Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

17 É Você Que Eu Quero

Devo ter adormecido segundos após ler a carta de Jhony.

Acordei às onze da manhã, sentindo o corpo dolorido por ter dormido numa posição não muito confortável.

Emma veio de algum lugar, provavelmente da cozinha, segurando uma xícara na mão.

-Bom dia, Amber...- falou, sorrindo pra mim.

-Bom dia- falei, sonolenta.

Edith já havia organizado a sala enquanto ainda dormíamos e à essa altura a sala já estava devidamente arrumada.

-Tomei a liberdade de ir na cozinha pegar um café para mim - disse ela, assoprando o líquido dentro da xícara e logo após sorvendo o mesmo.

-Imagina, a casa é sua - eu disse, me espreguiçando.

-Quer que eu pegue um café pra você também?

-Poxa... eu quero-falei, admirando o quanto ela era solícita.

Ela saiu da sala e num instante estava de volta, com outra xícara de café fumegante na mão.

-Toma, é bom para despertar a mente e o corpo.

-Valeu, Emma.

Ela ficou me olhando, parecendo ansiosa. Terminou de tomar o seu próprio café e disse, meio relutante:

-Amber...

-Hum?- Eu fiz, ainda tomando o meu café.

-Sabe aquele seu amigo, o Jeff...?

-Sei.

-Pois é...- Ela pigarreou.

-O que tem o Jeff?

-Eu queria... eu quero ver ele de novo.- O rosto sardento dela corou ao dizer isso.

-Ahn...- eu disse, analisando-a melhor.- Você se divertiu bastante com ele ontem na festa, não foi?

-E como! Ele é tão divertido, tão engraçado, tão gentil...- Ela dizia, empolgada.

-É mesmo?- Franzi a testa.

Será que estávamos falando do mesmo Jeff? Porque o que eu conhecia ultimamente estava um poço de chatice. Mas claro, talvez fosse por causa dos nossos problemas mal resolvidos um com o outro.

-É sim.- Ela afirmou, balançando a cabeça.

-Você gostou dele, Emma?- perguntei.

-Como assim?

-Assim, você sabe...- Eu não quis terminar de falar, porque era óbvio.

-Sei lá.- Ela corou.- Só sei que quero vê-lo de novo.

Ah, meu Deus. Então ela havia gostado.

Mas se haviam duas pessoas no mundo que não tinham nada a ver uma com a outra, essas pessoas eram Emma e Jeff.

Ela era cristã. Ele era mundano.
Ela era americana. Ele era brasileiro.
Ela era tão doce e reservada. Ele era festeiro e extrovertido.
Em outras palavras: NADA A VER.

Eu precisava alertá-la.

-Emma... preciso te dizer uma coisa.

-O que é?

-É que... sabe, não me leve a mal, mas o Jeff não faz o seu tipo.

-Como assim?- Os olhos dela arregalaram-se um pouco.

-Vocês são muito diferentes.

Ela ficou me olhando, com os olhos agora levemente tristonhos.

-Não sei exatamente porquê você está falando isso, mas eu só quero ver o Jeff de novo para... para agradecer.

-Agradecer?

-Sim. Agradecer por ele ter me defendido ontem, quando o Richard começou... você sabe.

-Ahn... claro. Entendi.

-Então... será que tem como você ligar pra ele e falar que eu quero vê-lo?

-Tem, tem sim- falei.

Me levantei do sofá, pretendendo levar a xícara para a cozinha e depois subir para tomar um banho.

-O que é isso na sua mão?- Emma perguntou, apontando para o papel que estava nas minhas mãos.

-É uma carta que o Jeff me entregou- respondi.

-O Jeff?!?!?- A voz dela alterou um pouco e ela se levantou do sofá.

-É, mas a carta é de um... amigo meu, do Brasil- falei rapidamente, para acalmá-la.

-Ah...- Ela voltou a sentar-se, dando um sorriso amarelo.

~❤~

                          
Eu dei a mim mesma o dia de folga e não fui à Education First aquele dia.

Emma e eu passamos o dia abrindo meus presentes, escolhendo roupas para ela sair com Jeff e, claro... comendo.

Obviamente, eu liguei para Steve, pedindo à ele também a folga de Emma naquela segunda feira e de quebra, o pedi para que trouxesse Jeff, à tarde.

Meu pai e Fernanda estavam no trabalho, Enzo na escola e, confesso... aquela foi uma segunda feira bem diferente e divertida.

~❤~

                          
Às cinco em ponto, ouvimos a buzina do carro de Steve, e Emma ficou toda nervosa.

-Ai, Amber... pelo amor de Deus. Me diz que eu tô bonita??- falou, encarando a si mesma no espelho do meu quarto.

Quem diria que um dia eu veria a Emma daquele jeito! Quase ri da cara dela.

-Claro que está, Emma. Você está linda e pronta para agradecer o Jeff, se é que é isso mesmo que você quer- falei revirando os olhos, com ironia.

-Mas é claro que é.- Ela me lançou um rabo de olho.

-Ok então. Agora para de ficar nervosa, senão você vai suar e vai estragar tudo.

Ouvimos a buzina outra vez.

-Vamos!- Puxei-a pela mão.

Steve e Jeff desceram do carro quando saímos do lado de fora e eu fiquei meio sem fôlego ao ver Steve, lembrando-me do nosso beijo na noite anterior.

Percebi ele um tanto quanto fechado, sem sorrir e fiquei sem entender o motivo.

Nós quatro trocamos cumprimentos e eu puxei Jeff para um canto, um pouco afastado de Emma e Steve.

-Jeff, preciso falar uma coisa muito séria com você.

Ele já foi revirando os olhos.

