Capítulo 7
*Antes que comece, convido você para ler "Para Todo O sempre Serei Seu"! Corre lá! É um bagulho cheio dos paranauês sobrenaturais(+18). Você vai entender que nem tudo é o que parece...
Capítulo 7
Ai merda!Como ele era forte, eu tentei com todas as minhas forças me libertar, ou achava que era isso que eu estava fazendo. Eu me contorcia em cima da suas pernas, numa tentativa inútil de sair dali. Sua boca quente sobre a minha, chupando meus lábios de um jeito faminto e devorador. O gosto da sua boca era mentolado, e muito firme, apesar de ser macia e gentil. Não foi como o beijo de Matt. Na realidade, não chegava nem perto do beijo que Matt me deu. Era algo quente, urgente e gostoso. Fiquei impressionada por estar gostando tanto aquela boca, e por um momento quase gemi quando ele sugou mais forte minha boca, me fazendo perder o ar. Aquela boca gostosa, assim como no meu sonho, ele passava a língua na minha até me deixar sem fôlego. Da sua língua procurando a minha, apesar do meu pulso estar pegando fogo com o seu toque, e o arrepio conhecido começar a brotar. Um pânico queria estragar o momento, mas foi outra voz que me fez saltar de susto no colo de Nathan.
- Liz você está ai... - Matt estava no meu apartamento? Como ele entrou?Olhei para Nathan e ele ainda estava de olhos fechados, e parecia não se importar com nada a sua volta. Foi quando a porta do meu quarto foi aberta, que ele abriu os olhos e soltou meus pulsos, e eu ofegante, fiquei de pé olhando para Matt com o rosto retorcido. Eu tinha me esquecido completamente que estava apenas usando uma camiseta larga e nada mais. Meu rosto estava pegando fogo de um jeito diferente. Eu me sentia quente e sem ar. Olhei para Nathan, e ele parecia calmo e que estava se divertindo com a situação. Meu cabelo estava desgrenhado, e minha boca ainda tinha o gosto perfeito dele, junto com aquela sensação de que foi o melhor beijo que já tive, ou melhor, o único beijo gostoso que já tive ou senti.
- Matt - disse ofegante parada como uma estatua. Nathan se esparramou na cama e virou o rosto para olhar para Matt, lançando um sorriso torto de malicia - como você entrou aqui?
- Você deixou sua bolsa junto com as chaves no carro, e quando você não me ligou, eu resolvi vir até aqui - seu tom era frio - mas vejo que a pessoa que não é namorável, está muito bem por sinal - jogou a bolsa no chão.
- Merda! - eu rosnei seguindo Matt, quando ele saiu pisando duro, sem ao menos me importar com a roupa que eu estava vestindo - Matt, espere... - dei uma ultima olhada antes de sair do quarto e Nathan se virou na cama, ficando de barriga para baixo e apoiando os cotovelos no colchão, pousando o queixo nas mãos, me lançando aquele maldito olhar de malicia divertido, o mesmo que ele tinha jogado para Matt. Um olhar culpado e fingido, como se tivéssemos feito algo errado.
O trajeto até a porta do meu apartamento não era o que podemos chamar de longo. Meu apartamento é uma caixa de fósforos, literalmente falando.
- Matt... - segurei em seu braço, mas aquela maldita sensação de tocar ele me fez recuar como um animal ferido prestes a morrer.
- Você não precisa me falar nada, Liz - abaixou a cabeça, quando tocou a maçaneta da porta, girando para abri-la - até entendo o motivo. Você sempre obcecada em entrevistar ele, ou descobrir algum podre dele, eu sabia que se ele visse você ou você visse ele pessoalmente, eu não teria mais chances.
- Matt, aquilo não foi nada do que você está imaginando... - deixei as palavras ridículas e tão clichês ecoarem entre nós dois. Eu não tinha nada com ele, mas ainda assim, parecia que eu precisava me explicar.
- Oh Deus! - ele murmurou irritado - não faça isso - vi os músculos do seu braço de tencionar quando ele serrou os punhos - não diga que não é nada disso que eu estava pensando. Olhe pra você - virou a cabeça ainda abaixada para olha minhas pernas claramente expostas - sua imagem sentada nas pernas dele, e vestida desse jeito, eram o que eu pensava para nós dois...
