Capítulo 24
Capítulo 24
Nathan tinha algo em seu passado. Algo que poderia me afastar dele, mas eu não me importava. Tudo que eu queria era ficar ao lado do homem que tinha me feito conhecer um novo mundo, e começado a construir uma nova história na minha vida, me fazendo superar os meus medos e receios em tão pouco tempo. Vendo o quanto ele estava preocupado, com medo que eu pudesse fugir dele, decidi que não importava qual fosse o segredo dele, eu ficaria ao seu lado. Se ele não tinha fugido e nem desistido de mim, eu também não ia desistir dele.
— Não vou contar agora — sua voz estava carregada de medo — não agora... quero ter a certeza que não vai fugir de mim.
— Nathan — suspirei o mais fundo que pude, antes de abrir minha boca para falar qualquer coisa — não importa o que você tenha feito no passado, ou no presente... — vi o quanto aquelas palavras o deixaram confusos. Logo eu, que passei um bom tempo investigando e tentando, sem sucesso, descobrir os podres dele, estava parada olhando nos seus lindos e maravilhosos olhos azuis celestes, falando que ele não precisava se preocupar com o que ele tenha feito no passado, ou ainda estivesse fazendo — eu não vou fugir de você, não importa o que você me diga...
— Eu já disse que não vou falar sobre isso agora — o modo como ele falou, me magoou profundamente. Eu tinha exposto os meus medos, confiado a ele meu corpo e ele ainda não confiava em mim. Eu sabia que em tão pouco tempo, aquela situação parecia surreal, mas ninguém pode mandar no coração, e no meu caso, no meu coração e no meu corpo. Meu corpo era dele, e apesar de todo o meu esforço, ele ainda não se sentia a vontade para se abrir comigo — não quando quero passar mais uma noite ao seu lado...
— Eu quero que você saia... — falei me afastando de perto dele. Nathan arregalou os olhos em surpresa com o meu pedido — se você não confia em mim, não existe um motivo para ficarmos juntos.
— Liz... — aos poucos Nathan fechou os olhos, esfregando as têmporas — você não quer que eu vá embora, não quando tem algum babaca por ai, que entrou no seu apartamento e que pode voltar para fazer algo errado com você.
— Eu sei me cuidar Nathan — eu já estava ficando irritada, e uma mulher irritada e magoada não é algo bom de enfrentar. Nem o diabo fica perto de uma mulher magoada e irritada, ele teria juízo para de manter longe, de preferência jogando dama com Hades, ou pulando corda — fiz isso a minha vida toda, eu só quero ficar um pouco só e refletir sobre o fato de que você não quer se abrir comigo...
— Liz, eu não quero perder você. Será que você não consegue entender isso? E por favor, pare de dizer que pode se cuidar sozinha, agora você tem a mim, para cuidar e proteger você. Não vou deixar você sozinha, mesmo que você queira arrancar minha bolas — disse, abrindo os olhos, levantando as mãos para o alto com a voz exasperada — depois que provei de você, não vou conseguir provar de mais nenhuma outra mulher — o jeito que ele avançou, segurou meu rosto entre suas mãos, me fez perder o ar completamente — por isso tenho medo que você fuga de mim, e se isso acontecer, prefiro... — sua boca estava próxima a minha... tão próxima, que eu senti o hálito gostoso da sua boca — pare de querer me afastar de você, assim você me deixa ainda mais louco...
— Me desculpe — pedi sinceramente — mas, eu quero que você entenda que eu vou ficar do seu lado, seja lá qual for o seu segredo... — quando dei por mim, a sua boca estava na minha. Não era possessiva, e sim carinhosa ao me beijar. Um beijo de amor que tinha o sentimento do desespero de modo subliminar que e fez querer proteger ele... Sua língua procurando a minha de um jeito quase suplicante. O gosto do beijo dele, agora tinha a marca registrada na minha memória e na minha boca. O melhor beijo do mundo era o dele, e meu corpo não aceitaria outro beijo que ao fosse o dele. Seu polegar acariciava a linha do meu maxilar, enquanto ele me envolvia ainda mais com o seu beijo quente e seus lábios macios, mostrando o quanto aquele toque era urgente e completamente necessário.
— Você me deixa sem saber o que fazer — falou Nathan se afastando, olhando no fundo dos meus olhos — além de linda, você tem plenos poderes sobre mim, e isso me deixa completamente vulnerável.
— Eu não consigo entender como foi que você se apaixonou por mim, sendo tão perfeito...
— Você é que é perfeita, e eu, só sou um cara que teve sorte em encontrar alguém que faz com quê, o meu coração queira sair pela boca, apenas sentindo o seu cheiro... e eu não sou perfeito, meu doce — Nathan se dizia imperfeito? Isso era impossível — perfeito é esse seu cheiro doce, gostoso e irresistível.
— Não quero que você vá embora — murmurei me sentindo culpada por está discutindo com ele — só não quero que você se esconda, não quando eu me abri pra você, me expondo. Expondo meus medos e minha vida.
