
Capítulo 27
— Meninos, isto foi ótimo. — Falou o professor, quando entramos nos bastidores.— Carl, tu foste ótimo e Nessa, uau, foi satisfatório ver-te a abrilhantar o palco.
— Muito obrigada professor. — Agradeci.
— Agora vão cumprimentar os vossos amigos e familiares. — Ordenou o professor e nós saímos dos bastidores até a anfiteatro.
Abracei a minha mãe e ela disse que estava totalmente orgulhosa de mim.
— Isso foi maravilhoso Nessa. O teu pai estaria orgulhoso de você. — Minha mãe abriu um sorriso e beijou a minha bochecha direita.
— Onde ser que ele esteja, eu sei que ele está. — Eu disse e minha mãe concordou.
— Tu tens razão, minha filha.
— Mãe, quero ir falar com a Ruth, posso? — Perguntei e ela assentiu.
Apressei os meus passos até o lugar onde Ruth estava e abracei ela.
— Amiga, você foi ótima. — Ruth disse e eu sorri. — Cinderela!
— Cinderela — Gargalhei e ela também gargalhou.
— Eu gostei mesmo, amiga. E o presidente da cidade parece que gostou, olha ele e o professor de teatro. — Ruth apontou para o professor e o presidente numa conversa bem animada pelos vistos.
— Eu vou falar com o Lucca e depois venho falar contigo. — Ruth assentiu e eu sai do anfiteatro. Encontrei Lucca no jardim da escola e eu sentei-me ao lado dele.
— Fomos ótimos. — Eu disse e ele sorriu.
— Tens razão. Não tinha muita fala minha, mas a nossa conexão estava ao máximo.
— As nossas vidas estão cada vez mais ligadas. Estamos tão conectados. — Assegurei.
— Eu também sinto e não tem como ninguém nesse mundo nos desconectar. — Lucca disse e eu sorri para ele.
— Você realmente me ama? — Perguntei. Lucca levou o seu polegar direito até a minha bochecha e roçou levemente.
— Muito, muito mesmo. Nessa, eu sei que não tenho uma aliança comigo ou flores, mas tu queres ser a minha namorada? — Lucca perguntou e eu sorri.
— Sim, eu quero, eu quero Lucca! — Lucca sorriu e beijou-me. Senti uma onda de calor e entusiasmo subir desde os pés a cabeça.
— Eu amo-te.
— Eu também amo-te, Lucca.
Uma semana depois...
Eu e o Lucca curtimos durante toda a semana, fomos ao cinema, ao parque de diversões, museu do amor e alguns edifícios importantes da cidade.
A minha mãe ficou feliz ao saber que o Lucca e eu estávamos namorando, as minhas amigas, bom, elas surtaram.
O professor do teatro deu-me uma novidade ótima. O presidente ofereceu-me a mim uma bolsa de estudos para Hampleton Merry Todd, estudar artes cénicas e cinematográficas.
Eu contei a minha mãe e ela ficou feliz. As minhas amigas pediram autógrafos, antes de eu ficar famosa. Alegaram elas.
Recebi vários elogios nas redes sociais e na escola por ter feito a Cinderela. Por ser também Cinderela ruiva.
Hoje, eu fui a escola e as aulas foram agradáveis. Na hora do recreio, eu e minhas amigas fomos ao refeitório e depois eu pedi licença a elas para ir a biblioteca.
Chegou a hora de devolver o livro mágico ao seu lugar. Oh livro mágico, se não fosses tu eu nem sei se estaria a viver o meu romance.
Houveram várias evidências comprovando a tese de você não ser mágico e também várias comprovando que você é que só resta-me a dúvida na minha mente. Uma eterna dúvida, que trouxe resultados positivos.
Espero que alguém ache esse livro e que possa, da mesma maneira que eu, viver um romance, mesmo com turbulências e que não seja um mar de rosas do início até ao fim.
Tirei o livro da mochila e devolvi ele no seu devido lugar. Eu só tinha a agradecer a ele por ter me dado o Lucca, exatamente no dia dos namorados.
Caminhei lentamente para fora da biblioteca e olhei todos os corredores da escola alegre. Eu estava bem, sentia-me tão bem por ter devolvido o livro para outra menina ou um rapaz também achar.
