado, sentindo-se romper por dentro.
Não era uma grande dor, mas não deixava de ser levemente incômoda.
O rei, imerso numa neblina densa e invisível, então estremeceu e extravasou. Seus olhos vermelhos brilhando incandescentes durante o processo.
— Ju-Jungkook... Ah! — Jimin exclamou mais alto, num gemido, quando foi inundado. Ele abraçou o alfa num impulso e se prendeu naquela posição, tremendo e arfando.
Jungkook o abraçou de volta, inspirando o cheiro de rosas que rodeava o ômega. Seu nariz buscou o pescoço dele e seus lábios depositaram pequenos beijos ali. Em seguida, ele abocanhou aquela região e enfiou os caninos que agora estavam pontiagudos.
Jimin apertou o abraço e choramingou. Ele não compreendia o que estava acontecendo naquele momento, eram tantas sensações bombardeando o seu corpo que a sua mente se via fora de órbita.
Não parecia errado, Jimin não se sentia mal. Muito pelo contrário, havia uma estranha felicidade pairando em seu peito. O garoto só não entendia.
Ele queria entender.
— ... O que a-aconteceu?... Hm... — perguntou baixinho, grunhindo.
Jungkook tirou os dentes da pele dele e beijou a marca criada durante longos segundos.
— O símbolo de nossa união... — disse, com a boca buscando a de Jimin. — Você é meu, e eu sou seu. Somos um só para sempre...
E, com essa promessa de eternidade, os dois se beijaram abraçados. A ventania noturna que adentrava o quarto pela janela aberta levantou as cortinas da cama e as flores do jardim recém-feito. Depois, ela girou ao redor dos dois amantes, criando um redemoinho invisível e místico. Era como se, com isso, uma entidade superior estivesse entregando suas bênçãos àquele romance.
(Havia aqui uma Ilustração dessa última cena dos Jikook, precisei retirá-la por conta das novas diretrizes do Wattpad que censuram conteúdos visuais de cunho sexual. Fiz isso para evitar que a fanfic seja deletada pela plataforma assim como várias estão sendo por aí. Àqueles que desejarem ver a ilustração, podem encontrá-la no destaque "wallpaper" do meu IG: @kaka.leda. Foi mal, gente 😕)
🌕🌖♛🌘🌑
— Xeque-Mate! — exclamou Park Jimin após mover a peça da rainha branca pelo tabuleiro, cercando o rei adversário.
— Hm... Perdi novamente — murmurou Jeon Jungkook, fingindo estar decepcionado consigo mesmo. Enquanto isso, ele acariciava a lateral do pescoço de Jimin com os lábios e o topo do nariz, abraçando-o por trás e depositando alguns beijos cálidos.
O ômega sentiu um arrepio gostoso e quase revirou os olhos.
— Você poderia pelo menos se concentrar um pouco mais no jogo. Estamos apostando. Agora está me devendo dois favores — disse ele.
— Estou concentrado. Muito concentrado... — O rei beijou sua bochecha e sorriu um sorriso sacana.
Já fazia três dias desde o início do cio de ambos, mas, ainda assim, eles continuavam sentindo um desejo colossal que só poderia cessar após horas seguidas sobre a cama.
Seus corpos estavam cansados e mais magros, mesmo que eles estivessem se alimentando com as comidas vitaminadas que eram entregues pelos servos durante os horários de refeição.
Jimin era o mais enfraquecido dos dois. Jungkook conseguia roubar dele toda a carga energética em apenas algumas estocadas e beijos. Por isso, as pernas do ômega se viam letárgicas, e seu corpo, constantemente sonolento.
Então o casal decidiu dar pausas para conversas e jogos, como aquela partida de xadrez. Mas é claro que, depois de pouco tempo, a vontade de fazer amor voltava como uma avalanche.
— Sabe, é engraçado o fato de que neste lugar existe xadrez. Fiquei surpreso... — comentou Jimin. — Algumas coisas daqui são iguais às do meu mundo, seguindo uma certa lógica...
