Capitulo 29
Capitulo 29
A cada cinco minutos, uma garrafinha de água chegava a nossa mesa. Eu não era expert em como se deve beber, mas, achava que Tati já havia passado da conta. A minha experiência com a tequila foi de amor a primeiro gole, apesar de ter decido quase rasgando minha garganta, adorei como o gosto ficou na minha boca. Tati sozinha, bebeu mais da metade da garrafa de tequila, e estava doidona.
A área privativa era mais reservada, apesar da visão que tínhamos da pista, ser privilegiada. De onde estávamos, também se podia observar a sala, que eu tinha entrevistado Nathan, e os camarotes, que pareciam como os de um teatro. Nos meus planos, eu tinha como prioridade me divertir, e não que é não estivesse me divertido, mas, eu tinha que tomar de conta da loira de cabelos cor de ouro, olhos verdes e bochechas vermelhas... que não parava de falar nas maneiras que ela imaginava que Elijah a tomaria pela primeira vez. Estava ficando constrangedor, até para mim, que já estava me tornando uma cópia de Nathan... Hora eu era safada... Hora era ele que me mostrava que, apenas com um olhar, se podia chegar a um orgasmo... Tinha noites, nas quais ele não estava comigo, que eu tinha quase pesadelos... pesadelos eróticos, com ele me possuído das formas mais intensas e de um jeito que me deixava ainda mais maluca por ele. Imaginar ele, nu, com toda aquela força, tocando meu corpo... lambendo ou chupando cada parte da minha carne, era muita tortura para uma pessoa só.
— Eu — disse Tati com a língua já enrolando e falando engraçado — adoraria ver ele — gesticulou com as mãos, formando as curvas imaginarias — pelado... todo durinho... acho que deve ser grossa — ela ficou ainda mais vermelha — grossa... grande e gostosa, a julgar pelo tamanho do homem... e que homem — riu mordendo os lábios, e eu tive que me segurar para não rir — ou melhor, de pau duro, dizendo " vem meu cupcake"... vou te comer todinha... — não aguentei, e gargalhei da forma quase indecente que ela pronunciava as palavras.
Eu nunca tinha visto ela daquela forma, mas dava para ver que ela queria muito Elijah... de todas as formas possíveis.
— E por que você não diz isso a ele? — abafei o riso, e de uma única vez, tomei a tequila, que estava a décadas no copo — quem sabe ele faz uma coisa melhor do quê chamar você cupcake?
— E se ele, lá na hora — fez uma muxoxo, e depois torceu o nariz — você sabe... — deu de ombros, e movimentando as mãos — não sentir que ta no clima?
— Não acredito que você está preocupada com isso — eu realmente estava incrédula com a falta de confiança que ela tinha sobre si — ele ama você. E me desculpe, se ele não quisesse namorar com você, ele estaria sozinho — quando falei isso, ela deixou os ombros caírem pesadamente, e ficou com o rosto um pouco triste — ei — segurei a mão dela, passando mais confiança e força pra ela — vai ser lindo — lhe dei o meu sorriso mais sincero, pois era verdade. Eu conhecia Elijah, e sabia muito bem, que ele iria a fazer muito feliz, pois ele tinha se apaixonado por ela — você vai se sair bem. Você o ama, ele a ama, e é assim que as coisas funcionam...
— Isso mesmo — disse ela com o tom mais confiante — eu vou ser o cupcake gostoso dele, e vou trepar tanto com ele, que ele vai precisar de uma semana para se recuperar — o efeito da bebida, com toda certeza não tinha feito muito bem para ela. Eu ria a cada segundo, e isso estava me tirando, um pouco, a preocupação que eu tinha sobre Nathan. Ainda assim, a cada hora que se passava, mais nervosa eu ficava, e isso não estava ajudando muito. Eu me pegava, varias vezes, olhando para escada de acesso aos camarotes, e que levava até a sala dele também — eu vou subir naquele tecido — Tati levantou da mesa, com o olhar determinado... e mais bêbada que nunca, já que ela tinha recusado todas as vezes que o garçom deixava uma garrafa com água, ou um petisco — eu vou sim — caminhou decidida para o cordão de acesso a pista, e antes que eu pudesse reagir, ela já tinha passado pelo segurança do tamanho da muralha da china.
Quando fiz menção em ir atrás dela, uma moça alta, de cabelos pretos presos em um rabo de cavalo, em um terninho preto junto ao seu corpo, me barrou. Ela tinha os traços menos femininos, e as orelhas um pouco desgastadas, acho que ela passou muito tempo praticando algum tipo de arte marcial, e assim como a maioria dos funcionários, ela era negra, e apesar da cara de mal, ela ainda tinha delicadeza... mesmo não parecendo ser nada feminina. Eu já tinha visto algo parecido nas minhas noites de Ultimate Fighting.
— Senhorita Radzimierski... — Deus! A voz da mulher era mais grossa que a de Nathan! — o senhor Fox deseja que permaneça na área privativa — Oi? Como assim, ele queria que eu ficasse olhando minha amiga tentar acabar com sua dignidade, subindo naquele tecido? — eu vou me certificar que esse desejo seja atendido... — filho de uma puta! Quem ele achava que era?
— Só um minutinho — me afastei indo pegar a minha bolsa e a de Tati. Tirando me celular, liguei para única pessoa que poderia me ajudar naquele momento, e a única que eu não queria ligar... Elijah. Tati não me perdoaria por chamar ele, e ele a visse daquela forma. Desbloqueei a tela e deslizei meu dedo na tela, até chegar no numero dele e discar.
— Lizzie? — ele estava com uma voz e sono, misturada com espanto e preocupação — o que houve? Você está bem?
— Oi Elijah — eu estava sem graça, mas era um caso de vida ou morte — preciso da sua ajuda — conte brevemente o que tinha acontecido, ocultando as partes do 'cupcake gostoso'.
— Isso eu quero ver — fiquei surpresa, como a voz dele parecia achar aquela situação engraçada.
— Ah meu Deus — eu quase gritei, quando tai se pendurou completamente no pedaço de tecido, quase desequilibrando a acrobata, que com muita paciência, desceu e ficou ao seu lado, esperando alguém tomar providencia — você tem dez minutos, ou ela vai achar que é o homem aranha.
— Certo — ele riu — em dez minutos estarei ai... — fez uma pequena pausa, antes de desligar — e como é que eu vou entrar ai?
— Eu vou falar com a Arnold Swatsnegger de saias — olhei para mulher alta de traços quase masculinos —, ou melhor... Ah você me entendeu.
— Chego já — desligou o telefone, e eu vou em direção a moça alta.
— Olha — puxei toda a paciência que existia em mim, e que era muito... muito pouca — sabe aquela moça ali — apontei para Tati, que já tinha chamado atenção de todos, e estava sendo aplaudida — o namorado dela vem buscá-la e precisa de autorização para entra...
— Tudo bem — disse ela olhando na direção a qual eu apontei — qual é o nome dele?
— Elijah Aiden Hunter — respondi — sabe, tipo assim, ele é do tamanho de uma montanha e parece aquele lenhadores sexys das revistas masculinas.
— Eu só preciso saber o nome, senhorita Radzimierski — rebateu ela de forma dura, sem mostrar qualquer sinal de fraqueza — Byonda — ela segurou em um fio que levava até a orelha — inclua na lista Elijah Aiden Hunter... certo. Obrigada — porra! Qual era o problema daquela mulher sair e ir até lá? Ela tinha que ter um comunicador?
— Eu posso ir, ao menos, no banheiro? — tentei colocar a melhor cara de inocente, mas não estava funcionando.
— Segunda porta a esquerda — ela tinha olhos pretos. Olhos de quem era esperto, e não se deixava enganar por qualquer um — eu vou acompanhá-la...
— E o que mais? — o sarcasmo e a irritação na minha voz, mostrava que eu não estava para aquelas frescuras — vai enxugar as ultimas gotinhas também?
— Se for necessário, limpo ate outros lugares — debochou, mesmo com o ar profissional que sua voz carregava... e que voz —, desde que, a mantenha bem no meu campo de visão... — esboçou um sorriso, que mais parecia uma careta.
— Pai eterno! — resmunguei indo para o banheiro. Nathan, com toda certeza tinha informado que eu era um pouco, geniosa, e que de alguma forma, a noite não estava boa e eu iria atrás dele, mesmo estando acompanhada... ou quase isso. Eu não tinha com o que me preocupar. Elijah levaria Tati para sua casa, e depois eu entregaria a sua bolsa. Eu tinha que ver Nathan, e saber o que tinha de errado com ele. Aquilo estava me incomodando à noite toda, e mesmo que eu estivesse me divertindo com minha amiga, todo o meu pensamento estava com ele, e era com ele, que eu queria está.
A caminho do banheiro, um garçom estava levando uma bandeja com martinis estava passando bem ao meu lado, e eu fiz questão de esbarrar nele, de uma forma que todas as bebidas caíssem sobre ela. Vi o quanto ela ficou furiosa, mas eu precisava sair dali, e encontrar Nathan, já que ele tinha me tratado de um modo estranho, e tinha colocado uma quase Ronda Rousey na minha cola, e tinha levado consigo, Lucius. Toda bebida caiu sobre ela, ensopando o terno dela, a deixando furiosa.
— Ops... — eu coloquei a cara mais deslavada e sem escrúpulos que eu tinha. Não tinha como eu correr com os saltos, e em menos de três segundos, os tirei, e corri, segurando eles. A área privativa tinha uma parede de vidro, que por ela, descia água, quase como uma cascata, mas ela era apenas uma parede central, com as laterais com livre acesso a qualquer lugar da boate. Eu sempre fui boa nos esporte – especificando melhor. Sempre fui boa na corrida -, e correr não seria tão difícil assim. Ela era grande, e eu era grande também, mas tinha a vantagem de ser leve. A boate estava cheia, então, resolvi passar pelas laterais, evitando o aglomerado de pessoas.
Subindo as escadas, não foi difícil identificar a sala dele. Eu me lembrava perfeitamente do corredor e da porta cor de chumbo, se ele não estivesse lá, estaria na sala do tal Harper, e mesmo que eu não soubesse onde era, eu o encontraria. Coloquei novamente os saltos, e andei apressada, antes que me pegassem e me isolassem na bola de proteção de Nathan...
Preferia não ter aberto aquela porta.
Preferia não ter sido tão precipitada.
Preferia não ter feito nada, e ficado no meu canto.
A imagem que tive de Nathan... Aquele não era o homem que eu conheci, aquele era outro.
— Nathan! — gritei quando vi o que ele tinha acabado de fazer, mas já era tarde.
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