1- Fale um pouco sobre você e sobre sua carreira como escritor.

Eu escrevo livros desde os doze ou treze anos, mas só comecei a publica-los e terminá-los anos passado.

Comecei de forma amadora no wattpad e espero uma dia conseguir publicar um ePub na Amazon.

2- Conte-nos quais desafios você enfrentou enquanto escrevia.

Serial Killer Escape já foi criado como um desafio desde a ideia inicial, fiz o conto para que me desafiar a escrever uma história de terror e que fosse menor do que eu já fazia, e que fosse publicada com uma dada constância (e foi, todo dia na semana que antecedeu o Halloween de 2022).

No final, devido às descrições intensas de violência e as partes mais gore, senti dores de cabeça e me senti bastante esgotada emocionalmente. Escrever terror não é fácil. Acho que o maior desafio foi essa parte. E escolher um final, tinha dois na minha cabeça e demorei uns dias para decidir qual usar.

3- Como superou esses desafios?

Eu reservei uma parte do meu dia para escrever os capítulos e isso aconteceu em exata uma semana antes de começar a pública-los.

No final da escrita de uma parte, eu revisava lendo o capítulo anterior, então sempre antes de começar a escrever eu revisava o último que tinha feito, aí conseguia lembrar de todo o enredo.

É sempre válido fazer um briefing pensando em todo o encaminhamento antes de escrever, isso também me ajudou a pensar em toda a história e como seria o meio e final. Mas a parte de dores de cabeça escrevendo terror… eu não consegui superar kk

4- Quando se inscreveu no concurso, você imaginou que seria um vencedor?

Eu não imaginei kkkk não esperava mesmo, e muito menos um primeiro lugar, foi uma grande surpresa. Estou muito, muito, feliz!

5- Há quanto tempo você participa do D&T? Esse projeto de ajudou a alcançar seus objetivos?

Participo desde o meio,
quase final, do ano passado. Ajudou a entender o que o leitor interpreta sobre o que estou escrevendo. Enquanto escritores, nunca sabemos o que o outro lado está realmente interpretando da história. Queremos passar uma ideia, mas podemos estar passando outra, nunca se sabe, participar de grupos de leitura ajuda nisso.

6- Com quantos anos você iniciou a escrita? Como foi sua primeira experiência?

Comecei com 12/13 anos e, desde então, nunca mais parei. É uma maneira minha de fugir da realidade ou concretiza, mesmo que minimamente, minhas idealizações e criações — estou sempre imaginando uma história diferente, às vezes só o começo, às vezes mais do que isso. A minha primeira foi muito engraçada kk era uma fanfic do Justin Bieber que eu escrevia em um computador velho da escola quando ficava lá no período da tarde sem fazer nada. Péssima, não sei nem o que aconteceu com aqueles arquivos de word 7.

7- O Que é a escrita pra você? Um hobbie ou vê como uma futura fonte de renda?

No momento, um hobbie que amo e que, infelizmente, preciso despriorizar com certa frequência para conseguir trabalhar em outras coisas no dia a dia — que realmente me dê renda.

Mas vejo como uma futura forma de alcançar mais pessoas, entretê-las, apenas isso. Não sei se conseguirei ser escritora no futuro e ter isso como uma futura fonte de renda, mas seria um sonho se realizando se acontecesse.

8- Fale um pouco sobre sua obra vencedora e suas inspirações.

Serial Killer Escape é o meu escrito favorito de todos — e eu não tenho poucos kkk.

A linguagem dele foi o mais trabalhoso, acho o enredo bastante clichê até, sem muitas revelações surpreendentes como tento colocar nas minhas outras histórias.

Mas a maneira como foi escrito, a escolha das palavras para gerar o suspense e a tensão no leitor, foi a maior preocupação que tive e o que mais gostei de explorar com essa obra.

Me inspirei muito nos livros do Stephen King e nos do H.P. Lovecraft para escrever a linguagem de Serial Killer Escape, e foi isso que mais alterei, reescrevi e editei até publicar os capítulos. Sou muito perfeccionista kk.

Eu amo terror, a forma como somente descrever algo faz muita diferença nesse gênero é sensacional.

9- Sua família sabe que você escreve? Eles te apoiam?
Sim! Com certeza!

10- Como você se sente agora sabendo que é vencedor? Acha que tem algo a melhorar em sua obra?

Eu me sinto feliz, e sempre acho que tem algo que pode ser melhorado, talvez acrescentar mais ambientação, mais descrição física dos personagens, ainda não sei, estou pensando.

Mas com certeza sempre tem algo para melhorar, um texto é um elemento vivo, sempre passível de evolução, alteração, mudanças, é inacabado de certa forma.