Não consegui abrir minha boca, apenas a vergonha de ainda estar vestida daquela forma na frente, com aqueles olhos cinzentos me dessecando por completo. Alem da vergonha, a forma como ele me olhava, me deixou enjoada. Ele estava com raiva, mas dava para ver que ele me desejava.
- Matt, acho melhor você ir embora de uma vez - um arrepio tomou por completo meu pescoço, e um cheiro família surgiu nas minhas costas.
- Até mais - Nathan falou como um trovão preso na garganta. Matt encarou Nathan por alguns segundos, enquanto eu tinha a língua grudada dentro da boca. Mas minha vontade era mandar Nathan ir à merda, e ir junto com ele. Porém aquela maldita energia que eu senti quando o toquei pela primeira vez, tomou conta por completo do meu corpo.
- Até mais, Liz - enfatizou meu nome com desgosto.
Quando Matt fechou a porta batendo com força, eu quase desmaiei. Não sei o motivo, mas minhas pernas ficaram moles como gelatina, e os braços de Nathan envolveram minha cintura, ao me segurar. Eu queria bater nele, o afastar para bem longe do meu corpo, pois nenhum homem havia me tocado desde os meus dezoito anos.
- Meu pai eterno - em resmunguei revirando os olhos - pare de me tocar. Me solte - reclamei tentando sair dos braços dele. Eu tive medo. Medo daquela angustia voltar a tomar conta do meu corpo, e eu odiar o gosto do seu beijo, do toque das suas mãos no meu pulso. Mas o que diabos eu estava pensando? O homem que com toda certeza estava envolvido com trafico de mulheres, armas e drogas, e ainda mais, junto com um dos caras da máfia russa. Isaäk Markov. Dono de uma fama não muito boa entre os jornalistas. Dizem que ele matou quase todos os jornalistas que tentaram investigar seus crimes. Uns - dizem - amanheceram com a boca cheia de formiga, ou foram jogados da ponte, ou até de um viaduto qualquer de Manhattan. Perto de Isaäk Markov, Nathan G. Fox parecia uma criança inocente, assim eu achava durante minhas inúmeras pesquisas e investigações.
- Qual é o seu problema em ser tocada? - perguntou confuso, olhando para o sofá onde ele passou a noite, ou parte dela.
- Como você entrou aqui? - ele virou para me avaliar com um sorriso de culpado no rosto, e eu apontei para chave, que agora estava na fechadura - mágica?
- Não me faça perguntas difíceis... - falou debochado, mas logo viu que eu não estava de brincadeira. E Deus sabe que eu não estava para brincadeiras - certo - gesticulou para porta antes de falar: - eu arrombei a porta, quer dizer, eu não. Lucius - o segurança negro do tamanho de um poste e da largura de uma montanha tinha arrombado a porta do meu apartamento? - quando ele viu quem não tinha chave dentro da bolsa, que eu entreguei para ele, quando você estava ocupada me xingando, ele não vou outra opção...
- Agora que você já se explicou, pode ir embora... - andei até a porta, abrindo para que ele saísse, mas ao invés de fazer o que eu pedi, ele simplesmente sentou no sofá cruzando as pernas cumpridas e grossas, e Deus, que bunda era aquela. Lizzie radzimierski, se controle mulher,Pensei, sacudindo a cabeça.
- Mas quem disse a você que eu quero ir embora - ele estava sentado confortavelmente o sofá, que na noite passada havia dormido, e com certeza estava com os músculos doendo. Ah, eu queria ver aqueles músculos, que estavam visíveis sobre o tecido da sua camisa de mangas cumpridas branca, e aquela maldita calça apertada, só o deixava mais gostoso - com uma vista como essa, bem atraente, fica impossível querer sair daqui, e sem contar que ainda estou de pau duro. Você sabe mexer essa bunda... - e de novo aquele sorriso malicioso no rosto, mas agora ele queria passar inocência, e isso não estava funcionando - e queria saber - falou esticando o braço e pegando meu notbook na mesinha ao lado - o motivo de certos arquivos, que certamente deveriam ser confidencias, estarem em uma pasta com o meu nome... - Merda! Eu deveria colocar senha nesses arquivos, mas sempre deixava para depois, e sempre me confiava que ninguém mexeria neles. Eu morava o pior apartamento do prédio, ou como eu diria a mim mesma varias e varias vezes - Eu morava no cú do mundo. Onde nem as baratas ousariam entram por ser tão ser graça, ou não ter nada para comer.
