Capítulo 14
*Antes que comece, convido você para ler "Para Todo O sempre Serei Seu"! Corre lá! É um bagulho cheio dos paranauês sobrenaturais(+18). Você vai entender que nem tudo é o que parece...
Capítulo 14
A motorista negra, alta e de traços fortes, estava na frente do apartamento, ao lado jaguar Xf luxury preto. Eu me lembrava dela e das suas curvas sinuosas, e do seu porte elegante. Acho que ela tinha um ano a mais que eu, na idade. Seus lábios grossos rosados, cabelos com dreadlocks, formando uma trança e seu rosto angular, ela parecia usar esse tipo de penteado com frenquência, já que a primeira vez que a vi, ela estava do mesmo jeito. Ela mostrava firmeza e que era altamente profissional. Agora, eu podia ver com mais clareza. Gretha era de tirar o fôlego, não só por sua beleza incrivelmente exótica, mas também por seus olhos exuberantes... Azuis. Azuis como os de Nathan. Era uma covardia da natureza fizera comigo.
Uma pontada estranha percorreu meu corpo, e isso me deixou inquieta, e senti meu coração aperta. Não olhei para Nathan. Não queria que ele visse que algo estava errado... Não alem do que já estava. Nathan não poderia pegar na minha mão, e eu não conseguiria que ele fizesse isso, sem que eu desmaiasse, ou tivesse um surto. Mas nos últimos dias, parecia que algo haverá de mudar. Eu não sabia o que era, talvez fosse ele ter entrado na minha vida, e em menos de uma semana, virado meu mundo. Eu nunca fui muito romântica, também nunca tinha tido motivos para ser romântica com um homem, porem, a minha necessidade era mostrar a Nathan, que mesmo que ele não me tocasse, eu seria dele. Só precisava que o meu cérebro e meu corpo colaborassem com isso.
Acho que com passar dos sete anos, eu era praticamente virgem. Admitir isso era doloroso, pelo fato de não ter me entregado a alguém que eu quisesse, e que algo tão importante na vida de uma mulher, tivesse sido arrancada contra sua vontade, era muito...muito doloroso. Eu não tinha contado tudo para ele, eu era nova nisso de relacionamento, e queria conhecer ele também. Nathan parecia o dono do mundo naquele terno cor de chumbo, e juro que a minha vizinha da frente se mataria para trepar com ele, acho que até rastejaria no deserto do Texas, uma semana sem água para que isso acontecesse, ao até venderia um rim, para que isso fosse realizado. Mas lá estava ele, ao meu lado, olhando para frente com a cabeça erguida. Todo imponente, com a mão no bolso do terno, e uma sobrancelha erguida, olhando para Gretha.
- Algum problema? - perguntou quando passamos pela portaria. Ele estava com um tom de preocupação diferente.
- Nate... - Nate? Ela o chamava de Nate? Parecia algo tão intimo que aquela sensação esquisita se tornou mais forte na minha barriga, percorrendo todo o meu corpo. Ela parou e olhou para mim, abrindo um sorriso, que poderia jurar que era verdadeiro - se você não quiser dar explicações aos jornais, sobre o que o senador Fox está fazendo no subúrbio de Nova York, acho melhor irmos - Nathan olhou para mim e depois para ela, acho que ele notou que eu não queria abrir a boca, mas eu estava agradecida. Foi ela que me ajudou na noite que cheguei chumbada.
- Gretha... - ele olhou para mim - essa é minha namorada... - a palavra namorada saiu de uma forma tão diferente aos meus ouvidos, que se eu não fosse tão perturbada, teria montado em cima dele e beijando aquela boca maravilhosa - Lizzie, e Liz... - fez uma pausa - essa é minha irmã, Gretha... - senti meu queixo cair, sem a menor cerimônia. A irmã dele era a motorista dele? Que tipo de irmão faz isso com a irmã?
- É um prazer conhecê-la Liz. Famosa Liz - sorriu, estendeu a mão, e eu automaticamente apertei. Eu estava congelada. O sorriso dela se ampliou ainda mais, ela tinha o mesmo jeito de sorrir, que ele tinha, só que sem a sacanagem no meio - história longa... - cantarolou, divertida, lendo meus pensamentos. Nathan tinha a pele bem mais clara, e Gretha tinha a pele negra, de um tom amendoado. Perfeita e fabulosa. Juro que queria tocar nela e me agarrar a ela, lógico, depois de saber que aquela perfeição de mulher era a irmã dele.