— Qual lógica seria essa? — Jungkook o escutava atentamente, sem deixar de abraçá-lo.
— Por exemplo... Xadrez simula uma guerra. As peças são membros importantes de uma legião. As duas cores simbolizam dois exércitos diferentes, e a luta é ganha com estratégia. Faz sentido existir esse tipo de jogo neste lugar.
— Hmm, em seu mundo também há guerras?
— Sim — Não deveria ter, mas ainda tem, continuou em pensamentos.
— ... Compreendo.
A expressão na face do alfa ganhou uma pequena sombra. Algo o preocupava.
— O que foi? — perguntou Jimin, notando o olhar distante do rei.
A vermelhidão nas íris de Jungkook estava opaca naquele instante.
— Apenas... — Ele balançou a cabeça, fechando e abrindo os olhos, e acariciou os cabelos do parceiro. — Nada. Não é importante neste momento.
Jimin contraiu os lábios carnudos e falou:
— Na última vez em que você escondeu coisas de mim, eu quase surtei no meio da festa de dias atrás. Por isso, me diz o que é.
Jeon o encarou com um olhar pensativo durante alguns segundos, antes de virar o rosto e de suspirar cansado.
— Algo está acontecendo ao Sul, em Eliah. Nenhum mensageiro sulista foi enviado anunciando formalmente uma guerra, e o exército inimigo está se comportando de maneira estranha... Ontem, quando os servos deixaram o nosso jantar, eu recebi uma carta do General Kim Namjoon. Ao que parece, Eliah está quieta, e sem comunicação. Os soldados da fronteira não dialogam com os nossos. É quase como se... — O jovem rei hesitou, contraindo o cenho.
— Como se o quê, Jungkook? — Jimin se ajeitou no colo dele para vê-lo melhor.
— É quase como se estivessem aguardando algo. Quando invadiram os vilarejos do Sul, pareciam obstinados a me atingir, mas agora estão num silêncio estranho. Esse é o motivo de eu não querer mobilizar as minhas tropas agora. Desconhecer as pretensões do inimigo pode levar à queda.
— Entendi... — O ômega encarou o chão e refletiu.
O que poderia ter acontecido com o reino inimigo? Essa quietude fazia parte do enredo original da história daquele mundo? Por acaso era uma "calmaria antes da tempestade" típica de livros de aventura? Ou talvez a narrativa tinha sido modificada após as ações de Park Jimin?
O garoto se perguntava tudo isso com um incômodo pairando em sua cabeça. Ele temia que algo ruim estivesse se aproximando, porque assim eram as histórias que envolviam os protagonistas.
E Jeon Jungkook era o protagonista.
— Não fique assim... — murmurou o alfa após reparar no semblante tenso de Jimin. Ele o puxou para um beijo doce e mostrou um sorriso. — Adaman é uma terra próspera repleta de fortes soldados e fortalezas bastante equipadas. Já orientei Kim Namjoon para que ele enviasse mensagens às cidadelas da fronteira, exigindo fortificação.
Park o observou em silêncio.
Ele não faz ideia... Se estamos nos aproximando do segundo clímax da história, então nenhuma cidadela ou soldado secundário vai conseguir impedir um grande problema, pensou, engolindo em seco.
Vendo que aquele assunto ainda atormentava os pensamentos do ômega, Jungkook decidiu mudar o rumo da conversa.
— Jimin, você poderia me explicar uma coisa? — perguntou.
— Hm, claro. O quê?
— O que seria esse minúsculo desenho adornando a base de seu quadril? — O alfa tocou a área macia, na qual jazia uma tatuagem. — Assemelha-se a um lobo. É interessante...
— Hm? Ah! É por isso que você não parava de tocar esse lugar, ficou curioso — concluiu Jimin.
— ... Imaginei que fosse algo bastante íntimo, já que se localiza num região tão... — Um rubor tomou as bochechas do rei.
Que fofo, o ômega pensou e se inclinou para beijá-lo.
