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"Era uma vez um Idiota"

— Que droga você quer? — Bruce questionou, indignado, quando seu sonho tranquilo foi interrompido por Karen, a IA que controlava quase tudo em sua casa.

Se bem que para alguém como ele, raramente um sonho seria melhor do que a realidade. Ainda assim odiava ser acordado por aquela coisa, ela era barulhenta e chegava abrindo as cortinas sem mais nem menos. Já havia mandado o imbecil do seu irmão desativar a Karen do seu quarto, mas aquele idiota devia ter atualizado ela e se esquecido de desativar novamente. Bem, ele aceitava qualquer motivo para atormentar Dustin.

— Bruce... — sua irmã gêmea, Brenda, o chamou — Todo mundo já está terminando de tomar café, é melhor você descer logo. Se me fizer ir para aquela escola sozinha, eu juro que te mato.

A garota era quase o oposto dele, não que também não fosse bonita e talentosa, mas era muito esquisita e antisocial. Na verdade esquisita era elogio, amava Brenda por ser sua irmãzinha (mesmo só sendo dois minutos mais nova), mas a verdade era que a garota era bizarra. Ela era fascinada pelo passado, pela morte e pela espiritualidade. A esquisita nunca sequer teve um celular, e por isso mesmo ele se sentia obrigado a sempre ficar ao lado dela, ou então teria de se comunicar por sinal de fumaça para saber se ela estava bem.

— Finalmente você desceu. Queria fazer uma entrada triunfal? — Alex, seu irmão mais velho, o cumprimentava enquanto Bruce terminava de descer uma das duas escadas que passavam na metade dos corredores principais de todos os quatro andares da casa Davergas.

Quatro andares podiam soar como algo exagerado, mas as vezes o lugar parecia minúsculo com seus treze irmãos e seus pais andando para lá e para cá. Realmente, nem um palácio seria grande o bastante para um bando de criança, e por falar em crianças, tinha de dar uma lição em um pirralho.

— Dustin, seu viadinho do caralho! — ele gritou ao ver os cabelos loiros de seu irmão passando pela porta.

— Não começa com isso, cara. — o Alex interviu, se colocando na frente de Bruce, que já se preparava para se jogar contra o menino.

Dustin foi quem criou a Karen, o que Bruce era obrigado a admitir ser impressionante, afinal o menino fez isso quando tinha apenas nove anos. Ele tinha um talento surreal com programação e robótica. Porém, ao invés de usar sua habilidade para algo realmente útil, aquele idiota ficava fazendo atualizações inúteis na Karen. Ele se trancava no quarto, usava o mesmo moleton por dias, ouvia uns cantores afeminados e jogava RPGs feitos para nerds sem amor próprio, ao invés de simplesmente ir praticar esportes com ele, ou pelo menos respirar ar puro.

— É por culpa sua e dos nossos irmãos que esse viadinho é assim, fica aí bancando o esquisito, certeza que espiona as pessoas pelo computador. Não vá se lamentar quando ele for preso por violação de privacidade, ou por sei lá, vender pornografia infantil na darkweb.

— Já chega, Bruce. Está passando dos limites. — A Alex menina apareceu e interviu na discussão.

E não, Alex menina não era um alterego feminino de seu irmão, como uma versão drag que ele assumia do nada. Ele e Brenda não eram um caso isolado, na casa Davergas todas as crianças nasceram gêmeas, por culpa de uma anomalia genética de sua mãe, e a Alexandra e o Alexei foram os primeiros filhos de Francesca e Jacovinsk Davergas. Sendo Alexandra tecnicamente a mais velha, e definitivamente a mais irritante.

Essa desocupada estava sempre monitorando tudo, dando uma de fiscal de diversão, e ainda se vendendo como uma ótima irmã por fazer isso. O Alex não ficava muito atrás, mas ao invés de dar ordens, ele as seguia como um cachorrinho. Era todo certinho e ficava o tempo todo dando uma de babá. Dois fracassados que viviam uma vidinha sem graça e definitivamente precisavam relaxar um pouco.

— Esse é o seu primeiro dia no ensino médio, vou te dar o braço a torcer porque deve estar nervoso. — o Alex menino disse, como sempre tentando evitar uma briga. Era mesmo um fracote completo, do tipo que iria acabar morando com os pais para sempre e sendo virgem até os quarenta.