- Vou adorar escutar - falei perplexa, mas eu estava bem mais relaxada. Eu tinha um sentimento de posse, em tão pouco tempo, que parecia ridículo. Era ridículo. E se eu não me curasse? E se ele cansasse de esperar por uma mulher quebrada? Afastei esse pensamento. No momento, eu queria tentar. Tentar seguir em frente e ser uma mulher de verdade. Respirar finalmente. Gretha abriu a porta para mim, mas eu recuei e ela me olhou sem entender - você não precisa fazer isso... Você é irmã dele... - ela sorriu e se aproximou de mim, e disse:
- Vamos fingir que isso é uma brincadeira, ta? - sussurrou ela, apenas eu e Nathan conseguíamos escutar - eu sou a motorista dele, mas ninguém precisa saber que eu sou a irmã. Ele explica isso melhor para você depois - deu de ombros -, já que me apresentou a você, eu devo acreditar que você é muito importante para ele, e gostei muito de você.
- Mas ainda assim, parece errado...
- Gostei dessa Nathan - ela soltou um sorriso largo, mostrando novamente os dentes brancos e perfeitos, com os olhos azuis celestes cintilando de alegria - finalmente uma, que não seja uma vaca... - Nathan olhou para mim, e parecia divertido com a situação.
- Uma hora eu tinha que achar meu numero... - olhou para irmã, que abriu a porta ainda mais, e Nathan entrou, me olhando e esperando que eu o seguisse.
- Vamos, eu não quero ter que bater em alguns jornalista... - ela sorriu, mas ela havia falado serio, então entrei no carro, porem mantendo uma distancia de Nathan.
Certo! Vamos lá... O homem era envolvido com a máfia... trafico de drogas e de mulheres, além de bater uma papo com Isaäk Markov e ter sua irmã como motorista... Eu iria revirar Nathan. Dissecar o cérebro dele até ele me contar tudo. Por enquanto, minha maior preocupação, era saber para onde ele iria me levar. Eu me sentia segura com ele do meu lado.
- Uau! - exclamei me acomodando melhor. Nathan olhou para mim e sorriu. O carro com toda certeza era maravilhoso. Bancos de couro preto, painel de bordo moderno e um ar de "Nathan Fox" em cada detalhe.
Moderno, elegante e sensual. Muito sensual, e não estou falando do carro.
- Eu disse isso quando você estava inconsciente, e suas pernas se abriram para mim - sussurrou levando o dedo indicador, escondendo a sua boca enquanto sibilava - eu teria chupado você ali mesmo, mas é claro, se estivesse acordada e fosse consensual - sorriu virando o rosto para olhar para mim de uma maneira, que as Cataratas do Niágara eram quase nada perto do que espalhava no meio das minhas pernas.
- Deus! - gemi baixinho, olhando Gretha da partida no carro - aqui não... - revirei os olhos. Gretha não precisava saber que eu era o alvo preferido do irmão, quando se tratava de deixar o meu mundo virado - você poderia me explicar para onde esta me levando?
- Vamos fazer uma visita o Ian Stevenson, doutor Stevenson, para ser mais exato - eu sabia que ele queria segurar minha mão, mas não dava. Eu já tinha ultrapassado os meus limites lhe dando mais de um beijo, entre tanto, um toque demorado poderia estragar o que estava começando a crescer entre eu e ele - ele é o melhor que existe na área da psicanálise, e quero que você tenha o melhor... - continuou a falar - acho que se tem uma alma que pode nos ajudar, esse alguém é ele - espera... ele queria que eu tivesse o melhor, mas eu não ia deixar ele pagar. Não seria correto.
- O quanto ele é o melhor que existe? - murmurei.
- Não - sua voz saiu firme. Ele havia entendido a minha pergunta, e claro que só uma pessoa com um Qi menor que cinco não notaria - você não vai pagar, eu vou - uma linha rígida nos seus lábios apareceram, contudo não me deixei intimidar por isso.
- Eu tenho uma quantia... - comecei a falar, mas ele se aproximou de mim. Me deixando nervosa pra caralho.