— Mas eu não iria embora mesmo — deu de ombros, empalhando o sorriso mais lindo em sua boca bem desenhada e deliciosa — e eu só peço que me dê um tempo, para que eu consiga reunir coragem — pediu ainda olhando no fundo dos meus olhos — você não tem ideia do quanto eu posso ser... — no momento que ele ia terminar a frase, o telefone tocou. Ele o retirou do bolso olhando o visor. Seu rosto mudou completamente, se transformando em uma carranca — merda! — xingou baixinho antes de atender — o que foi Harper?...Não... Droga, você pode resolver isso sem mim... Não me provoque Harper, não estou de bom humor... — sai de perto dele, e fui até a cozinha, ele não tirava os olhos de mim, e parecia me vigiar para ter certeza que eu não fugiria dele, mesmo com ele visivelmente irritado com a ligação do tal Harper, Nathan era lindo... um deus grego, personificando a beleza perfeita e gloriosa, bem na minha frente — isso pode esperar, tenho um assunto mais importante que isso... Qual o nível de importância?... Não é da sua conta... Volte para o seu trabalho, você está ganhando muito bem para resolver os meus problemas — eu era mais importante? Me peguei dando um leve sorriso de canto de boca pra ele, satisfeita em saber que ele falava para o amigo dele, que eu era mais... muito mais importante. Pequei o no armário e segui para pia — boa noite Harper.
— Tudo bem? — perguntei pegando o copo e enchendo de água.
— Tudo — respondeu ele colocando o celular na mesa, tirando o terno e jogando na cadeira perto da mesa — vou ligar para Gretha e avisar que tivemos uma visita indesejada...
— Nathan... — tomei a água e deixei o copo na bancada e fui até ele — não precisa se preocupar tanto...
— Como assim, não preciso me preocupar tanto? — arqueou a sobrancelha enquanto afrouxava a gravata, retirando e jogando sobre o terno — um merda entra no seu apartamento, rouba o seu material de trabalho, e eu não preciso me preocupar? —sorriu de maneira quase perversa — não se preocupe, digo eu, vou encontrar esse filho de uma puta, e ele vai ter o que merece.
— Meu Deus! — coloquei o meu melhor tom de perplexidade fingida, revirando os olhos — me sinto tão segura agora... agora eu tenho meu cavaleiro da armadura reluzente.
— Você está zombando de mim, senhorita Radzimierski?
— Eu nunca seria capaz de tal coisa, senhor Fox — sorri mostrando o quanto estava me divertindo com a mudança de clima entre nós — o que me faz lembrar que você ainda tem uma ligação a fazer...
— Não abuse muito da sorte, radzimierski, uma hora eu vou ser o lobo mal e não vai ter nada que me impeça de comer você — Jesus cristinho! Ele, um lobo mal, e me comendo? Seria um sonho se tornando realidade.
Nathan foi para perto da janela pegando novamente o celular e discando os números na tela luminosa, andando elegantemente com uma das mãos no bolso da calça, enquanto a outra segurava o celular. Ele passava instruções para Gretha, que em nenhum momento interrompeu ele.
— O bastardo entrou e roubou o notebook dela, contendo algumas informações sobre mim... Não, não tinha nada que a maioria não tenha, mas devo confessar que ela é muito boa no que faz — sorriu para mim e voltou a sua atenção para ligação — Isso mesmo... Dois? Esta bem. Tudo bem... Se certifique que nada mais saia do nosso controle — Os dois pareciam se entender muito bem, e isso e fez lembra-me de Chloe — e Gretha, cuidado... certo. Boa noite — desligou o telefone.
Depois de sete anos, como Chloe estaria? O que deveria está fazendo? E o principal, será que ela era feliz? Apostava a minha vida que ela jamais se sentiria feliz morando com aquele porco. Chloe era uma menina boa e doce, e eu sempre pedi a Deus que ela não tivesse se tornado um ser igual a eles. Minha cabeça estava dando voltas e mais voltas... e eu ainda tinha que me preocupar com o roubo do meu notbook, coisa que me deixaria bastante atrasada nas investigações sobre Isaäk Markov, e isso era um assunto delicado, no qual eu ainda tinha que conversar com Nathan. Na segunda, pediria a Elijah para pegar a câmera e depois eu iria atrás de Isaäk, pesquisando e seguindo pelo tempo que fosse necessário.
O Nathan era um homem forte, decidido e dono do seu mundo, além de ser o homem mais carinhoso, paciente e gostoso, e ainda me amava. Nada poderia mudar o que tinha começado a brotar dentro de mim, isso era o que eu pensava.
Nathan não era só um homem que cuidava dos interesses da cidade, ou dos seus negócios, que eram bastante suspeitos por sinal, Nathan era o homem que o meu corpo tinha escolhido para ser seu. Isso não seria negado a mim, não depois de passar o que passei, sendo abusada por anos...
