Capítulo 21
Capítulo 21
Ai Loveis Iuus!
*Texto Sem Revisão!
— Apenas não me deixe — eu não tinha intenção de deixá-lo, mesmo que ele me pedisse. Nathan se afastou do nosso beijo e me encarou. Por um momento eu fiquei sem entender o motivo, até sentir o calor se suas mãos no meu rosto — sua pele é tão macia...
— O seu toque me completa Nathan — sorri, deixando as lagrimas que não haviam sido derramadas, cederem — mesmo que seja por tão pouco tempo, é em seus braços que eu quero estar — ele me observa com paixão.
Era ele que me fazia sentir plenamente completa.
— Queria poder tocar... abraçar você... quando e como eu quisesse — suspirou pesadamente, olhando bem no fundo dos meus olhos — a cada minuto, a cada segundo que eu quisesse... amar você, Liz — o seu polegar acariciou meus lábios, e um arrepiou tomou conta do meu corpo, acendendo todas as minhas terminações nervosas.
Não era o arrepio de repulsa, mas um arrepiou bom, que eu queria mais do qualquer coisa na minha vida. Mas que o ar... mas que a água, ou alimento para o meu corpo. Nathan traçou a linha do meu maxilar com a ponta de seus dedos, me deixando completamente entorpecida... drogada... viciada por mais do calor das mãos dele. Quando um dos seus dedos tocou o lóbulo da minha orelha, agradeci por ainda estar sentada, caso o contrario, eu teria caído. Minhas pernas estavam tremulas como gelatina em dia de sol. Isso... eu era Ícaro... e Nathan era o sol. Fazendo-me derreter por inteiro. Só esperava que o seu toque não derretesse minhas asas, e eu cair sem ter em que me salvar, sendo a morte a única ação real, que poderia acontecer no final de tudo.
— Me abrace — pedi, vendo aos poucos o espanto tomou conta do rosto perfeito de Nathan. Seus olhos azuis — se é isso que você quer, eu também quero...
— Liz... — murmurou — você não precisa fazer isso...
Afastando-me do toque dele, e levantado. Terei a minha blusa, jogando-a bem longe. Nathan parecia ainda mais assustado do que antes, mais ali era o momento. Meu corpo estava tomado por uma coragem que nunca havia sentido. E não poderia deixar essa adrenalina passar despercebido.
— Eu também quero sentir você Nathan — eu o olhava com o mais puro sentimento de amor, mesmo com medo que a minha atitude pudesse ser perigosa. Eu queria saber se eu era capaz de suportar o toque dele por mais tempo, do que apenas o toque de suas mãos no meu rosto — tire sua camisa... — Nathan estava sem saber o que fazer, ou medo. O mesmo medo que eu cultivava dentro do meu coração — por favor — eu estava quase suplicando. Nathan sem pensar duas vezes, segurou a barra da camiseta, puxando e tirando, jogando no mesmo lugar que estava a minha blusa.
— Quero que diga quando for demais para você suportar — seu tom de voz era cauteloso, mostrando o quanto estava preocupado se algo desse errado — tudo bem? — assenti, respondendo quase impaciente.
Nathan foi se aproximando, me olhando... com tanto amor, que eu não conseguia parar de chorar. Um choro diferente, talvez por ser a primeira vez que ele me tocava com o meu consentimento, ou porque era ele quem ia me tocar. O homem que se dizia meu. Meu Nathan. Um homem, cuja personalidade era forte e predominante. Dono de um charme magnético, onde cada pessoa era puxada para o seu mundo, de uma maneira avassaladora e explosiva. Eu o queria mais ainda por isso.
Seus dedos tocaram os meus, e eu fechei os olhos para absorver cada sensação... seus dedos seguiram pelo meu braço direito, até chegar ao meu ombro. Nathan repetiu, de maneira lenta, quase dolorosa para mim, mas eu sabia que ele queria guardar aquele momento para sempre me sua memória, assim como em seu corpo.