— É uma tatuagem que eu fiz há um ano quando o meu grupo de amigos ganhou um campeonato de jogo. Eu estava um pouco bêbado naquele dia, haha...
— Tatuagem?
— Isso aí. Vocês não fazem tatuagens aqui? Vocês não pintam a própria pele de forma permanente?
— Hm, não exatamente. Ouvi dizer que povos do deserto, no oeste, costumam fazer isso, mas não é permanente. Eles utilizam um líquido escuro para desenhar algumas regiões do corpo. Já o seu desenho parece ter sido feito no interior de sua pele! — Jungkook parecia sinceramente surpreso. — Como isso é possível?
— Com agulhas.
O alfa piscou, perplexo.
— Jimin, você enfiou agulhas em si mesmo?
— Não fui eu, foi um cara profissional. Não é qualquer um que pode fazer isso, porque é um procedimento meio delicado.
— Ah, foi um... Cara... — murmurou Jungkook.
— O quê? O que foi, Jeon? — Jimin reparou na expressão de desconforto do outro rapaz.
— Outra pessoa viu o seu quadril despido... — Os olhos do rei voltaram a brilhar vermelhos, mas logo em seguida essa intensidade cessou. — Perdão, estou sendo ciumento em demasia. A mente de um alfa no cio chega a ser um pouco... Caótica.
Com aquela explicação, Jimin relaxou e se virou completamente para abraçá-lo, sentando sobre as coxas dele com as pernas ao redor delas.
— Acho que essa coisa de "cio" também 'tá me afetando. Às vezes me lembro daquela noite em que o Choi Ren estava contigo e fico nervoso... Também penso no fato de que você deve ter se deitado com vários nobres antes de me conhecer, já que é tão bonito, e começo a me sentir triste. Mas o que eu posso fazer? É normal, afinal de contas.
— ... O que é normal? — Jungkook não sabia se havia entendido direito o que Jimin queria dizer.
— Ué? Fazer sexo com outras pessoas antes de se relacionar com alguém é bem normal. Tem gente que prefere experimentar isso só depois do casamento por causa de questões religiosas, mas não é o meu caso, como pode ver... — O ômega sorriu e apontou para si mesmo. Ele estava nu e sentado em cima do corpo pelado de Jungkook.
Jungkook ficou momentaneamente quieto, processando aquela informação.
— Então você já se deitou com outras pessoas antes? — Ele virou a cabeça para cima, em busca dos olhos de Jimin.
— Sim. Mais ou menos. Tipo, foram só algumas vezes e eu não fui passivo, porque fiquei extremamente desconfortável, então tecnicamente esta é a minha primeira vez dando o... Jungkook? Por que os seus olhos estão tão vermelhos...Ahn...?
De repente, o ar ao redor deles tornou-se rarefeito, pois o alfa voltou a liberar os seus fortíssimos feromônios. Aquele maremoto invisível atravessou Park Jimin e o enfraqueceu no primeiro instante. Com o rubor tomando sua pele e o calor fervendo suas veias, o ômega caiu em cima de Jungkook.
— Po-por que isso do nada? — balbuciou, tremendo e arfando. Seu membro já rígido, e suas nádegas inundando-se. Esse último detalhe vinha intrigando o garoto nos últimos dias.
O rei não respondeu, ele apenas deitou Jimin na cama, colocando-o de quatro, e passou a beijar as suas costas, descendo até a tatuagem. Quando a alcançou, ele enfiou os caninos nela e rugiu baixo.
O ômega estremeceu.
— Ah... Ju-Jungkook, fala comigo, ah... — Ele pôs a mão sobre os cabelos negros do rei e os acariciou.
O alfa então largou a tatuagem e beijou a mão que lhe dava carinho. Seu olhar ferino carregava uma sutil sombra de melancolia.
Sentindo o peito se apertar um pouco, Jimin segurou o rosto dele e o puxou para perto.
— Jungkook, não me diga que você nunca fez sexo com outra pessoa.
O alfa olhou para baixo com uma expressão que confirmava as suspeitas do ômega.
— Jungkook...
