"Uma Mão Lava A Outra"
Ver o Juan aos poucos tentar se aproximar de Rúlio e esfregar sua "amizade" com a Giu na sua cara, fazia Bruce se tocar que estava se esquecendo de algo importante: Ele era Bruce Darvegas, O Bruce Davergas, o que significava que ele não iria aceitar perder.
O problema era que a Giuliana o achava um mimadinho escroto, o que tecnicamente era verdade, mas deveria ter uma forma de a fazer pensar o contrário.
— Bruce, o que eu disse sobre tentar espiar o vestiário feminino? Espera mais uns anos até ter idade o suficiente e eu te garanto que o que não vai faltar serão garotas doidas para que você as veja sem roupa. Agora mesmo já tem um exército delas. — Alex menina disse, o fazendo perceber que já estava a um tempo olhando para o nada.
— Eu não tô espiando ninguém não! — não era mentira, afinal o alvo real era a Giu, mas a garota já tinha vazado enquanto ele viajava na maionese — Como você disse, se eu quisesse ver mulher pelada, isso seria a coisa mais fácil do mundo.
— E estava aí parado comendo mosca por que? — a mais velha perguntou.
— Eu só tava pensando em uma coisa.
— Sério? Porque parecia um cabeça de vento. Acho que você tá mesmo apaixonado, coitado. O cérebro até já começou a derreter.
— Começou nada! E eu não estou apaixonado! — realmente, aquilo era muito mais uma disputa de egos do que um conflito em nome do amor.
— Certo, se você diz. Mas já que tem tanto tempo livre, por que não faz algum trabalho voluntário aqui na escola? Segue o exemplo da sua crush.
— Eu tenho mais o que fazer e......pera, o que? O que tem a Giu? — Bruce disse, se perdendo durante seu raciocínio.
— Ela é tutora, assistente da professora de educação física, ajuda com a organização dos eventos, cuida dos animais da escola, e ainda tá em vários clubes. Por que não faz algo parecido ao invés de só se dedicar aos esportes? Seria ótimo para o seu currículo.
— Qual dessas coisas aí que a Giu faz é a mais fácil? — isso era perfeito, poderia mudar a imagem que a garota tinha dele e ainda passar mais tempo com ela. Chupa essa Juan!!!
— Bem, você é bom em convencer as pessoas e obviamente é bom nos esportes. Posso te colocar como assistente também, mas em troca vai ter de ficar de tutor.
— O que? Sério? Isso é tipo estudar por dois.
— Bem, normalmente não temos mais de um assistente, então seria só você e a Giu. Mas já que você não quer pagar o preço...–— a Alex disse, de forma convencida, já sabendo que o orgulho de Bruce e seu ódio por Juan eram maiores do que a sua preguiça.
— Tudo bem, quando eu posso começar? — ele disse de forma marrenta, se odiando por ceder.
— Provavelmente amanhã mesmo. Apareça na biblioteca depois do quarto horário e na área de conscientização física depois que terminar a tutoria. — a Alex parecia que teria mais alguma coisa para dizer ao irmão, mas esse plano foi atrapalhado pela aproximação de Alexei e Angélica. — Bem, então até mais tarde, e vê se não fica aí parado tão próximo ao vestiário. Não podemos ter mais escândalos envolvendo assédio sexual.
— Essa escola nunca teve nenhum escândalo envolvendo assédio sexual. — Bruce disse, confuso.
— Na verdade tivemos alguns, mas zelar pela reputação da escola também faz parte do meu trabalho, e eu sou excelente em tudo o que me proponho a fazer. Ninguém mais fala sobre a garota envenenada.
— Que garota envenenada???
— Exatamente. Tchau Bruce, tchau Brenda.
Espera, Brenda? — Bruce se questionou mentalmente , então se virou e viu aqueles enormes olhos verdes encarando a sua alma.
— Desde quando você tá aqui, sua doida? Quase me fez ter um infarto.
— Mas eu nem saí do seu lado hoje. Será que eu fiquei invisível sem querer outra vez? — agora era Brenda quem parecia viajar na maionese.