-Quê que foi, Amber?

-A Emma não é como todas as outras garotas com quem você já ficou.

-E daí?

-E daí que você não vai fazer nada para magoar ela. Ela é diferente e acima de tudo, é minha amiga. Se você magoar ela, eu juro que acabo com a sua raça.

-Relaxa, Amber...

-E eu tô falando muito sério!- falei, entredentes.

-Eu sei, caramba.

Puxei ele pela mão, até Emma.

-Podem ir, pessoal. Divirtam-se!- falei sorrindo e batendo palmas, despachando-os.

Emma sorriu sem graça para Jeff e os dois começaram a se afastar.

-Se quiser, pode me ligar que te busco e te levo pra pousada- Steve disse à Jeff e este acenou com a cabeça.

-Você está até parecendo o papai dele- comentei, num tom brincalhão, quando Emma e Jeff dobraram a esquina.

Ele deu um sorriso forçado.

O que será que estava acontecendo?

-Vamos entrar- convidei.

Steve pareceu hesitar por alguns segundos, mas acabou entrando junto comigo e eu fechei o portão.

-Tá tudo bem?- perguntei, enquanto caminhávamos em direção à varanda de casa.

Ele deu de ombros.

-Está...

-Estou achando você muito... quieto. Mais calado do que o normal- falei.

Ouvi ele suspirar, se virando para mim.

Seu olhar transmitia algum tipo de sentimento que eu não havia conseguido ainda discernir qual era.

-Amber.

-Diga.

-Eu gosto muito de você e estar com você é a melhor coisa do mundo, mas...

-Mas o quê?

-Eu não quero atrapalhar a sua vida- disse, me fitando com seus olhos verdes, sérios.

Eu senti que começava a suar frio.

-Do que você está falando?-perguntei, com medo.

-Eu vi o Jeff te entregando uma carta do Jhony, ontem.

Ele hesitou um pouco e continuou:

-E eu sei que vocês têm algo, ou já tiveram. Não quero atrapalhar você.

Dei-lhe as costas, começando a andar em direção à cozinha, sentindo de certa forma, um grande alívio dentro de mim.

Ele me seguiu.

Eu abri a geladeira e peguei uma jarra de água, derramando um pouco no copo mais próximo.

-Steve, o fato do Jhony ter me enviado uma carta não quer dizer que nós estejamos juntos- falei, me apoiando no balcão de mármore, olhando-o.

Ele permaneceu me olhando de volta, com a dúvida estampada em sua face.

-Quer dizer o quê, então?

Tomei um gole de água.

-Não quer dizer nada!- exclamei.

Me aproximei dele.

-Eu não quero o Jhony. É você que eu quero- falei e mesmo corada, olhei nos olhos dele.

O esboço de um sorriso muito bonito começou a aparecer em seu rosto.

-Bom, isso muda tudo...-disse, também se aproximando de mim.

Claro que àquela altura meu coração já batia alucinadamente em meu peito. Essa era a reação dele sempre que Steve estava por perto.

-Você não tirou...- ele disse, tocando o cordão com o pingente de borboleta em meu pescoço.

-Nem vou tirar. Nunca.- Eu sorri.

-Nem mesmo pra tomar banho?

Balançei a cabeça.

-É bom que isso seja prata de verdade, ou do contrário, vai desbotar logo, porque eu não pretendo tirar.

Ele soltou o cordão e segurou minha mão.

-Você acabou de me deixar muito aliviado. Eu nem dormi direito, preocupado com aquela maldita carta.

Revirei os olhos.

-Ficou preocupado à toa.

Ele me fitou, parecendo refletir.

-É mesmo né?

Concordei, balançando a cabeça e sorrindo outra vez.

-Eu posso te beijar?- Sussurrou em meu ouvido.

-Já devia ter feito isso- falei corando.

Steve se inclinou, ainda segurando minha mão e apoiou a outra em meu pescoço, beijando-me suavemente.

Seu gosto era deliciosamente convidativo e eu o beijei de volta, segurando a barra de sua camisa pólo branca.

Como sempre, aquela cozinha pareceu deixar de existir. Eu só me dava conta de Steve e eu.

Quando o beijo foi se acabando, lentamente... nossas testas permaneceram coladas. Steve sorriu, e eu tive o prazer de ter aqueles olhos verdes lindos muito, muito pertos de mim, como nunca.

-Pode repetir o que você disse alguns minutos atrás?- disse ele.

-O quê?- Franzi a testa.

-Que sou eu quem você quer.

Eu revirei os olhos e peguei impulso, sentando-me em cima do balcão de mármore.
Ainda assim, Steve ficou alguns centímetros mais alto do que eu.

-É sério?

-É, quero ouvir de novo- ele disse, sorrindo torto.

Suspirei, mas rindo também.

-É você quem eu quero- falei, colocando uma mão no rosto de traços perfeitos dele.

Steve me fitou, matando-me com aquele olhar profundo esverdeado.

-Eu também quero você -falou, agarrando minha cintura, em cima do balcão mesmo.

-E você não faz idéia do quanto - disse, com sua boca a centímetros da minha.

Dessa vez, o beijo foi intenso e voluptuoso.
Coloquei meus braços em volta de seu pescoço, enquanto seus braços fortes me rodeavam, prensando-me contra si, numa mistura de posse e carinho.

Nossas bocas dançavam juntas numa coreografia totalmente improvisada e por isso mesmo, perfeita.

Eu estava totalmente entregue àquele beijo quando ouvi a voz furiosa do meu pai, que acabara de adentrar a cozinha:

-Mas o que está acontecendo aqui???


▫▫▫

Hehehe! 😁
Até o próximo, amores. ❤😘

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro