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𝐯. A INVASÃO AO CASTELO

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𝐄𝐏𝐇𝐄𝐌𝐄𝐑𝐀𝐋
[ CAPÍTULO CINCO ]

‖ A INVASÃO AO CASTELO

A SILHUETA DO CASTELO DE MIRAZ era avistada ao longe, destacando as torres altas na escuridão da noite. Com os cabelos presos desajeitadamente em uma trança, Betty Birdwhistle apertava a lança fortemente entre suas mãos, enquanto sentia o nervosismo tomando conta de si. Pelo canto dos olhos, observou Pedro ao seu lado, também carregado por entre as garras de um grifo. Ela concordava com ele que aquela era, sim, a melhor chance que tinham contra o rei tirano e seus soldados. Ainda assim, não estava tão confiante quanto esperava estar.

Havia muito tempo que não participava de uma batalha de verdade, e não tinha tanta certeza se estava pronta para tal. Olhando para os lados e para baixo, onde o pequeno exército se reunia, via grandes minotauros, centauros e faunos que traziam espadas presas a cintura, e anões furiosos e tão ou mais perigosos do que as outras criaturas narnianas. E então, havia ela. Pequena, asmática e magricela. Mas era uma rainha, e acima de tudo, a guardiã de Nárnia, coroada pelo próprio Aslam. O pensamento a fez erguer o queixo levemente, estufando o peito ao sentir-se levemente mais confiante.

Era sempre assim quando pensava em Aslam.

━ É o sinal! ━ avisou Pedro, quando avistou a lanterna de Edmundo piscando sobre uma das torres do castelo.

Os grifos aumentaram a velocidade, voando para cada vez mais próximos do castelo. Mesmo no ar, Susana já atirava flechas em seus adversários, enquanto Caspian os atacava com sua espada. Betty esperou até que estivesse no chão para, enfim, atacar o primeiro guarda, desmaiando-o ao bater com o cabo da lança na parte de trás de sua cabeça.

Em uma das outras torres, Betty franziu o cenho ao ver Pedro, Susana e Caspian entrando por uma janela, e sacudiu a cabeça negativamente. De acordo com o que lhe havia sido dito, deveriam acabar com os guardas primeiro, e só então adentrar o castelo em busca do professor do príncipe.

Ninguém me avisa mais nada… ━ ela murmurou para si mesma, antes de se virar rapidamente para se defender de um ataque de um dos guardas. O conhecido barulho de metal contra metal soou em seus ouvidos, e rapidamente o homem caiu ao chão, com uma flecha fincada em suas costas. Buscando pela origem da flecha, Betty encontrou Trumpkin com o arco em mãos, e sorriu na direção do mesmo, que permaneceu com a mesma expressão ranzinza no rosto. Seu sorriso diminuiu um pouco, mas a gratidão ainda era visível em seu rosto. Ela correu os olhos pelo pátio do castelo, constatando que poucos narnianos haviam sido trazidos pelos grifos; a maior parte deles aguardava do lado de fora. 

A menina então observou a torre em que se encontrava, constatando que já não havia mais guardas para derrubar, e soltou uma lufada de ar em alívio. Ainda assim, suas mãos permaneceram firmes ao redor de Viridi Hastam, enquanto seus olhos atentos percorriam o pátio do castelo, onde Ripchip e outros ratos corriam discretamente, prontos para encontrar alguma forma de abrir o enorme e pesado portão.

━ Edmundo! ━ ela chamou, exasperada, em uma espécie de grito-sussurrado, ao ver o rapaz brincando com a lanterna, jogando-a para cima algumas vezes. ━ Você vai deixar a lanterna cair.

O moreno revirou os olhos, prestes a perguntar a loura se ela pensava que ele era mesmo tão distraído e estúpido a ponto de derrubar a lanterna. Antes que pudesse o fazer, no entanto, um grito alto soou de dentro do castelo, e os dois jovens pularam com o susto. Quase que como uma peça pregada por Betty em parceria com o destino, a lanterna escapuliu das mãos de Edmundo, que arregalou os olhos castanhos.

━ Eu não queria dizer que eu avisei… ━ começou ela, sacudindo a cabeça negativamente ao cerrar os olhos azuis em direção ao garoto. ━ Mas eu avisei.

━ Ora, foi um acidente! ━ ele protestou. ━ Vou pegar a lanterna de volta.

Assim que o justo desceu alguns degraus da escada da torre, seus passos foram interrompidos assim que um guarda apareceu, abaixando-se ao ver o curioso objeto que emanava luz. Ele pegou a lanterna, encarando-a curiosamente ao mesmo passo em que Edmundo se escondia atrás de uma parede. Quando o guarda começou a balançar a lanterna para cima, Betty deu um tapa na testa, imaginando a confusão que aquilo causaria nos narnianos que aguardavam do lado de fora do castelo.

Betty ajeitou a postura ao ouvir uma agitação se originar. Passos pesados e conversas altas se tornavam cada vez mais próximos, e a menina engoliu em seco ao saber que as tropas de Miraz logo chegariam. Olhou para a torre ao lado mais uma vez, encontrando Edmundo e o guarda duelando com suas espadas. De repente, Pedro e Susana apareceram no pátio, correndo rapidamente, e Elizabeth mais uma vez franziu o cenho. Onde estavam Caspian e seu professor?

Edmundo, o sinal! ━ o Pevensie mais velho gritou, enquanto corria.

Eu estou ocupado, Pedro! ━ Edmundo respondeu, sendo quase vencido pela força de seu adversário.

Em silêncio, Betty mordeu a parte interna das bochechas, dando dois passos para trás e mirando no alvo que desejava acertar. Unindo toda sua força e boa mira, ele arremessou a lança dourada no guarda que durava com Edmundo, atingindo um de seus braços e prendendo-o em uma das paredes da torre. Um grito de dor deixou seus lábios, e a menina enrugou o nariz, sentindo-se levemente culpada.

Ela estava mesmo enferrujada quando se tratava de batalhas.

Quando se aproximou da beirada da própria torre, encontrou Edmundo a encarando com olhos arregalados. Ela riu, arqueando as sobrancelhas.

━ O que foi, achou que eu fosse acertar você? ━ indagou, vendo o rapaz sacudir a cabeça negativamente, antes de se virar para puxar a lança da garota. ━ Jogue para mim de novo. Rápido! As tropas estão se aproximando!

Ele assentiu, concentrando-se para arremessar o objeto. Apesar de ser um exímio guerreiro, o forte do rei justo nunca foi jogar coisas. Ainda assim, sua mira foi boa o suficiente para que Betty conseguisse agarrar a lança no ar, quase tropeçando  ao fazê-lo.

Então, os guardas de Miraz começaram a sair de dentro do castelo, armados e com os olhos raivosos. traziam tochas e espadas em suas mãos ásperas, e ao notar a fila que formavam enquanto corriam para fora, Betty congelou ao perceber que estavam em uma quantidade muito maior do que eles. Fosse lá o que Susana, Pedro e Caspian tivessem aprontado no castelo, definitivamente não havia sido nada bom.

Próximos ao portão, os três mais velhos agora giravam algum tipo de engenhoca que deveria elevar o portão, permitindo a entrada dos narnianos no castelo. A angústia era visível em seus olhos, enquanto uniam todas as suas forças e energias para alcançar o objetivo. Enquanto o faziam, Susana e Pedro discutiam sobre abortar ou não a missão. 

━ A LANTERNA, EDMUNDO! ━ Betty gritou, o apressando ao ver o pátio cheio de guardas, e o menino começou a bater o objeto nas mãos, tentando fazer funcionar. ━ RÁPIDO!

