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Capítulo 19

Capítulo 19

Nathan se acomodou na cadeira, mantendo contato visual sobre mim. Eu percebi que ele estava tão nervoso quanto eu, mesmo sendo muito difícil abrir a minha boca e revelar tudo que me aconteceu. Saber que ele estava ali e que ia me apoiar no inicio, era ao importante para mim, que nunca havia me exposto a ninguém, mas olhando aqueles olhos azuis, me deixei mergulhar no mais profundo sentimento que existia entre nós dois.

- Quando você estiver pronta... - Ian disse ao cruzar as longas pernas, pegando um bloco de notas com a caneta em uma de suas mãos - eu quero que você se sinta a vontade para falar tudo o que você puder. Tudo bem?

- Tudo - me sentando no sofá, abaixei a cabeça, sentindo um nó na minha garganta se formar.

Certas coisas, não são fácies de se digerir. Mesmo com o passar dos anos, ainda é era uma ferida exposta, e que me fazia sofrer durantes anos, até encontrar o homem que me fez sentir o que era o amor, mesmo que eu não tenha dito a ele com tanta frequência como eu gostaria.

- Eu estou do seu lado - à voz de Nathan me chamou de volta a realidade. Com seus olhos carinhosos e ao mesmo tempo preocupados, ele estava se tornando meu porto seguro. Uma pilastra, na qual eu, sem medo, estava me segurando com todas as minhas forças - sempre - enfatizou, e com aquelas poucas palavras, ele entrou ainda mais no meu coração, aquecendo meu corpo e minha alma.

Naquele momento, eu não queria estar em outro lugar, a não ser ao lado dele. Daquele homem forte, dono de um coração enorme e paciente.

- Nathan... - o tom de censura na voz de Ian, fez com que Nathan ficasse serio, mesmo não respondendo, pude ver o quanto aquilo o havia aborrecido - vamos prestar atenção no que Lizzie tem a dizer.

Respirando fundo, olhei para Nathan com ternura, e com medo. Se depois de tudo ele quisesse me deixar, meu mundo não seria mais o mesmo. Eu seria apenas uma carcaça, vagando pelo mundo, robotizada e seguindo a vida, sem muitas expectativas. Eu sabia que aquilo não era saudável. Apegando-me a ele como um meio de me sustentar, de ter alguém para chamar de meu e poder contar com ele, sem medo ou resistência. Aquilo poderia ser um tiro no escuro, mas ainda assim, eu queria tentar.

Por mim.

Por nós dois.

- Quando eu tinha oito anos - comecei, e baixei a cabeça novamente - minha mãe, Salome Dickson Radzimierski, saiu da vida que levava no subúrbio do Queen. Antes, ela havia se casado com o meu pai Marcus Karzus Radzimierski, que nos deixou sozinhas no mundo e nunca mais deu noticias - respirei profundamente antes de continuar, torcendo os dedos das mãos com nervosismo - minha mãe se viu perdida e ainda com uma criança para alimentar, e como era muito bonita e chamava bastante atenção, ela usou isso para buscar outros meios de conseguir o que queria. Se prostituindo - senti meus olhos arderem, mas eu não queria chorar. Eu não ia chorar, pois boa parte do meu sofrimento tinha sido causado pelas escolhas erradas dela - depois, quando ela apareceu em casa com o... - era muito difícil falar o nome do homem que causou tantos traumas na minha vida, me impedindo de ser uma mulher plenamente feliz e aberta para a possibilidade de amar - Theodor O'Connell, ou Teddy... - um gosto amargo misturado com álcool chegou à minha boca, me fazendo ficar um pouco enjoada com a lembrança do gosto da saliva dele rolando dentro da minha boca - um frio percorreu minha espinha, e eu sabia que ele era um perigo assim que coloquei os meus olhos nele, mesmo não tendo idade o suficiente para entender o que era, até que um dia ele entrou no meu quarto e... - virei o rosto, ainda de cabeça baixa. Estava cada vez mais difícil me abrir - começou a me olhar de maneira estranha e se masturbar por cima do tecido da calça - engoli o nó que tinha se formado, com todas as minhas forças, para poder continuar a historia da minha vida - eu fingi que estava dormindo, mas a partir daquele dia, eu sabia que minha vida seria um inferno. E assim foi.