Nervoso? Isso era perfeito. Não queria ser clichê, mas convenhamos, alguns cenários são feitos para pessoas como ele brilhar, e a escola definitivamente está no topo deles. E agora, não teria um bando de pirralhos do fundamental entre a plateia, e sim várias adolescente gritando seu nome enquanto ele mostraria todo o seu talento no futebol e nas corridas.

— Vamos logo, idiota — Brenda ordenou, o fazendo quase cair para trás de susto por ela ter aparecido do nada. A garota fazia isso desde sempre, mesmo assim esses quinze anos não foram o suficiente para ele se acostumar.

— Duas coisinhas... — a Alex menina começou a dizer, se aproximando de Bruce e Brenda — Brenda, você não está mais no fundamental, não tente assustar criancinhas e evite irritar as pessoas. Tem muitos filhinhos de papai idiotas que reagem de forma bem exagerada a esse tipo de coisa. — por que ela dizia isso olhando para ele? — E Bruce, não esqueça que agora estamos na mesma escola. Você podia ser o rei entre as criancinhas, mas eu faço as regras no colégio, sei de cada passo que os alunos dão e não vou permitir que sangue do meu sangue desonre a minha ficha escolar impecável. Em outras palavras: TOMA JEITO MOLEQUE!!!

Ótimo, agora os esquisitos iriam ser suas babás em tempo integral. Tudo bem, ainda seria divertido.

[...]

— Ah, vai dizer que não é empolgante. — ele tentava argumentar com sua gêmea.

— Um bando de adolescentes presos em um lugar, criando seu próprio habitat, onde os requisitos para a sobrevivência são: ter uma beleza padrão, ou ser bom nos esportes que os outros julgarem interessantes e dignos de atenção? É, acho que "inferno construído a base de hormônios" seria uma descrição melhor do que "empolgante"

Ele a encarou em silêncio por alguns instantes, desviando o olhar — Cê sabe que eu só te dou atenção por educação, né?

— Dessa vez a Brenda está certa. — a Alex começou a falar, enquanto olhava para a escola com certo ar de superioridade — Esse lugar é uma selva, e nós quem botamos as coisas no eixo. — ela concluiu, apontando para o Alex.

— Que eu saiba, na selva as coisas se resolvem sozinhas. Quem tiver que morrer, morre. — Bruce respondeu, ficando entediado.

O sinal já havia tocado, e embora quisesse entrar atrasado para fazer uma entrada chamativa, foi forçado pelo Alex a entrar na hora. Aquele viadinho não conseguia quebrar uma regrinha sequer, e parecia que tinha toc em ver os outros as quebrando, ainda mais seus irmãos.

[...]

— Que bom que a gente caiu na mesma sala! — Rúlio, um dos seus melhores amigos no fundamental, falou.

— É óbvio que a gente está na mesma sala, e quando o Pablo entrar ele também vai ficar aqui. É a sala onde colocam as estrelas.

— Que baboseira é essas? — Brenda perguntou, parecendo mais interessada em zombar de qualquer coisa que ele dissesse do que em realmente obter uma resposta.

— Olha, por que você acha que nossos pais querem tanto que estudemos aqui, mesmo tendo escolas que focam nas habilidades específicas de cada um?

— Porque os Alex não aguentariam levar cada um para uma escola, e eles não confiam em contratar empregados?

— Nada disso. Eles querem que eu esteja aqui ao invés de em uma escola que foca em formar atletas, porque essa escola nos divide da forma certa, pelas principais habilidades que se pode ter: pela família, o dinheiro e o destaque.

— Então porque a Mia Gonzaléz está na mesma sala que a gente? Ela não tem tanta grana e a família não é influente. — Rúlio argumentou, mas logo em seguida pareceu recuar um pouco. Todos os seus amigos tinham medo de sentir que o estavam confrontando, afinal, mesmo andando com pessoas vindas de famílias de renome, eles obviamente não se comparavam a Bruce.

— Você não vê ela no Instagram? Nas inaugurações de tudo o que é coisa nessa cidade. Ela pode não ser milionária, mas é uma manipuladorazinha que conquista o público. Certeza que vai acabar casando com algum idiota rico e poderoso, além de ficar super famosa. E se tá aqui, então a escola também tem essa certeza.

