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08 Traição?

No dia seguinte, fui para a escola com a minha prima, como de costume, e fiquei quase que o dia todo me segurando para não contar sobre a conversa com o meu pai, não só para ela, como também para a minha mãe e até os meus amigos.

Foi difícil, confesso. Eu queria que eles soubessem, queria mesmo. Queria dividir aquela ansiedade com alguém.

Afinal, estávamos em Abril e faltavam ainda oito longos meses para o fim do ano. Para a minha tão esperada formatura no Ensino Médio. E agora, consequentemente, oito longos meses para a minha ida à Nova York. Mas tive que segurar a língua, tive que me conter.

***

A sexta-feira foi até bem produtiva.
Novamente, fomos para a escola.

Apresentei o trabalho sobre Química Orgânica com Luísa, por mais que a minha parceira de trabalho estivesse um tanto quanto emburrada comigo, e eu acredito que isso se deva ao fato de Jhony ter insistido em me acompanhar naquele dia depois do trabalho, ao invés de ficar para ver filme com ela e seu irmão.
Ainda assim, nosso trabalho foi um dos melhores e recebemos grandes elogios por parte da professora sistemática.

Em casa, depois do almoço, eu e Nina não tivemos tempo para uma soneca antes do curso, pois era nosso dia de arrumar a casa.

Eu arrumei a cozinha, a sala e dei uma ajeitada na varanda depois do almoço, enquanto minha prima cuidava dos cômodos lá de cima. Ou seja, nossos quartos e o banheiro.

Depois disso, tivemos tempo apenas para um banho rápido, nos arrumamos e seguimos para o CCAA.

***

Eu estava tomando um copo de achocolatado que havia trazido para o quarto, enquanto ouvia música com o fone de ouvidos pelo notebook, quando meu telefone tocou.

Já eram quase sete da noite. Havia chegado do curso, tomado banho e, mais uma vez, esperava minha mãe chamar para o jantar.

Peguei o celular que estava ao meu lado na cama, conferindo o nome da pessoa que me ligava. Tirei os fones.

- Jeff??

- Oi, Amber!

- Oi, o que foi?

- Está em casa?

- Sim, o que aconteceu? - perguntei, já temendo.

- Nada, por que acha que aconteceu alguma coisa?

- Porque é você, né, Jeff? Nem preciso dizer mais nada.

Ouvi a risada dele.

- Quê isso, você pensa muito mal de mim, garota.

- Então o que foi?

- Pode vir aqui nessa praça que tem perto da sua casa?

- Pra quê?

- Queria que você viesse. Eu tô andando de skate. Bom que você me vê andando de skate - ele disse, simplesmente.

- Ai, Jeff! Como se eu não tivesse coisa mais importante pra fazer do que ficar vendo você andar de skate na praça - falei, revirando os olhos.

- E você tem?

- Claro!

- Por favor, Amber. Vem - pediu, com voz manhosa.

Pensei por um momento. Ok, não custava nada sair um pouco.

- Tá bom - falei - vou chamar a Nina pra ir comigo.

- Não! - ele exclamou - Não chama ela, vem sozinha.

- Por quê? - Estranhei.

- Porque eu tenho uma coisa pra te contar. E é só pra você. Vem sozinha.

Por algum motivo, não questionei mais.

- Está bem. Vou confiar em você. Se me fizer perder meu tempo, Jeff, você vai desejar não ter nascido.

Ele riu novamente.

- Estou te esperando - disse, e desligou.

Me levantei da cama e fui até meu guarda roupa. Troquei a calça do meu pijama por uma jeans, e por cima da blusinha branca apenas coloquei um casaco preto, pois sabia que lá fora estava um pouco frio.

Topei com Nina no corredor, que vinha usar o banheiro.

- Aonde vai? - Ela quis saber.

- Eu vou, ahn... no supermercado, rapidinho. Só comprar umas velas pra uma experiência de Física que quero fazer amanhã aqui em casa.

- Por que não compra amanhã?

- Porque... eu tenho que fazer bem cedo mesmo, assim que acordar - falei, sorrindo amarelo.

- Ah, quer que eu vá com você? - Ela perguntou, já abrindo a porta do banheiro.

- Não precisa. Eu não demoro, tchau!

- Tchau! - Ela entrou de vez no banheiro, batendo a porta, e eu desci logo as escadas.

Dei a mesma desculpa para a minha mãe e então saí.

No caminho até a praça fui me perguntando desde quando eu mentia tão bem.

***

Até que foi divertido ver Jeff andar de skate pela praça.

Os melhores momentos era quando ele caía, pois eu chegava a me curvar no banco aonde estava sentada, de tanto rir.

Jeff não era muito bom nisso, mas ele gostava e se divertia fazendo umas manobras doidas, o que era legal de se ver. Dava pra perceber que ele não estava exatamente tentando se exibir. Estava mais a fim de se divertir mesmo.
E claro, tirando fotos sempre. Fazia selfies de si mesmo com o celular em cima do skate e toda hora se lamentava por não ter trazido a câmera.

- Vem aqui comigo! - falou, se equilibrando em cima do skate, ficando na minha frente, no banco.

- Não tô a fim de me arrebentar no chão, Jeff - falei, balançando o dedo em sinal negativo.

- Eu te seguro. Vem - insistiu, me estendendo as mãos.

E não é que eu fui mesmo? Me levantei do banco e segurei as mãos dele.

- Sobe no skate, devagar - alertou.

Assim o fiz e logo já estava em cima daquilo, com Jeff ainda segurando minhas mãos. Ele deu um pequeno impulso com o pé, e o skate começou a deslizar devagar pela praça.

- Se eu cair, te mato - avisei, sem conseguir parar de olhar para o chão, com medo.

- Você não mata nem uma mosca, Amber -  debochou o abusado.

- Não? Deixa ela vir zumbir no meu ouvido pra você ver só!

Ele riu, soltando uma de minhas mãos e tirando o celular do bolso.

- Jeff! - gritei.

- Calma... vamos tirar uma foto - disse ele, segurando o celular um pouco acima de nós.

Aproximei meu rosto do dele.

- Isso, agora finge que você é bonita e dá um sorriso.

Com essa, acabei foi rindo mesmo.

- Idiota! - Xinguei-o, depois que a foto foi tirada.

- Olha só, ficou ótima. Foi bom eu ter falado isso. Fiz você rir e a foto saiu assim, perfeita. Seu sorriso ficou bem natural.

Olhei a foto. Realmente ficou muito boa. A praça era iluminada, o que a deixou ainda melhor.

- Você realmente ama fotografia, né? - falei, vendo-o guardar o celular novamente no bolso.

- Demais. É com isso que vou ganhar dinheiro - afirmou.

- Isso é bom.

O skate continuava deslizando, não muito rápido, com Jeff dando pequenos impulsos com o pé, de vez em quando.

- E você, ainda pretende fazer Medicina? - ele me perguntou.

- Sim, eu...

De repente, me lembrei da proposta do meu pai. Deu vontade de contar, mas mais uma vez me contive.

- Você o quê?

- Nada. Eu vou sim fazer Medicina, era o que eu ia dizer.

Me lembrei de mais uma coisa.

- O que você tinha pra me contar, Jeff? - perguntei.

- Tinha não, tenho.

- O que é?

- Vamos sentar - ele falou, parando o skate em frente à outro banco.

Descemos, ele encostou o skate do lado do banco e se sentou.

- E então? - Me sentei ao seu lado.

- Você é minha melhor amiga, Amber, então vou ser bem direto com você. Eu fumei maconha.

***

- Você o quê, Jeff??? - Quase gritei.

Ele pôs um braço por cima do banco, ficando de frente pra mim.

- Fumei maconha - repetiu.

Suspirei pesadamente, estupefata com aquele garoto imbecil.

- Você é idiota ou o quê? Por que fez isso?

- Porque eu quis - Deu de ombros.

- Você pode morrer! - exclamei.

Eu sei, dramática. Mas eu precisava ser.

- Amber, é só maconha. Não sei se você tá ligada, mas maconha...

- Eu tô ligada! - Interrompi ele .- Mas ela pode te levar à cocaína, que pode te levar ao crack, que pode te levar à sei lá mais o quê...  E você vai se tornar um viciado, querendo vender até a alma da sua mãe pra comprar droga.

Ele me fitou, erguendo as sobrancelhas, querendo rir.

- Eu estou falando sério - fechei os olhos, tentando ficar calma.

- Eu sei.

- Ok - Ergui as mãos. - Quando foi isso?

- Não tem muito tempo.

- Onde foi?

Ele hesitou um pouco.

- Numa festa - disse, desviando os olhos de mim.

- Jeff.

Ele me olhou de novo.

- Você é um imbecil - eu disse apenas.

Ele sorriu, passando os dedos pelos cabelos loiros.

- Era isso mesmo que tinha pra me contar?

- Era. Eu sei que você não gostou, mas eu queria... sei lá. Contar pra alguém. E tinha que ser você.

- E o Jhony?

- Ele é muito certinho, não iria entender.

- E eu sou o quê? Erradinha?

- Não - Ele riu outra vez. - Mas você me entende. Ou, mesmo que não entenda, eu já me sinto melhor só de contar pra você.

Fiquei em silêncio, um pouco.

Uma garota de cabelos longos e lisos passou por nós, nos olhando.

- E nessa festa... quem foi que te ofereceu? - Eu quis saber, me virando para ele.

- Comprei de um cara mais velho - ele respondeu, com um brilho estranho no olhar.

Por algum motivo, achei que havia mais alguma coisinha que Jeff não estava me contando.

Mas eu precisava ir para casa. Falei que precisava voltar e Jeff prontamente concordou e se levantou, pegando o skate. Me acompanhou até a porta de casa e me despedi dele, não sem antes lhe dizer mais uma vez o que eu achava daquela história toda.

***

Entrei em casa já reclamando pra minha mãe ouvir da sala o quanto o supermercado estava cheio. Passei voando por ela, para que não desse tempo de me perguntar nada.

Subi as escadas, entrei no meu quarto e já estava tirando o casaco, quando a porta se abriu violentamente.

- Sua mocréia traidora! - Nina disse, não muito alto, mas com um tom de voz que expressava toda sua raiva.

- Ei! - Me virei, reclamando ao ver a porta se chocar contra a parede e voltar.

- Velas pra experiência de Física, né? Mentirosa! - Acusou, com os olhos brilhando de raiva.

- Nina, quê que você tem?

- Não se faça de tonta! Sei muito bem que tipo de experiência que você teve com o Jeff agora nessa sua saidinha.

Sujou!

- Do que você está falando? - Continuei me fazendo de desentendida.

- Do seu encontro com o Jeff!!!

- Encontro?? Quem te disse que  eu tive um encontro com ele?

- Eu tenho amigas pra isso! Amigas! Amigas de verdade, que me contam tudo e que são honestas comigo.

- E essa amiga tem provas?

- Ninguém precisa me provar nada. A Brenda passou pela praça e viu você e aquele idiota sentados juntinhos!

Claro. A garota do cabelo liso.

- Nina, ela deve ter visto errado - comecei.

- Ela não viu errado. Ela te conhece, Amber. E conhece o Jeff também!

- Ok, mas não é o que parece. Deixa eu te explicar o que realmente...

- Não quero ouvir nada dessa sua boca de prima traíra! Eu já entendi muito bem! - Ela disse, e saiu, fechando a porta com um estrondo.

Fiquei parada em pé no meio do quarto, boquiaberta.

Aquilo realmente foi uma traição??

▫▫▫

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