Agora, era a minha vez de ser feliz, e mostrar que eu conseguiria dar a ele o amor, que tão lindamente, ele me oferecia. Eu não conhecia muito sobre Nathan, apenas conhecia a pessoa publica e algumas coisas sobre ele sair com modelos, e que tinha uma irmã que era maquina letal, como sua segurança. Eu pouco sabia sobre a família dele, que raramente eram vistos em escândalos, ou noticiários insignificantes, mas nunca poderia imaginar que sua irmã, a qual eu nunca tive qualquer informação, pudesse ser o que é. O fato de ela ser a segurança dele, não me incomodava, pois sabia quê, por esse motivo, ele seria protegido por ela, com a sua própria vida. Meu foco sempre foi a vida política e os negócios, que sempre levava a ter indícios de envolvimento com a máfia, e ligação com o trafico de mulheres, drogas e armas.
— Pronto — disse ele me tirando dos meus devaneios — agora podemos descansar um pouco — o rosto dele relaxou mais um pouco enquanto desabotoava a camisa, mostrando parte do seu peito e abdômen generosamente definidos — temos dois seguranças disfarçados na entrada do prédio e Gretha cuidando das investigações em off.
— Deus... — soltei sem pensar, e ele abriu um sorriso safado, de torrar o cérebro.
— Não... — brincou tirando o resto da camisa — mas, posso ser o que você quiser, senhorita radzimierski, é só pedir — falou mordendo o lábio inferior de maneira sugestiva. A pele magnífica dele era um convite para perdição. Nathan pareia um estatua esculpida por Michelangelo, só que com o pênis maior, e lembrando bem... bem maior... chamá-lo apenas de perfeito, era um crime — e eu posso ser seu deus...
— Você é muito convencido, isso sim — rebati — puta de um pervertido...
— O que é isso? — perguntou arqueando a sobrancelha, com o mesmo sorriso presunçoso na boca.
— Isso o quê? — eu não tinha entendido o motivo da pergunta.
— Isso escorrendo no canto da sua boca — brincou abrindo o cinto — juro que vi a saliva escorrer, bem no canto da sua boca...
— Você é um filho da puta mesmo. Arrogante e convencido — eu não deveria ter dito isso. Em questão de segundos, Nathan já estava do meu lado, me fazendo perder o ar e toda a força que existia nas minhas pernas.
— Adoro essa sua boca suja, sabia? — a voz dele ficou roca e firme, fazendo com que todo o meu corpo pedisse por ele — fico imaginando do que vai me chamar, no momento em que eu estiver comendo você. Explorando cada pedaço da sua boceta com o meu pau duro... entrando e saindo bem gostoso. E lembre... — o tom de advertência, era divertido e cheio de promessas pervertidas — quando você me chama de filho da puta, me dá uma vontade de rasgar você em mil pedaços, e não estou falando da sua roupa — disse ele segurando a ponta do meu queixo, dando um beijo de leve nos meus lábios sedentos pelos dele e logo depois se afastando, chutando os sapatos para longe e tirando as meias, e logo depois a calça, ficando apenas de cueca na sala do meu apartamento, indo em direção ao banheiro.
De costas para mim, Nathan parecia ainda mais com uma das estatuas de Michelangelo, ou ainda mais perfeito. Ombros e costas definidas... Coxas grossas e panturrilhas proporcionais, e uma bunda de fazer qualquer mulher querer morder. Os cabelos negros e um pouco grande... uma nuca perfeita, assim como todo o resto.
— Só pra avisar — falou mostrando o quanto estava se divertindo — Deus está vendo o seu olhar cheio de luxuria para o meu corpo...
— Ah! — eu comecei a falar enquanto ele segurava a barra da cueca com a ponta dos dedos, tirando e ficando nu na minha frente... ai Pai eterno, que bunda... que corpo e que homem — não faz mal, a vista vale a pena — quando ele virou, fixei meu olhar nos seus olhos. Uma labareda completamente tórrida, do tipo que derrete o cérebro, começou a brotar, apenas em um olhar — por você, vale a pena ir para o inferno...
— Eu nunca vou permitir que você vá pra lá, o seu lugar é ao meu lado — seu rosto foi ficando serio, mas ainda assim, era a sensação mais quente que já senti em toda a minha vida.
— Meu lugar é ao seu lado — afirmei olhando para o homem que me fazia sentir borboletas na barriga e uma pontada de dor no coração... mas era uma pontada boa — agora, por favor, você pode ir para o banheiro?
— Eu faço você perder a concentração?
— Você esta me fazendo perder o resto de vergonha na cara que ainda me resta, seu idiota.
— Essa minha namorada é tão romântica — suspirou, virando e indo para o banheiro, parando na porta — não quer tomar banho comigo?
— Não... — arregalei os olhos — nem pensar.
— Está com medo de não conseguir se controlar, e me atacar? — gargalhou de maneira gostosa e descontraída, me fazendo esquecer de como o clima estava tenso.
— Eu com medo de você? — estiquei o dedo indicador em sua direção, mostrando meu atrevimento natural — vai sonhando.
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