JARDIM SAGRADO
— Todos sabem que é você! — Ela o interrompeu — como você conseguiu tocar em um Endy? Ser conseguir matar pode realizar um desejo. — Completou ela de um jeito carismático.
— Para que matar uma criatura tão linda.
Hafaelle se aproximou e ele recuou, sempre na defensiva. Não sabia as verdadeiras intenções, desse ser.
— Nossa como você fede. Bem verdade que dizem que os humanos cheiram mal.
Max não estava nada cheiroso, correu o dia todo, sujo, rasgado e arranhando, pelos galhos das árvores e capim alto. Um banho era a menor das suas preocupações.
— O que você quer criatura? — Disse ele.
— Para que essa adaga aportada para mim? Você quer me matar? — Disse Hafaelle com deboche.
— Não! Não quero te machucar — ele abaixou a arma. Supôs que ela não era criatura das trevas, mas manteve a guarda defensiva. — Como você conseguiu-o entrar no jardim?
— Somente criatura das trevas não pode pisar no solo sagrado de YAHWEH.
— Que lugar é esse? — Max, já estava se convencendo que ela não oferecia perigo.
— O jardim foi feito no início da criação pelo próprio Deus. Essas são as árvores eternais. Venha Max, se aproxime, não tenha medo. Não ofereço perigo algum, veja de perto.
Max aproximou-se da garota, atento.
— Árvore de ouro à sua direita, Max e a da ciência do bem e do mal. Dizem se comer o fruto dela se torna como Deus, onisciente, onipotente, onipresente. A outra árvore de bronze te concederá a vida eterna, isso ser você comer o fruto. Ver essa nascente entre as árvores é chamada de fonte das memórias, se você mergulha nela pode recordar coisas do passado mesmo se você ainda não existia na época. Isso que parece um peixe e o espírito das águas, e o que mantém o equilíbrio e a estabilidade de toda vida aquática.
— Para mim, parece só um peixe grande e caro. Quer dizer que se ele morre, a vida marinha perde a estabilidade?
— Sim as águas também. — Eles olhavam o peixe que bailava na água transmitindo um brilho das escamas de diamantes. — Não vai dar um mergulho? Talvez você veja seu passado. — ela atiçou a imaginação dele.
Onde ela queria chegar, pensou ele, mas lhe bateu um desejo extremo de ir em frente. Deu um passo ficando na beira da fonte. Mesmo não confiando nele, aquele lugar era irresistível, mágico. Lembrou-se do conselho de Soffi para não confiar em ninguém, poderia ser uma armadilha.
— Não — reagiu duramente, afastando-se. Aquela sensação não era normal.
— Bobinho pensa que quero matá-lo? Se quisesse já estaria morto. — Ela colocou a flauta nos finos lábios e tocou uma nota.
— Não confio em você.
— Julgar sem necessidade, só queria que conhecesse seus pais. Que tal experimentar um desses frutos? Vai em frente escolher, pegue um.
Max realmente desejou comer aqueles frutos, porém não era um desejo normal. Era como se estivesse sendo forçado, ficou em frente a árvore de bronze admirando-a transmitia uma sensação boa de paz e tranquilidade, o fruto parecia chamá-lo enquanto sua barriga roncava. Ele teve um breve pensamento, viver eternamente seria bom, que mal tem. Lutou para resistir à atração do fruto. Não conseguiu, segurou o fruto que pulsou em sua mão sem arrancá-lo, o braço foi envolvido pelo fogo azul que não queimava as marcas no seu braço direito começaram a mover-se sobre a pele. Hafaelle a próximo se dele e como uma manipuladora profissional sussurrou em seus ouvidos:
— Não tenha medo, arranque e coma, viva para todo sempre — sua voz soava como uma doce melodia.
— Não, não posso — ele segurava o fruto vidrado tentado resistir.
— Pode sim, você e o filho do grande Gabriel. — Ao terminar a frase uma lâmina afiada e pontiaguda encosta no seu pescoço. Hafaelle não teve nenhuma reação.
— Solte ele.
Era Soffi com sua espada reluzente.
— Calma bem! Só estamos conversando — ela levantou as mãos e estalou os dedos.
Max soltou o fruto e se recompôs como se tivesse acordado.
— Soffi o que está fazendo? — disse ele quando viu a espada roçando o pescoço de Hafaelle.
— Você estava enfeitiçado, sobre efeito de magia. Não te disse para não confiar em ninguém.
O sol já se punha e uma grande lua cheia surgia lentamente no horizonte.
— Conseguiu matar os inimigos? — Disse Max.
— Não deu. — Soffi surpreende-se quando uma adaga fria encosta em sua nuca. Atrás dela quase imperceptível surgiram dois garotos gêmeos de cabelos castanhos, pele parda e olhos violetas com pupilas finas como de cobra. Um segurava a adaga firme e o outro manteve-se afastado encostado na estátua encoberto pela sombra, segurando na mão uma gaita.
— Fá e Dó, como não percebi antes que você estava com Hafaelle, a protegida de Arion — disse Soffi — Jamais estaria sozinha.
— Solte a Hafaelle. — disse Dó, apertando a adaga no pescoço de Soffi, escorreu uma gota de sangue, causando tensão em ambas as partes.
— Você primeiro — retorquiu Soffi.
— Não queremos machucá-los. — Dó explicou.
— Já chega! Não temos tempo, os soldados Serptos estão chegando com reforços. Dó solte-a Soffi agora! Temos que sair daqui. — Urrou grave e autoritário Fá. Representado ser o líder do grupo. Ainda encostado na estátua com seus longos cabelos, lhe tampado a face sombria. Dó recuou obedecendo ligeiramente à ordem, Soffi também guardou sua espada liberando Hafaelle, que se juntou aos seus protetores.
— Que bom que nós acertamos — disse Hafaelle com um sorriso sínico.
— O que vocês querem? — Indagou Soffi com violência. Max observava tudo calado.
— Mal agradecida salvamos sua vida na floresta quando estavam escondidos prestes a serem capturados. Acredita que foi sorte os Serptos mudarem de direção com o som da música. — Disse Dó grosseiramente.
— Entendo. Os cinco que a criatura farejou fomos nós. — Intrometeu-se Max.
— Provavelmente — disse Hafaelle.
— Vamos ter que levar o humano para o clã dos Serafins. — Ordenou Fá se ajeitando e afastando o cabelo do rosto.
- Nunca deixarei levá-lo. — Soffi retira seu arco, agora com algumas flechas. — Max e o protegido do Arcanjo Miguel, levarei em segurança para o reino de Novam.
Uivos das criaturas ecoou fora do jardim sagrado, ao derredor da barreira de proteção.
— Pensa que consegue derrota nos três? Sua soberba levará à sua morte — Disse Fá nervoso, fez um movimento com as mãos para pôr a gaita na boca para tocá-la. Antes que conseguisse tocar o instrumento musical, foi interrompido por Hafaelle que segurou seu braço.
Os serafins controlam o poder da música, por isso eles carregavam instrumentos musicais como arma. Antecipado a batalha que iria acontecer, olha para Max e profere um encanto em seu ouvido, Insurd. No início ele ouviu um barulho fino e agudo como som de grilo e finalmente seus ouvidos tamparam. Apesar dele não escutar barulho nenhum de alguma forma ele entendia tudo que eles falavam.
— Não faça isso Fá. Sei que foi uma ordem do meu pai, eu irei conversar com ele. — Hafaelle implorou, acalmando a situação.
Vários soldados Serptor e criaturas de Brachee tentavam romper a barreira do jardim.
— Vamos dá o fora daqui — Dó falou indo em direção a saída oposta aos inimigos. Os dois o seguiram correndo.
— Liberion insurd — disse Soffi desfazendo o encanto. O garoto voltou a ouvir.
— Agora você me deve em dobro, Soffi. — Gritou Hafaelle enquanto acenava a mão.
Sobre o brilho do luar Max observou de relance uma aliança no dedo de Hafaella, o que não tinha reparado antes, porém era tarde para indagar. Ela sumiu com seus cachos dourados em meio à floresta densa. Uma melodia alta foi tocada pela flauta, e todos os inimigos saíram em perseguição aos Serafins.
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