— A gente tá indo almoçar, querem vir? — Alex perguntou enquanto se aproximava de Bruce e Brenda, o que só fez com que Alexandra se afastasse ainda mais rápido.
— Não precisam convidar a gente toda vez. Parem de fingir que só saem para almoçar todo dia sozinhos porque não tem outras companhias, todo mundo sabe que vocês se gostam para valer, deixem de tentar disfarçar. — Brenda disse enquanto folheava seu velho livro.
— Certo, então dá para fazerem companhia para a Abby? Ela só conhece vocês e eu. — Angélica pediu em um tom gentil, enquanto fazia um olhar de cachorrinho perdido.
— Claro. Eu quero contar para a Abigail que o Bruce é um pervertido e que estava espionando as garotas. — Brenda disse, animada, já sabendo que aquilo deixaria Bruce irritado.
[...]
— Oi Sr. Lopes. — Alexei cumprimentou o pai de Angélica, que o recebeu na porta.
— Olá Alex, minha filha está terminando de se arrumar. Para onde é mesmo que vocês estão indo?
— Vamos fazer um trabalho de sociologia e depois ir jantar no T.W.Q. — o garoto respondeu um pouco nervoso. Ele e Enert já haviam se resolvido aparentemente, mas o homem ainda parecia um tanto ameaçador.
—Sabe, garoto...— Ernest começou a dizer, passando seu braço por trás de Alex e empurrando o garoto pelas costas, o forçando a entrar. — Durante o jantar nós acabamos não conseguindo conversar em particular. O que é mesmo que está acontecendo entre você e a An?
— Ela, bem, acho que somos amigos.
— Amigos? É isso? Engraçado, porque eu ouvi algumas coisas que eu não imagino que amigos costumam fazer. Mas é óbvio que deve ser mentira, afinal, você diria caso tivesse interesse na minha filha para que pudéssemos encarar isso como adultos, ao invés de mentir e tentar esconder isso como um covarde. Você não mentiria para mim na minha própria casa, mentiria? — o único motivo para aquele discurso, junto ao olhar ameaçador que o Sr. Lopes o lançava, não o terem feito engolir a seco, foi porque sabia que acabaria se engasgando com a própria saliva de tão tenso que estava.
— Pai? — Angélica o chamou, entrando na sala. Ela estava usando um vestido branco sem alças que ia até seu joelho, o que por um minuto fez Alex esquecer que estava sendo ameaçado pelo pai da garota a poucos segundos atrás — O que eu te disse sobre dizer coisas estranhas para os garotos?
— Certo, certo. Mas se eu tiver um neto daqui a nove meses, vai ser sua culpa eu ir preso depois de matar esse magricela.
— Tuuudo bem. Vêm Alex. —Angélica disse, o puxando pelo braço.
[...]
— Tem certeza que seu pai não vai me matar se ver a porta fechada? — Alexei perguntou ao ver Angélica fechar a porta do quarto.
Ele era o tipo de pessoa um tanto mais cautelosa, daquelas que pensam bem no risco que correriam ao fazer alguma coisa e acabavam não fazendo. Aquele tipo de pessoa — qual era mesmo o nome? — Ah, sim....... covarde.
— Ele já vai ir trabalhar, além disso, ele não precisa de motivos para querer matar você. — a loira brincou.
— Animador. — Alex respondeu de forma sarcástica.
Era melhor olhar pelo lado positivo, tudo bem que o pai de Angélica o odiava e tinha acabado de ser ameaçado, mas preferia focar no fato de estarem sozinhos no quarto dela. Certo, os dois só estavam estudando juntos, mas as vezes as coisas vão além do planejado....... Sonhar não ofende.
— Bem, o que vamos fazer no sábado?
— Sábado? Eu estava pensando em ficar em casa, ajudar meus irmãos com os projetos de ciências e depois descansar um pouco.
— E quando vamos sair outra vez? — a garota perguntou com uma cara desanimada.
— Daqui a meia hora. — Alex respondeu, confuso.
Era de partir o coração vê-la daquele jeito, mas não fazia ideia do que ela queria dizer, afinal já tinham marcado aquilo pela manhã.