Era o dia do baile de finalistas dos meninos do terceiro ano.
O Lucca convidou-me para ir ao baile. E perguntei-lhe mais de uma vez qual seria o tema mas ele não respondeu. Preferiu manter em segredo.
— Eu e o Nick vamos ao baile hoje a noite. — Daniella disse, destrancando as portas do seu carro.
— Eu vou com a Jenna, depois vou curtir sozinha. — Ruth disse, entrando no carro, no banco de frente e eu entrei no banco de trás.
— Será que não está na hora de você perdoar o Carter? — Perguntei e ela abanou a cabeça lentamente.
— Não amiga, acabou, não tenho mais chances com ele, não quero mesmo.
Sentei-me na minha cama observando as paredes negras do meu quarto. Eu precisava de dar cor a aquele quarto.
A porta foi aberta e eu olhei para a direção da mesma. O meu pai entrou com um embrulho azul e fechou a porta.
— Filho, eu soube do teu namoro com a Nessa Carter. — Meu pai falou e aproximou-se da longa janela do meu quarto. — Lembra-me do meu verdadeiro amor.
— Pai, por quê tu não vives o teu querido romance? Não te prendas as coisas mesquinhas como dinheiro.
— Não é só isso que está em causa Lucca, mas enfim, eu quero dar-te isto. — Meu pai entregou-me o embrulho e eu abri. Uma caixinha de veludo preto. — É o anel que nunca dei a tua mãe. Da ela a Nessa.
— É sério pai? — Perguntei e ele assentiu, com um sorriso.
— Sim. Tu e ela merecem. — Eu sorri e meu pai saiu do meu quarto.
Preparei-me para o baile e sai de casa com o meu motorista em direção a casa da Nessa.
Terminei de vestir o meu vestido rosa, curto até os joelhos e calcei os meus sapatos de salto alto bege rosado. Passei gel no meu cabelo e deixei os leves cachos mais brilhantes.
Passei o meu perfume especial e coloquei o meu celular e um romance na minha bolsa bege. Desci as escadas até o rés do chão e esperei o Lucca na sala conversando com a minha mãe.
— Você está maravilhosamente linda, Nessa. — Minha mãe me elogiou pela décima vez e eu sorri.
— Mãe, até parece que eu não vestia-me bem a épocas. — Brinquei e ela gargalhou. —A senhora também devia, sei lá, procurar um novo namorado?
— A morte do Leandro é tão recente e me machuca tanto. Não tenho planos de viver um romance tão cedo. Ou quem saiba nunca mais. — Minha mãe disse e eu assenti.
Escutei a buzina do carro de Lucca e despedi-me da minha mãe. Beijei a sua bochecha e sai de casa.
Entrei no carro de Lucca e ele beijou-me a bochecha.
— Você está tão linda, meu amor. — Lucca disse e eu sorri.
— Obrigada Lucca. Você também está muito bonito. Gostei de ver. — Falei. Ele realmente estava bonito, o terno preto e os tênis brancos combinam perfeitamente e o facto da corrente de prata se destacar o deixa mais atraente.
— Tenho isto para você. — Lucca abriu uma caixinha de veludo, revelando um anel de prata com uma pedrinha brilhante no centro.
Lucca colocou no meu dedo anelar direito e beijou os meus lábios.
— Obrigada, Lucca.
O caminho até a escola foi rápido e a decoração era de: amor. Ele sabia desde o início mas simplesmente não me falou.
— Surpresa? — Lucca perguntou e eu afirmei abanando a cabeça.
— sim, está tão lindo e apaixonante. — respondi alegre e saimos do carro.
A entrada da escola tinha a faixa escrita : Noite Romântica. Baile de finalistas de dois mil e vinte dois.
Ao lado tinha balões em forma de corações e flores. Eu e Lucca entramos de mãos dadas até a entrada da escola.
Os corredores estavam todos preenchidos por cartões e cartas no chão, no teto balões com longas fitas rosas e roxas.
Entramos no ginásio, onde ia acontecer a festa e estava totalmente lindo.
As paredes estavam preenchidas de corações e flores e placas com frases românticas.