- Filho de uma puta! - resmungou Nathan, com ódio latente em sua voz. Quando virei e levantei a cabeça, ele tinha os punhos cerrados, em uma postura rígida. Seu rosto estava tão transtornado, que por um momento não reconheci o homem que havia se mostrado perfeito e dono de um controle irrevogável - eu juro que mato esse desgraçado, filho de uma cadela...

- Nathan - aquele mesmo tom advertência na voz de Ian apareceu, para lembrar a Nathan que ele deveria se controlar, mas a maneira como ele disse que mataria Theodor, me fez estremecer. Havia um ar de perigo e total brasa em sua voz - guarde seus comentários para si. Prossiga Lizzie... - ele me olhava de modo profissional e compenetrado - depois daquela noite, o que houve? - Nathan fuzilou Ian, apenas com um olhar, mas calou-se, de maneira desconfortável e, irritado.

- Essas noites foram se repetindo com frequência, mas até então ele não tinha tocado em mim. Eu o evitava constantemente, até que... - se era para terminar de revelar o que tinha se passado comigo, eu faria isso de uma vez por todas. Meu passado não ia assombrar meu futuro. Meu futuro com Nathan. Um futuro que eu queria para mim, com todas as minhas forças - minha mãe começou a trabalhar como garçonete em uma cafeteria próxima a nossa casa, mas sempre chegava cansada e nunca tinha tempo para mim e eu me concentrava nos meus estudos, sabendo que era a única forma de sair daquele lugar, é enfim minha mãe engravidou...

- Aquele merda teve a coragem de querer procriar? Aquele monstro... - de repente Nathan estava gritando, e levantando da cadeira, passando a mão no cabelo de maneira exasperada, andando de um lado para o outro.

- Assim ficará muito afanoso de trabalhar, com você atrapalhando a cada cinco segundo, Nathan - Ian olhou para Nathan - se você não ficar em silencio, vou ter que remarcar a sessão para outro dia, e dessa vez eu vou querer saber de "somos um". Entendeu? - Ian falou com firmeza.

- Como você quer que eu não fique puto com essa situação? - Nathan indagou com fúria, apertando as mãos em punhos até que os nós de seus dedos ficassem brancos.

- Nathan - meu tom de voz era baixo - tudo bem... - fiz uma pausa - o pior eu já passei. Eu apenas quero continuar, e me curar pra você...

- Me desculpe meu doce - a voz de Nathan estava mais calma quando ele voltou a olhar para mim - é tudo novo, e... é difícil aceitar que você tenha passado por isso tudo...

- Apenas a deixe terminar de falar Nathan. Se acalme e fique quieto - pediu com uma paciência disfarçada, mas dava para notar o quão irritado ele estava com as constantes interrupções de Nathan. Eu conseguia entender o lado de Nathan, e que aquilo era algo muito difícil de se escutar, tendo que manter o sangue frio até o final - prossiga Lizzie - contra sua vontade, Nathan voltou a se sentar, mas eu sabia que ele queria sentar ao meu lado e me abraçar.

- Eu sei que é difícil de escutar, mas eu quero continuar - Nathan apenas assentiu com a cabeça, apesar de que eu sabia que ele estava se controlando - quando ela engravidou, eu já tinha dez anos e a cada dia seu corpo ao mudando, assim como o meu corpo se desenvolvia mais rápido que os das meninas da minha idade... e os olhares de Teddy se tornaram cada vez mais indiscretos e ousados. Não vou mentir que na época do nascimento da minha irmã, eu a amei assim que a vi, mesmo que ela fosse filha daquele homem asqueroso. Chloe foi à única coisa boa que ele fez de certo na vida, e eu prometi que assim que minha vida melhorasse, ela iria morar comigo... eu a tiraria daquele inferno - tudo que sobre Chloe era a mais pura verdade. Eu amava minha irmã com todas as minhas forças, e por ela, mudaria tudo na minha vida - Chloe tinha seta anos, e eu ia completar dezoito, foi quando eu recebi a carta de admissão da universidade...

Nathan sabia que era a parte mais difícil a ser dita, seus olhos emanavam compreensão e carinho. E foi aquele olhar, que me incentivou a continuar.

O olhar do homem que eu amava.

Continuando e buscando forças para terminar, eu disse:

- Minha mãe tinha saído para trabalhar, e eu estava cuidando dela quando ele apareceu no meu quarto com a carta e com o rosto vermelho de raiva... Gritando e falando que eu era dele, que pagava a comida e tudo mais, e que por isso tinha direito sobre mim. Minha mãe sabia, e muitas vezes, ignorava quando ele deliberadamente passava a mão no meu corpo, mas nada foi pior do que saber que ela não se importava com isso, só porque não queria ficar sozinha e com outra filha pra cuidar - balancei a cabeça em negativo, com aquela lembrança inescrupulosa e suja - quando ele expulsou Chloe do quarto, eu fiquei em pânico, sem saber o que fazer quando ele me pegou a força, cheirando a bebida e a suor, me deixando completamente sem reação - fiz uma pausa relembrando todo o horror, mas continuei: - e foi através da força que ele me domou, espancou e ainda fingiu que nada tinha acontecido. Mas na primeira oportunidade que eu tive, roubei as poucas economias que eles tinham e fugi, conseguindo um estágio no The Poster. A única coisa que eu evitava, era um relacionamento ou qualquer homem tocando meu corpo. Todas as vezes que algum me tocava, eu sentia todo o medo voltar...

- Você não pensou em chamar a policia, ou denunciar tal atrocidade? - perguntou Ian, com o mesmo tom profissional e asséptico.

- Por mais que eu tenha tido a oportunidade, e que ele nunca tenha olhado para Chloe da mesma forma que olhava para o meu corpo - e isso eu sei -, eu não queria ela enfiada em orfanatos, sendo adotada por algum casal, onde o padrasto abusasse dela, e a fizesse passar por tudo que eu passei. Achei melhor trabalhar, juntar uma grana e comprar um apartamento para nós duas... - olhei para Nathan, e seus olhos estavam úmidos e vermelhos - mas, mais uma coisa boa aconteceu na minha vida. Quando Nathan apareceu na minha vida, eu estava disposta a vender a história da vida dele para os talóides e faturar o suficiente para realizar meu sonho, porém, eu não contava com o fato dele ser tão encantador...

- Meu doce... - as lagrimas cederam, e Nathan começou a chorar de forma contida - a maneira como eu me aproximei de você... foi tão estúpida, que eu não sei como você não fugiu...

- Foi como você se aproximou, que me despertou algo que eu não sabia que poderia sentir - sorrindo para ele, percebi que também estava chorando - quando você me beijou pela primeira vez, eu me senti completa... me senti pronta para deixar você entrar na minha vida.

- O que você sentiu quando Nathan se aproximou de você? - Ian tomava nota de cada palavra dita com atenção - o que realmente sentiu?

- Pânico... - respondi, ainda olhando para o rosto mais perfeito do mundo - raiva, incerteza... mas depois, me senti segura, apesar de nunca conseguir deixar ele passar mais de dois segundos tocando minha pele, ele me quis mesmo assim, toda quebrada e quase estragada para qualquer tipo de relacionamento, isso me fez o querer ainda mais, em tão pouco tempo.

- Ao que percebo, Nathan se tornou seu catalisador de emoções, mesmo sem que você soubesse disso, canalizando o seu desejo e suas emoções de forma incrível, já que é muito difícil uma pessoa na sua situação, conseguir que outras pessoas a toquem...

- Isso é apenas com homens, Ian - aquilo pareceu intrigar Ian, mas ao mesmo tempo fascinar - eu consigo ter amizades com mulheres...

- Você já teve algum relacionamento, ou pensou ter relações amorosas com mulheres, Lizzie? - perguntou Ian, sem a menor cerimônia, o que fez Nathan olhar com os olhos arregalados para ele com surpresa.

- Nunca quis, e nunca pensei na hipótese de um relacionamento com uma mulher, por mais solitária que minha vida fosse - responde com sinceridade - acho que sempre soube que o homem que seria meu, estava me esperando. Era questão de tempo e destino.

