Capítulo 31
Capítulo 31
*TEXTO SEM REVISÃO, ASSIM COMO TODOS OS MEUS TEXTOS. TEXTOS REVISADOS E MODIFICADOS, FICAM GUARDADOS PARA UMA FUTURA PUBLICAÇÃO!
PLÁGIO É CRIME!DENUNCIEM.
Era uma tarde de sexta, quando eu fui liberada. O dia estava calmo, mesmo com toda agitação de New York. Tudo que eu queria, era me livrar do cheiro de hospital, e ter uma boa noite de sono, depois de um jantar ao lado dele. Mesmo Nathan sendo cuidado comigo, ele não se aproximava além de um toque na minha mão, ou segurar meu queixo com as pontas dos dedos, para dar um beijo, que muitas vezes, era rápido. Ele logo se afastava, me deixando com o sentimento de abandono. Nathan havia cuidado para que todos da equipe fossem somente de mulheres, não por ciúmes, mas por medo. Eu agradeci e o amei ainda mais, por cuidar de mim, mesmo se culpando. Eu via em seus olhos, que ele se sentia muito culpado pelo o que me aconteceu.
— Eu podia ficar no meu apartamento... — reclamei olhando feio pra ele. Nathan fez questão de me levar para o seu apartamento, e depois de uma longa discussão, ele venceu. Eu não tinha força para ficar brigando por coisas tão insignificantes, sem falar que bastou ele me olhar como se não existisse outra mulher no mundo, que eu me derreti. Esse maldito corpo, mesmo tendo passado pelo o que passou, ainda se derretia por ele.
— Não quando você tem a mim, para cuidar de você...
— Sabe o que eu acho? — coloquei meu melhor tom de sarcasmo — que você quer mesmo é me enjaular — falei desconfortável, ainda sentindo dores nas costelas.
— Acho que vou realmente fazer isso — disse ele me dando um sorriso malicioso — de uma maneira que você nem pode imaginar — meu corpo estava dolorido, e com marcas roxas em quase toda parte, mas o calor que eu sentia por ele, anda estava lá. Eu só precisava de mais um pouco de tempo...
Isso era o que eu achava.
— Eu preciso de respostas, depois... veremos o que vamos fazer — brinquei, mas ali tinha um pouco de verdade... para não dizer, completamente verdade. Não que eu tivesse aceitado o fato dele ter estourado a cabeça de um homem a sangue frio, eu apenas não me via separada dele, e se isso incluía ficar ao lado dele, mesmo ele sendo do jeito que era... eu ia ficar com ele. Eu sabia o que tinha me acontecido, e a lembrança de outro tomando meu corpo pra si, me dava calafrios... nojo do meu corpo... completamente impura. Tudo que eu queria era encontrar o filho de uma cadela que me fez passar e reviver o pesadelo de ser abusada, e fazer com que a justiça fosse feita.
— Eu sempre vou me culpar por isso... — falou abrindo a porta. O tom triste, fez o meu coração ficar pequeno. Seu eu tivesse ficado no meu canto, e não tivesse fugido da mulher Bruce Lee... — eu... — quando ele ia terminar de falar, eu quase cai dura. Elijah e Tati estavam na sala, me esperando. Por alguns segundos, eu tentei... eu tentei com todas as minhas forças não chorar, mas a emoção foi mais forte, quando Tati abriu um sorriso de "vai ficar tudo bem" e abriu os braços para mim.
— Tati... — choraminguei, atravessando a imensa sala moderna e aconchegante.
— Sinto muito minha amiga — ela me abraçou com um pouco mais de força, e eu senti as costelas doerem ainda mais, fazendo que eu soltasse um gemido de dor — desculpe — falou se afastando — eu vou ficar com você essa noite, se você quiser... — fiquei agradecida por ela querer ficar comigo, mais eu queria ficar com Nathan ao meu lado, eu sabia que eu não ia conseguir colocar em ação o plano, de arrancar todo que eu queria saber...
— Tudo bem Tati — agradeci, e olhei para ela dando entender que eu precisava falar com Nathan — eu vou ficar bem — sorri para ela não ficar preocupada.
— Lizzie — a voz grossa e carinhosa de Elijah preencheu a minha alma. Eu vi tanta compaixão em seus olhos... que por um momento, me esqueci que ele era só meu chefe, e senti aquele amor de pai, que nunca tive — eu também sinto muito pelo o que lhe aconteceu... — fez uma pausa, com o rosto mostrando desconforte por esta ali — você vai ficar aqui, até que se sinta pronta para voltar ao trabalho.
