
Capítulo 14
— Nessa, hoje não vais a escola! — Minha mãe gritou, quando eu estava prestes a calçar os meus sapatos. O que me deixou espantada.
— Por quê? — Perguntei.
— Eu e o teu pai precisamos de viajar durante dois dias, mas podes ir ao ensaio, como é sexta, então facilita-nos você ficar em casa.
— Está bem. — Respondi.
Tirei o uniforme e vesti um conjunto de calça e blusa azul. Soltei o meu cabelo do rabo de cavalo e tirei o rímel e o bálsamo dos lábios.
Desci as escadas até a sala e deitei-me no sofá com o Baunilha, meu doutor gato. A campainha tocou e minha mãe foi atender.
— A Nessa Carter mora aqui?
— Sim. — Minha mãe respondeu.
— Mandaram-me entregar essas flores a ela.
— Pode dar-me, eu sou a mãe. — Minha mãe fechou a porta entrou na sala com um buquê grande de flores, rosas e margaridas maravilhosas. — Toma. De quem é?
— São lindas. — Falei, levando o buquê das mãos dela. — Tem um cartão.
Voltei a sentar no sofá e abri o bilhete: uma flor, para a melhor flor do mundo. Assinado: Lucca Roberts.
— Não tem nome. — Menti. — só tem um smile.
— Hum. Um admirador secreto é? — Minha mãe perguntou e eu sorri nervosa.
— É, a Nessa Carter tendo um admirador secreto.
— Eu e o teu pai vamos sair agora minha filha, beijos, o almoço está no frigorífico, e o jantar você escolhe, tem dinheiro de pizza, lasanha bolonhesa, enfim, o que você quiser comer, preparamos um dinheirinho para isso. — Minha mãe abraçou-me e eu beijei a sua bochecha.
Fui colocar as flores num vaso e coloquei um filme para eu assistir.
Adormeci com a televisão ligada e acordei com o som da porta sendo batida.
Levantei-me sonolenta e caminhei até a porta, abri a porta e Lucca sorriu.
— Lucca? — perguntei, limpando o rosto com a minha mão direita e ele sorriu. — Entre. — Ele entrou e eu fechei a porta.
— Gostou das flores? — Lucca questionou e eu sorri.
— Eu amei as flores.
— Eu fico feliz. — ele disse, com o seu sorriso maroto nos lábios.
— Vamos assistir um filme? — Perguntei.
— Vamos.
Sentamos no sofá e eu coloquei um filme. Enquanto o filme rolava, Lucca ficou me observando.
— O que foi?
— Você é tão linda, Nessa. — Lucca disse e eu fiquei corada.
— Obrigada.
Continuamos a assistir o filme e a minha barriga roncou.
— Eu vou preparar algo para nós comermos. — Lucca falou, levantando do sofá.
— Tem comida no frigorífico, é só esquentar no microondas.
Ele foi até a cozinha e eu desliguei a televisão.
— Nessa, o almoço está pronto! — Lucca gritou e eu levantei do sofá. Caminhei até a cozinha e a mesa já estava pronta.
— Obrigada Lucca. — Sentei-me numa cadeira e Lucca sentou-se em frente de mim.
— Por quê não foste a escola?
— Os meus pais viajaram e pediram para que eu não fosse a escola.
— Mas o dia foi todo sem graça sem você por lá.
— As minhas amigas estão bem? — Perguntei.
— Sim. Falei com elas, queria saber de você.
— Vou pedir para elas virem dormir cá essa noite. Vou estar sozinha.
— Amanhã podemos ir ao parque de diversões?
— Podemos sim.
— Eu venho buscar você as oito da manhã, tudo bem?
— Tudo bem.
As palavras de Ruth ecoaram na minha mente novamente. Tentar avançar para ficantes. Ficantes. Ficantes...
— Nessa, está tudo bem? — Lucca perguntou preocupado e eu forcei um sorriso.
— Está sim. Só estava perdida nos meus pensamentos. Lucca, eu acho que...
— Que?
— Devemos avançar. — falei e Lucca sorriu empolgado — Para ficantes ou algo parecido, pois eu gosto de você e você me ama. Não podemos criar essa barreira da amizade, quando queremos a mesma coisa.
— Você tem a certeza?
— Sim. Tenho, é o que mais quero nesse momento.
— Eu amo-te Nessa. — Lucca falou, roçando o seu polegar na minha bochecha direita.
— E eu gosto de você Lucca.
— Agora, eu tenho que voltar para casa, mas amanhã, venho buscar-te.
— Sem problemas.
Ele levantou e eu levantei-me para puder acompanhá-lo.
Acompanhei o Lucca até a porta e quando ele estava para sair, tentei avançar como a Ruth disse. Eu dei-lhe um abraço.
— Até amanhã Lucca. — apertei-lhe mais no abraço e inspirei o cheiro do seu perfume forte.
— Até amanhã Nessa. — Lucca beijou o topo da minha cabeça e saiu.
Fechei a porta e senti o meu coração pulsar de felicidade. Não foi um avanço gigante. Mas ao menos o abracei. Antes do dia dos namorados, Nessa Carter ainda sonhava em viver um romance, mas a Nessa de hoje em dia, já estava a iniciar a realização do seu sonho. De viver um romance, com um rapaz apaixonado, sincero, bonito e amoroso.
💘
Desci do autocarro e entrei na escola. O ensaio de hoje prometia, iria ensaiar como a Cinderela. O papel que eu quis ficar com ele. Finalmente estava comigo.
Procurei pelas minhas amigas, mas não as encontrei, mas pelo menos sabia onde estava a Daniella.
Entrei na sala de teatro e encontrei Daniella e os outros participantes da peça.
— Ei! Dani! — Chamei e ela olhou para mim e sorriu.
— Carter. — Dani aproximou-se de mim e me abraçou. — Amiga, ficamos preocupadas.
— Meus pais pediram para eu não ir a escola hoje. Agora deixa-me mudar de roupa, antes que o professor Maxwell comece a berrar. — Dani gargalhou e eu também gargalhei.
Fui ao camarim e mudei de roupa, ajeitei o meu cabelo num coque alto e saí do camarim vestida a Cinderela.
O ensaio foi fácil, o professor não exigiu muito.
— Meninos, espero que estejam cientes que temos duas semanas apenas para ensaiar, a próxima e a depois da próxima, que no sábado logo será o dia de apresentação. Quero tudo perfeito! — Disse o professor e todos nós respondemos: sim.
— Falta um curto período de tempo para a peça, amiga. — Dani disse, enquanto saiamos da escola.
— É verdade. Você pode dormir na minha casa hoje? Vou estar sozinha. — Pedi.
— Posso sim, vamos chamar a Ruth e fazer uma festa do pijama.
— É, podemos.
Continuamos o nosso caminho até a casa da Ruth e falamos com ela sobre a festa do pijama. Ela aceitou o convite e levou uma mochila com tudo que ela iria precisar.
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