— E se você for o idiota rico? — Rúlio perguntou, o zombando — Já viu como ela olha para você?

— Já, como todas olham.

— Que convencido. — Brenda comentou de fundo, apenas para irritar o irmão, mesmo sabendo que o que ele disse não estava tão longe da verdade.

— Ah cara...— Rúlio continuou — Cê realmente não curte ela? Já viu o tamanho dos... — Brenda interrompeu o comentário desnecessário de Rúlio, abandonando sua expressão de peixe morto, e lançando a ele um olhar que obviamente se tornaria de puro ódio e nojo caso continuasse — Olhos, eu ia dizer olhos. — ele se justificou — Aliás, Brendinha, os seus também são lindos.

— Qual foi? Tá estranhando a minha paciência? -—Bruce questionou em um tom ameaçador e retórico, se inclinando para mais próximo ao assento de seu amigo.

— Eu já disse que estava falando dos olhos!

— Mesmo assim. Se indireta rapaz, minha irmã não é nenhum rabo de saia para ficar reparando!

— Tá, desculpa. Só tava falando que você bem que podia dar uma chance para a Mia. Sei que geral da encima de você e tals, mas a Mia é outro nível de gata e é afim de você desde o primeiro fundamental. A preferência não é para as amigas de infância?

— Se fossem mesmo amigos, ela o conheceria bem, e nem estaria interessada para começo de conversa. — Brenda novamente comentou, dessa vez tendo certeza de que suas palavras eram verdadeiras.

— O que é isso? — Bruce começou, indignado — Eu te defendo, e você vem me difamar? Cadê a cumplicidade dos gêmeos? Me ajuda aí.

— Estou ajudando. Você precisa de alguém para te dizer a verdade e lembrar que "cê" não é o centro do universo. Ou então vai se deixar levar pelos elogios desses falsos interesseiros que tem ao seu redor.

— Ei! — Rúlio e Bruce protestaram mutuamente.

— Eu não preciso da grana do Bruçola não, e mesmo assim somos parceiros. — Rúlio argumentou.

— Você não precisa querer ficar em posse do que a outra pessoa tem para se enquadrar como interesseiro. — Brenda começou a explicar de forma preguiçosa, assim como tudo o que fazia — Você só precisa estar sendo atraído por aquilo, e não se resume a dinheiro. Beleza, status, fama, talento. Você e meu irmão são amigos porque ele é um astro dos esportes, como você quer ser, ele é popular, faz sucesso entre as garotas, tem dinheiro para te acompanhar em qualquer rolê que você e os outros mimadinhos fazem. Talvez você até não enxergue a inveja que, do jeito que é superficial, você provavelmente sente por alguns dos atributos dele, mas sabe que essa amizade se sustenta a base da maioria deles. Você e Bruce são amigos porque você acha que a posição como amigo dele é vantajosa, eleva seu status.

— Meu deus, Brenda, já mandei parar com esses discursinhos. — Bruce interviu, se contendo para não gritar com a irmã.

Qual era o problema dela? Lógico que seus atributos incríveis chamavam a atenção, e isso era perfeito. Por que ela estava tentando tornar isso algo negativo? É nisso que dava deixar aquela desmiolada sem celular, tinha virado uma batata que não sabia como o mundo funcionava.

— Você realmente acha isso aceitável, não é? Não enxerga o problema. — puta que pariu, ela iria mesmo continuar com aquilo?

— Aí, que papo é esse? Para com isso, Brendinha. Você seria tão mais bonita se não desse uma de esquisita. — Rúlio tentou argumentar, estando perceptivelmente lutando para não escutar o sermão de Brenda, com o pouco que ouvia já sendo o suficiente para o deixar sem graça.

— Você, querido irmão...— ela continuou, ignorando qualquer fala de Rúlio — Realmente tem fãs, e apenas isso. Apenas pessoas que te conhecem por algumas coisas que sabe fazer, que não refletem em quem você é. Eles te adoram, vão defender qualquer besteira que fizer, vão sonhar com você e criar Ilusões onde pensam te amar. Mas absolutamente nenhum deles é seu amigo, ou te vê como uma pessoa. Você é apenas um sonho idealizado dentro das cabecinhas ocas deles.

— Bem...— Rúlio tentou voltar a falar, ignorando o desconforto — Como eu tava falando, quando cê vai arrumar uma namorada? Precisa de uma para te acompanhar, cara, ou vai acabar de vela.

— Tá achando que você tem chance de namorar antes de mim? — ele questionou, deixando claro sua superioridade em relação ao amigo, e ignorando de vez tudo o que sua irmã estava falando.

— Já que você não se contenta com ninguém, então é bem capaz, viu.

— Olha para mim, engraçadinho. Acha que vou dar moral para qualquer uma só porque é "bonitinha"?

— Não me diz que tá esperando uma super modelo. — Brenda comentou, já desanimada com o quão superficial seu irmão era.

— Ah, não precisa ser, só ter chance de acabar virando uma. — Bruce respondeu.

— E vem cá... — Rúlio começou — Você já procurou essa tal garota, ou tá esperando uma perfeição dessas cair do céu?

— Eu tenho cara de quem precisa procurar? A pessoa é que lute para provar seu valor, até porque, é ela que vai conseguir um namorado do meu nível. Aliás Brenda, coloca aí na lista: a garota tem que ter grana para saber reconhecer os presentes que eu der, mas tem que ser pobre o bastante para ficar super grata.

— Que lista, seu doido? — ela questionou.

— Ué, cê não tem uma lista para colocar o que eu procuro em uma garota, e depois ver se bate como alguma das suas amiguinhas? Credo, do que serve ter uma irmã gêmea assim?

— Não vou deixar você chegar nem perto dos meus amigos, e muito menos vou caçar uma vadia superficial e interesseira para você. Se quer um troféu para exibir, comece a procurar você mesmo. Ou só tome vergonha na cara, eu já não ligo mais. — a garota disse, dando de ombros.

— Tá, entendi. — ele disse, de um modo mais desanimado. — Credo, que empaca foda.

— Melhor que ser vela, ou garotinha de recado. — Brenda retrucou, pegando um livro velho entre as suas coisas e começando a ler, preparada para ignorar o irmão pelo resto da aula.

— Certo, certo. Já que é assim, eu vou encontrar uma mina para mim, e vou esfregar na cara de todo mundo. Duvido que um dia você vai conseguir encontrar uma garota para bater de frente. — ele disse a Rúlio.

— Vocês sabem que estão falando de pessoas, né? vadias superficiais, claro, mas são pessoas. Não pokémons ou seja lá como esse jogo de furry se chama.

— Fica na sua, Brenda. E não vou nem perguntar como você sabe o que são furrys se não usa a internet. — Bruce respondeu a sua gêmea. — O que importa é que eu vou achar um mulherão. E sim, vou jogar na sua cara, para desbancar todo aquele discursinho sem pé nem cabeça que você fez.

— O que? Mas isso só iria confirmar o que eu estava dizendo. — ela retrucou.

— Tá, tá, tá...que seja. Larga de ser chata, pirralha. — Bruce respondeu, ocupado demais pensando em como cumprir seu novo plano para perder tempo ouvindo outro discurso.

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Curiosidade....

Para quem ficou curioso quanto aos quatorze filhos dessa família, no mínimo...incomum, então aqui vai uma lista resumida em ordem de nascimento:

Alexandra
18y
Ela/dela
Aroace restrita.

Alexei
18y
Ele/dele
Bissexual

Bruce
15y
Ele/dele
Heterosexual

Brenda
15y
Não acredita em gêneros
Se atrai exclusivamente por armas brancas, venenos, personagens ficcionais criados a mais de sessenta anos, figuras história já falecidas e pessoas que sofrem ou parecem sofrer com uma doença grave em estado terminal.

Candece
14y
Ela/dela
Pansexual

Camilly
14y
Ela/dela
Heterosexual

Dustin
12y
Neutro
Sem sexualidade definida. Preferência por garotos

Doja
12y
Ela/dela
Bissexual

Ellie
10y
Ela/dela
Sem dados de sexualidade para personagens -12 😴

Emílio
10y
Neutro
Sem dados de sexualidade para personagens -12

Fanny
7y
Ela/dela
Sem dados de sexualidade para personagens -12

Freddy
7y
Servo do caos indiferente a gêneros
Sem dados de sexualidade para personagens -12

Gweendolyn
4y
Sem dados de gênero e sexualidade

Gwenivere
4y
Sem dados de gênero e sexualidade

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