MAANAIM
Max, sentou na grama sentindo seus pulmões pesados, tentou respirar. Sua garganta parecia está fechando, a respiração ficou ofegante e forçada, o deixando desesperado.
O cavaleiro o aguardava em pé. Analisando o garoto desesperado.
— Max, acalma. Olha para mim! O oxigênio aqui e totalmente puro seus pulmões não estão acostumados, respire devagar — disse ao garoto, que obedeceu e se acalmou. — Isso bem lentamente.
Max levantou e respirou fundo.
— O que aconteceu? Estava de noite, agora está de dia. Que lugar é esse? — perguntou pasmo, olhando a beleza a sua volta. Ainda em pânico, porém feliz por não tem mais criaturas tentando te matar.
Eles estavam no alto de uma colina com poucas árvores. Dava para ver vales a distâncias e as cachoeiras desaguarem, montanha abaixo.
— Estamos em MAANAIM, e uma dimensão no planeta terra, aqui não existe tempo como dos humanos, os dias são bem longos. — Disse o cavalheiro. Retirando o elmo. Seu longo cabelo branco, escorreu sobre a armadura prata, o sacudiu ao vento para se ajustar nas costas, os olhos azuis-claros agora nítidos destacando-se sobre a pele branca como a neve, com lábios rosados, perfeitamente desenhado.
Max surpreendeu-se quando descobriu que era uma garota. A mais bela que já tinha visto em toda sua vida.
— Era para eles estarem aqui — ela focava o horizonte procurando alguém.
— O que está acontecendo? Tudo isso e loucura. — Max apavorado. Lembrou de John. — Meu amigo ele precisa de ajuda — Fez um breve silêncio refletindo, lágrimas mornas escorreram. — Ele morreu?
— Esquece o passado. O importante é o agora — ela ignorou a dor do garoto, olhava em todas as direções, aflita. — Preciso leva você para um lugar seguro. Todos os reinos já devem saber da sua chegada. Temos que ir andando até o reino de Novam, Miguel vai saber o que fazer.
— Nem sei seu nome? O que é MAANAIM? — Queria muito entender o que estava acontecendo.
— Meu nome é Soffi, das Ilhas de Alfa e Ômega, guerreira do exército espectom. Maanaim, como posso explicar — raciocinou. — E uma dimensão onde anjos e criaturas místicas viver. Quando estiver em segurança suas perguntas serão respondidas.
— Devo te morrido no ginásio — indagou com veemência — O que você é?
— Você não está morto. Sou uma Celeste.
— Como assim?
— Tipo um anjo — Soffi afirma, ligeiramente preocupada com algo.
— Me prove! Cadê suas asas, estão dentro dessa armadura?
— Tudo que você passou nessas últimas horas, já não é suficiente. Aqui pedir para uma Celeste mostra as asas e como manda uma humana tira as roupas — Ela ficou séria encarando o garoto, que corou em vermelho de vergonha. — Há, há, há, — não aguentou segura o riso. — Estou brincado com você. Só não mostramos nossas asas à toa.
— Engraçadinha.
— Abaixa rápido — Soffi engoliu em seco as palavras e jogou-se no chão com Max. Quando um brilho metálico de cristanio refletindo o sol, foi de encontro aos seus olhos.
Vislumbrou a cem metros, numa parte rochosa do outro lado das cachoeiras entres as falésias. Ela sabia com certeza que não era uma espada de cristanio, pois são muito raras. Seria algo bem maior.
Soffi abaixada em silêncio com Max no gramado, sendo protegida por uma moita de arbusto e uma grande rocha. Decide olhar para ter certeza, o que viu. Levanta a cabeça rapidamente, ver claramente o corpo musculoso e bem definido do Anjo sendo delineado pelas sobras opostas ao sol. Ele não usava armadura, suas asas eram de metal puro de outrora que revestia parte do seu peitoral e braços, um abdômen rasgado em músculos, onde as cicatrizes de combates se destacam facilmente. Era o arrenegado das asas de cristanio.
— Paradox — sussurrou ela e temeu. Olhou novamente o inimigo, ele havia partido em direção oposta. — Não, é possível — disse a si mesma.
— O que foi... — Indaga Max. Ela tampou a boca dele com a mão.
