Queens - Novembro de 2007
**Antes que comece, convido você para ler "Para Todo O sempre Serei Seu"! Corre lá! É um bagulho cheio dos paranauês sobrenaturais(+18). Você vai entender que nem tudo é o que parece...
Queens — Novembro de 2007
* Nota da escritora:
Quero explicar que não posto capítulos totalmente revisado, pois os totalmente revisados e modificados ficam guardados até uma futura publicação - faço isso com todos os livros que escrevo.
Queens — Novembro de 2007
— Me solte — falei baixinho, minha cabeça doía. Eu queria sair daquele quarto. Eu queria gritar, mas não conseguia. Minha língua enrolou dentro da boca, e eu mal conseguia respirar.
— Você só faz isso se você quiser — gemia ao passar a mão em meu corpo. Eu sabia que não tinha escolha. Não tinha para onde fugir — abra as pernas — ordenou passando aquelas mãos ásperas pelo meu corpo, e se eu tentasse fazer algo para parar suas ações, ele me bateria. Minha mãe sabia. Ela sabia e permitia que ele tocasse em mim — ainda vou comer essa bocetinha apertada. Agora feche — Ele tinha colocado o seu pau entre minhas pernas e espremido meu corpo com o corpo dele na cama, assim como minhas nádegas, para que o pau dele ficasse sarrando entre meu anús e minha vagina. O modo como ele falava, me deixava enjoada. Suas mãos dançavam pelo meu corpo, mas porque ela não o parou? Ela era minha mãe. Eu já tinha avisado que ele me tocava quando ela não estava em casa, porém ela não fazia nada.
Nada.
Eu tinha apenas dez anos, e ela não queria me proteger contra ele...
Ela não me protegeu.
— Mãe... — choraminguei em suplica.
— Ela não liga pra você — falou se debruçando e encostando seu queixo na minha nuca, roçando com a barba ainda por fazer. Apesar da brutalidade, ele não penetrou em mim, apenas ficou sarrando no meio da minha bunda, até chegar ao orgasmo.
Homem asqueroso.
*
— Não! — gritei o mais alto que posso, mas ele bateu na minha cara e eu me desequilibrei.
— Vou comer você. Sua putinha — rosnou pegando minhas pernas e me arrastando pela casa até chegar ao quarto. Seu rosto era sombrio. A imagem do mau estava na minha frente. Ele era alto, de corpo largo e tinha uma barriga saliente. Na sua camisa regata de algodão, escorria o suor de um dia de trabalho. Eu tinha nojo, ódio e repudia por aquele homem. Seu rosto estava desfigurado de raiva, mas eu não sabia o motivo.
Não entendia o real motivo daquilo está acontecendo.
— Eu não fiz nada — falei entre soluços. Meus olhos ardiam e as lagrimas escorriam pelo meu rosto como uma cachoeira. Inutilmente, me agarrei ao carpete do chão do quarto da minha mãe, mas eu não tinha forças para parar aquele ataque.
Ele me puxou com mais força, e minha cabeça foi de encontro ao pé da cama de madeira. A dor foi instantânea e só fez as lagrimas saírem com mais facilidade. Segurando meu cabelo, ele me levantou e me jogou na cama. Ele fedia a suor. Um suor nojento e grudento. Tentei chutar ele, mas ele segurou minhas pernas pelos tornozelos com umas das mãos e me espremeu com seu tronco pesado, enquanto abria o botão da calça surrada de operário com a outra. Senti um arrepio percorrer meu corpo, e o medo ao mesmo tempo.
Eu estava perdida. Completamente perdida.
— Você vai ver que não pode me enrolar. Vadia ruiva — falou se afastando e segurando meu tornozelo novamente — você me pertence. Sou quem lhe dar de comer, vestir e um teto quentinho para você dormir. Puta!!! — seus dentes rangiam de ódio, mas ainda assim, eu não conseguia entender o que estava acontecendo. Já fazia muito tempo que ele não me tocava. Muito tempo.
— Por favor, não. — chorei desesperada enquanto ele arrancava minha calcinha apenas com dois puxões — por favor... Por favor, não. — implorei derrotada.
— Puta! — gritou ele batendo no meu rosto, enquanto se colocava no meio das minhas pernas. Podia ver o seu pênis pulsar, quando ele gritou e bateu em mim. A dor se espalhava por todo o meu corpo, e tudo que eu queria era alguma arma para matar aquele filho de uma puta. Suas tapas foram substituídas por sucos... Murros fortes desferidos contra o meu rosto. De novo eu não conseguia gritar. Minha língua enrolou e eu não conseguia respirar. Ela parecia ter inchado dentro da minha boca, e pesava mais de uma tonelada. A pior sensação que existe — você achou que ia fugir? — soltou uma risada sinistra e olhou para mim, mostrando seus dentes um pouco amarelados.
A agonia, o desespero e o medo já faziam parte da minha alma naquele momento.
— Universidade — debochou ele, com o tom incrédulo — você acha que vai pra universidade? Só pode está de brincadeira comigo — senti outro murro sendo desferido no meu rosto e meus olhos ardiam ainda mais. Antes de tentar gritar novamente, eu o senti. Senti ele penetrar aquele pau nojento dentro de mim e a dor me consumir por dentro.
Minha primeira vez foi com ele.
Com aquele homem asqueroso, seboso e fedorento.
Finalmente consegui soltar um grito de desespero em meio ao choro.
— Não toque em mim! — urrava e me debatia na cama enquanto ele estocava com toda sua força enquanto seu peso me esmagava — não toque em mim... — gritava o mais alto que eu podia. Não queria que ele estivesse ali.
Não queria que ele estivesse dentro de mim.
— Universidade é um caralho pra você. Sua puta! — seu hálito fedia a bebida. Bebida barata. Eu tentava me mexer em baixo daquele porco, mas ele era pesado demais e eu era esguia demais.
Meu corpo magro e de poucas curvas, era quase desnutrido pelas condições na qual que vivia. Pressão psicológica e o sofrimento fizeram parte da minha infância e adolescência.
A cada saída e entrada daquele corpo entranho dentro de mim, me sentia mais suja.
Mais na lama.
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