— Isso não conta, só vamos jantar.
— Como isso não conta?
— É que eu queria algo para fazermos juntos, algo diferente....mais romântico. Eu sei lá! Para ser sincera, você é o único garoto com quem eu já saí. — aquelas palavras fizeram um peso invisível sair de seu peito, um peso que Alexei nem sabia estar carregando.
Não era uma questão de ciúmes, ao menos não por completo. Na verdade, como Bruce já havia jogado em sua cara poucas semanas atrás, ele era quase que um completo inexperiente nesse quesito. A Angélica era simplesmente linda, ele automaticamente supôs que ela já deveria ter tido ao menos um relacionamento sério, e todos parecem cobrar que os garotos sejam os mais experientes da relação. Estava roendo as unhas só de pensar no momento em que ela percebesse que estava saindo com um completo desentendido.
— Bem, se serve de consolo, a última e única outra garota com quem eu já estive foi quando eu tinha treze anos. — e eles mal se beijavam, mas não tinha o porque dela saber disso. Já era um pouco constrangedor admitir nunca ter tido uma namorada de verdade, ela não precisava saber que também não era de ficar com ninguém.
— Não precisa dizer isso só para me fazer sentir melhor. — Angélica disse, sem jeito.
— É sério! E eu ainda levei um fora depois de duas semanas.
— Mas você é tipo.....você! Você é bonito, é gentil e é super inteligente. Um pouquinho introvertido, mas não é como se não se destacasse. — ela disse, incrédula, e se ele não quisesse tanto prestar atenção em cada palavra para poder guardar isso em sua memória, definitivamente já teria a beijado.
— Eu poderia dizer quase a mesma coisa sobre você.
— Bem, certo. Ainda acho que deveríamos sair para fazer algo, não precisa ser um mar de romantismo, mas seria divertido fazer algo diferente juntos. — Angélica disse, firme em sua posição.
— Tipo? — não teria como esconder seu pouco conhecimento no quesito romance. Bem, até conseguia pensar em algumas coisas como ir ao cinema, parques de diversões, lugares mal iluminados no geral eram uma ótima opção. Como a garota já o havia dito, o escuro proporcionava muita..... intimidade.
— Poderíamos ir ao um karaokê, ou sair para dançar!
— Olha para mim, An. Eu não canto e muito menos danço. Consegue me imaginar fazendo algo assim? — Alex respondeu, apontando para sua roupa perfeitamente ajeitada. Realmente, ele tinha uma aparência impecável demais para alguém que prática qualquer tipo de agitação.
— Pois você tem que aprender, logo já vamos ter um baile e eu não vou ficar de canto com você! Eu sempre sou monitora nos bailes, mas esse ano vão ser os últimos para nós, quero me divertir um pouco. A única coisa que vai me fazer ficar num canto com você ao invés de ir dançar é se estivermos dando uma pausa para nos beijarmos! — bem, ele também não era do tipo que aproveita os bailes. Talvez devesse fazer isso antes de se formar, e realmente adoraria seguir o plano de angelica. — Certo, vamos te por para fazer aulas de dança!
— Ei, eu não disse que concordava. — Alex protestou.
— Mas seus olhos disseram. Libere espaço na sua agenda, vamos fazer aulas juntos! — Angélica disse, animada.
Chegava a ser cativante o quão naturalmente entusiasmada ela era, principalmente para alguém como ele que tinha um jeito mais recatado e normalmente ficava em sua zona de conforto. A Alex sempre o disse para focar no que ele sabe que é bom, seguir seus cronogramas e não perder seu tempo se arriscando sem motivos. Ele se agarrou a essa ideologia e era estranho ver alguém tentando o tirar dela.
— É que na verdade, eu já decidi com o que vou ocupar o tempo que ainda tenho vago. Eu vou entrar para o clube de artes sociais com a Alex.
— Outro clube? Você está se sobrecarregando. Além disso, não é possível que você queira passar seu tempo falando sobre mensagens de conscientização na arte ao invés de ir dançar com a sua namorada.