- Você disse sim - resmungou um pouco desconfortável - disse que me deixaria cuidar de você, e é o que eu vou fazer - Nathan realmente estava disposto a me ajudar, e eu tinha aceitado, porém não queria ser um fardo para ele.
- Isso é ridículo - o desafiei, fechando a cara - eu tenho como pagar...
- Não - falou enquanto virava o rosto para olhar para frente - não vamos falar nisso, e a partir de agora, se conforme com o fato que vou cuidar de você. Você. É. Minha. - sibilou quase rosnando - e eu cuido do que é meu.
- Beleza! - falei ríspida - agora você vai dar um de homem das cavernas, em menos de quê? Quarenta e oito horas?
- Você quer que eu a ataque aqui dentro, e rasgue sua roupa, antes de cuidar do mais importante? - ele não virou para olhar nos meus olhos, e sabia que a essa altura, eu não estava nem ai se Gretha estava escutando ou não.
- Puta que o pariu - esbravejei, e pude ouvir a risada baixa dela, enquanto dirigia - você é irritante quando quer, e... e...e... - gaguejei ainda mais irritada por não poder bater nele, mas as palavras haviam sumido da minha boca - Imbecil! - falei o que me veio à cabeça, e cruzei os braços, me afastando ainda mais dele.
- Vamos lá Liz - disse ele ainda sem olhar para mim, mas um sorriso safado apontou na sua boca - o quanto antes eu cuidar de você, mas cedo eu vou poder mostrar o quanto é bom brincar no playground. E você vai gostar do escorrega... - eu estava irritada com ele, mas a voz dele me deixava completamente entorpecida... louca... completamente sem juízo.
Confesso que a minha vontade de brincar no "Playground" estava começando a parecer cada vez mais atrativa.
Eu queria brincar no escorrega de Nathan...
Ah! Se queria... Naquele grande, grosso e delicioso "escorrega".
- Cinquenta por cento - falei sem ar. Ele me olhou de repente, virando quase todo o corpo.
- Você quer cinquenta por cento do meu corpo? - gargalhou alto. Seus olhos estavam ainda mais divertidos agora. Filho da puta que só pensa em trepar... Em algum tempo, eu me tornaria a versão feminina dele. Até que não me pareceu uma má idéia, se ele fosse meu por completo - e eu inocente, achando que você iria querer os cem.
- Seu merda - semicerrei os olhos querendo, ainda, parecer irritada, mas eu não consegui. Olhando para aquele homem, que queria me ajudar, eu não conseguiria ficar muito tempo irritada. Ele queria me amar. Amar meu corpo, e tudo que eu conseguia pensar, era em como o toque dele era bom e assustador ao mesmo tempo. Eu o queria tocando meu corpo, por uma razão que eu jamais saberia explicar. Isso era o que eu pensava - eu quero pagar a metade... - fiz uma pausa, descruzando os braços, levando minha mão até a dele. Ele tinha que entender que aquilo era um ato de paixão, já que eu reuni todas as minhas forças para fazer isso. Nathan permanecia parado, com os olhos cautelosos sobre a minha mão, que se encaminhava lentamente para tocar a dele. Quando eu o toquei, ele fechou os olhos e a apartou quando eu apertei a dele. Um suspiro saiu profundo, e ele abriu os olhos e tinha um brilho diferente. Um brilho quente, que fez o meu corpo inteiro acender. Não durou muito, eu tinha medo que aquela sensação horrível aparecesse e estragasse o único momento em que eu havia o tocado por vontade própria, afastei minha mão e as uni junto as minhas pernas, baixando a cabeça.
- Falaremos disso quando você estivar curada - sorriu carinhosamente para mim. O sorriso de Nathan era de derreter as calotas polares em trinta segundo - não quero que você se preocupe com isso agora. E obrigado, ver como se esforçou para mostrar que isso era algo importante para você, só me faz te querer ainda mais. Meu doce.
- Eu ainda não consigo entender o que você viu em mim...
- Se você pudesse se olhar através dos meus olhos, ia entender perfeitamente o que eu vi, ou melhor, enxerguei em você Liz - a sua voz saiu terna e me fez querer muito ser amada por ele.
Fazia pouco tempo, mas já havia percebido que aquela batalha estava vencida. Porém, a guerra... Não.
Você gostou do capítulo? Se gostou, deixe seu comentário.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro