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15 Surpresas No Jantar

Puxei o cobertor por cima da minha cabeça, na intenção de proteger os meus olhos dos raios solares.

Dormir olhando as estrelas era ótimo, mas acordar com aquela extrema claridade no rosto nem tanto.

O cheiro de café fresco invadiu minhas narinas, e eu abri uma fresta debaixo do cobertor para olhar para o lado. Jeff não estava lá.

Levantei-me, e entrei em casa, ainda meio sonolenta.

-Jeff...?

A resposta veio alguns segundos depois.

-Tô aqui, na cozinha!

Fui até lá.
Ele estava despejando o café em duas xícaras.

-Bom dia!- Falou.

-Bom dia...- Murmurei, bocejando.

-Espero que não se importe. Mas tomei a liberdade de invadir sua cozinha e fazer café.

Dei de ombros. Eu não me importava. Na verdade, estava louca para tomar um gole daquele café.

Ele pôs a xícara na minha frente.
Bebi meu café, em silêncio.

Jeff fez o mesmo, porém dando pequenos estalos com a língua.

-Sabe, Amber... eu fiquei pensando.

Eu o olhei.

-Sobre o que conversamos ontem.

-O quê que tem?- Perguntei.

-Eu acho que... se você realmente ama o Steve como diz, você deve contar pra ele que está grávida.

Eu fiquei quieta, terminando de beber meu café.

-Não estou duvidando do seu amor por ele. Só... acho que ele merece saber.

Assenti, colocando a xícara em cima da mesa.

-Eu sei. Você está certo.

Jeff se levantou e lavou rapidamente o que havia usado.

Eu fiquei ali sentada, pensativa.
O dia mal havia começado e eu já me encontrava angustiada com os meus dilemas.

-Bom, acho que já te amolei demais. Tá na hora de eu ir- disse Jeff, alguns minutos depois.

Me levantei.

-Não, quê isso, Jeff. Pode ficar o quanto quiser. Sua companhia me faz muito bem.

-Eu sei.- Ele apertou meu nariz.- Mas eu tenho que ir mesmo. Vou me inscrever em um curso de Fotografia.

-Sério??- Abri um sorriso.

Ele fez que sim.

-Que legal, Jeff! Ótima idéia!

-Sim, eu resolvi seguir seu conselho.

-Muito bem.

-Então, eu vou nessa. Depois eu te ligo, ou passo aqui.

-Tá bom.

-Se cuida.- Ele me deu um beijo no rosto, eu o acompanhei até a porta e ele se foi.




~❤~








                          
Como havia prometido à Luísa, resolvi conversar com Jhony e abrir o jogo.

Contei à ele sobre a gravidez e a reação dele foi, digamos, relativamente tranquila, apesar do espanto inicial. Acho que no fundo ele já suspeitava, principalmente depois do episódio com o sorvete naquele domingo à tarde.

-O que posso dizer, Amber. Caramba... então é isso. Seu caso com o Steve é mais sério do que eu pensava- disse ele.

Eu me sentei na poltrona da varandinha.

-Sim, é...- falei, me sentindo bem mais relaxada por aquela conversa estar acontecendo pelo telefone e não cara a cara.

-Eu quis contar isso à você para que ficasse tudo... esclarecido.

Houve um momento de silêncio.

-Isso só me faz pensar que a cada dia eu te perco um pouco mais- Jhony disse, pesaroso.

Suspirei.

-Não, Jhony. Pelo contrário. Parece que estamos mais próximos do que nunca fomos antes.

-Mas não da forma que eu gostaria. Amber, você sabe. Não tem como desgostar de alguém assim, de uma hora pra outra. Eu já reconheci que perdi você para o Steve, mas o sentimento em mim por você, não mudou.

-Jhony, talvez... Você devesse prestar mais atenção ao que você realmente sente e por quem sente. Acredito que você esteja enganado quanto aos seus próprios sentimentos.

-Talvez... Em todo o caso, eu te desejo toda a felicidade do mundo.

-Obrigada. Desejo o mesmo.

Minha vontade era dizer "dê uma chance à Luísa", mas não queria dar a impressão de que estava empurrando ele para os braços dela.

Eu esperava sinceramente que com o tempo, o próprio Jhony percebesse o que estava bem diante dos olhos dele.





~❤~






                          
Recusei pela vigésima vez a ligação do número de Nina, enquanto aplicava rímel nos meus cílios.

Já eram sete e meia da noite de sábado, o dia marcado para o meu jantar com Henrique.

Desde a confusão na livraria, Nina me ligava constantemente, mas eu nunca a atendia.

Não era rancor, ou mágoa que me levava à não atendê-la. Eu apenas queria um pouco de paz.

Ainda bem que ela não sabia o endereço do apartamento que eu havia alugado, senão, já teria aparecido.

Enquanto olhava meu reflexo no espelho do pequeno banheiro, eu me perguntava se seria errado o fato de eu ter aceitado o convite de Henrique.

Amassei levemente as pontas do meu cabelo recém cortado, para enfatizar os cachos.

Não, não era errado.

Henrique era um grande amigo e eu, de certa forma, sentia que devia algo à ele. Desde que eu chegara em São Paulo, ele havia me ajudado muito e eu não saberia como as coisas teriam sido se não fosse por ele.

Aquele jantar era como uma forma de... gratidão.

Ouvi a campainha tocar e saí do banheiro, pegando já minha bolsa, que estava sobre o sofá.

Abri a porta e Henrique estava lá, sorridente.

Nos cumprimentamos com um beijo no rosto e ele me olhou, de cima a baixo.

-Uau. Está linda.

Eu usava um simples vestido de tecido jeans, com bordados floridos brancos, abotoado no busto, de barrinha branca rendada e mangas curtas.
Odiava o fato de meus seios estarem tão inchados, pois isso fez com que eu mantivesse dois dos botões da parte superior abertos e eu não queria de forma alguma parecer sensual para Henrique.

Mas, acima de tudo, vinha o meu conforto.

Ao contrário dos seios, meus pés ainda não estavam inchados, e por isso, pude calçar um salto médio de cor nude, que assentou perfeitamente com o resto do visual.

-Obrigada, Henrique. Você está muito bem, também- falei.

-Eu fiz o que pude.- Ele deu de ombros, me fazendo rir.

Henrique era muito parecido com Steve no quesito estilo, e olhar para ele estava me causando uma saudade imensa do meu namorado.

A diferença estava nos olhos.

Enquanto Steve tinha aqueles maravilhosos olhos verdes profundos e misteriosos que eu amava, os olhos de Henrique, que eram de um castanho escuro, revelavam um certo ar maduro, inteligente e afetivo.

-Vamos?- Ele disse.

-Vamos, sim- falei, ajeitando a bolsa no ombro, e trancando o apartamento.



~❤~







                          
Eu nunca havia estado naquele restaurante antes.

Era um pouco afastado do centro de São Paulo e Henrique me contou que era o seu lugar preferido para jantar.

-Eles servem umas porções leves e naturais, que não deixam de ser deliciosas. Você vai comer e não vai se sentir enjoada- disse ele, estacionando o carro numa vaga do estacionamento.

-Que atencioso...- falei, o olhando surpreendida.

Fiquei contente com o fato de ele ter se preocupado com o meu bem estar.

-Com você, serei sempre.- Ele disse, e saiu do carro, dando a volta, para abrir a porta para mim.

Nós entramos no restaurante e logo vieram nos recepcionar.

Uma senhora de cabelos grisalhos nos deu as boas vindas e nos acompanhou até a mesa.

Logo depois, soube que ela e o marido eram os donos do restaurante. Ela tratava Henrique como se fosse um filho, carinhosamente.

-Como vai o policial César, seu tio?- Ela perguntou.

-Ele está bem. E mandou lembranças à senhora, dona Nívea.

-Ele e Carmen estão sumidos. Diga à eles que venham jantar aqui qualquer noite dessas.

-Eu digo, sim.

-Certo. Vou deixar vocês à vontade, para analisarem o cardápio. Vou pedir alguém para trazer água para vocês.

Ela me olhou por um momento e disse, piscando para Henrique:

-Que garota bonita!

Quando ela saiu, Henrique disse:

-Eu já sou um cliente assíduo. Venho aqui há anos. Eles estão completamente familiarizados comigo.

-Percebi.- Eu disse, sorrindo.

-Você gostou do lugar? Está se sentindo bem, aqui?

-Gostei, muito- falei, olhando ao redor.- É um lindo restaurante. E estou me sentindo muito bem.

-Que bom. Vamos escolher o nosso jantar?

-Humm... vamos.

Tive rapidamente a leve impressão de que estava sendo observada, mas procurei relaxar e aproveitar.

Como eu disse, estava me sentindo bem.
Talvez pelo ambiente diferente, ou talvez pela companhia. Eu estava descontraída, e conversei o tempo todo com Henrique, ao longo de todo o jantar.

Ele também estava bastante à vontade, falante, e extrovertido.
Aproveitei para conhecê-lo um pouco melhor.

-O que você mais gosta no seu trabalho?- Perguntei.

-Hum.- Fez ele, limpando a boca no guardanapo.- Acho que... as lições que aprendo. É disso que gosto. Ser detetive me fez perceber que nem sempre conhecemos as pessoas. Só conhecemos o que elas permitem que conheçamos. Sempre há aquela expectativa e todos são suspeitos, até que se prove o contrário.

-Isso me parece... interessante-falei.- Embora eu ache um pouco chato ter que olhar para as pessoas imaginando se ela é ou não culpada. Ou se esconde algo.

Henrique assentiu, concordando.

-É meio chato, sim. Mas é necessário.

Henrique me olhou de um jeito diferente, mais intenso, e eu desviei o olhar, sabendo que ele queria dizer alguma coisa.

-Por falar em esconder... Amber, posso te fazer uma pergunta?

Dei de ombros, suavemente.

-É claro.

Ele inclinou o corpo para a frente, cruzando os braços sobre a mesa.

-Você já contou ao Steve que está esperando um filho dele?

Fitei a tigela de sobremesa vazia à minha frente.

-Não.

Levantei as vistas rapidamente para ele.

-Mas eu vou falar. Sei que já está passando da hora e estão todos me pressionando para que eu fale e... eu vou falar, sim. Só preciso...

Henrique tocou minha mão, por cima da mesa.

-Ei...- disse ele, num tom suave.- Calma. Parece ter ficado nervosa com a minha pergunta. Não era pra ficar. Eu, ao contrário dos outros, não quero te pressionar à dizer nada para ele.

-Mas eu preciso dizer...

-Amber.- Ele acariciou minha mão.

O tom de voz dele agora era mais firme, e seu olhar, um pouco mais intenso. Seus olhos diretamente focados nos meus.

-Eu gosto muito de você. Acho que já deve ter percebido isso. Nos conhecemos há pouco tempo, e isso já foi mais do que suficiente para eu ver que você é uma garota forte, apesar de tudo o que enfrenta. Você é muito gentil, determinada e é... linda.

Ele envolveu completamente minhas mãos com as suas.
Eu não conseguia tirar meus olhos dos dele.

-O que eu estou tentando te dizer é que... você não tem que contar à ele. As coisas não precisam ser tão difíceis assim. Eu vejo o quanto você tem sofrido, sozinha nesta situação tão delicada. E quero te ajudar.

-Eu... eu ainda não entendi.- Murmurei.

-Amber, se você me der uma chance, posso cuidar de você. Posso ser um pai pra esse filho que está esperando. Você poderia ir morar comigo no meu apartamento, e não precisaria mais pagar aluguel.

Eu não sabia o que dizer, ou como dizer. Só olhava para ele, incrédula.

-Não estou te pedindo para assumir um compromisso comigo, embora me encantaria ter você como minha namorada. Só estou pedindo uma chance, de me aproximar mais de você. E de cuidar de você e do seu bebê.

-Ahn... Henrique. Eu nem sei o que dizer. Mas eu...

-Eu sei. Isso é muito confuso pra você. E como eu disse, não quero de forma alguma te pressionar. Eu só quero ajudar, não importa como.

-Eu aprecio o seu interesse em me ajudar. Você tem sido um ótimo... amigo.- Eu o olhei ressabiada, mas ele pareceu não se importar por eu ter usado a palavra "amigo".- Só que... você sabe, eu tenho o Steve. E eu...

Interrompi minha própria fala, ao desviar os olhos dele, por um momento. Meu olhar foi parar rapidamente do lado de fora do restaurante. Pela parede de vidro, me foi possível visualizar uma figura conhecida.

Desagradavelmente conhecida.

-O que essa mulher está fazendo aqui???- Me levantei, estarrecida.

Henrique me acompanhou, confuso.

-Quem??- Perguntou.

Olhei novamente. Mas ela não estava mais lá. Assim como havia aparecido, tão logo desapareceu.

Mas eu a vi muito bem. Ela estava à espreita, como uma víbora, pronta para dar o bote. E tinha algo em suas mãos, que eu não soube identificar o que era.

-Kristen...- Sussurrei.










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