— Então agora nós estamos usando essa palavra? – Alexei perguntou, envergonhado e animado.
–—Acho que sim, quer dizer, se você quiser...
— É óbvio que eu quero! — antes que terminasse a última palavra, Angélica se aproximou e deu um leve e rápido beijo no canto de seu lábio. Logo em seguida erguendo a cabeça e o encarando nos olhos, enquanto soltava risos de empolgação, laçando o pescoço de Alex com seus abraços e o puxando para si.
Por um lado, ele tinha oficialmente uma namorada por quem sentia estar começando a se apaixonar, e por outro lado, aquilo significava que não teria como voltar atrás no plano da An. Ótimo, teria de fazer aulas de dança, pior, teria de abrir mão de ficar no clube com a Alex. Como se ela já não parecesse decidida em arrancar seu couro e usar para sufocar a Angélica até a morte.
[...]
— Certo garoto, esses são os alunos com o pior desempenho em educação física. Me mostra que consegue colocar esses sedentários para correr e talvez eu deixe você me ajudar com os times. — a técnica disse a Bruce assim que o garoto mostrou presença.
— Ahm? Desde quando nós temos mais de um assistente? — Giu perguntou, confusa.
— Tem alunos folgados o bastante para vocês dois.
Certo, era só pegar os que parecessem menos preguiçosos. Ele estava procurando entre os alunos, quando notou aquela inconfundível cabeleira ruiva. Realmente, ainda tinha algumas lembranças sobre a Abbyzinha ser péssima com esportes.
— Abigail, a quanto tempo. — Giuliana disse, se aproximando da garota.
Por acaso a Abby conhecia todas as mulheres da sua vida?
— Ah, oi Gi. — a ruiva respondeu, sem jeito.
— Nossa, você não mudou nada! Por que não me mandou mensagens dizendo que tinha voltado? A gente tem de ir fazer compras, não pode continuar se vestindo como criança.
— Ahm, bem, acho que você tem razão. — Abigail respondeu, cabisbaixa.
— Ei Abbyzinha, aposta quanto que com essas pernas flácidas aí você não consegue dar uma volta na pista em menos de dez minutos? — ele não tinha certeza do motivo, mas de alguma forma sentia que ela estava pedindo ajuda para mudar de assunto.
— Pernas flácidas são as da sua mãe! Eu aposto trinta. — a ruiva respondeu, parecendo contente em terminar a conversa com a Giu.
— Ei, calminha ai... — Giuliana começou a dizer — Eu cheguei primeiro, Bruce. Acha outra pessoa para ajudar.
— Bruce. — Marly e Brenda o chamaram, mostrando estarem entre os alunos.
— O que vocês dois estão fazendo aqui?
— O Marly corre igual uma lesma. — Brenda explicou.
— Meu animal espiritual é uma tartaruga! E você não fica muito atrás de mim. — o garoto pálido respondeu.
— Tá, que seja. Brenda, vai ficar com a Giu e a Abbyzinha. E Marly, vê se ajeita essa postura. — Bruce ordenou.
O garoto era mais alto que Bruce, mas vivia tão curvado que chegava a parecer corcunda. Isso junto a seus longos cabelos negros bagunçados, seus olhos fundos e sua pele pálida o deixavam parecendo uma assombração.
— Bruce, cuida do Marly ou então mando nosso bisavô possuir seu corpo. Ele já está triste e assombrando a casa porque brigou com a nossa bisavó, é bom que ele deixa de quebrar os pratos. — Brenda ameaçou.
— Tá, tá, tá. Vou cuidar do seu namoradinho broxa, relaxa.
— Não ignora as minhas ameaças! O Marly não é meu namorado! E por que você afirmou com tanta certeza que ele é broxa? Eu mandei não transar com os meus amigos!
— Relaxa Brenda, seu irmão deve ter me visto porque as vezes eu troco de roupa no vestiário feminino. Ele é pervertido, lembra?
— Você acabou de confessar que usa o vestiário feminino e eu é que sou pervertido? Vai dar três voltas nessa pista para tomar vergonha na cara! — Bruce ordenou, irritado.