— Obrigada Elijah — falei enxugando as lagrimas. Eu estava tão agradecida por eles estarem ali, e ainda mais apaixonada por Nathan, por ele ter me feito uma surpresa tão linda, que era ter os meus amigos ao meu lado, naquele momento tão difícil.
— Ainda bem que Nathan encontrou você a tempo... — soltou Elijah. Como assim Nathan tinha me encontrado? Ele me viu toda arrebentada, e não me disse nada? Quando me virei, o rosto dele era impassivo... expressivo até. Eu sabia como ficava o rosto dele quando ele sentia raiva, agora eu realmente sabia... e aquele olhar impassivo era bem melhor, chegava até a ser meigo da parte dele.
— Quando você ia me contar? — perguntei seria, mostrando que não me sentia confortável, com o fato dele esta me escondendo mais coisas, que o necessário.
— Na hora certa, eu ia contar tudo — Nathan andou até a sua cozinha, com elegância, sem esboçar qualquer preocupação em ter me escondido aquele fato — aceitam um café... suco ou quem sabe um chá? — perguntou como se nada tivesse acontecido.
— Suco — respondeu Tati um pouco sem graça.
— Para mim, não precisa trazer nada — falou Elijah serio.
— Você quer algo, meu doce? — se virou colocando as mãos nos bolsos da calça jeans azul surrada... ele estava lindo, ou melhor, magnífico vestindo camisa branca com mangas dobradas até os cotovelos, com um formato V na gola, e tênis. Observando o rosto dele melhor, percebi que olheiras contornavam a parte de baixo dos seus lindos olhos azuis celeste. Os cabelos arrumados de maneira impecável e a barba por fazer, mostravam que ele queria manter a casca de homem todo poderoso, mas tinha algo errado ali. Eu sabia que ainda tinham mais coisas a serem ditas, ou melhor, reveladas.
— Água — mesmo querendo o chamar para ter uma bela conversa, fique na minha. Não seria bom ter uma discussão sobre o que ele tinha escondido de mim, mesmo sendo mais uma coisa na lista de segredos dele. Quando Nathan sumiu, seguindo para cozinha, Tati disse:
— É impressão minha, ou, o clima esta tenso entre vocês dois?
— O clima não esta tenso Tati — eu disse — o clima esta vulcânico, ou melhor, mais duro que... — fechei a boca, pois Elijah estava bem ao lado dela.
— Não sei o que ele fez, mas não gosto desse cara Liz — Elijah olhou para mim, e vi em seu semblante o ar de preocupação.
— Prometo que vai ficar tudo bem — sorri, mesmo que por dentro, o numero de incertezas fossem catastróficas dentro da minha cabeça, e no meu coração.
— Você não quer mesmo, que eu durma hoje com você? — Tati ofereceu, com o mesmo semblante preocupado.
— Tenho — respirei fundo, sentindo minhas costelas doerem — eu preciso de um tempo com ele... acho que vai me fazer bem — se caso a minha conversa com ele não fosse a melhor coisa a ser feita, eu estaria perdida. Eu o amava mais que tudo, e não pretendia o deixar sair tão fácil da minha vida, mas se isso implicasse destruir o nosso relacionamento, eu não saberia o que fazer. Sem ele, eu não poderia ficar.
Depois que Elijah e Tati, foram embora, Nathan e eu, ficamos em um silencio torturante. Ele sumiu, se trancando em seu escritório, enquanto eu... eu foi para o quarto dele, e me deitei na enorme cama, que tinha o cheiro mais gostoso e fascinante do mundo... o dele.
— Eu chamei Ian — disse ele de supetão, me assustando — acho bom ter a opinião profissional dele, sobre como isso pode afetar você...
— Você acha que eu vou ter medo do seu toque, é isso?
— Liz, ninguém passa pelo o que você passou, e fica de boa com tudo — Nathan parecia exasperado, mas ainda assim, se manteve calmo. Ele não percebia que era dele, que eu precisava? Eu teria que implorar, para que ele ficasse ao meu lado?
— Nathan — me levantei, indo na sua direção, mas ele percebeu a minha intenção, se afastando. Se ele tivesse estourado meus miolos, não teria doido tanto. A dor em seus olhos, se refletia na maneira como me olhava...
— Não — a voz firme e ríspida, me fez recuar. A dor no meu peito, apenas aumentou — não faça isso. Não quero você desmaiando, e se machucando ainda mais...
— Você não precisa se sentir culpado Nathan — tentei parecer calma, mas eu já estava ficando irritada — se eu...
— Se eu — desdenhou impaciente — se eu o que Liz? A culpa foi minha, se eu tivesse contratado uma pessoa competente, você agora estaria nos meus braços... — baixou a cabeça, passando as mãos no cabelo.
— Mas, eu ainda posso ser sua...