Estava pálida.
— Max, rápido precisamos sair daqui, estamos em perigo.
O medo dela transpassou a Max. Eles desceram a colina correndo esquivando-se pelas árvores, até chegar no bosque.
— Temos que ir pela floresta, o caminho e mais longo e perigoso, porém não seremos vistos a distância das montanhas.
A floresta era aberta, com altas árvores floridas de troncos grossos, outras com frutos. Feixes de luz do sol passavam entre as folhas iluminado o chão e refletia o brilho de pequenos diamantes e ouro que se encontrava como areia, junto com as flores e folhas secas. No local choviam pétalas de flores das altas árvores, perfumando o ambiente com jasmim.
Max, agacha enche a mão com pequenos diamantes e grãos de ouro, admirado, joga novamente no chão quando ver um casal de leões com dois filhotes deitados na grama alta, tomando banho de sol, próximo à floresta.
Soffi sorri de canto e falar:
— Os leões não irão nos fazer mal. Aqui eles são passivos. Você tem perigos maiores pela frente.
Os dois, andaram por bastante tempo em silêncio. Max não suportava as várias dúvidas.
— Porque todas as criaturas, estão tentados me matar? Qual é desse parado... Sei lá o nome. Porque você tem tanto medo dele?
— Não tenho medo dele — ela replicou com avidez. — Só não gostaria de cruza seu caminho. Anda mais rápido, que te conto.
Eles aceleraram os passos desviando de toda vegetação, e aumentando o barulho de graveto quebrando.
— Primeiro, eles não o queria matá-lo e sim sequestrá-lo. São ceifadores do exército de Banshee, o espírito das lamentações.
— Por quê? — ele a interrompeu.
— Por isso — ela pegou no braço direito dele mostrando a aliança, soltando em seguida. — E aliança do primeiro grande Arcanjo Gabriel. Você e o filho perdido dele.
— Meu pai.
— Antes mesmo de eu existir. Após a grande guerra dos céus. O terceiro grande Arcanjo Miguel, travou uma incessante procura por você. Porém, todos os inimigos começaram a procurar também, inclusive os Daemon, servos do segundo grande Arcanjo luz. Iniciando uma busca durante séculos, no mundo dos humanos para achá-lo primeiro. Milênios se passaram, e o Arcanjo Miguel finalmente achou você no orfanato quando tinha 8 anos. Ficou te vigiando e protegendo durante anos esperando completa uma idade adequada, para te trazer aqui.
— Como sobrevivi todos esses milhares de anos. Não entendo?
— Seu pai o Arcanjo Gabriel, usou o patrono. Um poder que é capaz de enviar qualquer coisa no tempo. Enviou você no espaço tempo, com a aliança, para um provável futuro.
Os olhos de Max brilharam em saber a histórias incríveis do seu pai. Como seria possível.
— E o que viu, que te deixou com tanto medo?
Soffi estreitou os olhos em reprovação.
— Paradox, o assassino de anjos. Foi quem vi nas cachoeiras. Está desaparecido há séculos, muitos diziam que estava morto. Até então, era uma verdadeira lenda. — ela olhou com seus olhos azuis profundos para Max. — Após a guerra dos céus, o Arcanjo Miguel criou as leis parciais para manter a ordem e a justiça nos reinos de MAANAIM e no mundo dos mortais. Conta à lenda que Paradox, quando ainda criança matou todos os membros da sua família, sem se quer usar uma arma. Sua mente estava inquieta, vazia e o desejo de sangue não tinha cessado. Começou a matar anjos dos exércitos de todos os reinos, mulheres, crianças, famílias inteiras devastadas. E sempre deixava uma mensagem com sangue. — Soffie se retraiu alguns minutos.
— Qual era a mensagem? — O garoto curioso.
— Miguel — disse pensativa. Não queria assustar Max.
— Como é possível, ser filho de um Anjo?
— Ele não era um Anjo, e sim primeiro grande Arcanjo Gabriel. No início DEUS criou sete grandes Arcanjo e os presenteou com alianças. Não somos tão diferentes dos humanos comemos, bebemos, dormimos e nós reproduzimos, temos comunidades e famílias.
— Meus pais! Preciso vê-los, onde eles vivem? — Disse Max com os olhos lacrimejados.
— Sinto muito, estão mortos — disse Soffi com tristeza, fitado a cara de choro do jovem.
— Como morreram? — A voz falha e pequenas gotas de lágrima escorriam pela face suja.
— Não sei. Foi há muito tempo na guerra dos céus — Soffi, ficou compassiva. Lamentava, mas não sabia o que dizer para confortá-lo.
Max manteve-se quieto, lavando o rosto com lágrimas sem sair da postura. Depois de algumas horas recompondo-se ele voltou a questionar.
— O que tem de tão especial nessa aliança? Para que os ceifadores a quer?
— Não é só os ceifadores que desejam a aliança, mais todos Maanaim. Os Daemon, Exército Septor, clã do Serafim, clã dos Querubins, Haptores e os Arrenegados. Ou seja, toda criatura mística que sabe o poder que esse objeto tem. Quem a possui terá o poder que contém nela. Uma força descomunal como nenhuma outra, será forte como um Arcanjo — ela deu uma pausa na voz — Arcanjo Magno, e com esse que você deve se preocupa, e o que mais deseja essa aliança.
— Você disse que DEUS fez sete alianças. Onde estão as outras?
— Não tenho todas as respostas, Max. Uma está com Arcanjo Miguel e a outra com Arcanjo Alfa e um com Arcanjo Magno, provavelmente.
— Não entendo esse Magno, e um Arcanjo para que quer outra aliança? Já que deve ser poderoso. Porque esse Arcanjo Miguel, que deve se forte suficiente não matou ou prendeu o Magno.
Ela balançou a cabeça em reprovação.
— Arcanjo Miguel, tentou levar a julgamento Magno por várias vezes — Soffi suspira fundo, sempre atenta a vegetação próxima. — A milênios ele vem fugindo, ninguém ao certo sabe seu paradeiro, sempre tem denúncias que não leva a pista alguma sobre o foragido. Arcanjo Magno tem muitos aliados leais a sua causa, e o seu reino ainda o serve no anonimato o reino do cristanio. — Ela rangeu os dentes, e ficou irritada.
— Sabe o que significa essas marcas no meu braço? — Max mostrou para ela.
Ela Pegou no braço dele e o examinou:
— Não sei. Parece o idioma arcaico de DEUS das antigas escrituras dos livros sagrados, a língua morta. Arcanjo Miguel saberá dizer.
— Porque estou usando aliança e não tenho todo esse poder? — Disse em deboche.
— Você tem! Só não sabe usar ainda. Ou você é um simples humano. Eu acho.
— E DEUS? Você já viu? Ele vive aqui?
— Não nunca o vir. Sei que nos tempos de paz antes da guerra dos céus, só os sete Arcanjos tinham acesso a DEUS, sempre que queriam. Os Anjos primordiais também o viram no dia da criação — disse ela serenamente. — Miguel saberá te conta com detalhes.
— Você sabe, qual fisionomia de Deus? — ele curioso.
A garota teve um ataque de riso.
— O que tem de tão engraçado nisso?
— Engraçado como vocês humanos são. De todas as virtudes que o Criado tem. A que vocês mais desejam conhecer e sua aparência física — ela parou de sorrir. — DEUS não tem uma aparência física, dizem que todas às vezes que ele se apresentou aos Arcanjos, assumia a forma de seres diferentes, pode ser um Anjo, homem, guardião, ou que ele quiser. Diferente de nós, ele não é uma criatura. DEUS e o Criador, Autor de todas as coisas. — Disse com devoção. — Anciões contam que a forma natural dele é tão poderosa, que se alguém que não tenha o coração totalmente puro torna-se cinza, só de olhá-lo. Julgo que você não iria querer ver a aparência natural de DEUS — sorriu maliciosa para Max.
— Está chegand...
Ela o interrompeu abruptamente.
— Silêncio, para — ela o segurava pela gola da camisa. — Escute? Está ouvindo? — sussurrou.
— Não.
Uma cavalaria vinha próximo, gravetos estalavam quebrando nos cascos dos cavalos.
— Rápido vamos sair da trilha. — eles correram para longe da estrada e se esconderam atrás de uma grossa árvore, em volta por vegetação alta.
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