— Não existe nada, nem ninguém mais perfeito que você Liz — sua voz era grossa, quase rouca, mostrando o quanto aquilo – aquele toque – era importante para ele também — sua pele... — respirou mais perto do meu pescoço — seu cheiro é delicioso... — suas mãos estavam eu meus ombros — você, minha Jessi Rabbit, é tudo que eu mais quero no mundo... — quase soltei um gemido com aquelas palavras.
Ele era intenso... profundo e perfeito. Suas mãos deslizaram para as minhas costas, desabotoando o sutiã – me deixando mais exposta ao seu toque – deslizando pelos meus braços e o deixando junto aos nossos pés.
— Nathan... — era um alerta. Um alerta de que a qualquer momento, eu poderia não suportar e me afastar dele. Um alerta que aquela atitude era mais do que eu podia imaginar. E foi quando eu falei o seu nome, que ele me tomou em seus braços, contra o seu peitoral rígido e definido. Senti cada músculo se contrair, um efeito único. Sua pele incrivelmente macia, quente e cheirosa, me fez suspirar. Uma explosão de sensações tomou conta do meu corpo junto com a sensação de estar protegida... amada... adorada, quando seus braços envolveram minha cintura, em um aperto mais urgente.
Nathan parecia mais desesperado por cada segundo da minha pele.
— Deus! — ele gemeu. Um gemido que saiu a plenos pulmões — você é ainda mais gostosa do que eu imaginava, meu doce... — quando sua cabeça encostou-se na curva do meu pescoço, senti o ar quente da boca de Nathan e seus lábios macios, percorrem a pele daquele lugar, que eu nem sabia que era tão sensível — delicada... — sussurrou ainda passando os lábios lá, chupando e mordiscando a minha pele sensível — muito suave... — com um de seus braços livres, ele começou a acariciar minhas costas, me deixando ainda mais seu rumo... completamente sem sentido. Nathan desceu mais a mão que acariciava minhas costas, até chegar a minha bunda, puxando para que nossos corpos ficassem mais próximos, aponto de eu sentir a sua ereção contra a minha virilha.
Duro – como mármore–, grande e grosso.
— Nathan... — gemi quase sem voz o nome dele. Arfando em seus baços. Nós não tínhamos muito tempo. Eu sabia que o meu corpo o queria, mas ainda existia algo errado comigo, mesmo com nossos corpos colados, e eu sentindo o desejo que ele tinha por mim.
— Shhh — pediu com carinho, beijando meu pescoço, meu ombro e voltando até chegar a minha orelha, e ele fazer com que eu me derretesse ainda mais, quando chupou o lóbulo da minha orelha — me deixe aproveitar o calor do seu corpo — ele parecia uma armadura, me envolvendo. Duro como uma rocha, mas carinho, ao mesmo tempo. Eu não conseguia mexer meus braços... isso era frustrante. Mas ele continuou me cheirando... Me beijando...
Quando nossos olhares se encontraram, ele não pediu permissão para me beijar, apenas me tomou a força, sem medo. Um beijo longo, e com tanto ardor, que feriu meus lábios. Nathan queria me devorar, e eu me entreguei ao seu beijo cheio de volúpia.
Bastou um beijo, e o meu mundo começou a escurecer. Os tremores surgiram mesmo que eu não sentisse medo. Mesmo que eu quisesse aquilo. Mesmo que eu desejasse estar nos braços de Nathan. Sentindo ele junto ao meu corpo, com o se cheiro magnífico. Aos poucos meu corpo se desmanchou nos braços de Nathan, e as últimas palavras que eu escutei, foi ele desesperado, chamando meu nome, mais chegou um momento que não consegui voltar, e apaguei.
Queen — Janeiro de 1997
Eu escutei ele abrir a porta do meu quarto, foi a primeira vez que ele fez isso. Mas, o que ele queria entrando no meu quarto a essa hora da noite? Teddy era repulsivo, nojento, fedorento e feio. Encolhi-me na cama, fingindo dormir, mas eu sabia que ele não prestava. Abri os olhos apenas um pouco, e o vi. Ao lado da porta, ele tinha a calça abertas, e segurava uma parte do seu corpo, para cima e para baixo, enquanto olhava se vinha alguém – minha mãe, que dormia no quarto ao lado. Quando ele acelerou os movimentos, um líquido saiu na ponta daquela parte que ele alisava, enquanto me olhava de um jeito esquisito. Eu não gostava de Teddy. Ele era mau, eu sei. Eu sentia. Tipo o lobo mau, da estória da chapeuzinho vermelho. Quando ele fechou a calça, e andou mais um pouco até a minha cama, e eu gelei. Ele sentou na beira da cama e descobriu minhas pernas, mas não me tocou.
— Theodor — minha mãe chamou no corredor, mas ela já estava abrindo a porta. Ela parou — o que você está fazendo?
— Nada — disse ele dando de ombros, como eu estava não dava para notar que eu tinha uma visão clara dos dois. Seu tom de voz quando falou com ela, o entregou. Ele levantou da cama, e passou por ela, a deixando sem saber o que fazer. Minha mãe se aproximou, e cobriu as minhas pernas, saindo do meu quarto logo em seguida.
Queen — Junho de 2003
— Izzi — era assim que minha mãe me chamava — eu volto ás três. Chloe está com a vizinha e Theodor vai chegar logo, eu quero que você busque a sua irmã e sirva a cerveja dele...
— Merda! — gemi sem vontade — droga!
— Não reclame, é ele que paga sua contas — ela me advertiu severamente — Deus sabe o que eu tive que suportar até encontrar ele — ela não ligava para o que eu passava. Ela sabia que quase todas as noites, ele ia ao meu quarto, para fazer sempre a mesma coisa.
— Um dia — olhei para ela, sem o menor remorso em dizer aquelas palavras — eu vou embora desse inferno que você chama de família — quando eu terminei de falar isso, senti o ardor e a dor da tapa que ela me deu. Com os meus olhos cheios de lagrimas, corri para o meu quarto, pedindo a Deus, força para sair daquele lugar nojento. Aquela não era a vida que eu queria. Eu merecia mais. Minha irmã merecia mais, e um dia eu daria o melhor a ela, mesmo que isso demorasse décadas.
— Cadê a minha cerveja, sua putinha? — ele berrou. Eu sabia que se não levantasse, e deixasse Chloe brincando, ele viria até mim. E isso eu não queria — vagabunda igual à mãe — gritou sem paciência. Corri, fui até a geladeira, destampando a garrafa de cerveja, fui até a sala e a entreguei, virando as costas para cuidar de Chloe — Ei — chamou — onde você pensa que vai?
— Teddy, eu tenho que cuidar de Chloe — eu queria o mandar para o inferno. De preferência, uma viagem completa pelo inferno, com direito a sauna.
— Besteira — começou a das tapinhas na sua colcha direita — venha, sente aqui... — pediu tomando um gole da cerveja, enquanto o suor do seu pescoço escorria até chegar à camiseta amarelada e suja.
— Não — minha voz saiu mais firme do que eu podia imaginar.
— Não? — perguntou debochando, colocando a cerveja no centro da mesinha ao lado da poltrona — eu vou dizer os motivos pelo qual, você vai vir sentar no meu colinho, e ainda vai ficar calada e grata — ele fez uma pausa, coçando a barba rala do seu queixo — primeiro motivo: Eu vou encher a cara da sua mãe de porrada, quebrando todos os dentes dela. Segundo motivo: Se você não vier sozinha, eu vou até você a forço a fazer o que eu quero. Terceiro e último motivo: Fujo logo depois de fazer tudo isso, levando Chloe comigo. E eu sei que você não quer isso, quer sua putinha? — balancei a cabeça em negativo, incapaz de falar qualquer coisa. Se ele fizesse algo comigo ou com minha mãe, eu iria suportar, mas perder Chloe... Isso nunca.
— Liz, meu doce — a voz de Nathan me chamava, mesmo eu tendo Teddy na minha frente — Por Deus Liz, acorde...
— Nathan — meus olhos começaram a arder, e as lagrimas saíram como um cachoeira — Nathan... — eu soluçava sentindo tudo o meu pesadelo pessar no meu corpo — ele estava lá... ele queria me tocar...
— Shhh... — Nathan queria chegar mais perto, mas não fez. Apenas ficou ao meu lado. Porém, a sensação de abandono estava lá. Eu queria abraçar Nathan. Queria me sentir segura, assim como minha mãe não tinha conseguido — eu estou aqui, e vou cuidar de você, meu doce.
— Me abrace de novo Nathan — pedi chorando, me aproximando dele, mas ele se afastou. Ele estava cauteloso — Nathan...
— Não posso... — quando ele falou isso, seu rosto se contorceu com o desgosto e impotência — você desmaiou por causa disso Liz. Eu a abracei e você apagou...
— Você não me quer? — eu estava em pedaços, e no momento que eu precisava do abraço dele, ele negava isso a mim.
— É claro que eu a quero — ele saiu da cama, e agora eu percebia que não estávamos mais no seu escritório, e já estava vestida — mas não assim... não depois do jeito que eu vi o quanto você ficou perturbada, por causa do meu abraço...
— Você quer que eu implore? — perguntei saindo da cama, indo em direção a ele — eu imploro Nathan... me toque. Me faça esquecer aquele maldito pesadelo...
— Liz, por favor, eu não quero ver você se contorcendo novamente... — sua voz estava mais baixa, ainda mais frustrada.
— Droga Nathan — gritei o mais alto que podia — você diz que me ama, mas não cede ao meu pedido... — eu estava muito magoada. Demorei muito até encontrar ele. O homem dos meus sonhos, e agora ele era quem não queria me tocar. Eu olhei furiosa, queimando cada pedaço do seu corpo, como as bruxas de Salém.
— Como você pode olhar nos meus olhos, e não conseguir ver o que sinto por você? — perguntou ele gritando, passando a mão no cabelo, exasperado — como você pode duvidar que eu amo você?
— Acho que tudo isso foi um erro Nathan — baixei a cabeça, cruzando os braços, me abraçando — tudo isso foi um maldito erro...
— Não — disse ele desesperado — Por Deus, não. O meu amor por você não é um erro... — a agonia tomou conta do seu rosto perfeito. Nathan era tão arrebatadoramente lindo, que chegava a doer, se ficasse o olhando por muito tempo — eu sei que é difícil, mas vamos conseguir isso, juntos...
— Eu finalmente quero que você me toque, e você não quer... — olhei para ele impassível, apesar das lagrimas quentes, que umedeciam minhas bochechas — o que merda estamos fazendo?
— Você prometeu não fugir de mim... — os olhos de Nathan estavam vermelhos, e marejados. Seu maxilar tinha uma linha rígida, assim como seus lábios.
— Você prometeu amar o meu corpo Nathan — rebati.
— Mas eu amo — suas mãos foram até o seu rosto, escondendo-o — eu a desejo com todas as minhas força — as afastando as mãos do seu lindo rosto, percebi que ele havia enxugado as lagrimas que tinham escorrido, quando ele se escondeu de mim — o que mais você quer de mim?
— Eu quero apenas que você me abrace Nathan — minha voz saiu quase em um sussurro lamurioso — quando você me abraçou, eu não senti medo... — seu olhar se tornou algo inexpressivo. Eu havia pressionado ele além de seus limites, e vendo o seu rosto, sem mostrar qualquer emoção, senti o meu coração apertar — me senti protegida... era isso que eu queria, apenas sentir a sensação de ser protegido pelo homem que eu amo... — aquilo pegou Nathan de surpresa, assim como a mim mesmo.
— Foi isso que você sentiu? — perguntou com cautela — segura em meus braços? — assenti, impossibilitada de controlar as lágrimas — nada de angustia ou medo, apenas a sensação de segurança em meus braços?
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