— Não assim — falou levantando a cabeça, me mostrando o quanto ele ainda se sentia culpado pelo o que me aconteceu — quando eu vi você, jogada naquele chão frio, sujo e molhado, com a cara toda arrebentada — balançou a cabeça tentando expulsar a lembrança — minha vontade foi cortar o infeliz que fez isso com você, em mil pedaços...
— Nathan...
— Seu corpo estava frio. Tão frio, que imaginei o pior — o sofrimento estava estampado no rosto dele — eu não sei o que faria sem você Liz...
— Eu estou bem Nathan — tentei novamente, me aproximar dele com passos cuidadosos — eu estou vida, e você me achou...
— Nunca senti tanto ódio em minha vida, de ser humano quanto estou sentindo agora — confessou, fechando as mãos em punho — juro, que vou encontrar quem fez isso, e vou fazer ele se arrepender do dia em nasceu.
— Me beije — pedi corajosamente me aproximando.
— Oi? — vi a perplexidade em sua voz, assim como em seu rosto.
— Eu estou pedindo um beijo — desafiei — você não escutou? Vou precisar atacar você?
— Você só pode esta louca — arregalou os olhos — não vou fazer isso.
— Tudo bem — dei de ombros, indo em direção a porta.
— Onde pensa que vai?
— Embora — falei decidida.
— Liz, você não esta bem. Acho que não é prudente fica arriscando...
— Seu... — respirei fundo, e juro que tentei não xingar, mas quando de por mim, saiu: — seu filho de uma puta... desgraçado... — gritei — se eu estou dizendo que eu quero você, é porquê eu quero. Se eu desmaiar, que desmaie. Não percebeu que eu preciso de você? Agora você fica ai, fazendo uma de cú doce pro meu lado... Ah vá pro inferno.
— Liz — murmurou surpreso com a minha explosão.
— Liz é o caralho — estiquei o de,do bem na direção da cara dele — se esta com nojo de mim, e só me avisar, que eu pego minhas coisas e vou embora da sua vida...
— Você sabe que não tenho nojo — e quando ele disse isso, os pelos do meu corpo se arrepiaram — que desde o momento que vi você, não penso com o cérebro, penso com a cabeça do pau. Só em sentir o seu cheiro... olhar essa sua boca... me imaginar beijando todo o seu corpo... — aquela voz, aquela boca... falando tudo aquilo. Mas ainda assim, eu tinha que mostrar que o que me aconteceu, não ia me impedir de seguir em frente com a minha vida. De querer algo bom... de querer Nathan.
— Quando o Ian chega? — perguntei sem fôlego.
— Antes da janta — respondeu confuso.
— Vamos fazer um teste, na frente dele, e se eu desmaiar. Vamos fazer o tratamento mais pesado que existe.
O olhar intenso de Nathan estava lá... aquele sorriso de canto, malicioso, contornando a sua boca, ainda estava lá... eu só tinha que ser forte, e conseguir seguir em frente.
— Mas ainda assim, eu não vou beijar você — pai eterno, como era frustrante ficar implorando pelo gosto do beijo daquele homem... — não agora. Vamos esperar só um pouco, já que eu sei que você não quer um beijo, e sim 'o beijo' — sorriu, e por aquele momento, o seu rosto lindo e magnífico, mostrava que ainda existia desejo.
Já era mais de cindo da tarde, quando o cheiro da comida tomou conta do apartamento. A minha barriga se contorceu com a vontade de beliscar, o que ele estava cozinhando. Nathan tinha o dom para muitas coisas, e mesmo que ele não tenha me explicado ou me dito o que tinha de errado na sua vida, eu sabia que ele tinha o dom de ser perfeito em tudo que fizesse. Antes de tomar banho, separei um vestido de algodão leve cor de rosa, que tinha alças finas, e deixava boa parte dos meus seios à amostra e segui para o banheiro enorme, com toalhas brancas fofinhas e cheirosas, e uma banheira de dar inveja até a rainha da Inglaterra.
O tempo que passei no hospital eu evitava me olhar no espelho, para não ter que ver as marcas que aquele filho do diabo havia deixado no meu rosto... no meu corpo, e mesmo não querendo ver, os espelhos do banheiro não me deixaram outra opção.