Ele arqueou a sua sobrancelha esquerda esperando uma reação minha, mas eu não conseguia me move. O que havia de errado com o meu corpo? Ou era desmaiando, ou quase isso, ou resolvia não se mexer, assim como minha língua, que ficou presa.
- O que foi senhorita Radzimierski? - sua voz era macia, mas tinha um tom perigo em cada palavra que saia da sua boca - o gato comeu sua língua? - arregalei os olhos, pois foi exatamente o que falei para ele quando toquei a sua mão pela primeira vez.
- O que você disse? - perguntei ofegante. Eu podia sentia o ar ficar pesado, o meu peito subir e descer com a minha respiração forte e rápida.
- Vou repetir bem devagar para você entender - assentiu com a cabeça, deixando o computador de lado ao se levantar e seguindo na minha direção. Quando ele estava muito próximo a mim, continuou: - o-ga-ta-co-me-u-su-a-lín-gua? - ele estava achando que eu era algum tipo de retardada? - agora que eu repeti a ultima pergunta, vamos voltar à primeira: O que você está fazendo com arquivos confidenciais sobre mim? E quem em sã consciência deixaria esses arquivos desprotegidos, ainda mais esses tipos de arquivos? - ele não me parecia nenhum pouco preocupado com o fato de eu ter arquivos contendo pesquisas minuciosas sobre sua vida política, além da sua vida particular e alguns arquivos que o deixavam como suspeito secundário de uma quantia considerável de crimes, que nunca tinham sido solucionados.
- Não é da sua conta... - murmurei, mas o que eu queria falar mesmo era: "Vá tomar no cú e saia do meu apartamento, seu merda", mas meu corpo e meu sistema nervoso não estavam funcionando muito bem nesta manhã, e saiu a perola das perolas da minha boca.
- Lógico que é - meu pai eterno, ele estava muito próximo, mas quando eu digo próximo, era apenas alguns centímetros de distancia - ainda mais quando estou tão duro perto de você, e você com essa maldita blusa quase transparente - e pelada -, parada na minha frente quase sem ar...
- Se você encostar os seus dedos em mim novamente, eu juro por Deus que arranco suas bolas, seu merda babaca... - antes que eu pudesse continuar com o que eu ia falar, ele me agarrou de novo. Qual era o problema aquele homem. Ele tava sempre me agarrando, ou querendo me agarrar. Seus braços fortes envolviam minha cintura puxando para ficar mais perto do seu corpo, e meu pai eterno... que corpo, que músculos. Tinha algo mais abaixo, que estava duro, e então o tal arrepio subiu na minha espinha. Um arrepio dolorido e angustiante, que eu apenas sentia quando... Merda! Ele apertou minha bunda, e depois a minha cintura e depois que largou minha bunda, segurou meu rosto, me beijando com força, e por um milagre divino eu consegui me libertar dele, e com toda a força possível soquei ele - eu disse para você não tocar em mim - berrei com as lagrimas descendo quentes, até chegar a minha boca e eu sentir o gosto salgado delas.
Não olhei exatamente onde em o bati, mas parecia que não tinha sido com a força que eu tinha imaginado. Ele apenas tinha se afastado alguns centímetros de mim, e me olhava sem entender o motivo das minhas lágrimas. Foi quando notei que eu não havia batido no seu rosto, e sim no seu peito. Ele não levou a mão até lá para massagear, apenas ficou parado me observando. Observando meus olhos arregalados de medo, algo sombrio toou conta dos meus olhos, e a sensação de mal-estar surgiu dentro de mim, me deixando tonta. Tudo foi ficando escuro, e meus olhos ficaram cada vez mais pesados. Meu mundo escureceu, e eu desabei. Deu apenas tempo de escutar sua voz ao fundo "Liz, merda!".
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