— Está tudo bem. É apenas o meu lobo agindo de forma irracional novamente. — Jungkook depositou outro beijo na mão de Jimin e respirou fundo. — Nossas realidades eram distintas até você aparecer diante de mim. Nossas convicções e valores consequentemente também seriam divergentes. Eu irei internalizar isso... Hm. — Ele pigarreou, sentindo o perfume inebriante de Park. — Confesso que é mais difícil fazer isso neste momento... Durante a TPM.
Jimin contraiu o cenho e segurou uma risada.
— Espera. Você disse "TPM"??
— Não falei corretamente? — O rei inclinou a cabeça para o lado, confuso. — Dias atrás, quando adentrou os meus aposentos antes de nosso passeio, você sugeriu a possibilidade de eu estar com a tal "TPM".
Essa explicação foi a gota d'água para o garoto. Jimin disparou a rir alto, gargalhando até perder o fôlego.
— CARALHO, HAHA! — exclamou ele, se jogando entre os travesseiros. — Jungkook, apaga isso da sua cabeça, por favor. Eu falei uma besteira muito grande naquele dia, hahaha...
— Hm, é mesmo? — Jungkook se arrastou sobre Jimin, estreitando os olhos e exibindo um sorriso astuto. — Ousa brincar com o rei de Adaman, jovem cavalheiro?
— Eu ouso — disse o outro garoto, mordendo o lábio inferior e prendendo a cintura do monarca entre suas pernas cruzadas. Sabendo que poderia fazer Jeon enlouquecer, ele liberou uma nova onda de feromônios e assistiu ao momento em que o olhar de fogo do rei voltou a incendiar.
O sorriso de Jungkook ficou maior, e outra parte de seu corpo também.
— Você está se divertindo. Sabe bem como me provoca, e continua o fazendo...
Acho que estou mesmo. Acho que perdi toda a minha razão por causa dele, pensou Jimin, com o corpo em chamas.
— Jungkook, hm... — chamou num balbucio, enquanto o outro se inclinava para cheirar o pescoço dele. — Agora é você quem... precisa explicar... uma coisa... Hm...
— Diga-me a sua questão — falou Jungkook contra a pele do ômega. Seu hálito era quente como a brisa de um deserto de areia.
— O que você fez comigo, ein?... Ahn... — Jimin não pôde controlar um gemido quando o alfa lambeu a marca do vínculo em seu pescoço. — No-notei que, toda vez que você começa a me tocar, e-eu viro uma torneira... I-isso é normal neste lugar?
O rei soltou uma risada anasalada e o beijou nos lábios.
— É apenas o seu corpo reagindo ao meu, e reage assim porque és um ômega.
— ... E o que tem a ver eu ser... um ômega? — Jimin não conseguia conectar as duas coisas.
Jungkook não respondeu desta vez, ele parecia concentrado demais em sentir o cheiro dos cabelos prateados e a maciez da pele do outro rapaz. Seu olhar novamente se encontrava ébrio e em brasa, os desejos consumindo o âmago do alfa.
E então eles voltaram a cair nos braços um do outro, aos beijos e gemidos, fazendo amor intensamente, unindo os corpos até que suas almas fossem mescladas.
Jungkook atou Jimin mais uma vez, fazendo o garoto contrair o tronco e se derramar de puro prazer. A agitação durante aquele ato, e os tremores causados pela profusão de sensações e sentimentos, levou a algo inesperado.
Quando se abraçaram novamente, suados e satisfeitos, Park jogou a cabeça para trás, arremessando os chifres contra a cabeceira da cama, feita de madeira e prata entalhada. O impacto ecoou num baque surdo que assustou os dois rapazes.
— A-ai...! — Jimin sentiu um leve beliscão no topo do chifre esquerdo.
— Meu bem... — Os olhos de Jungkook saltaram das órbitas.
Ele agarrou algo caído entre os lençóis e o trouxe para o campo de visão do ômega.
Era um pedaço do chifre, com florzinha e tudo.
— Hahaha... — Jimin riu baixinho, imaginando onde enfiaria o rosto quando saísse daquele quarto e se encontrasse com outras pessoas.
Agora que carregava apenas um chifre e meio na cabeça, tudo seria ainda mais constrangedor, principalmente se perguntassem a origem do ocorrido.
Porém, quando aquela semana passou e o período de cio cessou, o garoto descobriu que não precisaria explicar nada para ninguém; pois, aparentemente, as notícias sobre os dias de romance do rei com o Ômega de Prata tinham se espalhado pelos quatro cantos da capital real.
A fofoca corria solta no palácio. O principal assunto dentro das rodas de conversas da nobreza era sobre como as paredes externas da torre onde se localizavam os aposentos de Vossa Magnificência tinham sido cobertas por um jardim florido, e por uma comunidade inteira de pássaros, bem na primeira noite em que o casal predestinado havia passado juntos.
🌕🌖♛🌘🌑
Reino de Eliah, acampamento na fronteira nortenha.
Uma quinzena passou desde o dia em que os melhores guerreiros alfas de Chang Sun foram sacrificados para que a besta libertada por Seokjin fosse alimentada e fortalecida. A cena canibalesca ainda pairava na mente do rei, revirando o seu estômago repetidas vezes, causando-lhe arrepios e pesadelos.
Não bastasse isso, o acampamento real que fora erguido na fronteira Norte de Eliah, para aguardar pelo retorno da fera, aparentemente estava sob o comando daquela raposa traiçoeira e de suas nove caudas mágicas tão sedutoras.
Assim, o soberano daquelas terras se sentia um prisioneiro de seus próprios soldados. Um lacaio de sua própria coroa. Um desgraçado sem poder que, a qualquer instante, poderia ser morto por aqueles olhos dourados de Seokjin.
Chang Sun não compreendia o porquê de ainda estar vivo. Simplesmente não fazia sentido, pois aquela raposa agora tinha todo o reino em suas mãos. Além de poder. Muito poder. Um poder tão estranho e único que, às vezes, o rei se via pensando na possibilidade de estar lidando com alguma entidade divina maquiavélica.
Então por que ainda vivia? Se Seokjin queria reinar, ele poderia fazê-lo com facilidade.
Porém, os objetivos dele continuavam focados no Norte, em Adaman, e pareciam ser algo mais complexo, intrínseco ao trono do reino inimigo.
Dessa forma, Chang Sun sentia arrepios cada vez que saía de sua tenda e caminhava pelos arredores do acampamento, porque sempre se deparava com a figura do homem raposa.
Seokjin ficou boa parte daqueles quinze dias de espera em pé, encarando o horizonte além das montanhas que separavam Eliah de Adaman, com o seu olhar brilhante e semicerrado virado para o limite da Mata Fúnebre. Vez ou outra ele flexionava a mandíbula perfeita, denunciando a sua impaciência e irritação.
Nessas horas, Chang Sun tinha certeza de que algo atormentava aquele indivíduo. Isso relaxava o rei de algum modo, pois o permitia imaginar que existia algo naquele mundo com o poder de ameaçar o homem raposa.
Na décima sexta noite de espera, uma figura horripilante atravessou a floresta sombria e se aproximou do acampamento. Era a besta de Seokjin, mas, agora, a criatura parecia ainda mais assustadora, cheia de ferimentos e trotando como um cavalo abatido num campo de batalha.
Se fosse um animal normal, ou um ser humano normal, ela sequer teria chegado ao acampamento com vida.
Quando viu o estado da fera alfa, o semblante do homem raposa escureceu.
— Onde ele está!? Onde está a cabeça do Ômega de Prata!? — Seokjin rugiu para a besta, que se encolhia de medo diante dele.
Mesmo sendo tão apavorante e perigosa, e algumas cabeças mais alta do que o indivíduo com nove caudas, ela o temia como se fosse um filhote de cachorro.
— Maldição... Para você estar nessas condições, então significa que aquele reizinho já despertou. — Seokjin trincou os dentes após observar os rasgos sobre a pele putrefata do alfa amaldiçoado.
— Está se referindo ao rei Jeon Jungkook? — Chang Sun se aproximou com hesitação, mas tentando manter a pose nobre.
Seokjin assentiu, contraindo os olhos dourados.
— Tentei lidar com o problema antes que Jeon se tornasse um alfa completo. Agora que isso aconteceu, terei que mudar os meus planos radicalmente...
— Estás afirmando que foi Jeon Jungkook quem deixou essa criatura assim? — Chang Sun sentia-se perplexo.
Como rei de uma nação que fazia fronteira com Adaman, ele estava ciente da condição dos filhos da Grande Rainha, Wang Nara, e sabia muito bem que aquelas crianças tinham nascido defeituosas.
Min Yoongi, o primogênito, era fraco e doente. Jeon Jungkook, o monarca, sequer poderia se transformar num lupino.
Sendo assim, como um desses garotos conseguiria tocar naquele alfa terrificante e deixá-lo a um passo da morte?
Mas a expressão na face de Seokjin dizia que isso era bastante possível e nenhum pouco absurdo.
— Como você sabe disso? — perguntou o rei, tenso.
O homem raposa ergueu uma sobrancelha para ele, num semblante levemente debochado de quem dizia: "Eu sei de muitas coisas e não preciso explicar nada para você".
Voltando-se para a criatura, Seokjin a agarrou pelo pescoço ensanguentado e a ergueu no ar. Um brilho laranja e translúcido o envolveu, e risadinhas etéreas ecoaram como se fantasmas estivessem vagando por ali.
— Não sei como você continuará sendo útil para esta história, ou para mim... — A voz da raposa causou um frio na espinha de Chang Sun. — ... Então morra.
Seokjin enfiou as garras na jugular do alfa amaldiçoado e entortou-lhe o pescoço numa direção dolorosa e repugnante. A criatura ainda resistiu por mais meio segundo, antes de finalmente perder a vida.
— Mas você disse que a maldição do alfa atingiria aquele que o matasse — lembrou Chang Sun, um pouco nervoso. Sua única preocupação era em ter uma versão número dois daquela fera, só que no corpo da raposa maldita.
Mas Seokjin apenas deu de ombros e encarou a própria mão suja de sangue podre. Aquele líquido começou a macular as suas células e tecido, corroendo o interior de suas veias para cobrir todo o braço e, logo depois, todo o corpo.
Era a maldição agindo.
Porém, o homem raposa não se desesperou. Com um simples olhar brilhante, ele queimou o líquido e o reduziu a nada.
O rei de Eliah engoliu em seco.
— O que você pretende fazer agora? — perguntou, cerrando os punhos para não tremer.
— ... Não tenho certeza.
Chang Sun comprimiu os lábios, estupefato. Ele estava cansado de caminhar cegamente ao lado daquele homem místico, então jorrou questionamentos:
— O que exatamente você quer? Quais os seus objetivos com o trono de Adaman? Você não deseja ser rei, senão já teria me roubado a coroa...
— A sua coroa vale nada para mim. O reino de Eliah é só... Um coadjuvante — disse Seokjin, com sarcasmo. — Mas é verdade que não anseio em ser rei. Acontece que os meus objetivos só serão alcançados se eu bagunçar a ordem que foi estabelecida pelo Ômega de Prata na linhagem real de Adaman, e você e os seus exércitos serão os meus ajudantes nisso.
— Você não precisa de um exército para matar Jeon Jungkook. Acabou de controlar e de estrangular uma fera amaldiçoada com a palma da mão. Talvez nem o Ômega de Prata consiga impedi-lo. — Chang Sun não pretendia bajular Seokjin, ele apenas tentava encontrar alguma lógica nas ações daquele homem.
— Mesmo neste lugar as coisas não se resolvem só porque eu quero, Majestade... — A raposa acariciou a lateral do rosto do rei com a ponta afiada da unha. — Estamos todos atados a correntes invisíveis feitas com palavras escritas.
— Está falando de destino? — O cenho de Chang Sun se contraiu.
— Estou falando de roteiro.
Nessa hora, algo atrás deles aconteceu.
O corpo da criatura estrangulada começou a se transformar em cinzas, as quais foram levadas por um redemoinho sobrenatural. A ventania forte obrigou o rei de Eliah a estreitar os olhos e pôr uma mão sobre o rosto.
Depois de alguns segundos, a corrente de ar cessou, e, no lugar dela e das cinzas, restou a figura de um jovem rapaz vestido em roupas esquisitas.
Ele tinha a pele corada e profundos olhos castanhos. Os seus cabelos ondulados e marrons brilhavam ao refletirem a luz das tochas que iluminavam o acampamento. Era bonito e quase angelical, mas havia algo de errado com ele.
— Hm, não me diga que... — Seokjin estreitou o olhar para o novo indivíduo presente e riu.
— O-onde estou? — perguntou o garoto, um pouco aflito. — Que lugar é esse!? Quem são vocês!? ... Ah!? O-o que é isso!? O QUE É ISSO!?
Ele começou a gritar e a se debater como se algo estivesse corroendo o seu corpo por dentro. Em determinado momento, foi possível visualizar veias roxas dilatadas em seu braço esquerdo, bastante semelhantes às veias da fera alfa que havia morrido.
— Ele foi trazido para substituir o alfa amaldiçoado — Seokjin murmurou para si, analisando o jovem desesperado. — Se isso aconteceu, então significa que ainda tem um papel a cumprir...
Os olhos da raposa brilharam.
Seokjin se aproximou do garoto e pôs uma mão em seu queixo para levantar o rosto jovial.
— Como se chama? — questionou.
— Ta-Taehyung. Ki-Kim Taehyung. — Por baixo do semblante sofrido do menino, era possível notar que ele mal passava da casa dos vinte anos.
— De onde você é?
— Daegu, Co-Coreia do Sul.
O homem raposa não estava surpreso.
— Se você quiser sair deste lugar e se livrar desse incômodo, terá que me ajudar, Taehyung. — ele alisou a bochecha do garoto com a parte menos afiada da unha.
— Ajudar co-com o quê?
Os lábios de Seokjin se abriram num sorriso intimidante e perturbador.
— Com um regicídio.
[Regicídio: Ato de matar o rei/ a rainha]
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Entãaaaaaaaaa, o que acharam do capítulo? Galera, eu coloquei meu coração na cena dos jikook. Quis mostrar algo intenso, românticos e também um pouco selvagem. Eles ainda não podem dizer que amam um ao outro, porque é cedo demais para tanta certeza, mas esse sentimento já está criando raízes em seus corações...
Sobre o Seokjin, hehehe... Kim Taehyung apareceu, finalmente!! O que acham que irá acontecer daqui por diante? Suas teorias estão se mostrando certas? Já sacaram algumas coisas sobre o nosso homem raposa??? Me conteeem!
Ah, e o que acharam dos desenhos que fiz para este capítulo? Tenho um pouco de dificuldade com poses, então, para o desenho dos Jikook, eu recorri a algumas imagens que vi na internet. Pretendo melhorar aos poucos!
E agora os desenhos e edits que recebi recentemente💜💜 Cara, EU AMOR VOCÊS. Sério, muito obrigada por sempre me darem mimos tão lindos e fofos, eu fico muito MUITO feliz quando recebo cada um deles💜💜 (Todos os edits foram feitos com a autorização dos artistas originais🥰)
Notei uma coisa com esses desenhos... Vocês amam zoar o coitado do Jimin por causa dos chifres dele, mas, na grande maioria dos mimos maravilhosos que me dão, ele e os chifrinhos são exaltados. A ZOAÇÃO É AMOR ENCUBADO HAHAHAHA
Agora ficamos por aqui. MUUUITO obrigada pela leitura de vocês, pelo apoio, carinho e por estarem comentando sobre a fic por aí💜💜💜Tenho leitores maravilhosos demais aaaaaaa
Até a próxima, gente :3
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