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29 A Formatura

O grande dia havia chegado.

Minha formatura.

Não que eu tivesse esperado ansiosamente por ela durante todo o ano, mas todo mundo sabe que esse é um evento importante na vida de uma estudante.

E, sentada na mesa da cozinha, eu ouvia a voz do meu pai através do telefone colocado no modo viva voz, enquanto eu e minha mãe conversavámos com ele.

- Isso é sério, Paulo? - Minha mãe praticamente rosnava para o telefone, como se assim pudesse atingir a pessoa que estava do outro lado da linha, que no caso era o meu pai.

Ouvi o suspiro dele.

- Infelizmente sim.

- Mas isso é um absurdo! Como é que você vai fazer essa desfeita de não aparecer na formatura da sua filha?!??

- Não é desfeita, Marisa. Estou explicando há horas. Surgiu um imprevisto, eu não vou poder ir. Mas isso não vai mudar em nada o fato de que ela vai se formar e que está tudo certo, como deveria ser.

- Para você deve estar tudo certo, né? Você nunca está disponível. Nunca! - Esbravejou minha mãe.

- Isso não é verdade. Eu estive na formatura do 9° ano.

- Isso foi há quatro anos! Agora é outra coisa! Sua filha está se tornando uma adulta. Claro... Mesmo sendo ainda tão imatura e às vezes irresponsável. - Ela olhou para mim e eu revirei os olhos. - Mas mesmo assim, esse é um dia importante para ela.

- Só lembrando que eu estou aqui, gente - falei, sem um pingo de emoção na voz.

Eu estava tão, mas tão grata com a minha mãe por ela não ter dito absolutamente uma palavra para o meu pai sobre tudo o que tinha acontecido nos últimos dias.

Eu implorei para que ela não contasse e acabei conseguindo, com muito custo.

Afinal, ele não precisava mesmo saber. Eu iria para Nova York, morar com ele e não haveria Steve, não haveria confusão e nem problemas por causa dele; então era desnecessário encher a cabeça do meu pai com isso.

- Eu sei que é um dia importante para ela. - Redarguiu meu pai. - E é para mim também. Você sabe disso, não sabe, filha?

- Eu sei... - falei, passando os dedos pela toalha da mesa.

- Você entende seu pai, não é mesmo?

Tive que ignorar o olhar fuzilador da minha mãe, para responder:

- Eu entendo, pai.

- Está vendo, Marisa? Você tem que entender que imprevistos acontecem e...

Levantei-me para pegar água na geladeira.

Enquanto meus pais terminavam a " conversa ", eu fiquei observando minha mãe e percebi que, no final das contas, eu também entendia ela.

Ela sabia que o dia em que eu iria embora estava chegando. Por mais que tenha se decidido a favor da viagem, ela, no fundo, preferia que eu não fosse. Por ela, eu me formaria e começaria logo em seguida o meu curso de Medicina na USP. E teria sido assim, se meu pai não tivesse colocado diante dos meus olhos aquela proposta maravilhosa.

Então, eu entendia minha mãe. E deixei... Afinal, achava que ela merecia fazer um pouquinho de drama.

***

Nina havia passado o dia inteiro no salão daqueles amigos dela e quando voltou, faltando uma hora e meia para irmos para a cerimônia, estava impecavelmente arrumada, penteada e maquiada.

Claro, eu devia imaginar.

Nina estava ainda mais envolvida com esse pessoal de salão de beleza e, aparentemente, estava aprendendo muito.

A porta do meu quarto estava aberta, enquanto eu escovava meu cabelo, bastante desanimada, tentando decidir se iria prendê-lo num coque ou simplesmente deixar todo solto. É, eu seria o oposto de Nina naquela festa de formatura.

Ao passar pela porta aberta, ela parou e depois de ficar por um minuto me observando, entrou.

Nos últimos dias, pouquíssimas vezes nós havíamos nos falado. Só mesmo quando era estritamente necessário.

Ela, assim como minha mãe, estava magoada por eu não ter lhe contado sobre a viagem. Afinal, para ela ( e para mim também ) mais do que primas, éramos amigas e amigas contam tudo, ou quase tudo, umas para as outras.

Mas, àquela altura, ela também já sabia que eu só havia escondido aquilo por causa do pedido do meu pai.

- Quer ajuda? - Perguntou, quando desliguei o secador.

- Não, já terminei.

- O que está pretendendo fazer?

- Um coque. Ou deixar solto... Sei lá. - Dei de ombros, sem ânimo algum.

Pelo espelho, vi que ela franziu a testa e contraiu a boca, como se não estivesse gostando, enquanto mexia no meu cabelo.

- Hum... Deixa eu te arrumar? - Falou.

- Qual é, Nina. Não é como se eu fosse uma criança de quatro anos que precisa que os outros a arrumem. - Revirei os olhos.

- Pois parece.

Quando viu meu olhar frio, ela se apressou em dizer:

- Calma, Amber. Só quero te dar uma mãozinha, fazer sua make. Afinal, daqui a pouco a gente sai.

Suspirei.

- Tá bem.

Ficamos em silêncio, num clima estranho, enquanto ela fazia o que tinha de fazer.

Eu reconheci que ela estava sendo legal e prestativa, mesmo estando chateada comigo. Ainda.

Não que eu tivesse pedido nada, afinal, eu podia dar conta de mim mesma, mas eu estava esgotada demais, física, mental e emocionalmente para ficar de birrinha e não aceitar a boa ajuda.

- Levanta um pouco o queixo - Nina disse, enquanto passava um corretivo no meu rosto.

Ela fazia aquilo séria e concentrada e eu fechei meus olhos, aproveitando o silêncio para pensar.

Só que pensar ultimamente estava sendo doloroso demais para mim. Porém, se tem algo do qual não se pode fugir, é dos próprios pensamentos.

- E o Steve?

Abri os olhos com aquela pergunta.

Sacudi os ombros suavemente, para não atrapalhá-la.

- Não o viu mais? - Ela me olhou do espelho.

Demorei a responder.

- Não o vi e nem sei mais nada sobre ele.

E, bem baixinho para mim mesma, uma constatação:

- Ele sumiu.

Nina ouviu, porque pôs sua mão esquerda, a que não segurava apetrecho de maquiagem nenhum, sobre o meu ombro e disse:

- Sinto muito...

Ela sabia de tudo o que havia se passado entre Steve e eu. Porque eu fizera questão de contar, antes de ficarmos sem nos falar.

Nina pôs-se a espalhar o pó compacto pelas maçãs do meu rosto, até voltar a perguntar:

- Acha que ele vai aparecer?

Suspirei, sentindo um nó se formar na minha garganta. Eu me recusava a ir de olhos vermelhos para a minha formatura.

- Não quero falar sobre isso - disse, me levantando de repente.

- Ei, eu não terminei. Falta o rímel.

- Eu passo. - Tomei o rímel das mãos dela.

Nina ficou me olhando e depois de alguns minutos, me abraçou pelos ombros, num gesto inesperado.

E disse, com a cabeça encostada no meu ombro:

- Vai ficar tudo bem.

***

Eu via os flashes da câmera de Jeff pipocarem de um lado para o outro, e em nenhum momento eles eram direcionados a mim.

Enquanto entrávamos, conversávamos uns com os outros e esperávamos o início da cerimônia, ele ia, como de costume, tirando fotos e mais fotos do pessoal.

Eu sabia que se estivéssemos nos falando normalmente, boa parte daqueles instantâneos teriam meu rosto neles.

Mas o clima que rolou quando nos vimos foi tenso.

- Faz uma pose. - Ele disse para Nina e eu me afastei para não sair na foto.

Ele percebeu isso e me lançou um olhar como quem diz: " Bom sair mesmo da frente. "

Eu e Jeff éramos bons amigos. A gente se entendia e ele muitas vezes tinha sido um consolo para mim quando algo de ruim acontecia. Mas eu nunca podia imaginar como era estar de mal com ele. E agora, eu via que não era nada bom.

Toda aquela tensão e aquele distanciamento entre a gente começou assim que eu o confrontei sobre ele ter comprado drogas de Steve. Desde então, tudo entre nós ficou muito turbado e esquisito.

Meu olhar para ele também não era dos melhores.

Eu o olhava e era inevitável sentir um rancor me tomar por dentro.

Afinal, ele sabia de tudo aquilo desde o início. Eu não era a única que omitia as coisas por ali.

- Vamos, Nina. Lá pra frente. - Chamei minha prima.

- Mais uma foto - Jeff disse, e posso apostar que foi de propósito.

Nina pôs a mão na cintura de bom grado e voltou a sorrir para a câmera, e eu suspirei, irritada.

Mal tinha começado e eu já desejava que aquela formatura terminasse logo.

- Amber!

Jhony chegou, com um sorriso radiante e me abraçou ternamente.

- Você está absolutamente linda - ele disse, me olhando de cima a baixo.

Revirei os olhos e tentei sorrir também.

- Pelo amor de Deus, Jhony. Essa beca é horrível! - Falei.

- Nem tanto. Mas eu vi você antes de colocar a beca. Está mesmo muito linda.

Eu o olhei, me lembrando do beijo na biblioteca e do pedido de namoro estranho.

Estávamos namorando?

Procurei não pensar muito naquilo, mas Jhony segurou minha mão e seguimos juntos de mãos dadas para os bancos reservados para os formandos.

***

Eu não sei dizer como foram os detalhes da minha formatura. Passei o tempo todo aérea, com o pensamento longe. E mesmo que eu me esforçasse para pensar em outras coisas, na minha mente só havia uma.

Uma coisa. Uma pessoa.

A pessoa em quem eu sabia que me era totalmente proibido pensar no momento. Mas, volto a repetir que não se pode controlar os pensamentos.

Eu olhava as pessoas ao meu redor e me perguntava quantas delas ou quais delas poderiam estar como eu. Vivendo um momento importante de sua vida, mas não dando a atenção devida à ele.

Talvez o ser humano seja assim. Não sabe dar valor àquilo que tem diante de si e queira sempre o que não está ao seu alcance.

- Amber??

Olhei assustada para Nina, e ela me encarou.

- O... O que foi?

- É a sua vez. Estão te chamando, vai pegar seu diploma.

Me levantei meio desnorteada e fui.

Não senti emoção alguma. Eu estava apática. E podia jurar que permaneceria assim pelo resto da noite.

Mas eu estava enganada.

***

De onde estava, sentada ao lado da minha prima, eu observei quando chamaram Luísa para fazer seu discurso e ela subiu sorridente. Parecia se sentir leve e bem consigo mesma e eu confesso que senti inveja.

- Parece que o cabelo dela está ainda mais curto - comentou Nina, cochichando. - Eu gostei. Tá bem fashion.

Concordei em silêncio.

- Boa noite à todos! - A voz suave dela soou no microfone.

- Eu me sinto muito, muito honrada de ter sido escolhida para estar aqui como a oradora da turma. Por mais que essa escolha tenha sido praticamente minha. A outra pessoa que poderia estar aqui discursando escolheu não estar aqui, e quando digo aqui quero dizer aqui no palco, porque ela está aqui, sim. - Ela riu. - Afinal, ela também está se formando.

Eu dei um meio sorriso, esperando que ela continuasse.

- Pode parecer clichê o que eu vou dizer agora, e é clichê. Mas também é a mais pura verdade. A vida é assim. Feita de escolhas. Cada um escolhe o que acha ser melhor para si. Hoje estamos aqui como formandos. Estamos reunidos com nossos colegas, irmãos, amigos, professores, pessoas que nos acompanharam ao longo desse ano e de todos os outros anos anteriores. Mas amanhã, ao sairmos de casa e andarmos nas ruas, seremos formados. Não estaremos mais no Ensino Médio. Alguns vão para a faculdade, alguns vão procurar emprego. Alguns não farão nada. E isso não quer dizer que não tenham um plano. Planos e sonhos todo mundo têm. E os sonhos mais bonitos às vezes se demoram para realizar. Tudo depende da escolha que fizermos.

Olhei ao redor e percebi que todos tinham os olhos vidrados nela.

- Eu acho que podem haver escolhas que alguns de nós tenhamos que fazer que nada tem a ver com escola, faculdade, ou trabalho. Podem ser escolhas do coração. Escolhas muito mais especiais. E tais como quaisquer outras escolhas, estas devem ser feitas da melhor forma possível. A Bíblia diz que tudo o que formos fazer, façamos com amor. Eu sei que esse discurso já está pra lá de esquisito.- Ela sorriu, sem graça.- Mas essa é a mensagem que quero passar: Amor. Vamos sair daqui hoje com esse pensamento: Haja o que houver, faremos as nossas escolhas com amor. ❤

Uma lágrima escorreu no canto do meu olho e senti Nina apertar minha mão.

Luísa e seu discurso foram fortemente aplaudidos, enquanto eu procurava respirar fundo, para não desabar mais uma vez.

Limpei disfarçadamente meu olho e cerca de dez minutos depois, estávamos liberados para o jantar de formatura.

***

Mesmo tendo limpado o olho, Nina me arrastou para o banheiro a fim de retocar minha maquiagem e claro, a dela também.

- Muitos jornais de São Paulo estão aqui e quero sair bem bela nas fotos - ela dizia.

- E você, trate de se segurar. Homem nenhum, por mais gato que seja, vale as suas lágrimas.

- Não estou chorando por causa de homem. Aliás, eu nem estou chorando. Só me emocionei com o discurso de Luísa - falei.

- Ok. Sorria, prima. Esse é o nosso dia!

Tentei sorrir, mas não funcionou.

Na hora das fotos, me esforcei um pouquinho mais. Mas não via a hora de tudo aquilo terminar e voltar para casa, onde poderia chorar um pouco livremente, se quisesse.

- Uhuuuuu!!! Estamos formadas! - Nina e suas colegas de sala gritavam e pulavam ao meu redor, enquanto caminhávamos em direção à porta da igreja.

- Espero que esse jantar não seja um tédio. Deviam ter organizado uma balada - disse uma garota.

- Se depender de mim, um tédio não vai ser! - Quem disse isso? Minha prima, claro.

Fui andando na frente, me esquivando um pouco de toda aquela euforia e paralisei, ao chegar na saída.

Steve estava lá parado em pé, bem no meio, enquanto pessoas passavam por ele de um lado e do outro.

Vestido como no dia em que me levou ao restaurante do hotel, ele me olhava, sério e calmo.

Dei um passo à frente, com o coração aos pulos.

- O que você está fazendo aqui? - Falei, ignorando tudo ao meu redor.

Ele deu de ombros, me fitando serenamente.

- Você me fez prometer que estaria na sua formatura. Aqui estou.

Engoli em seco, sem conseguir parar de olhá-lo.

A tarde que passamos tomando sorvete e conversando estava clara e límpida na minha mente.

Eu havia dito que, mais do que contente, eu ficaria feliz se ele fosse à minha formatura.

Agora ali, naquele momento, eu não tinha certeza do que sentia.

Comecei a respirar precipitadamente, porque eu não sabia como agir.

No fundo, parte de mim estava feliz que ele tenha cumprido a promessa, mas a outra parte - a maior parte - estava ainda magoada, chateada, com raiva e se sentindo traída.

- Parabéns - ele disse, mantendo a voz firme e calma. - Você se formou, Amber.

Eu queria falar. Qualquer coisa. Um ''obrigada''. Um " eu te odeio ". Mas quando abri a boca, nada saiu.

- Oi, Amber - Jhony apareceu de repente do meu lado e segurou minha mão.

Ele mandou aquele olhar desafiador e cheio de ódio para Steve e me disse:

- Vamos?

Eu me deixei ser guiada por Jhony para fora da igreja, enquanto o olhar esverdeado e profundo de Steve me acompanhava até ele não poder me ver mais.

***

O jantar de formatura pode não ter sido um tédio para Nina, suas amigas e a maioria presente, mas para mim foi.

Afinal, elas dançaram, comeram e se divertiram ao máximo, enquanto que eu fiquei o tempo todo sentada na mesa da minha família, quieta, mal beliscando os aperitivos dos quais eu gostava.

- Amber, filha... Se anima! - Minha mãe disse, me olhando, parecendo incomodada com a minha quietude.

- Tô com um pouco de dor de cabeça. - Menti.

- Sei. Eu vou continuar o papo com os pais do Jhony. Ah, falando nisso... aí vem ele!

Jhony se sentou do meu lado, bem perto. Ele estava um poço de atenção e carinhos para comigo, desde que saímos da igreja.

Eu estava lisonjeada, mas ao mesmo tempo, preferia que ele me deixasse em paz.

Ficamos bebericando o nosso coquetel de frutas, enquanto observávamos o pessoal dançar.

Até ele suspirar e dizer:

- Amber, por que você não fala comigo?

Me virei para ele.

- Como assim? Estou falando...

- Agora. Porque eu falei primeiro. Você anda tão calada, tão quieta. Pra quê isso? Você tem uma voz agradável de se ouvir, um ótimo senso de humor... É maravilhoso conversar com você. Então por que está tão cabisbaixa?

Fechei os olhos, passando a língua pelos lábios.

- Jhony. Você, mais do que ninguém, deveria saber o que está se passando comigo. Foi você quem me trouxe a notícia de que eu estava me envolvendo com o cara que assaltou a minha casa. E eu estava realmente me envolvendo. Como esperava que eu ficasse depois disso tudo??

Respirei fundo e completei:

- Eu estou arrasada.

Jhony segurou minha mão e pôs-se a acariciá-la levemente.

- Me desculpa, Amber. Eu sei, eu sei...

Ele continuou segurando minha mão.

- Olha, tudo isso vai passar. E se você me der uma chance, eu vou te fazer feliz. E nunca - Ele me fitou. - Nunca mesmo... jamais eu vou te decepcionar.

Eu olhei nos olhos dele.

- Acredito em você, Jhony. Esse tempo todo você foi a única pessoa que sempre me apoiou e nunca me feriu.

Senti as lágrimas querendo escapar e pisquei rapidamente para detê-las.

- E eu agradeço, de coração. Por tudo.

Ele me abraçou. Me abraçou com força e eu correspondi o abraço, me segurando mais uma vez para não chorar.

Quando nos afastamos, vi que Luísa estava em pé, diante da mesa, nos olhando.

Pela força do hábito, me afastei rapidamente de Jhony, pedindo aos céus que ela não fizesse um escândalo.

Mas tudo o que Luísa fez foi sorrir.

Nós dois nos levantamos ao mesmo tempo.

- Olá.

- O- oi... Luísa. - Não pude evitar gaguejar um pouco.

- Oi, Amber. Oi, Jhony.

Não havia sorriso sarcástico, não havia semblante magoado, nem tom raivoso nela. Apenas o sorriso bonito com o qual ela havia subido no palco para discursar.

- Soube que você vai morar em Nova York pra fazer intercâmbio, Amber. Meus parabéns. - Ela me estendeu a mão.

Apertei a mão dela, surpresa.

- Obrigada. Eu, ahn... Parabéns também pelo discurso. Foi... uma ótima escolha - falei sorrindo, ainda que fracamente.

Ela nos sorriu e saiu, dando um tapinha de leve no ombro de Jhony.

Ele ficou observando ela se afastar, um pouco aéreo, e eu precisei lhe cutucar o braço:

- Ei, tudo bem? - Perguntei.

- Sim, sim. Tudo certo.

Quando voltamos a nos sentar, Jhony ficou mais quieto, e eu  senti um aperto estranho e uma vontade urgente de ir embora dali.

Não só daquele jantar. Ir embora daquela cidade. Daquele país.

Mas espera... Não era esse o meu plano?

Peguei meu celular e acessei o aplicativo de mensagens de texto. Segurando o aparelho por debaixo da mesa, digitei uma mensagem para o meu pai.

" Pai, envia o quanto antes o dinheiro da passagem. Eu quero ir logo para Nova York. "

▫▫▫

Até o próximo capítulo, que também será o último dessa temporada.
Até lá!❤😘

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