— Sorriam para a câmera! — Gritou Carl, tirando-nos uma fotografia. — Feliz dia do amor!
— Obrigada — Agradeci e o Carl sorriu, nos entregando a foto revelada.
Eu afastei-me de Lucca e fui conversar com a Daniella, que estava sentada numa mesa com o Nick.
— Amiga, este baile está maravilhoso. — Falei, sentando-me na mesa onde ela estava sentada.
— Sim, devemos ficar atentas. Próximo ano é o nosso baile também. — Daniella retrucou e eu gargalhei baixinho.
— Não vamos plagiar o baile deles amiga. — Eu disse e Daniella sorriu maliciosamente.
— Ah, eu não disse nada que envolva plágios, apenas disse pra ficarmos atentas, para fazer algo melhor do que o deles.
— Ah, tá. — Falei e ela riu para mim.
Eu e minhas amigas curtimos o baile, dançamos, tiramos fotografias e comemos todos os doces que tinham.
— Você está muito alegre. — Lucca disse, envolvendo o seu braço direito nos meus ombros. Beijou os meus lábios com ternura.
— Sim, estou num baile onde a decoração é toda ela sobre romances, com as minhas melhores amigas e o meu namorado lindo e maravilhoso.
— Ainda bem que te sentes feliz. — Lucca falou. — Quando quiseres ir, podes falar comigo.
— Está bem. — Assenti e ele voltou a curtir com o Joshua. Parece que a relação entre eles dois melhorou.
Depois de algumas horas, eu e o Lucca saímos do baile e fomos até a Praça dos apaixonados.
Sentamos no banco perto do café e Lucca colocou uma música pop. Dandelions da Ruth.B
— Vamos dançar ao luar? — Lucca perguntou e eu sorri.
— Vamos. — levantei-me do banco e Lucca envolveu os seus braços em volta da minha cintura. Eu envolvi os meus a volta do seu pescoço e encostei a minha cabeça no seu ombro direito.
Dançamos lentamente ao som da música e quando terminou, eu olhei para ele e sorri. Ele aproximou o seu rosto ao meu e beijou-me. Um beijo lento e calmo, pude sentir toda a paixão que nós os dois sentimos um pelo outro.
A ternura dos seus lábios nos meus, fazendo-me esquecer das dores que ainda insistiam em tocar o meu coração e lembrar-me do amor que sinto por ele. Um amor tão forte e imarscescível.
O Lucca foi deixar-me a casa e despediu-se de mim com um último beijo do dia. Eu entrei na minha casa e dei um beijo na minha mãe que assistia a sua telenovela.
Depois de tanta coisa que me aconteceu, era o dia que mais sentia-me feliz. Vários ocorridos, o dia de São Valentim quando eu pensei que encantei o Lucca, fugi dele e pela ironia do destino nos encontramos no museu do amor.
Quando ele disse-me que foi guiado pelo balão do cupido, eu pensei que fosse o livro mágico, e como eu queria que fosse isso naquele momento.
Depois a sua insistência em ser mais próximo de mim e quando ele protegeu-me na festa, quando nós os dois nós encontramos no pet shop e quando eu fui a sua casa pela primeira vez.
Quando eu pedi ao são Valentim um rapaz sincero e amoroso para mim. Quando fui a festa na piscina com as minhas amigas e pedi aos dentes de leões para que ele seja só meu.
O romance é vida. A minha obsessão por romance cada vez mais aumentava, pois eu lia, assistia, devorava e vivia um romance.
Entrei no meu quarto, tomei um banho quente e mudei de roupa.
Vesti um pijama verde conjunto de calça e blusão e sentei-me na cama com o meu gato.
— É Baunilha, agora você tem um pai, muito fofo. — Falei para o meu gato, passando a minha mão direita no seu pelo macio. — Eu conheci o teu pai de uma maneira inusitada e inesperada, ele foi tão fofo comigo e eu aprendi a amar ele. Você também faz parte do meu coração, meu primeiro filhote.
— Miau. — Baunilha ronronou e saiu do meu colo, saltando para o cimo do guarda-roupa.
— Gatinho maroto. — Reclamei e ele fechou os seus olhos. — É Baunilha, ele foi enviado pelo cupido.
Fim.
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