Meu rosto marcado de roxo mesclado com verde no hematomas, contrastando com o branco da minha pele. Me peguei passando os dedos em cima do cada um, vendo o que ele tinha feito comigo. Fosse ele quem fosse... eu saberia quem ele era, assim que sentisse a presença dele. Meu corpo ia reconhecer, mesmo que eu não tivesse visto o seu rosto, ou lembrasse o seu cheiro, eu me lembraria dele porquê ele tinha me tocado e o único que podia me tocar, era Nathan. Tirando a blusa, observei as minhas costelas, que estavam ainda mais marcadas que o rosto. Eu conseguia entender o que tinha me acontecido, mas como passei boa parte da minha infância sofrendo e lutando para ter uma vida, eu não ia permitir que um caralho qualquer, fizesse meu mundo ruir novamente. Não... eu ia lutar. Eu ia buscar ter uma vida normal, como eu sempre quis. Já havia abdicado por anos da minha felicidade.
Chega!
— Você ainda é, e sempre será linda — me assustei quando ele entrou no banheiro. Nathan estava suado, e completamente lindo, com os cabelos bagunçados e apenas de calça de ginástica preta, que tinha um caimento absurdamente glorioso em seu quadril.
— Eu não sou bonita — retruquei tentando pegar minha blusa, mas ele foi bem mais rápido e pegou na minha frente — não quando estou roxa como uma berinjela...
— Adoro comer berinjela, sabia? — falou faceiro, mordendo o lábio de maneira sugestiva, ou melhor... bem direta. Meu medo? Meu medo era que ele tivesse nojo, quando olhasse para mim, e lembrasse que além do Theodor, outro cara tinha abusado de mim, mas lá estava ele... completamente lindo na minha frente, flertando e me olhando como sempre olhou.
— Deus — gemi, sentindo toda a força que aquelas poucas palavras traziam com elas — você é...
— Gostoso? Pervertido? Ou um filho da puta? — brincou, mostrando todos seus dentes em um sorriso encantador e perturbador.
— Não era isso que eu ia dizer...
— Então, me diga o que eu sou.
— O homem que eu escolhi para amar — os olhos de Nathan tomaram um brilho diferente, cheio de amor e puro carinho.
— E você é a mulher que eu escolhi para amar — a voz rouca e completamente sedutora dele, se espalhou pelo meu corpo, me fazendo esquecer que eu tinha mais hematomas que um lutador do the ultimate fighter — e eu prometo, que nada mais vai machucar você.
— Só você pode me machucar Nathan — sorri — só você pode arrancar meu coração, e fazer com ele o que bem quiser.
— Liz, eu a amo mais do que a mim mesmo. Nunca se esqueça disso — seu rosto se transformou, ficando mais serio — e hoje a noite, depois que jantarmos, vou contar tudo sobre mim, e espero que você fique comigo, mesmo sabendo toda a verdade...
— Nathan — temperei a garganta antes de poder explicar — eu vi você estourando a cabeça de um cara, e fugi... bom — dei de ombros — se eu ainda estou aqui, voltei melhor dizendo, é porquê não me importo com o quer que seja, a não ser em ficar do seu lado.
— Mas, você já tinha dito que não ia fugir... — lembrou ele do momento em que ele tinha me pedido para não fugir dele, quando eu soubesse da verdade.
— Vamos lá, me dê um pouco de crédito. Não é todo dia que você vê o homem da sua vida, matando um cara a sangue frio — bom, eu pensei, se eu já tinha o visto matar um, o que mais de ruim poderia vir dele?
— Bom crédito concedido — brincou. O Nathan que estava na minha frente, não se parecia nenhum pouco com o Nathan que eu tinha visto três dias antes. Aquele que estava na minha frente, era o homem por quem eu me apaixonei, e queria dividir minha vida com ele — vou esperar que você termine de tomar banho — encerrou a conversa por ali, mudando de assunto — a não ser que você queira uma ajuda com o sabonete...
— Por que não? — me insinuei piscando o olho para ele, com a voz atrevida. Eu sabia que não era a mulher mais sexy do mundo, mas ele me fazia me sentir assim... eu não conseguia entender o motivo, pelo qual meu desejo por ele não tinha sumido. Mesmo com tudo, o desejo ainda estava lá.
— Lizzie Radzimierski, eu ainda vou enfarta com você me olhando desse jeito — brincou balançando a cabeça — não vai ser dessa vez...
— Bom — dei de ombros — não foi dessa vez, mas adoraria ver você tomar banho. Seria um espetáculo a parte.
— Seu desejo, é um decreto — jogou minha blusa no chão, e levou os dedos da mão até a barra da calça, brincado com ela, me provocando — mas, essa também não vai ser a vez — riu descaradamente da minha cara. Qual é... ele só podia ta de brincadeira com a minha cara mesmo.
— Poxa — murchei a cara — você não sabe brincar heim...
— Não. Não sei — falou segurando o riso — eu vou esperar você terminar seu banho, e depois eu tomo o meu — disse e saiu do banheiro. Um dia seria ele, quem ia me fazer enfartar...
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