— O que está fazendo? O coração do Marly é muito fragil. Parou de crescer quando ele tinha oito anos. — Brenda disse, irritada e preocupada. Ela não era dada a fazer amizades, mas quando fazia, defendia seus amigos com unhas e dentes.
— Eu tô cansando o seu namorado para ele não ter energia o bastante para me dar um sobrinho. Detesto ficar de babá.
— O Marly não é.....— Brenda começou a dizer, mas foi interrompida pelo braço de Giuliana a puxando.
— Vem Brenda, eu cuido das garotas. — Giu disse de forma animada, como se estivesse falando de uma festa do pijama e não sobre obrigar aquelas pobres preguiçosas a se exercitarem.
[...]
— Bruce! — Brenda o chamava, irritada, enquanto arrastava Abigail junto a si.
— Ei, eu não fiz nada, juro.
— Não foi você. — sua irmã respondeu.
Brenda vivia destilando raiva, o que obviamente era culpa dele, mas se outra pessoa a estava irritando então a situação mudava de figura.
— Então quem foi? Aponta com os olhos que eu vou lá e quebro a cara dele.
— Se preferir algo mais sutil, eu tenho veneno de cobra na minha mochila. — Marly disse, fazendo Bruce se lembrar que ainda estava com aquele esquisito na sua cola. Infelizmente não conseguiu fazer com que ele tivesse um ataque cardíaco, e não faltaram tentativas.
— Você anda com isso por aí? — Bruce perguntou, incrédulo, apontando para o frasco com um liquido estranho que Marly tirava da pochete — Já mandei deixar o veneno da tua cobra longe da minha irmã, sua assombração pervertida!
— Larguem de besteira vocês dois. — Brenda começou — O problema é a Giuliana. Ela é uma vaca!
— Brendinha, eu já te disse que não mato mulher. — Marly afirmou, mas era difícil acreditar com aquela cara de psicopata que ele tinha.
— A Giu não é uma vaca, larga de reclamar e vai fazer exercícios! — Bruce disse.
— É sério. Fala logo Abigail...— Brenda disse, dando uma cotovelada na amiga.
— Bem, eu não ligaria de treinar com você ao invés dela. — a ruiva disse, constrangida.
— Que papo é esse? A Giu é toda certinha. Ela faz caridade! Mulher briga com as outras por tudo mesmo. — Bruce respondeu, incrédulo.
— Primeiro: já disse que se fizer comentários assim na minha frente eu te faço engolir aranhas enquanto dorme. Segundo: você não viu o jeito que ela fala com a Abigail, ela é uma passivo-agressiva de merda que estava humilhando a Abby! — Brenda disse, em um dos casos raros onde sua raiva ficava completamente evidente.
— Gente, não precisa disso. Eu sei como lidar com pessoas assim. — por que a Abbyzinha disse isso olhando para ele?
— Abigail, o que ela disse é verdade? — ele perguntou para a baixa e desengonçada garota, que parecia completamente envergonhada com a ideia de admitir isso para ele.
— É, a Brenda está certa, a Giuliana é uma vaca comigo desde a sexta série. Acho que ela me usava como apoio para o ego dela, para sempre ter alguém por perto a quem pudesse humilhar.
— Espera, vocês eram amigas? Sabe das coisas que ela gosta?
— Bruce, você não ouviu nada do que a gente disse? — Brenda perguntou, indignada.
— Ouvi, mas quem sou eu para julgar as pessoas por serem idiotas? Eu posso ser mentiroso, babaca, preconceituoso, narcisista, mas não sou hipócrita.
— É lógico que você é hipócrita! — as duas disseram de forma quase harmoniosa.
— Eu disse que era mentiroso. Mas ok, vou treinar vocês duas, só parem de dizer por aí que eu espiono as pessoas. Todo mundo sabe que quem faz isso é o Dustin.
— Certo, nem é mais divertido mesmo. — Brenda começou a dizer — Agora as garotas ficam fazendo pose e se exibindo no vestiário porque acham que você está olhando.
Droga, se não tivesse prometido a Alexandra que iria ficar longe de garotas fáceis ele se daria tão bem.
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