- Eu sei como se sente - Nathan me presenteou com o mais lindo sorriso que uma pessoa normal pode suportar. Tão doce... Tão apaixonado, que não tinha como não amar aquele homem, que por trás daquela mascara do fudedor lascivo, e amante magnífico, tinha um homem, que também escondia seus medos - eu sabia que você ia ser minha, na primeira vez que a vi.

- Eu tenho uma proposta, e eu sei que não é nada ortodoxia, mas é idéia que me veio à cabeça, já que existe uma tensão sexual palpável entre vocês - aquele comentário me fez ficar de bochechas vermelhas, e fez com Nathan prestasse mais atenção no que Ian tinha a falar - use essa tensão a favor de vocês - começou - Lizzie, eu quero que você se permita sentir todos os dias o toque das mãos de Nathan, pelo tempo que conseguir e anote em um diário as sensações, assim como seus medos, sei que isso pode ser um pouco difícil para você, mas analisei bem o seu caso, e sei que você vai conseguir ter uma relação saudável e plena, muito em breve, e que agora tudo depende da sua determinação. Teremos uma sessão de hipnose uma vez por semana - avisou ao se levantar - quero que inicie uma ligação mais física, assim começando o seu processo cognitivo, mas não só entre os dois, quero analisar a sua evolução como prioridade em seu tratamento. Tudo bem? Você acha que consegue realizar isso?

- Tudo bem. Eu consigo - mais um desafio entrava no meu caminho. E eu não ia fugir. Eu ia tentar com todas as minhas forças.

- Juntos - Nathan enfatizou - vamos realizar isso juntos.

- Muito bem - disse Ian guardado o bloco de notas e tirando um envelope amarelo da sua bolsa de couro marrom - agora - ele se virou e entregou para Nathan o envelope - quero que você assine isso Nathan, para a segurança de Lizzie, e para sua segurança - Nathan o pegou, e retirando o documento de dentro, leu atentamente cada linha, assentindo logo após.

- Tudo por ela - pegou a caneta da mão de Ian, e assinou com o sentimento firmeza no que estava fazendo, e olhou para mim, quando entregou - agora sai daqui, quero terminar meu sábado ao lado dela.

- Como quiser - pacientemente, balançando a cabeça e com aquele sorriso enigmático nos lábios, Ian guardou o envelope, e também a caneta, na sua bolsa e seguiu para porta. Nathan não se deu ao trabalho de segui-lo até a porta, e ficou me encarando inexpressivo.

Minutos depois, estávamos no mesmo silencio apenas nos observando. Parecia que Nathan ainda estava digerindo cada palavra que eu havia exposto, mas mesmo assim, permanecia ali, parado, me observando.

- Não vou deixar que nada de ruim aconteça em sua vida novamente - falou ele, me pegando se surpresa, me presenteando com o timbre maravilhoso da sua voz gostosa - vamos fazer isso juntos, quando você estiver pronta, iremos atrás da sua irmã - aquilo me emocionou profundamente - agora você tem a mim, e ninguém... eu disse, ninguém vai magoar você. Vou dar a você o mundo, e tudo que eu puder, porque você é minha. Minha - Nathan levantando-se veio se sentar ao meu lado, e apoiou os cotovelos nos joelhos, entrelaçando seus dedos, me olhando - isso tudo, porque eu não consigo viver mais sem te ter ao meu lado...

- Mesmo não podendo me tocar - murmurei olhando para ele, com os olhos ardendo e as lagrimas descendo.

- Eu não preciso tocar você, pra poder sentir o quanto você é perfeita - sorriu - quero que sinta o quanto eu quero que você seja feliz, mas ao meu lado...

- Você vai acabar fudendo meu juízo falando essas coisas - sorrindo para ele, enxuguei as lagrimas.

- Não é bem o seu juízo que eu quero foder - piscou o olho para mim, fazendo com que todo o meu corpo ficasse aceso - acho que é algo mais abaixo... bem no meio da suas pernas, que eu desejo com todas as minhas forças saborear cada pedaço... - mordeu o lábio inferior de maneira sugestiva.

- Pervertido...

- Safada - rebateu com humor.

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