Finalmente, a luz se acendeu, e Edmundo fez o sinal que havia sido combinado mais cedo, avisando aos narnianos que era hora do ataque. Poucos segundos foram necessários para que uma horda de criaturas fantásticas aparecesse ali, com espadas, lanças e outros tipos de armas que Betty nem ao menos se lembrava o nome em mãos. Felizmente, ela não encontrou o irmão em meio às criaturas, e suspirou aliviada. Conhecendo Sebastian bem, ela não duvidava que o rapaz desse um jeito de segui-los escondido, mesmo tendo as mesmas habilidades em combate que uma batata.

POR NÁRNIA! ━ Pedro gritou, e completou baixinho para si mesmo: ━ E por Aslam.

Então, tudo se tornou um grande caos antes que Betty pudesse se dar conta: os narnianos e as tropas de Miraz estavam tão embaralhados que era difícil dizer quem estava levando a vantagem na briga. É claro que a menina esperava, do fundo de seu coração, que fossem os narnianos.

Ver seu povo em batalha parecia ter, finalmente, acordado a guerreira que a rainha genuína já havia sido algum dia. Quando dois homens apareceram atrás de si, apontando bestas em sua direção, a menina reagiu rápido, fincando a lança dourada no pé de um guarda, para então chutá-lo no peito, fazendo o mesmo cair para trás, e então mordeu o lábio inferior fortemente ao sentir uma das flechas do guarda restante passando de raspão por sua perna esquerda. Ela não tinha tanta certeza se concordava com o Código de Hamurabi que havia aprendido na escola, mas naquele momento, o lema "Olho por olho, dente por dente" lhe pareceu fazer bastante sentido. Betty deu um giro rápido e certeiro, atingindo a coxa do guarda com a ponta de Viridi Hastam.

Em seguida, ela passou pela porta de madeira e correu  escada abaixo, visando unir-se à batalha que acontecia no térreo. O horror cruzou seus olhos ao encontrar os diversos corpos no chão, e por um momento, Betty considerou correr, se esconder e nunca mais participar de uma batalha na vida, mas os narnianos estavam dispostos a morrer por Nárnia.

E ela também estava.

Com esse pensamento, ela sacudiu a cabeça, espantando o medo de si e apertando a lança dourada firmemente em seus dedos, correndo pelo pátio e travando batalhas contra aqueles que atacavam seus amigos. Os gritos altos ecoavam por todo o castelo de Miraz, assim como o barulho metálico de espadas se chocando incansavelmente. 

Em determinado momento, Betty caiu ao chão e soltou sua lança involuntariamente, arregalando os olhos em direção ao homem à sua frente, cuja espada aproximava-se cada vez mais de seu rosto. No segundo seguinte, porém, o homem foi jogado para trás por uma flecha que atingiu seu peito, e a rainha genuína se virou para encontrar Susana.

━ Se eu morrer, diga a Sebastian que apesar de ser um irmão irritante, eu o amo ━ pediu para a amiga, quando a mesma a ajudou a se levantar. Susana arregalou os olhos. ━ O que acha que acontece se morrermos aqui, Su?

━ Não vamos descobrir ━ respondeu a Pevensie, engolindo em seco. ━ Eu espero nunca saber!

Eu também espero, Su…

Assim, as duas se dispersaram novamente, cada uma desempenhando seu determinado papel na luta. Enquanto Susana lançava flechas certeiras nos guardas de Miraz, a Birdwhistle os atravessava com sua lança, numa agilidade não tão invejável quanto costumava ser na Era de Ouro. Ela bem sentia falta de seu corpo forte e esguio de centenas de anos antes, quando ela era mais velha.

Um grito ensurdecedor atingiu seus ouvidos enquanto ela se defendia de um ataque, e por cima do ombro esquerdo de seu rival, Betty enxergou o portão prestes a se fechar, sendo impedido por um minotauro que fazia o possível para aguentar seu peso nos ombros. Engolindo em seco, a loura recuou um curto passo e girou as mãos, batendo a lança contra as mãos do espadachim a sua frente e o fazendo derrubar a espada. Em seguida, ela bateu a haste da arma contra um dos joelhos do homem, que gemeu de dor ao cair ao chão.

RECUAR! ━ Pedro ordenou. ━ Precisamos sair daqui!

Quase tropeçando nos próprios pés e na barra do vestido, Betty correu até o portão para ajudar a criatura determinada e aliviá-la do peso em suas costas. Ofegante, ela olhou para a lança em suas mãos e para o minotauro, antes de comprimir os lábios e encaixar Viridi Hastam entre o chão e o portão de ferro pesado, torcendo para que a lança aguentasse. O minotauro caiu de joelhos, cansado, e a menina respirou fundo ao unir toda a força que lhe restava para manter a lança no lugar e impedir o aprisionamento dos narnianos no castelo.

━ Vão para o portão, antes que seja tarde demais! ━ mandou o rei Pedro.

Centauros, jaguares e anões correram ao lado de Betty, que sacudiu a cabeça inúmeras vezes para recusar a ajuda que lhe ofereciam. Ao invés disso, mandava-os correr mais depressa, para o mais longe que pudessem.

Ela não gostaria de admitir, mas sentia sua respiração pesar cada vez mais com todo o esforço que fazia, e sentia as pernas trêmulas prestes a cederem. Quando Caspian e Pedro apareceram sobre cavalos de pelagem escura, trazendo o professor Cornelius em seu encalço, muitos narnianos ainda lutavam, e Betty soube que aquela era uma batalha perdida para eles. 

━ Precisamos ir! ━ exclamou Caspian, estando uma mão para que ela pudesse subir em seu cavalo. ━ Temos de recuar, antes que não possamos mais!

━ Eu não vou abandoná-los! ━ ela protestou, seus olhos embaçados por lágrimas em direção aos narnianos. ━ Vão na frente, eu ficarei mais um pouco.

Pedro e Caspian se entreolharam, e após uma rápida ponderação, o Magnífico desceu de seu cavalo e se colocou à ajudar a mais nova, que lhe lançou um olhar de agradecimento.

━ Vá! ━ mandou Pedro ao príncipe. ━ Os outros precisam de você.

Ainda que relutante, Caspian sacudiu as rédeas de seu cavalo, que correu para fora do castelo. Sobrevoando em um grifo e com as duas mãos ocupadas por espadas, Edmundo fazia o possível para derrubar quantos guardas fosse possível, ganhando tempo para que mais narnianos pudessem fugir. Pedro e Betty respiravam pesadamente, sentindo os braços e pernas enfraquecidos devido a todo o esforço que colocavam na árdua tarefa de impedir o fechamento dos portões.

Betty ━ Pedro chamou de repente, e sua voz pareceu distante e desconexa. ━ Betty, você está roxa…

Ah, não. De novo não ━ ela murmurou, e fechou os olhos fortemente. Era de se esperar que sua asma fosse atacar naquele momento, mas Betty desejava que pudesse aguentar mais alguns minutos.

Então, uma flecha foi lançada por um dos besteiros de Miraz, que atingiu o braço de Pedro, que caiu para trás. Em um solavanco, Viridi Hastam tremeluziu, não suportando o peso sobre si, e caiu, fazendo com que o portão descesse consideravelmente, sendo sustentado agora unicamente pelos ombros de Elizabeth, que gritou.

Sabia que não aguentaria mais.

Por Aslam ━ ela sussurrou para si mesma, sentindo suas forças se esvaindo do corpo.

Antes que caísse desacordada, no entanto, sentiu duas mãos em sua cintura, puxando-a de seu lugar para então posicioná-la em uma superfície macia e firme ao mesmo tempo. Então, ouviu o ferro do portão chocando-se contra o chão de pedra, enquanto sentia o vento frio soprando seus cabelos.

Estava voando. Sentia a ventania contra seu rosto, sentia penas roçando em sua pele. Sentia uma mão envolvendo a sua.

━ Não morra agora, Betty, sua… ━ ela ouviu a voz de Edmundo, mas não conseguiu abrir os olhos. ━ Droga, eu não consigo xingar você. Apenas abra os olhos, pela juba…

Seus olhos permaneceram fechados, mas seus dedos apertaram os de Edmundo fortemente, e o menino soltou um suspiro aliviado.

A luz do sol nascente incomodava os olhos fechados da menina, que os abriu devagar tentando acostumá-los à luz. Notou que agora havia tido o corpo colocado sobre um cavalo, que era puxado por Susana em direção ao Monte Aslam, onde Lúcia aguardava na entrada. Betty endireitou o corpo sobre o alazão, quase se desequilibrando, e seu soluço assustado chamou a atenção daqueles que estavam próximos.

━ Você acordou! ━ comemorou Susana, sorrindo aliviada. ━ Viu, Edmundo? Eu disse para não se preocupar, sabia que ela ficaria bem.

Foi quando a loira notou que o rapaz caminhava ao lado de seu cavalo, com as bochechas levemente avermelhadas. Ele revirou os olhos ao ouvir o comentário da irmã, mas era claro que estava mais do que reconfortado por ver a guardiã dos bosques acordada após a fatídica noite que acabavam de enfrentar.

━ Eu assustei você, Ed? ━ indagou, com a sombra de um sorriso nos lábios. Então, percorreu o olhar pelos narnianos que caminhavam de volta para o Monte Aslam, notando que haviam diminuído drasticamente em quantidade. Seu sorriso desapareceu antes de se formar por completo, e seus olhos foram tomados por tristeza. ━ Só sobrou isso?

Edmundo a olhou triste e angustiado, sacudindo a cabeça em confirmação. Betty respirou fundo, voltando o olhar para frente, e mordeu as bochechas por dentro. Sentia as lágrimas se formando mais uma vez, mas precisava se lembrar que batalhas sempre contavam com perdas irrestituíveis. Ela não achava que algum dia se contentaria com aquele fato, apesar de tudo.

O vazio entre seus dedos também era incômodo. Imaginava o que os homens de Miraz fariam com Viridi Hastam quando a encontrassem caída no pátio do castelo. Então, ela viu Sebastian saindo de dentro do Monte, com os olhos ansiosos e desesperados. Sem pensar muito, Betty impulsionou o corpo para a direita, caindo do cavalo e derrubando Edmundo consigo. Ela murmurou um pedido de desculpas e o ajudou a se levantar, antes de correr desajeitadamente em direção ao irmão e o abraçar fortemente.

━ Se você morresse, eu mataria você… ━ Bash murmurou, com os braços magricela em torno do corpo da irmã. ━ Que bom que não vou precisar.

━ Nem uma palavra do que você disse fez sentido, Sebastian ━ respondeu ela, rindo baixo. ━ Nem umazinha.

Os dois se separaram, e Lúcia franziu o cenho em direção ao pequeno grupo de narnianos que retornavam. Mais uma vez, as feições de Betty se entristeceram.

━ O que houve? 

━ Pergunte a ele ━ mandou Pedro, se virando para Caspian.

━ A mim? ━ indagou o príncipe, indignado. ━ Você podia ter recuado, ainda dava tempo!

━ Não dava, graças a você! ━ retrucou o rei. ━ Se tivesse seguido o plano, os soldados estariam vivos agora.

━ E se nunca tivéssemos deixado o Monte, como eu sugeri, eles com certeza estariam vivos!

Edmundo e Susana se entreolharam, cansados. Betty suspirou, sentindo-se da mesma forma. A verdade era que ninguém mais aguentava aqueles dois se bicando desde que haviam se conhecido, pareciam crianças bobas e irritantes, brigando pela liderança quando coisas bem mais importantes estavam em jogo.

Você nos chamou até aqui, se lembra? ━ Pedro provocou Caspian, se virando para o moreno, que cerrou os olhos ao responder.

Foi o meu primeiro erro.

Cansada de tudo aquilo, Betty caminhou até os dois, entrando no meio da briga. Notou que ambos os rapazes tinham as mãos próximas às suas espadas, prontos para iniciar um duelo, e arregalou os olhos em incredulidade. Dois marmanjos como aqueles sendo guiados pela mesquinharia era, no mínimo, vergonhoso.

━ Parem de brigar! Por um minuto, pelo menos! ━ mandou Betty. ━ Deveríamos estar unidos, não vêem que temos todos o mesmo objetivo?!

━ É sobre meu povo que estamos falando, eu deveria poder tomar decisões ━ Caspian a ignorou, e Pedro o lançou um olhar de matar. ━ Sou o príncipe daqui!

━ Príncipe?! ━ indagou Pedro. ━ Você é um invasor! Pode se chamar de príncipe, lorde, duque, o que quiser! Mas eu sou um rei.

Betty riu nervosa, balançando a cabeça negativamente. Era aquilo, mesmo? Eles realmente iriam ignorá-la e continuar com a competição estúpida?!

━ E eu sou uma rainha, Pedro! Reinei sozinha por anos, batalhei nas mesmas guerras que você e até mais, depois que foi embora! E ainda assim, você e Caspian ignoram minhas sugestões, fingem que não me escutam! E não é só comigo, Edmundo, Susana e Lúcia são tão ignorados quanto eu! ━ ela pausou por um momento. ━ Todos aqui temos coroas. Por que só a sua e a de Caspian contam?

Ninguém respondeu. Uma tensão havia se formado no ar, e tudo o que podiam ouvir era a respiração pesada da menina, que havia chocado todos com a repentina explosão.

━ Parem de agir como bebês ━ ela murmurou, por fim. ━ É vergonhoso.

Tanto Caspian quanto Pedro pareciam envergonhados, e evitavam se olhar. De certa forma, temiam a possibilidade de terem as orelhas puxadas pela loira, e serem forçados a pedir desculpas um ao outro. Não aconteceu, e ninguém poderia dizer se foi por falta de tempo ou pela interrupção de Edmundo, que trazia um Trumpkin ferido nos braços.

━ Rápido, Lúcia! ━ ele apressou a irmã, que tirou o antídoto do cinto e correu até ele. Lu virou o frasco com cuidado, pingando uma única gota do líquido vermelho na boca do anão, que tossiu algumas vezes antes de abrir os olhos.

━ Obrigado, minha cara amiguinha.

Lúcia sorriu feliz, e suspiros de alívio foram ouvidos por todo o campo verdejante. Betty, no entanto, voltou o olhar para a dupla de encrenqueiros e ergueu as sobrancelhas.

━ Viram? Há coisas mais importantes acontecendo. Imaginem se a briga idiota de vocês abafasse o pedido de ajuda! Quem culpariam, dessa vez?

Próximo ao pequeno grupo que se reunia ao redor de Trumpkin, Bash olhou para Lúcia, Susana e Edmundo com os olhos arregalados.

━ Acho que nunca vi Betty brava assim, e ela estava literalmente me batendo quando viemos para cá...

Olá!! Peço desculpas pelo sumiço, mas é que estive muito ocupada com a escola e uma outra fanfic na reta final. Mas agora pretendo retornar à programação normal, com atualizações semanais! E como pedido de desculpas, esse capítulo foi bem grandão e teve uma cena fofinha de Bettymund. Ou Edbeth. Não sei.

Infelizmente, a mesclagem das cenas dos livros e dos filmes sobre Príncipe Caspian é bem difícil de ser feita, já que ambos são totalmente diferentes... ainda assim, fiz o possível para manter os personagens fiéis a realidade deles. Como vocês notaram, o Magnífico rei Pedro se uniu a Betty na tarefa de segurar o portão para que mais narnianos pudessem escapar, coisa que ele não faz no filme. Fico bem chateada com a adaptação dele no segundo filme, porque ele tem muitas atitudes que o Pedro de verdade jamais teria... Mas algumas tiveram de ser mantidas, já que o livro já não é tão fresco na minha memória.

Espero que tenham gostado, e vejo vocês no próximo capítulo!

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